O filho de Apolo ouve as preocupações do filho de Hécate e o responde. Nathan observa o que seu amigo estava fazendo com os outros dois loirinhos filhos de apolo e reconhece poções de cura especiais dos feiticeiros, feitas com ervas do sol e da lua.

Ele levanta o questionamento sobre a barreira. Enquanto conversavam Nathan reparou que agora a estranha sensação que sentia tinha aumentado... era como se algo, e não alguém estivesse cobrindo a ilha. Ele lembra das palavras de Selene sobre algo ter tocado a ilha e percebe que talvez fosse sobre isso que a deusa estava falando. Algo como um manto pesado de névoa estava crescendo em um ponto no exterior do limite da ilha, serpeando por cima dela.

Eles saem e rumam para a biblioteca quando uma gárgula de pedra pousa com estrondo ao seu lado. Nathan reconhece como uma das invocações de Ja'zir, a mulher-lagarto. A gárgula abriu sua boca de pedra, mas o que saiu dela foi a voz da feiticeira;

- Ssenhor, esstou ssentindo alguma coisa esstranha... Há algo sobre nós! Uma nuvem escura essstá tocando a ilha! Isso... Isso é névoa, mas não é a névoa que conhecemos. Dissso eu tenho certeza.

Nathan olha para cima e aperta os olhos. Com sua visão de vampiro e seus sentidos mágicos pôde discernir o que Ja'zir estava falando. De fato, podia ver um ponto mais escuro, de uns 10m de raio no céu. Uma área pequena diante do tamanho da barreira, mas crescia a cada momento, como se houvesse fumaça se espalhando do lado de fora, impedida de entrar pelo domo.

Enzo havia tocado sua musiquinha antes de sair. Os filhos de Apolo olham para ele maravilhados, e logo alguns dos outros feiticeiros também começaram a erguer as cabeças intrigados e surpresos pela magia da disney que o garoto espalhou pelo ar (?). Ele tinha tido tempo de aprender a fazer uma poção para curar envenenamentos e doenças mortais, e também uma poção de cura concentrada feita de poções de cura, néctar e enlace lunares, capazes de manter um guerreiro ferido ou cansado lutando por vários minutos.

Agora do lado de fora ele olhava a gárgula que falava com a voz da lagartona. Olhando para cima ele consegue ver outra gárgula uns 300m do chão, e discerne Ja'zir em suas costas. A gárgula voa em circulos, ams ele não consegue ver nada específico naquele ponto.

Enzo pega os livros que seu amigo trazia e começa a lê-los, começando pela história sobre os deuses antigos esquecidos e a névoa.

Enquanto isso Nathan senta e medita, concentrando-se. A gárgula de Ja'zir já planava pelos arredores buscando os magos indicados pelo seu lider, para ordenar que fizessem o mesmo que ele; estudassem aquela coisa que estava em contato com eles.

Aos poucos o garoto abrange tudo com sua consciência, apenas para apagar coisa por coisa logo em seguida, deixando em sua mente apenas o toque mágico daquilo que lhe importava; a anomalia acima deles. Ele envia seu foco através da barreira mágica e então por aquilo que estava em contato com ela. Ele aos poucos sente-se como se estivesse mergulhando em um mar gelado e escuro, que era com o que aquilo se parecia. ele nota que de fato, aquilo era Névoa, mas não a névoa que eles conheciam. Uma névoa mais densa, agressiva e... antiga. Mais selvagem. Enquanto a sentia ele sentiu algo; rancor. Sentiu uma leve raiva, e sentiu que aquilo se estendia além do domo. Era como se aquilo estivesse viajando através da própria névoa, como outro plano paralelo ao deles, até encostar na ilha. Eleseguiu a presença daquilo, mergulhando seus sentidos mais profundamente naquilo até onde pôde e conseguiu encontrar um foco, um ponto de partida... Mas através da névoa, não conseguiu discernir de onde vinha, afinal, direções ali não importavam nada. Lembrou do que selene disse, que algo estava vagando pela névoa e assim os encontrou. Mas ele não sentiu aquilo como uma força viva mas sim, uma força criada por algo ou alguém. Provavelmente, alguém, e alguém com raiva.

O filho de Hécate por fim sente algo; desta vez, uma presença, a mais de quilômetros de distância dentro daquela densa névoa. Ele sente algo como várias auras de criaturas, mas  não sabia dizer o que eram, e nem se estavam vivos ou mortos. Moviam-se lentamente, e ele pôde dizer que levariam ao menos dois dias para chegar até ele viajando naquela velocidade pela névoa. Estavam diretamente ao oeste, na direção do penhasco onde Enzo tivera sua visão, ele nota. Eram ao menos uma centn de criaturas, algumas mais fortes e outras menos.

Por fim, uma destas presenças parece se destacar. Ele de repente sente que algo o está sentindo também, sondando-o de volta à medida que ele os observa, e recua sua consciência de volta à ilha.

A esta altura grande parte da oite já havia se passado, e a madrugada segue adiante.

O feiticeiro busca seu amigo e o encontra cochilando na enfermaria. Àquela altura o lugar já não estava mais tão movimentado, mas ainda tinha movimentação alguns fetiiceiros que estavam acordados, aqueles que trocavam o dia pela noite.

Nathan, que não tinha necescidade real de um sono, ainda sentia-se alerta. A madrugada seguiu e o sol raiou enquanto os feiticeiros produziam e estocavam poções, e por fim Enzo acordou junto ao sol para ouvir as novidades de seu amigo.

Agora, durante o dia, aquela nuvem negra estava visível até mesmo para enzo, que conseguia distinguir algo como uma fumaça ou névoa negra no céu. Nathan acompanhou o deslocamento da névoa ao longo da noite, vendo que estava descendo pela cúpula em direção ao Oeste, o lado que sabia que viria a invasão. Tinha a impressão de que aquilo era uma espécie de caminho, um atalho, um túneo criado na névoa por onde criaturas estavam viajando.

- Nós preparamos todas as poções que podiamos. Estamos erguendo uma barreira protetora em volta do pátio do castelo e os filhos de Hécate e especialistas em Névoa estão monitorando os quatro cantos da ilha. - Ja'zir trouxe um relatório para Nathan logo após o amanhecer. Mesmo em suas feições de lagarto era possível notar o cansaço - Hoje iremos colocar armadilhas e amanhã invocaremos todos os familiares possíveis para lutar conosco.

O dia parecia passar rapidamente. O sol já se erguia a pino no céu, como se estivesse apressando-se para o desfecho que os esperava no fim do dia seguinte, lançando seus raios quentes sobre eles e os assistindo lá de cima. Selene não havia se manifestado mais, e Nathan não conseguia sentir a presença da deusa na ilha desde a noite anterior.

O livro da necromancia: