A garrafa cintilava na costa do lago de canoagem, o vidro esverdeado contrastava com a cor da areia amarelada chamando a atenção de um dos campistas que por ali passavam. Argus, um dos filhos de Zeus, passeava pelo local ainda se acostumando ao novo ambiente que poderia chamar de casa com o sol banhando generosamente a face italiana. Chegando mais perto do objeto, o campista viu que o recipiente continha um pedaço de papel apressadamente enrolado e a curiosidade foi mais alta que o decoro por seguir uma burocracia que sequer lhe fora dita. Abrindo a rolha e metendo os dedos para alcançar o fundo da garrafa, pega o papel e o desenrola para ler o que ali estava escrito. Conforme sacia sua curiosidade, uma ruga de preocupação toma-lhe a face ao entender do que se tratava a mensagem, alguém necessitava de auxílio urgente e cada segundo a mais poderia significar a morte:
Correndo às pressas em direção à Casa Grande em busca de orientação e avisar sobre a situação, Argus esbarra em Arteniel que subitamente aparece no meio do caminho. Esbarrar é um termo leve para descrever a cena. Ele literalmente empurra o outro semideus na direção em que corria derrubando ambos ao chão com o pedido de ajuda flutuando até parar no colo do ceifador. Compreendendo a urgência da situação, Arteniel o acompanha até encontrarem Quíron, pois o Sr. D estava indisponível - bem como os demais deuses do Olimpo. A preocupação era evidente no rosto do velho centauro, enviar dois filhos dos Três Grandes ainda que de lados diferentes do panteão greco-romano sempre implicava em problemas graves e, considerando as circunstâncias, talvez não fosse a melhor opção. Suspirando profundamente, Quíron fala aos dois semideuses:
- Não é a situação que eu desejaria rever, rapazes. Entretanto, nada acontece por mero acaso. O farol deve se referir ao da Ilha do Fogo, tenham cuidado. - com uma pausa breve, porém profunda, ele continua: - Espero que retornem sãos e salvos com esta garota.
Dada a permissão e orientações finais do gestor do acampamento, Argus e Arteniel devem se apressar para chegar a Long Island antes que seja tarde demais ao Farol da Ilha do Fogo. O sol está em seu ápice ao meio-dia e nenhuma nuvem se vê por perto.
Enquanto o campista e o ceifador reúnem seus equipamentos, Úrsula se encontra próxima a costa de Long Island podendo notar o farol a uma distância aproximada de 500m. Ela está boiando sobre um pedaço de madeira que antes era o barco favorito de seu avô. Outros pedaços estão espalhados ao redor lembrando a ela da fúria que o mar pode exercer quando subestimado. As nuvens acinzentadas ainda pairavam sobre o horizonte diminuindo a incidência dos raios solares, o clima tornava-se pesado e a garota parente de pescadores sentia a corrente de água fria passando por seu corpo. Ao longe em alto-mar uma tromba d'água parecia se formar com a condensação das nuvens a cerca de 30 km de sua posição. Olhando novamente para a praia nota um casal que antes não estava por ali acenando desesperadamente para que Úrsula chegue na praia de areia alaranjada. Ela quase podia ouvir seus gritos sobre o perigo que ela corria se permanecesse no mesmo lugar.
Afinal de contas, o que estava acontecendo no dia que deveria ser perfeito para ela e seus familiares? Jamais vira o mar tão revolto como naquele estado. As incertezas lançavam uma sombra de apreensão na mente dela, como poderia retornar aos braços de sua mãe e avós, esquecer que vira seu avô, quem era um exímio nadador e exemplo de precaução marítima, ser tragado para as profundezas de forma misteriosa?
Úrsula Goodvil
No Mar de Long IslandEu.... Eu não sei como responder e nem sei se verão essa carta, mas eu estou a deriva do mar e estou sem saber o que fazer, eu preciso de ajuda, por favor quem ler, me busquem, eu estou com medo de verdade de tudo o que está acontecendo, eu sei que eu consigo ver o farol, vou tentar chegar no farol por minha conta.... Eu realmente espero que consigam me ajudar.
Correndo às pressas em direção à Casa Grande em busca de orientação e avisar sobre a situação, Argus esbarra em Arteniel que subitamente aparece no meio do caminho. Esbarrar é um termo leve para descrever a cena. Ele literalmente empurra o outro semideus na direção em que corria derrubando ambos ao chão com o pedido de ajuda flutuando até parar no colo do ceifador. Compreendendo a urgência da situação, Arteniel o acompanha até encontrarem Quíron, pois o Sr. D estava indisponível - bem como os demais deuses do Olimpo. A preocupação era evidente no rosto do velho centauro, enviar dois filhos dos Três Grandes ainda que de lados diferentes do panteão greco-romano sempre implicava em problemas graves e, considerando as circunstâncias, talvez não fosse a melhor opção. Suspirando profundamente, Quíron fala aos dois semideuses:
- Não é a situação que eu desejaria rever, rapazes. Entretanto, nada acontece por mero acaso. O farol deve se referir ao da Ilha do Fogo, tenham cuidado. - com uma pausa breve, porém profunda, ele continua: - Espero que retornem sãos e salvos com esta garota.
Dada a permissão e orientações finais do gestor do acampamento, Argus e Arteniel devem se apressar para chegar a Long Island antes que seja tarde demais ao Farol da Ilha do Fogo. O sol está em seu ápice ao meio-dia e nenhuma nuvem se vê por perto.
Enquanto o campista e o ceifador reúnem seus equipamentos, Úrsula se encontra próxima a costa de Long Island podendo notar o farol a uma distância aproximada de 500m. Ela está boiando sobre um pedaço de madeira que antes era o barco favorito de seu avô. Outros pedaços estão espalhados ao redor lembrando a ela da fúria que o mar pode exercer quando subestimado. As nuvens acinzentadas ainda pairavam sobre o horizonte diminuindo a incidência dos raios solares, o clima tornava-se pesado e a garota parente de pescadores sentia a corrente de água fria passando por seu corpo. Ao longe em alto-mar uma tromba d'água parecia se formar com a condensação das nuvens a cerca de 30 km de sua posição. Olhando novamente para a praia nota um casal que antes não estava por ali acenando desesperadamente para que Úrsula chegue na praia de areia alaranjada. Ela quase podia ouvir seus gritos sobre o perigo que ela corria se permanecesse no mesmo lugar.
Afinal de contas, o que estava acontecendo no dia que deveria ser perfeito para ela e seus familiares? Jamais vira o mar tão revolto como naquele estado. As incertezas lançavam uma sombra de apreensão na mente dela, como poderia retornar aos braços de sua mãe e avós, esquecer que vira seu avô, quem era um exímio nadador e exemplo de precaução marítima, ser tragado para as profundezas de forma misteriosa?