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por Hécate 07/09/20, 01:27 pm

Hécate

Hécate
Deusa Menor
Deusa Menor
Existem inúmeros detalhes passam batido durante a vida de cada indivíduo racional. Isso não era algo diferente entre os meio-sangue, tomados por uma necessidade de lutar pela sua própria sobrevivência e servir aos deuses, eles deixavam detalhes passarem. Para olhos tão atentos e treinados ao perigo, detalhes de paz e harmonia dificilmente recebiam a devida atenção. Nesta noite, no entanto, algo parecia diferente na mente de dois filhos da Magia... como se a noite tivesse acabado de começar.


Ellie Van Let


Já fazia um tempo que a feiticeira não pisava no acampamento romano, ocupada demais com seus próprios problemas e tarefas de sua matrona Selene, tinha uma rota totalmente contrária com sua antiga casa. Naquela noite, a garota havia tirado um tempo da ilha de Selene por conta de uma estranha sensação que ardia em seu peito, saudade. A pergunta era, do que? Quando você abre mão do acampamento por devoção á uma divindade, saudade poderia ser comum, mas o acampamento romano sempre fora um lar de guerreiros exímios e poucas vezes se mostrando acolhedor para laços sentimentais. Mas ali estava a garota, na entrada do seu antigo lar. O Céu acima de sua cabeça se expandia de forma grandiosa, as estrelas brilhando como se apreciassem a sua chegada. As luzes das ruas de Nova roma estavam ligadas, mas a brisa fria noturna dizia á Ellie que todos deveriam estar em suas camas... Mas algo estava inquietante.

Dentro de si, Ellie sente uma presença mágica muito similar á dela, vibrando como um coração batendo forte ou como seu próprio sangue que corria em suas veias. De longe, ela consegue ver uma luz púrpura, mas muito pequena por conta da distância. Nenhuma imagem realmente parecia ser identificada aquela distância, mas a energia a qual ela exalava chamava a atenção da semideusa, era algo tão familiar  e acolhedora que fez a jovem feiticeira recordar de um momento que parecia quase um devaneio. Braços envolviam o seu pequeno corpo e ninavam-na com demasiado carinho, um cântico em latim ecoava e a pequena Ellie só conseguia enxergar longas madeixas negras como a noite, o carinho e a aura lhe envolviam como um santuário. Como num estalo, as cenas se desfizeram. A luz estava cada vez mais longe... rumando para a colina dos templos.



Ahmar Zorn


O novo pretor do Acampamento romano não parecia ser agraciado com sono naquela noite. A euforia de ter sido eleito por voto popular para um cargo de tamanho respeito e importância já havia passado e agora ele estava pensativo. Sentado na cadeira de sua mesa de anotações em seus novos aposentos, o jovem parecia se perguntar no que aquilo tudo significava. Lorenzo, seu novo companheiro de cargo, era conhecido por muitos e respeitado por seus feitos, algo esperado de um filho de marte com devoção as suas próprias raízes militares. Mas ele era diferente... de um jeito bom. Ahmar não era um guerreiro sedento pela violência, mas um feiticeiro contemplado com a maior dádiva que um semideus poderia sonhar, a magia. O mais puro e verdadeiro poder provindo de Magia, sua mãe era uma deusa extremamente poderosa e respeitada na antiguidade, onde os mortais e semideuses se curvavam perante sua grandiosa presença, Magia era reconhecida por seus feitos inexplicáveis que ajudaram a desenvolver tudo e todos aqueles que existiam ainda nos dias de hoje. Mas esses tempos de reconhecimento haviam passado e agora, era como se fosse esquecida, ofuscada pela existência de deuses que harmonizavam mais com os anseios e ambições da nova era, a busca pelo poder bruto e a relação de que aqueles que eram fortes em combates, eram os verdadeiros líderes e lendas. Ahmar não concordava com isso.

