Existem inúmeros detalhes passam batido durante a vida de cada indivíduo racional. Isso não era algo diferente entre os meio-sangue, tomados por uma necessidade de lutar pela sua própria sobrevivência e servir aos deuses, eles deixavam detalhes passarem. Para olhos tão atentos e treinados ao perigo, detalhes de paz e harmonia dificilmente recebiam a devida atenção. Nesta noite, no entanto, algo parecia diferente na mente de dois filhos da Magia... como se a noite tivesse acabado de começar.
Já fazia um tempo que a feiticeira não pisava no acampamento romano, ocupada demais com seus próprios problemas e tarefas de sua matrona Selene, tinha uma rota totalmente contrária com sua antiga casa. Naquela noite, a garota havia tirado um tempo da ilha de Selene por conta de uma estranha sensação que ardia em seu peito, saudade. A pergunta era, do que? Quando você abre mão do acampamento por devoção á uma divindade, saudade poderia ser comum, mas o acampamento romano sempre fora um lar de guerreiros exímios e poucas vezes se mostrando acolhedor para laços sentimentais. Mas ali estava a garota, na entrada do seu antigo lar. O Céu acima de sua cabeça se expandia de forma grandiosa, as estrelas brilhando como se apreciassem a sua chegada. As luzes das ruas de Nova roma estavam ligadas, mas a brisa fria noturna dizia á Ellie que todos deveriam estar em suas camas... Mas algo estava inquietante.
Dentro de si, Ellie sente uma presença mágica muito similar á dela, vibrando como um coração batendo forte ou como seu próprio sangue que corria em suas veias. De longe, ela consegue ver uma luz púrpura, mas muito pequena por conta da distância. Nenhuma imagem realmente parecia ser identificada aquela distância, mas a energia a qual ela exalava chamava a atenção da semideusa, era algo tão familiar e acolhedora que fez a jovem feiticeira recordar de um momento que parecia quase um devaneio. Braços envolviam o seu pequeno corpo e ninavam-na com demasiado carinho, um cântico em latim ecoava e a pequena Ellie só conseguia enxergar longas madeixas negras como a noite, o carinho e a aura lhe envolviam como um santuário. Como num estalo, as cenas se desfizeram. A luz estava cada vez mais longe... rumando para a colina dos templos.
O novo pretor do Acampamento romano não parecia ser agraciado com sono naquela noite. A euforia de ter sido eleito por voto popular para um cargo de tamanho respeito e importância já havia passado e agora ele estava pensativo. Sentado na cadeira de sua mesa de anotações em seus novos aposentos, o jovem parecia se perguntar no que aquilo tudo significava. Lorenzo, seu novo companheiro de cargo, era conhecido por muitos e respeitado por seus feitos, algo esperado de um filho de marte com devoção as suas próprias raízes militares. Mas ele era diferente... de um jeito bom. Ahmar não era um guerreiro sedento pela violência, mas um feiticeiro contemplado com a maior dádiva que um semideus poderia sonhar, a magia. O mais puro e verdadeiro poder provindo de Magia, sua mãe era uma deusa extremamente poderosa e respeitada na antiguidade, onde os mortais e semideuses se curvavam perante sua grandiosa presença, Magia era reconhecida por seus feitos inexplicáveis que ajudaram a desenvolver tudo e todos aqueles que existiam ainda nos dias de hoje. Mas esses tempos de reconhecimento haviam passado e agora, era como se fosse esquecida, ofuscada pela existência de deuses que harmonizavam mais com os anseios e ambições da nova era, a busca pelo poder bruto e a relação de que aqueles que eram fortes em combates, eram os verdadeiros líderes e lendas. Ahmar não concordava com isso.
Pela janela, o garoto conseguia ver a imensidão azulada do céu noturno, pequenos pontos prateados brilhavam anos luz de distância dali, dentre as constelações o pretor podia sentir algo que o energizava, a noite era como um berço para sua pequena criança interior. Dentre as ruas vazias, Ahmar pode sentir duas energias totalmente diferentes, uma era poderosa e louvável, mas a outra.. era milhares de vezes maior. Além do imenso poder, algo lhe parecia familiar, envolvente, acolhedor... aquela energia não parecia ser provinda de nada que lhe oferecesse risco, mas sim carinho e orgulho. A brisa da noite adentra pelo lugar abre a porta, como um convite á seguir aquele sinal. Não muito longe, uma luz púrpura parece irradiar no meio das ruas de Nova Roma, seguindo para a colina.
