O guri invoca e balança seu chicote, pegando os dois da frente de surpresa. Ele só acerta um deles, mas um faísca voa de seu chicote para a lança do segundo, que a surpreendido pelo choque. O outro cai pra frente rolando na terra.

O outro que vinha por trás hesita quando percebe que Magnus o estava vendo. O garoto recua alguns passos e o bixinho dá um bote, recuperando a lança do amigo que tinha acabado de derrubar e volta a avançar tentando acertar Magnus nas pernas.

O guri consegue desviar do golpe de lança, movendo-se para a lateral e confundindo o monstro. A criaturinha tenta se virar pra encarar Magnus novamente, mas a única coisa que ele encara é a ponta da espada que entra soltando faíscas pela fresta de seu elmo.

O homenzinho que tinha derrubado a lança se move e agarra a outra lança que ainda estava caída no chão. Ele permanece parado, agora não tão ansioso para avançar em direção ao garoto. O outro, que tinha caído, está se levantando parecendo levemente atordoado, e está um pouco atrás de seu companheiro. Eles encaram Magnus hesitantes, mas aos poucos se aproximam e o garoto percebe que estão indo um pra cada lado, para tentarcercá-lo.

Não precisava ser um gênio para perceber que os menininhos malvados estavam tentando me cercar, mas eu não seria tolo o bastante para cair em um plano bobo desses. Ignorei a dor no ombro direito e movi a mão até o bracelete, transmutando de volta para o chicote e girando meu corpo por completo, deixando o chicote se mover junto atingindo os dois na intenção de os paralisar; o melhor ataque é a defesa.

Sim, esse seria um movimento totalmente ofensivo e arriscado. Se houvesse os paralisado com meu chicote, avanço na direção do que se encontra em minha esquerda, perfurando com a espada curta através da fresta em seu elmo.

Claro, esse movimento dependeria totalmente do primeiro, caso meu movimento com o chicote não fosse 100% efetivo, recuaria para sair do alcance dos ataques dos opnentes, rolando, saltando o que fosse necessário para evitar.

O guri dá o quarto giro da luta e começa a ficar tonto e consegue enrolar o chicote em um dos carinhas. O choque o paralisa e leva ao chão, prendendo o chicote. Isso retarda um breve segundo Magnus antes dele soltar o cabo da arma pra evitar a lança do segundo homem, que acerta de raspão sua coxa. Ele sente o ardor, mas ainda conseguiria de mover com 80% da efetividade, limitado a não correr muito.

O homenzinho pula por cima de seu companheiro caído e eletrocutado pra tentar atingir Magnus mais uma vez, em uma investida furiosa com golpes de lança a torto e a direito, alguns por muito pouco não acertando o semideus mais uma vez.

O número de oponentes havia sido cortado pela metade, com um deles paralisado o combate estava mais tranquilo...se não fosse pelo meu plano do chicote dando errado. Senti o ardor em minha coxa e, furioso novamente, dei um passo para a esquerda desviando a estocada do minion não debilitado, largando o chicote enrolado no outro. Finquei minha espada pelo elmo dele, aproveitando os pequenos segundos entre um golpe e outro dele.

Caso não tivesse êxito em meu movimento, largo o chicote de qualquer forma e passo a me afastar dos oponentes, rolando e saltando para evitar os golpes das lanças, mas tomando cuidado para não forçar demais a perna machucada.

O semideus e o minion se degladiam por um longo minuto. Magnus ataca com estocadas da espada para tentar penetrar no elmo do pequeno guerreiro, mas este parecia ter aprendido algo com a morte dos seus dois colegas e estava se mantendo em movimento, dificultando ao filho de Afrodite acertar o ponto fraco de seu oponente.

Em contrapartida o anãozinho balançava a lança freneticamente, mas sem nenhuma perícia. O semideus consegue bloquear a maioria dos golpes ou desviar deles pulando pra trás e saindo do curto alcance do minion, e contra ataca com a espada contra as fendas do elmo, mas era difícil encaixar um golpe certeiro enquanto o carinha se movia. No ultimo golpe, porém, o elmo começa a rachar e afundar, e o minion choraminga de dor.

Eles se distraem quando o minion eletrocutado lá atrás solta um ultimo suspiro. Ele estava sendo eletrocutado ininterruptamente até agora, e parece finalmente falecer diante do dano contínuo. O minion que sobrou parece ainda mais em panico e grita pulando contra MAgnus pra um ataque kamikaze.

O guri consegue evitar a criaturinha com um rolamento. Por pouco ele evita esbarrar no monstro, já que este era baixinho e nao conseguia saltar muito alto. Mas é o suficiente pra desviar do monstro e levantar-se pronto para mais um golpe que, desta vez, despedaça o elmo do minion, que rui e vira pó no chão junto aos seus outros colegas.

Só resta a Magnus recolher seu chicote em meio aos restos mortais dos monstros.