Pela janela, o garoto conseguia ver a imensidão azulada do céu noturno, pequenos pontos prateados brilhavam anos luz de distância dali, dentre as constelações o pretor podia sentir algo que o energizava, a noite era como um berço para sua pequena criança interior. Dentre as ruas vazias, Ahmar pode sentir duas energias totalmente diferentes, uma era poderosa e louvável, mas a outra.. era milhares de vezes maior. Além do imenso poder, algo lhe parecia familiar, envolvente, acolhedor... aquela energia não parecia ser provinda de nada que lhe oferecesse risco, mas sim carinho e orgulho. A brisa da noite adentra pelo lugar abre a porta, como um convite á seguir aquele sinal. Não muito longe, uma luz púrpura parece irradiar no meio das ruas de Nova Roma, seguindo para a colina.
Observações:

Vocês não estão se vendo, Ahmar está mais perto da energia do que Ellie :B
Nada e nem ninguém parece estar nas ruas.
Não há sinal de hostilidade.
Coloquem os cintos, se acomodem e aproveitem. Vamos nos divertir, crianças. :B

#1

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por Ὧ Elie Van Let 07/09/20, 02:19 pm

Ὧ Elie Van Let

Ὧ Elie Van Let
Filho(a) de Magia
Filho(a) de Magia
A noite em Nova-Roma estava bela como sempre. Como somos mais organizados que o Acampamento Grego[i], penso feliz. Bom, eu não queria dizer exatamente organizado, mas sim, avançados. As universidades, bibliotecas, prédios e empresas, clínicas e tudo o mais, juntando o melhor do que tinhamos a oferecer entre tecnologia e misticismo. Os Olimpianos moravam na porra do Empire State. Por que nós deveríamos agir como selvagens atrasados, então?

Caminho ruas-acima, cumprimentando Terminus na entrada. Ao redor, o mármore e a pedra estavam belos como sempre eram na noite bem iluminada, mas eu olhava como louca pros lados por outro motivo hoje... Não era exatamente para admirar a beleza de Roma. Algo estava chamando minha atenção, mais precisamente chamando a atenção de meus sentidos mágicos. Seria algo como um filho de Magia ou de Plutão mais forte... Não, não, eles não tinham uma aura tão singular, tão acolhedora... Quando vi o vulto de cabelos longos ao longe, senti o coração apertar. Uma ideia improvável vem à minha mente mas, apesar de crer estar errada, comecei a descer a rua mais rapidamente.

Estava desnorteada. Num piscar de olhos, eu me sentia pulando um minuto no tempo, perdendo aqueles belos cabelos negros de vista. Focando-me em meu radar consegui localizá-la de novo... Então corro em sua direção ansiosa e nervosa para tentar vê-la novamente. Seria aquela pessoa minha [i]mãe
? Caralho. Eu sempre tive curiosidade de saber como seria um deus, é claro, em especial minha tão poderosa mãe. Como pareceria? Como seria sua aura? Teriam limite os seus poderes? E sua personalidade...? Corro esperançosa de por fim sanar todas estas curiosidades.



Última edição por Ὧ Elie Van Let em 07/09/20, 04:23 pm, editado 1 vez(es)

#2

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por Ahmar Zorn 07/09/20, 04:14 pm

Ahmar Zorn

Ahmar Zorn
Filho(a) de Magia
Filho(a) de Magia
Muitos pensamentos rondavam minha mente naquela noite morna, nada do que eu vivera se comparava a minha atual situação: pretor de Nova Roma... Quem diria que este cargo seria ocupado por mim? E, exatamente por isso, minhas preocupações se amontoavam. Eu não era apenas mais um líder em um cargo importante, agora fui eleito para ser o responsável por toda uma divisão de soldados com exímio potencial e, principalmente, de pessoas que amam sua cidade e confiam que alguém seja capaz de dar a vida por eles. Confesso que ter alguém para compartilhar a função como o filho de Marte Lorenzo Müller punha uma pressão extra às minhas incertezas. A todo momento eu me perguntava e via a mesma questão nos olhos de cada legionário se eu realmente seria capaz de liderá-los de hoje em diante enquanto a capa pesasse sobre os meus ombros? Se haveria forças em meu âmago e em meu exterior para suportar as guerras que certamente enfrentaria? Eu não era um guerrilheiro como Lorenzo e tantos outros semideuses talentosos e capacitados no Acampamento Júpiter, sequer tinha metade das habilidades de combate bélico para início de conversa, mas se ficasse olhando apenas para minhas debilidades jamais conseguiria exergar com clareza de pensamento as motivações de ter me candidatado ao posto. Sou filho de uma divindade tão antiga quando os remotos princípios do tempo, que fora capaz de manter o equilíbrio quando todos os outros duvidavam ser possível. Se o seu sangue corria em minhas veias por que eu negaria tal partr de mim? Nem só física é a guerra, ela perpassa por todos os ambientes das mais variadas formas e independente de onde se instale a magia estará presente como a energia vital para manter as coisas em ordem. Não se resume a explodir coisas e atrair os olhares encantados da multidão!, pensei ao bater o punho cerrado na mesa da escrivaninha. Alguns papéis voaram e massageei a testa com a outra mão. Eu precisaria me esforçar mais que derrotar monstros e falar belas palavras para a atual geração romana reconhecer a necessidade de pensar no futuro. É bem verdade que nós, semideuses, temos uma vida geralmente curta quando comparada aos outros mortais, mas se deixarmos de acreditar na esperança de um novo amanhã, o despontar de uma era em que não teremos de nos preocupar em batalhar todas as horas por nossa sobrevivência sem esquecer dos sacrifícios herdados no passado, não chegaremos a lugar nenhum.

