Há técnicas as quais não há como um inimigo escapar. Desde a lança de Ares até o geiser de Netuno. A dança da indefinida era um desses. Movendo-se como se filha do deus da dança, a garota deixa o seu oponente boquiaberto, sem oportunidade de reagir. O esqueleto cava um buraco com as mãos e retira sua cabeça, enfiando-a lá dentro e caindo ao chão, talvez voltando ao submundo com a humilhação nas costas. A floresta toda grita e aplaude. De um castor que passava ali perto a menina pôde jurar que ouviu um "Mandou bem". Antes de sair, Laura ouviu todas as vozes se juntarem em uma uma expressão, apelidando a indefinida. "Deusa da Dança! Deusa da Dança! Deusa da Dança!"

- Meu esqueleto! - Gritou uma voz mais atrás, fazendo todos se calarem. Mais adiante, um menino emergiu do arbusto, com a cara aterrorizada.

- Meu irmão me deu ele pra me proteger! Um filho de Hermes mandou eu vir aqui pegar um dinheiro. Disse que eu podia ficar com metade - Mesmo não sendo tão inteligente, era justificável aquilo. Afinal, os membro do chalé 11 eram inteligentes demais para serem pegos. Mandaram alguém para assumir a culpa no lugar. O esqueleto e a aura que rodeava o rapaz fez com que Laura concluísse que era um filho de Hades, mas certamente um bem inexperiente. Está a 10m adiante, com uma adaga de ferro negro apontado para a garota. Usava um peitoral de couro e um elmo comum, idênticos ao da moça.

A menina repreende o filho de Hades, falando o quanto era errado fazer aquilo. O filho de Hades escuta o discurso da garota e dá uma risada.

- Tá - O garoto avança, esticando o braço para a menina e caminhando ao seu encontro, como se fosse entregar o remédio. Estando a centímetros de recuperar o item perdido, Laura sente como se algo puxasse sua perna, levando-a para trás e a fazendo cair com o peitoral no chão. Olhou para trás, vendo uma pequena mão de sombras a puxando. Após alguns segundos, a forma se desfez, como se o menino não tivesse controle para fazê-lo por muito tempo. Ele olha para a menina assustado, estendendo a adaga para frente e se preparando para um combate. Está a 3m

Laura tava |Castellan| . Não gostava de ter sido irritada, mas também não deixaria aquilo ficar por isso mesmo. A indefinida avalia seu oponente rapidamente antes de avançar. As lâminas se chocam no momento em que a deusa da dança finta, girando a cintura e dando uma rasteira no garoto. O filho de Hades cai ao chão, descendo o ferro estígio em meio a queda e abrindo um corte na coxa da semideusa. Fora superficial, certamente não o suficiente para debilitá-la (-5). No momento em que tentou se apoiar para apontar a espada curta, conforme planejava, sentiu sua perna fraquejar e teve de saltitar até uma árvore por não sentir mais a região. Era como se todas as partes abaixo do ferimento não mais respondessem aos seus comandos.

Mais do que isso, ela sentia como se aquela parte já não existisse. Como se estivesse fria e morta. Um truque que agora ela tinha contato, filhos de Hades podem cortar a ligação do corpo com a alma. Ele está caído a 1 metro e esbanja um sorriso, com o olhar de dor. Como se a queda tivesse o feito querer chorar, mas ele se contivesse. A garota está sem poder movimentar usa perna direita.

Laura não perde a linha em momento algum. A menina, mesmo ferida, insisite para que o rapaz devolvesse o remédio do garoto. O filho de Hades tentou se levantar, mas cambaleeou para trás. Quando ele se apoiou no tronco da árvore e começou a vomitar, a garota soube que não era devido à queda. A semideusa caminhou na direção do rapaz, sendo surpreendida por uma corrida. A criança disparou no lado contrário da floresta, ágil como a semideusa não era e veloz o bastante para sumir da sua visão caso continuasse. E aí as videiras vieram. As plantas surgiram do solo adiante, segurando as pernas do rapaz e o fazendo cair mais uma vez, sem entender nada do que estava acontecendo. Laura olhou confusa para sua espada curta, vendo-a brilhar em energia roxa e se transformar em um sabre de bronze celestial.

As videiras não só arrastaram o garoto para perto mais se juntaram na cabeça da menina, tomando um formato enegrecido e se aconchegando. Em alguns instantes, a garota se viu com um chapéu pontudo. Inspirou fundo, sentindo o cheiro de uvas vindo a partir dele. A partir dali, soube o que aquilo significava. Laura era filho do deus dos vinhos e das festas, Dionísio.

Após finalmente descobrir seu progenitor, a menina devolve o remédio para Nelson Paz, que de prontidão lhe entrega uma outra caixa idêntica no dia seguinte. Por mais que boa parte do acampamento não soubesse do que a garota tinha feito, a floresta ainda clamava o nome da Deusa da Dança.