Ellie Van Let
Já fazia um tempo que a feiticeira não pisava no acampamento romano, ocupada demais com seus próprios problemas e tarefas de sua matrona Selene, tinha uma rota totalmente contrária com sua antiga casa. Naquela noite, a garota havia tirado um tempo da ilha de Selene por conta de uma estranha sensação que ardia em seu peito, saudade. A pergunta era, do que? Quando você abre mão do acampamento por devoção á uma divindade, saudade poderia ser comum, mas o acampamento romano sempre fora um lar de guerreiros exímios e poucas vezes se mostrando acolhedor para laços sentimentais. Mas ali estava a garota, na entrada do seu antigo lar. O Céu acima de sua cabeça se expandia de forma grandiosa, as estrelas brilhando como se apreciassem a sua chegada. As luzes das ruas de Nova roma estavam ligadas, mas a brisa fria noturna dizia á Ellie que todos deveriam estar em suas camas... Mas algo estava inquietante.
Dentro de si, Ellie sente uma presença mágica muito similar á dela, vibrando como um coração batendo forte ou como seu próprio sangue que corria em suas veias. De longe, ela consegue ver uma luz púrpura, mas muito pequena por conta da distância. Nenhuma imagem realmente parecia ser identificada aquela distância, mas a energia a qual ela exalava chamava a atenção da semideusa, era algo tão familiar e acolhedora que fez a jovem feiticeira recordar de um momento que parecia quase um devaneio. Braços envolviam o seu pequeno corpo e ninavam-na com demasiado carinho, um cântico em latim ecoava e a pequena Ellie só conseguia enxergar longas madeixas negras como a noite, o carinho e a aura lhe envolviam como um santuário. Como num estalo, as cenas se desfizeram. A luz estava cada vez mais longe... rumando para a colina dos templos.
Ahmar Zorn
O novo pretor do Acampamento romano não parecia ser agraciado com sono naquela noite. A euforia de ter sido eleito por voto popular para um cargo de tamanho respeito e importância já havia passado e agora ele estava pensativo. Sentado na cadeira de sua mesa de anotações em seus novos aposentos, o jovem parecia se perguntar no que aquilo tudo significava. Lorenzo, seu novo companheiro de cargo, era conhecido por muitos e respeitado por seus feitos, algo esperado de um filho de marte com devoção as suas próprias raízes militares. Mas ele era diferente... de um jeito bom. Ahmar não era um guerreiro sedento pela violência, mas um feiticeiro contemplado com a maior dádiva que um semideus poderia sonhar, a magia. O mais puro e verdadeiro poder provindo de Magia, sua mãe era uma deusa extremamente poderosa e respeitada na antiguidade, onde os mortais e semideuses se curvavam perante sua grandiosa presença, Magia era reconhecida por seus feitos inexplicáveis que ajudaram a desenvolver tudo e todos aqueles que existiam ainda nos dias de hoje. Mas esses tempos de reconhecimento haviam passado e agora, era como se fosse esquecida, ofuscada pela existência de deuses que harmonizavam mais com os anseios e ambições da nova era, a busca pelo poder bruto e a relação de que aqueles que eram fortes em combates, eram os verdadeiros líderes e lendas. Ahmar não concordava com isso.
Pela janela, o garoto conseguia ver a imensidão azulada do céu noturno, pequenos pontos prateados brilhavam anos luz de distância dali, dentre as constelações o pretor podia sentir algo que o energizava, a noite era como um berço para sua pequena criança interior. Dentre as ruas vazias, Ahmar pode sentir duas energias totalmente diferentes, uma era poderosa e louvável, mas a outra.. era milhares de vezes maior. Além do imenso poder, algo lhe parecia familiar, envolvente, acolhedor... aquela energia não parecia ser provinda de nada que lhe oferecesse risco, mas sim carinho e orgulho. A brisa da noite adentra pelo lugar abre a porta, como um convite á seguir aquele sinal. Não muito longe, uma luz púrpura parece irradiar no meio das ruas de Nova Roma, seguindo para a colina.
Observações:Vocês não estão se vendo, Ahmar está mais perto da energia do que Ellie
Nada e nem ninguém parece estar nas ruas.
Não há sinal de hostilidade.
Coloquem os cintos, se acomodem e aproveitem. Vamos nos divertir, crianças.