Levantei da cadeira e me pus a recolher os documentos caídos ao chão da sala em que estaria muitas vezes daqui pra frente. Estava tarde e os demais funcionários de Nova Roma já haviam voltado para suas instalações muito tempo atrás, então eu me encontrava sozinho. Olhava a cidade e o céu azulado pela janela admirando a tranquilidade exalada naquela paisagem que sempre me impressionara. Após organizar o que derrubei, decidi que seria melhor caminhar e respirar o puro ar da noite para relaxar ainda que pouco da cobrança que impunha sobre mim mesmo. A noite estrelada sobre as ruas vazias davam a impressão de que alguém sorria para mim em meio a turbulência de pensamentos e aquilo fazia toda a diferença, até que senti nos ossos as concentrações mágicas ao meu redor. Duas fortes auras incidiam aconchegantes sobre meu radar mágico como o sol da manhã sobre os filhos de Febo. A primeira era invejável a qualquer mago que se preze pelo conhecimento e aprendizado, que nunca deixa de buscar a sabedoria nos livros e práticas para ser melhor a cada dia. Não lembrava exatamente onde já tinha sentido algo semelhante, mas trazia uma paz reconfortante. Já a segunda, antiga e misteriosa atraía cada átomo, cada partícula existente em meu corpo na direção da Colina dos Templos sem nenhuma explicação, pois simplesmente não precisava tentar descrever o que eu sentia. Seria perca de tempo tentar nomear algo que somente a experimentação é a única explicação plausível. Imediatamente mudei meu curso em direção àquela fonte sobrenatural magnética ansiando em conhecer pessoalmente sua origem.

Sentindo-me ser envolvido por um carinho imenso e maternal caminhei até onde a Força me puxava.

#3

Hécate

Hécate
Deusa Menor
Deusa Menor
Play :D:

Os dois semideuses começam a seguir a luz púrpura, que sobe graciosamente a colina, flutuando no ar como se realmente fosse algo puro. Seguindo por caminhos diferentes, ambos se encontram no topo da colina dos templos, que era contemplada pela luz do luar. Uma lua nova brilhava no céu estrelado, sua luz prateada banhando ambos os semideuses e as colunas de mármore branco que ofereciam um espaço sagrado para cada pessoa daquele lugar. A luz segue até um dos templos, nele símbolos e runas estavam gravados á prata, um altar magnífico com um brilho e uma aura diferente dos outros se fazia presente. A orbe luminosa para em frente ao pedestal enquanto os dois se aproximam juntos, pareciam encantados de mais para realmente falarem alguma coisa um com o outro.

Olá, minhas crianças.


Uma voz se faz presente no ar, poderosa e gentil. A luz se expande, tomando uma forma humana e feminina, na mesma cor da energia. Os sensores mágicos de ambos parecem ir á loucura e eles se vêem cegos por alguns segundos, mas sem dor ou confusão. Piscando os olhos novamente, eles enxergam uma mulher extremamente bela, tão bela como o céu estrelado que os contemplava. Seus traços finos e harmoniosos pareciam moldados por um encantamento perfeito, a pele alva Trívia parece refletir o prateado da lua e seu corpo esbelto parece emanar uma aura mágica acolhedora para os dois, mas formando uma belíssima mistura de cores entre o prata e o roxo. A deusa se apresentava com cabelos longos e negros como a noite, ondulados e majestosos como sua própria aura, seus olhos possuíam uma cor roxa intensa e acima de sua cabeça havia um diadema feito de uma prata tão pura e brilhante que parecia ter o mesmo brilho da lua acima de suas cabeças, a joia possuía uma forma harmoniosa com pequeno pentagrama feito de uma pedra da lua, que exalava uma energia superior a qualquer néctar ou poção que ambos pudessem ter visto. Suas vestes eram tão majestosas quanto sua própria aparência, diferente dos deuses romanos tradicionais ela não vestia uma toga branca ou qualquer coisa do tipo, um esplêndido vestido descia até seus pés, na cor preta com rendas finas e delicadas, suas pontas dançando com o ar que parecia se movimentar de acordo com sua vontade ao seu redor. Ela abre um sorriso singelo, olhando Ahmar nos olhos, o que parece fazer o garoto ter uma extrema necessidade de se ajoelhar perante a presença de sua mãe, além do habitual poder, havia orgulho em seu olhar.

- Meu filho, o primeiro em tal cargo depois de tanto tempo... - Ela começam sua voz parece flutuar até os ouvidos dos dois, agraciando-os como uma bela música. Seus olhos brilham com intensidade, é possível ver sabedoria e certeza. - Você deve ser um exemplo. Mostrar á todos aqueles que me esqueceram e menosprezaram... a magia que corre no seu sangue é superior a qualquer lâmina, qualquer dúvida ou temor.

A deusa então volta o seu olhar até Ellie, que sente o mesmo fraquejar em seus joelhos que Ahmar, mas também sente carinho e felicidade. Era como um reencontro... como se elas já tivessem se encontrado em algum momento da curta vida da semideusa. Ainda com um sorriso em sua face, tão brilhante quanto á lua, ela se dá um passo até a jovem feiticeira, observando-a.
- Minha filha... há tanto anseio por esse encontro. - O tom de verdade é absoluto e o carinho preenche o peito de Ellie. - Devota de uma irmã de lua... sim, você está no caminho certo. Mas jamais se esqueça, minha criança, a sua verdadeira linhagem.

Rodada interpretativa, podem interagir. Depois disso, darei as instruções :B

#4

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por Ὧ Elie Van Let 07/09/20, 09:18 pm

Ὧ Elie Van Let

Ὧ Elie Van Let
Filho(a) de Magia
Filho(a) de Magia
Sim, minha mãe era... Foda. Cada canto de seu ser parecia vibrar emanando magia... Na verdade, ela parecia ser, de fato, a origem de toda a magia... Os romanos fizeram um excelente trabalho resumindo seu nome àquilo que ela parecia ser, de fato. Agora eu entendia. Aquela era minha mãe... O quanto daquilo haveria dentro de mim? O quanto de Magia corria em minhas veias? Eu nunca havia ansiado por poder antes. Somente conhecimento... Cada dia um livro devorado, um experimento realizado, um teste bem ou mal sucedido que me deixava um centímetro mais próxima de entender o mundo em que vivia como um todo, no caminho para saber tudo. Mas aquilo, poder irrestrito, era uma sedução inconstante. Primeiro, eu ainda não tinha resolvido o problema de tempo-limitado-de-vida. A famosa Pedra Filosofal ainda estava longe de meu alcance. Mas talvez me faltasse tanto poder quanto magia. A visão de minha mãe, um ser perfeito, um com  a Magia... Aquilo me pareceu a recompensa perfeita para aquele que sabia tudo.

Ao lado dela, nosso novo Pretor. Eu ainda não tinha opinião formada sobre o garoto também, mas sentia nele algo semelhante a... Mim. Mais do que os outros. Sabia que era um filho de Magia, mas... Sentia nele mais semelhanças do que somente isso.

- Mãe - Falo. Emocionada, encantada por sua presença - Você é Magia, não é? - Falo aproximando-me...

Estico a mão e cutuco ela para saber como seria ao toque. Me queimaria? Daria-me um choque? Me daria forças? Se nada acontecer giro ao redor dela encantada. Se eu pedisse ela me daria um fio de cabelo? Diziam que deuses não tinham DNA. Eu adoraria testar por mim mesma. Mas controlo-me. Não me aprecia um bom começo.

