Olhei tudo espantada. O gelo atraia-me , porém eu não entendia o porque. Parecia que eu podia fazer algo envolvendo aquilo, eu sentia, porém não entendia oque.

Desesperada para parar o ataque, corri em direção ao monstro.

Caso ele não me visse, usaria a espada golpeando-o nas costelas esquerdas, chamando sua atenção para mim, dando espaço para a matilha retirar o lobo líder do alcance do monstro e em seguida contra-atacar.

Caso ele me visse, manteria-me longe de sua mira, usando toda minha força para acertar-lhe nas pernas dificultando seu caminhar, dando espaço para o resto da matilha retirar o líder do alcance do monstro e em seguida contra-atacar.

Antes que pudesse pensar melhor, estava agindo.

Ao cair ao chão, senti a espada cair ao meu lado. Eu havia engolido um pouco de grama. Irritada com a situação, apanhei a espada, pus-me de pé rapidamente e observando a matilha espalhada, gritei com voz firme :

- Junto !

Não sabia se os lobos obedeceriam, mas como vi que o líder estava fora de perigo, resolvi montar um plano de ataque.

Partiria para cima do monstro novamente, desta vez desferindo um golpe em seu braço, debilitando-o a ponto de não poder me dar marretadas novamente (isso dói ) e dando ordem para que os lobos prendessem suas pernas abocanhando-as.

Ou caso o monstro desviasse, acertaria-lhe a costela, fazendo-o curvar-se, dando ordens para que os lobos prendessem suas pernas abocanhando-as e atacassem sua face.

Sem medir esforços ou perder tempo, parti para o ataque.

- Puta que pariu - falo irritada .

Ao tentar mexer meu braço esquerdo, sinto uma dor latejante. Eu não sabia oque faria até ver o lobo líder se levantar. Cruzando o olhar com o dele e vendo a matilha em posição de ataque, grito com voz firme :

- Vão ! Ataquem !

Eu usaria a matilha para atrair a atenção do monstro, avançando contra ele quando o mesmo estivesse de costas e fincando a espada em seu peito esquerdo.

Ou caso a matilha não chamasse sua atenção, avançaria contra o mesmo, deixando-o atacar primeiro, desviando da tentativa de golpe, acertando-o na costela (eu queria fazer ele curvar-se) e afastando-me o mais rápido possível.

pondo-me de pé e com a espada na mão direita, ajo.

O monstro fora abatido, porém antes que eu pudesse comemorar, ele estava pondo-se de pé novamente e com um vapor gélido saindo de sua boca. Eu sabia que aquilo não daria certo e que se eu não agisse rápido, eu poderia virar um picolé.

Percebi que a dor começava a reduzir, oque me daria vantagem.

Se o monstro tentasse me agarrar, usaria o braço meio danificado para apoiar-me ao chão, passando por entre suas pernas, fazendo um giro rápido da lâmina cortando-lhe rápido as pernas e pondo-me de pé pronta para dar o próximo golpe à suas costas.

Ou se ele tentasse me acertar com a marreta, giraria para o lado, saindo do alcance da marreta, desferindo-lhe um golpe, arrancando-lhe os braços, indo para suas costas onde não poderia me ver, pronta para o próximo golpe.

Sem titubear e antes que pudesse perder a coragem, agi.

Eu não me lembrava de muita coisa. Na verdade, a única coisa da qual eu lembrava com clareza era da luta contra o monstro e o olhar do lobo para mim. Agora eu estava em um avião , rodeada de estranhos, desarmada e sem saber em quem podia confiar. E para completar todo o caos, meu braço estava danificado e enfaixado.

Oque eu fazia ali ? Eu não sabia, mas mantive-me alerta. Porém, algo não parava de vir como um pop-up em minha mente. Aonde estavam os lobos ? Oque acontecera com eles ? E com o monstro ? Apreensiva corri os olhos pelo avião novamente tentando encontrar alguém de quem eu lembrasse o rosto ou até um suspeito.