O clima andava estranho no Acampamento. Muitas missões, muitos desaparecimentos. Filhos de Hécate, Hipnos e Apolo confusos com os sonhos, as visões... Tudo parecia mergulhado em uma bruma que precedia o caos. Os dias se arrastavam em uma única incerteza; o que virá?
Enzo vinha sonhando com tantas coisas malucas que já perdera a conexão entre elas. Todos os dias ouvia o silvo de cobras enquanto dormia. Acordava assustado, jurando ver serpentes em todos os lugares. Nos sonhos leões, elefantes, lagartos e todo o tipo de animais perseguiam-no através de florestas densas e desconhecidas. Monstros surgiam, bestiais como se um deus louco tivesse brincado de lego e as peças fossem todas as espécies do mundo. E o fim era sempre o mesmo. O silvo das serpentes, o aperto em seu pescoço, o despertar assustado em sua cama.
Nathan não estava muito diferente. O garoto sentia ondulações na Névoa de uma forma que nunca sentira antes. Como uma frequência de rádio tão discreta se espalhando pelo ar que apenas ele, a antena mais potente, podia discernir. Mas sabia que seus irmãos também estavam sendo afetados, de uma forma discreta. Também estavam tendo sonhos estranhos, reclamando sobre a névoa e como estava estranha, sobre como vinha... Irritando-os. O termo era este. Todos pareciam irritados com a Névoa. Inclusive ele, que era quem a sentia com mais precisão.
E naquela noite não foi diferente para Enzo. O garoto sonhou com os mortais desta vez. Corria em meio a uma cidade... Ou melhor, parecia flutuar em zigue-zague em meio ao caos de algum subúrbio qualquer. As pessoas se agitavam pelas ruas, se batiam com os punhos e com tudo o que encontravam em sua frente. Animais mordiam seus donos e aves desciam do céu bicando todos desprotegidos. “Você me traiu!”, “Você não lavou o carro, porra!”, como você pôde quebrar a televisão!?”, “Eu não vou pra escola. Eu não vou pra escola nunca mais!”. Cada grito de ódio era pontuado por uma pessoa diferente brigando com outra no caminho. O filho de Apolo correu sem rumo, sem voz e sem... Corpo. Olhou para baixo e percebeu que não passava de uma consciência flutuante no espaço. O silvo de uma serpente chegou até o garoto. Próximo, como se a criatura estivesse em sua nuca. Ele aumentou a velocidade da corrida. Evitou humanos e cães se engalfinhando, gatos silvando e pombos furiosos. Passou por um carro e aproximou-se. Mas o reflexo no vidro pegou-o de surpresa. Uma serpente verde de de olhos brilhantes verde-esmeralda e asas abertas saindo de seu tronco de cobra aproximou-se do vidro e o garoto percebeu que ele era a serpente.
- Cara, finalmente te accchei! Mmmassss que m1merrda esssstá acontessscendo???
Enzo despertou de um salto. A voz de Martha ecoava em sua cabeça... ele ainda podia ouvir o silvo da serpente em seus ouvidos. Então ele deu um salto quando o silvo ficou mais alto e uma dor subiu por seu braço. Martha... Estava grudada em seu bíceps com as presas enfiadas em sua carne. Os olhos vermelhos e vagos, silvando loucamente como se sofresse um ataque de ódio.
- Mooorra! Morra, Apolo! Voccccê já me fezzz de tola por tempo demaisss!
Enquanto isso, Nathan estava em seu chalé. Estava de saco cheio, pois seus irmãos estavam discutindo como crianças e dois deles tinham chegado a se azarar com magias naquele dia por motivos tão bobos que pareciam ter 8 anos... Ou estavam loucos. O garoto podia sentir a irritação deles irradiando para ele mesmo como uma doença contagiosa... Mas de alguma forma era mais fácil para ele resistir àquilo. Como se resistisse ao frio, ou a uma magia com pura concentração. Mas quanto mais pensava sobre isso, mas sentia que seu corpo estava lutando contra algo, como um encantamento de Charme, mas... De onde? Ninguém estava lançando-o sobre ele. Ninguém ali, nem ninguém que pudesse identificar.
Estava pensando sobre isso quando sentiu uma onda de magia... Ou duas. As duas conhecidas; a primeira foi fácil identificar, Enzo. A assinatura de energia do garoto ficou perturbada por um tempo e então agitou-se de forma estranha por um momento. E então outra aura durgiu próxima à dele... Mas de quem era? Sol. Animal. Cura. A Aura antiga e misteriosa do Espírito de Delfos e dos profetas.... A imagem de uma cobrinha alada e poliglota chegou até sua mente. A segunda aura era de Martha.
Enzo vinha sonhando com tantas coisas malucas que já perdera a conexão entre elas. Todos os dias ouvia o silvo de cobras enquanto dormia. Acordava assustado, jurando ver serpentes em todos os lugares. Nos sonhos leões, elefantes, lagartos e todo o tipo de animais perseguiam-no através de florestas densas e desconhecidas. Monstros surgiam, bestiais como se um deus louco tivesse brincado de lego e as peças fossem todas as espécies do mundo. E o fim era sempre o mesmo. O silvo das serpentes, o aperto em seu pescoço, o despertar assustado em sua cama.
Nathan não estava muito diferente. O garoto sentia ondulações na Névoa de uma forma que nunca sentira antes. Como uma frequência de rádio tão discreta se espalhando pelo ar que apenas ele, a antena mais potente, podia discernir. Mas sabia que seus irmãos também estavam sendo afetados, de uma forma discreta. Também estavam tendo sonhos estranhos, reclamando sobre a névoa e como estava estranha, sobre como vinha... Irritando-os. O termo era este. Todos pareciam irritados com a Névoa. Inclusive ele, que era quem a sentia com mais precisão.
E naquela noite não foi diferente para Enzo. O garoto sonhou com os mortais desta vez. Corria em meio a uma cidade... Ou melhor, parecia flutuar em zigue-zague em meio ao caos de algum subúrbio qualquer. As pessoas se agitavam pelas ruas, se batiam com os punhos e com tudo o que encontravam em sua frente. Animais mordiam seus donos e aves desciam do céu bicando todos desprotegidos. “Você me traiu!”, “Você não lavou o carro, porra!”, como você pôde quebrar a televisão!?”, “Eu não vou pra escola. Eu não vou pra escola nunca mais!”. Cada grito de ódio era pontuado por uma pessoa diferente brigando com outra no caminho. O filho de Apolo correu sem rumo, sem voz e sem... Corpo. Olhou para baixo e percebeu que não passava de uma consciência flutuante no espaço. O silvo de uma serpente chegou até o garoto. Próximo, como se a criatura estivesse em sua nuca. Ele aumentou a velocidade da corrida. Evitou humanos e cães se engalfinhando, gatos silvando e pombos furiosos. Passou por um carro e aproximou-se. Mas o reflexo no vidro pegou-o de surpresa. Uma serpente verde de de olhos brilhantes verde-esmeralda e asas abertas saindo de seu tronco de cobra aproximou-se do vidro e o garoto percebeu que ele era a serpente.
- Cara, finalmente te accchei! Mmmassss que m1merrda esssstá acontessscendo???
Enzo despertou de um salto. A voz de Martha ecoava em sua cabeça... ele ainda podia ouvir o silvo da serpente em seus ouvidos. Então ele deu um salto quando o silvo ficou mais alto e uma dor subiu por seu braço. Martha... Estava grudada em seu bíceps com as presas enfiadas em sua carne. Os olhos vermelhos e vagos, silvando loucamente como se sofresse um ataque de ódio.
- Mooorra! Morra, Apolo! Voccccê já me fezzz de tola por tempo demaisss!
Enquanto isso, Nathan estava em seu chalé. Estava de saco cheio, pois seus irmãos estavam discutindo como crianças e dois deles tinham chegado a se azarar com magias naquele dia por motivos tão bobos que pareciam ter 8 anos... Ou estavam loucos. O garoto podia sentir a irritação deles irradiando para ele mesmo como uma doença contagiosa... Mas de alguma forma era mais fácil para ele resistir àquilo. Como se resistisse ao frio, ou a uma magia com pura concentração. Mas quanto mais pensava sobre isso, mas sentia que seu corpo estava lutando contra algo, como um encantamento de Charme, mas... De onde? Ninguém estava lançando-o sobre ele. Ninguém ali, nem ninguém que pudesse identificar.
Estava pensando sobre isso quando sentiu uma onda de magia... Ou duas. As duas conhecidas; a primeira foi fácil identificar, Enzo. A assinatura de energia do garoto ficou perturbada por um tempo e então agitou-se de forma estranha por um momento. E então outra aura durgiu próxima à dele... Mas de quem era? Sol. Animal. Cura. A Aura antiga e misteriosa do Espírito de Delfos e dos profetas.... A imagem de uma cobrinha alada e poliglota chegou até sua mente. A segunda aura era de Martha.