- O que te trás aqui, mamãe? - Pergunto, feliz por falar com ela pela primeira vez. Até então eu não tinha nenhuma opinião formada sobre ela... Ela me salvou de minha terrivelmente entediante vida mortal mandando um lobo salvar-me naquela noite. Se ela estava ali, haveria certamente um bom motivo.

#5

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por Ahmar Zorn 08/09/20, 12:04 pm

Ahmar Zorn

Ahmar Zorn
Filho(a) de Magia
Filho(a) de Magia
Primeiro, ouvi sua voz acolhedora ecoar pelo recinto dedicado à busca pela verdade. Em segundo, depois de um clarão inofensivo e adequação de luz pelas retinas a esbelta forma se moldou diante de meus olhos. Deixei escapar uma exclamação contida impressionado com tamanha habilidade. A vontade que eu tinha era de sentar aos pés dela e aproveitar o aconchego de sua presença maternal gratuita, algo difícil de acontecer quando sua genitora é uma deidade mística que não acompanha sua vida do jeito que consideramos normal.

- Meu filho, o primeiro em tal cargo depois de tanto tempo...- Ao ouvir sua aprovação transmitida em olhar e palavras senti todos os meus problemas valerem a pena, o caminho estreito de árdua dedicação plantada finalmente revelara um de seus mais preciosos frutos.- Você deve ser um exemplo. Mostrar á todos aqueles que me esqueceram e menosprezaram... a magia que corre no seu sangue é superior a qualquer lâmina, qualquer dúvida ou temor.

- Eu irei. - respondi, sincero.

Senti meu rosto aquecer e imaginei o rubor na face se mostrar indiscreto conforme contemplava minha mãe, ou melhor, nossa mãe. Eu não estava sozinho.

Elie era uma semideusa incrível e eu já tinha ouvido rumores de algumas de suas conquistas, sendo que a mesma também era a centuriã da Primeira Coorte de nossa Legião. Sorri para ninguém em específico, alegre pela oportunidade inimaginável de dividir a experiência com alguém que poderia imaginar como me sentia naquele momento. Por alguns instantes fixei o olhar curiosamente nela, pois algo me incomodava em sua presença. Na verdade, não era incômodo e, sim, uma intuição de compatibilidade. Será que conseguiria descobrir em breve o por quê de inquietação? Não sei, quem sabe depois me seria revelado. Ué

Contudo a realidade batia à porta da necessidade lembrando que privilégios requerem responsabilidades. Dificilmente alguma divindade romana aparecia no acampamento, mesmo que fosse um progenitor, excluso da possibilidade de atribuir uma tarefa a ser cumprida pelos legionários. Antes que perguntasse, a garota foi mais rápida.

- O que te trás aqui, mamãe? - perguntou Elie. A curiosidade dela era quase palpável, mas não a recriminaria, eu tinha minhas próprias dúvidas acerca de tantas coisas que preferia deixar certos questionamentos para outra oportunidade.

-  Certamente há algo de importante acontecendo que requer a atenção séria para aparecer pessoalmente, mãe. - falaria calmamente. - Seja o que for, estamos a disposição.

#6

Hécate

Hécate
Deusa Menor
Deusa Menor
Magia observa a garota girar ao seu redor, dizendo em sua mente, Realmente não é uma boa ideia. Ela deixa que a garota lhe contemple, percebendo a curiosidade de Ahmar e passando a olhá-lo. Ela estala o dedo e três cadeiras prateadas se fazem presente, ela se senta em uma e faz um gesto como se pedisse que os semideuses se sentassem, mas só de gesticular os corpos dos dois obedecem e se sentam sem pestanejar. Ela os olha de uma forma fraterna, o ar começando a se preencher com suas palavras e sua voz eletrizante, arrepiando a pele dos garotos a cada letra pronunciada pela divindade.

- Ao longo dos séculos, nunca concordei com a tolice dos deuses. - Ela fala, um brilho frio perpassa por seus olhos púrpura e o ambiente parece ficar ainda mais silencioso. - Sempre falei com minhas proles, é um direito meu. Não me curvo á ninguém, a magia é a razão da existência deste mundo, e também pode ser a ruína.

A brisa noturna começa a ficar mais forte, envolvendo os dois semideuses de uma forma carinhosa, levitando suas cadeiras alguns centímetros do chão. Magia parece brilhar mais uma vez e eles param de enxergar aquela realidade, agora assistindo cenas como se parecessem um filme. Os dois enxergam um mundo que parecia atrasado comparado aos dias atuais, as ruas de terra não tinham postes de energia ou sequer carros espalhando poeira. Vilas, aldeias e castelos cresciam pelo horizonte pelo globo, cada uma com um jeito e uma cultura, mas todas pareciam ter um pequeno templo. Os garotos não entendiam as palavras das pessoas, as línguas antigas pronunciadas, mas sabiam do que se tratava, adoração e devoção por sua mãe. A cena se volta para uma imagem de roma antiga, um lugar totalmente fora do alcance dos mortais. Um palácio feito de puro mármore branco, grandioso com suas colunas e ninfas dançando pelos salões. Tempos onde a sala dos tronos era repleta com todos os deuses, mas faltava alguém naquela celebração. Magia se projeta no lugar, automaticamente todas as outras divindades se viram, como se esperassem por sua chegada. Conforme ela vai passando, os deuses se ajoelham, até ela chegar ao pedestal mais alto do salão, onde um trono de mármore negro parecia esperar por sua presença. Ela se senta, dois homens muito belos, trajados com armaduras de ouro imperial, se aproximam. O primeiro com cabelos negros e olhos verde-mar possuía uma rala barba, seu rosto maduro e ao mesmo tempo juvenil parece observar Trívia com a mesma admiração que os demais. Ele se apoia em seu tridente dourado e faz uma reverência para a deusa, que olha com aprovação. O segundo tinha cabelos brancos de nascença, mas possuía tanto charme e beleza quanto seu irmão. Os olhos azuis elétricos pareciam receosos, mas admirados com a presença á sua frente, ele se curva, cumprimentando-a de uma forma respeitosa. O salão volta a festejar, as tochas se acendem com um fogo verde, iluminando todo o lugar. Magia observa sentada em seu trono e a cena parece se distanciar... os dois passam a ver guerras, ganancia e olhares corrompidos pelo poder. Pelo poder que ela tinha por natureza. Os deuses se virando contra a existência grandiosa, invejando e almejando de uma forma ardente controlar o mundo como ela fazia, expulsando-a de sua própria casa e forçando os mortais a esquecerem de sua existência. Magia agora se encontrava em uma caverna, iluminada com a mesma luz esverdeada, contemplada de riquezas e servos... mas seu olhar agora parecia odioso e frio. As cenas se desmancham e eles voltam a encarar a mãe, que os observava, esperando uma reação. Ellie e Ahmar tinham suas próprias opiniões, mas algo dentro deles, a metade divina que havia em seu sangue parecia arder com tamanha injustiça, parecia compartilhar dos mesmos sentimentos como se eles próprios tivessem vivenciado.. e de certa forma, eles viveram. Magia era uma divindade, eles como proles eram uma parte dela. Toda a existência dos dois só era possível por conta da deusa e por isso, pareciam responder com a mesma naturalidade.

- Muito tempo se  passou até que chegassem proles dignas o suficiente para atender ao meu chamado. - Ela fala, suas mãos descansavam nos braços da cadeira como se realmente tivesse em um trono, sua postura de realeza era iminente e irradiava naturalidade. Era como se a deusa realmente tivesse nascido da própria adoração e devoção ao seu poder. - O que lhes peço essa noite é uma pequena parte de um plano longo, que eu carrego em silêncio. Vocês tem o direito de escolher se aceitarão ou não. Lhes enviarei até um lugar rodeado de misticidade, onde há muitos séculos eu pisei e contemplei os mortais com a minha presença. Muitas oferendas me foram entregues e como recompensa, lhes dei um fogo eterno, protegido pela mais pura água da natureza. Esquecido pelos meus antigos devotos e incompreendido nos tempos de hoje, peço que me tragam de volta, apenas uma prole de Magia é capaz de tal coisa. Sinto não poder ficar mais, minhas crianças. Tenho observado seus feitos individuais, os caminhos do destinos abençoam suas jornadas.

Com um sorriso majestoso, a deusa se levanta, sem tempo de realmente aceitarem ou não, a deusa some, deixando apenas a cadeira em que sentava. O objeto começa a se transformar, os olhos naturalmente adaptados a enxergar encantamentos parecem ver em câmera lenta a energia moldando o metal como se fosse água, a flexibilidade dos desdobramentos era absurda. Em um segundo, a cadeira se transforma num pequeno cubo prateado, com um símbolo rúnico. Magia. Em suas mentes, uma ideia se instala, e eles entendem do que se tratava. Era um recipiente, para o fogo que sua mãe contara e que eles saberiam utilizar quando fosse a hora certa. O ar se dissipa e as cadeiras dos dois voltam a tocar o chão, eles se veem parados, contemplados pelo céu noturno e agora presentes apenas um na companhia do outro. Junto ao cubo, eles percebem dois cristais azulados, que emanam uma energia parecida com a do túnel que ligava o acampamento romano, em um, escrito em latim com letras prateadas, era possível compreender um claro "ida" e no outro, identicamente escrito, estava "volta".

#7

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por Ὧ Elie Van Let 08/09/20, 05:26 pm

Ὧ Elie Van Let

Ὧ Elie Van Let
Filho(a) de Magia
Filho(a) de Magia
Sim... Todos sabíamos aquelas histórias, por mais que alguns não dessem a devida atenção. A injustiça divina era um ponto frágil de se discutir quando se é um semideus e pode ser fulminado por raios a qualquer momento. Mas ver aquilo em primeira mão através da magia de minha mãe, deixava um gosto ainda mais amargo na boca...

Que tolice, penso. Que tolice... Deuses que parecem crianças mortais. Os três grandes são os piores, é claro...

Suspiro sob o peso das palavras de Magia. Qualquer que fosse a missão, eu já tinha aceito desde que a vi, desde que fui a seu encontro. Agora, mais do que nunca, estava disposta a usar todo meu conhecimento para ajudá-la no que precisasse. Eu não tinha ideia de que tipo de favor Magia precisaria, mas se viera até nós... Então eu garantiria que estivesse à altura de realizar a tarefa.

Já tinha comigo tudo que poderia querer levar. Minha mochila cheia, minha bolsinha enfurnada de coisas. Quando ela desapareceu deixando apenas aqueles três itens diante de nós não pude deixar de me aproximar aos saltos daquele cubo prateado e engraçado. Seria aquilo um... Recipiente? Sim, sim! Interessante! Mas como funcionaria? Como conteria o poder da Chama Eterna? E quais seriam as propriedades deste elemento tão singular? Uma chama criada pela própria Magia, persistindo através do tempo... Incrível!

Me animo cutucando o cubo com a ponta do dedo e então olho para Ahmar;

- Eu posso guardar isso aqui, não é? - Se a resposta for positiva eu pego o cubo com cuidado e enfio dentro de minha bolsinha de prata HerMiaune. Olho para Ahmar e para os cristais, os quais tinham runas bem sugestivas identificando-os.

- Então... Vamos!? Ah, eu sou Elie! Acho que nunca nos falamos. Mas, é um prazer!

Faço uma pose de apresentação tipo;
Spoiler:

E aguardo pra ver se poderia cutucar também o cristal que dizia Ida. Se Ahmar não estiver pronto para sair eu aproveito este tempo para puxar de dentro da bolsinha meu Baralho de Tarot, o qual começo a embaralhar e distribuir cartas no ar em busca de uma iluminação do que viria a seguir. Olho as cartas enquanto me concentro... Odiava a arte da adivinhação. Tudo que vinha do nada sem uma explicação me deixava bugada, afinal, enquanto pesquisadora eu gostava de encontrar repostas claras e lógicas para as coisas. E tudo o que a adivinhação e o ocultismo não são, bem, é claro ou lógico, mas ainda podia nos dar respostas corretas para perguntas que nem tinhamos feito ainda. Ou... Nos levar às perguntas corretas para uma resposta.

[9]Baralho de Tarot: Um baralho dado ao filho de Hécate/Magia que lhe permite adivinhar sua sorte duas vezes durante a narração com uma distância de 5 rodadas entre uma e outra. Sua eficácia dependerá do WIS do personagem, podendo dá-lo desde leves impressões sobre o melhor caminho a tomar até visões proféticas do que pode acontecer, ficando a critério do narrador. [Tenho 310 WIS]

Equipamentos Levados:

#8

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por Ahmar Zorn 08/09/20, 08:44 pm

Ahmar Zorn

Ahmar Zorn
Filho(a) de Magia
Filho(a) de Magia
Ver todos aqueles cenários do Tempo, tanta história não contada a muita gerações alheias aos mistérios da vida mexeu comigo de uma maneira inexplicável em vários sentidos. Senti a raiva fervilhar em meu interior contra todos os outros deuses olimpianos que rejeitavam continuamente o legado deixado por minha mãe, entretanto, a compaixão pelos que foram deixados na obscuridade apaziguou meu espírito momentaneamente. Eles também tinham o direito de saber o que acontecera, assim como nós descobrimos a verdade.

- [...] O que lhes peço essa noite é uma pequena parte de um plano longo, que eu carrego em silêncio. [...]

Eu escutava atentamente cada pronúncia e sentia o peso dessas e outras palavras que Magia revelava a nós. Sua revolta era compreensível e eu não podia fazer muita coisa, então esperei. Recebi sua benção e vi o presente ser deixado para utilizarmos em nossa jornada.

[b] - Eu posso guardar isso aqui, não é?


Analisei a certa distância o cubo gravado com runas e, somado ao que nos foi falado, tirei minhas próprias conclusões acerca do objeto. Quando vi a garota ameaçar tocar nas runas preferi avisá-la:

- Po-ode, mas é melhor não tocar nas runas. Acredito que seja uma espécie de teleportador...

- Então... Vamos!? Ah, eu sou Elie! Acho que nunca nos falamos. Mas, é um prazer!

- Sou Ahmar, ...mas acho que já sabe disso. - resmunguei baixinho a última frase.

Ah, é mesmo! Esqueci que não estava com meus equipamentos para participar de uma missão como essa, a única coisa que eu estava era a capa roxa de pretor. Bem que poderia se tornar um casaco ou uma jaqueta, sei lá. Pedindo para que ela me esperasse fui buscar meus itens.

Ao voltar, me dispus para irmos e sugeri que usássemos os pégasos, mas aceitando a qualquer outro método mais eficaz para nos locomovermos. Durante o caminho olharia para Elie e perguntaria, curioso:

- Nós temos laços além de Magia? Tu parece ter a mesma aura que um conhecido meu.


Arsenal:

Música POP: C Am F G

#9

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por Ὧ Elie Van Let 09/09/20, 05:17 pm

Ὧ Elie Van Let

Ὧ Elie Van Let
Filho(a) de Magia
Filho(a) de Magia
Depois de receber permissão do ilustríssimo pretor eu guardo o cubo na minha bolsinha, feliz de ter um item dado por mamãe dentro de um item dado por um amigo. Quando Ahmar pergunta sobre nossas coisas em comum, eu teria rido da semelhança com uma cantada, se não entendesse o que ele queria dizer.

- Eu aposto uma escama de dragão que você tem sangue de Plutão - Falo. Olhando de perto e com mais atenção, eu agora sentia dizer isso [Considerar Hab Única lv 13]. O garoto era um amaldiçoado que nem eu. Rio por dentro. - Sou neta do pobre Enterrado. Infelizmente, ou felizmente, quem sabe!?

Aguardo que esteja tudo certo enquanto avalio a aura mágica dos cristais por puro interesse pela oportunidade. Nunca se sabe quando vai precisar abrir um portal, né?

e no mais, sigo a deixa de meu mei-irmão.

Nível 13 - Visão do Mana: A filha de magia treinou seus sentidos mágicos em conjunto com os estudos alquímicos ao ponto de conseguir discernir melhor as auras mágicas de objetos e seres, podendo identificá-las quase que como partículas, conseguindo enxergar auras mágicas assim como fazia com as jóias e também sentir os níveis de diferentes assinaturas mágicas nas coisas, como as quantidades de energia de fogo, gelo ou negra, etc. Consegue enxergar auras e assinaturas mágicas basicamente como cores diferentes na névoa. Escala com a Wis e a Int do personagem. O alcance dessa habilidade é equivalente ao WIS da semideusa e sua precisão fica melhor quanto mais próximo do que estiver sentindo, bem como ficará pior quanto mais longe.

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