Ary e Killua, apesar de serem filho de deuses que não se gostam muito, eram bons amigos. A pedido do filho de Hades sua amiga se dirigiu até a arena de treinos.
Estava de noite, cerca de 20hrs. Uma linda lua cheia brilhava no céu.

Os campistas chegam conversando e encontram Lhokita perto da arena. Pelo visto ela estava apenas de passagem, mas resolveu dar uma olhada no pq que aqueles semideuses estavam fora da cama aquela hora.

-- Boa noite. -- Ela disse -- Estão procurando alguma coisa?

Os garotos se entre olham. Eles sabiam que a filha de Apolo não era de fato a responsável por ver quem estava rondando o acampamento de noite, de qualquer modo, a Tenente sempre se preocupou em ter certeza de que todos estavam seguindo as regras.

-- Treino? -- Responde Killua, sem ter certeza de que seria a resposta certa.

Lhokita analisa a resposta e decide.

-- Ótimo. Eu vou junto

Primeiro eles não entenderam o que aquilo significava, mas aceitaram e foram juntos para arena.
A arena estava como sempre. Circular, ampla e com chão de terra batida.
Os campistas se distanciaram 8m da Tenente. Ela não faz movimento algum, apenas observa.

Olho incerto para a caçadora. Já tinha alguma experiência com a tenente selvagem, mas a presença da garota ainda era... intimidante. Mesmo com aquele rostinho angelical e seus magnânimos 1,50 de altura.

— Hm... Nós lutaremos... Contra você? — Pergunto.

De qualquer forma, enquanto observo a garota, vou repassando meu equipamento mentalmente, e avalio os detalhes do ambiente ao redor. A noite estava bela; A lua cheia me desagradava, refletindo com mais intensidade a luz do sol e iluminando a noite com mais fulgor. Mas fazer o que, né.
Presa na cintura, ao lado direito, estava minha adaga de ferro Estígio; Presente de reclamação dado pelo meu pai. Do lado esquerdo, estava minha espada curta. Numa bolsa de couro presa na parte de trás do cinto, também do lado direito, estavam 3 shurikens de ferro mortal, que eu usava constantemente. No pescoço, brilhava um pingente de prata em formato de Lua; um velho presente da deusa Ártemis. Por baixo do jeans e da camiseta "EU ADORO CAÇADORAS", estava minha armadura de couro :v

Enfim. Aguardo. Caso ela abra a boca eu me jogo no chão e morro.

Lhokita primeiro vê um ROMANO na arquibancada com um cartaz e pensa "Pq eu não acabei com ele quando tive chance "

Voltando pra batalha, a Tenente percebe logo a tensão dos campistas. Não era de se achar estranho, afinal, Lhokita tinha muitas histórias que vagavam pelo acampamento. A começar pelos seus 785 anos de vida.
Killua rapidamente checa seus equipamentos e Ary faz a mesma coisa. Ao ver o escudo da garota, Lhokita hesitou por uns segundos. A face da medusa era mesmo incrível todas as vezes, mas aquele escudo já era bem conhecido entre os filhos de Zeus, e ela já o tinha visto algumas vezes. De qualquer forma, olha-lo de perto seria igualmente hesitante.

-- Podem começar. -- Ela disse gentilmente e invocou seu arco com 3 flechas.

Lhokita mirou as 3 flechas, mas não atirou. Ela não estava querendo matar ninguém. Suas flechas eram rápidas e aquela distancia poderiam não dar chances à eles caso demorassem um segundo para agir.
Pelo menos Ary tinha seu escudo, mas a garota se perguntou se aquela seria mesmo a primeira luta que a Tenente teria contra um oponente protegido por um escudo.
Apesar da lua brilhante no céu, Killua percebe que ela não ia prejudicá-lo. Ary também já tinha se acostumado com aquela claridade e estava conseguindo ver bem. Talvez só não conseguiria acompanhar um movimento muito rapido.

Lembro que caçadoras não gostam muito dos homens, e penso que cada flecha está destinada a uma cabeça. Uma pra Ary, duas pra mim, é. É.
Enfrentar um inimigo como a Lhokita era, ao mesmo tempo, exasperador e excitante. Nos dava uma ideia do quão fraco ainda somos, e do quão fortes podemos vir a ficar algum dia. É incentivante. Fascinante. Como um camundongo atrevendo-se a enfrentar um tigre faminto, que não o come apenas porque sabe que o animalzinho não satisfaria em anda a sua fome, então apenas brinca com ele, por falta do que fazer.  

Franzo levemente o cenho em concentração. Estava ciente de que antes mesmo que eu me desse conta poderia ter três flechas enfiadas no pâncreas, então evito fazer movimentos desnecessários que alertassem a caçadora de minha ação. Ativo minha habilidade ~Invólucro de Sombras~, laçando as pernas da guria ao chão, limitando sua capacidade de esquiva. Ok. Eu sabia que ela poderia piscar e rebater cada uma de minhas investidas com os cílios, mas enfim...
O mais rápido que posso, giro e abaixo o corpo, sacando minha adaga de Ferro Estígio e concentrando-me nela, usando ~Obscurecer~ para envolvê-la em sombras e torná-la indistinta aos olhos da caçadora,  e então a disparo na direção da perna presa da garota, usando o giro que dei para proporcionar mais velocidade ao lançamento. Espero que minha passiva ~Sombras~ coopere para me tornar um alvo difícil para a caçadora, junto com minhas vestes pretas e o negrume da noite, embora eu soubesse que a arqueira tinha uma visão anormalmente aguçada, mesmo no escuro.

Enfim. Logo após meu pequeno e medíocre ataquezinho, eu saco a espada e aproveito minha posição (levemente agachado) para pular ou me jogar e rolar para os lados caso veja a guria fazendo menção de soltar a corda e disparar suas setas mortais :v

Na verdade, mesmo durante meus movimentos eu me mantenho atento para, caso preciso, esquecer a ofensiva e me manter vivo, pulando pros lados, rolando, dançando tango ou usando msiticamente a adaga sacada para tentar desviar alguma flecha marota.

Habilidades Usadas:

Killua começa a batalha, com um movimento simples para que as sombras prendessem os pés da Tenente. Antes de atirar, Lhokita faz 2 das 3 flechas voltarem para a tatuagem e dispara somente uma.
Ary se prepara, imaginando que a unica flecha voasse em direção de seu aliado, entretanto, a flecha se crava no chão, num ponto médio entre os dois, e emite um som ensurdecedor. A explosão sonora empurra os campistas 80cm para o lado, e ambos levam as mãos imediatamente para os ouvidos. Ary tentou usar sua habilidade na flecha, mas ela foi muito rápida para ser desviada.
Eles sentem uma tontura muito forte e seus ouvidos sangrarem.

Depois de atirar, Lhokita abaixa a lâmina (50cm) flamejante de seu Arco Troiano Composto* "Luna" [Heroico][Ouro & Prata][Elétrico][Lâminas][Oricalco][Gélido][Flamejante][H] para dissipar as sombras que prendiam suas pernas enquanto Ary e Killua sofriam com o efeito da explosão.

Depois de uns 2minutos, Lhokita tinha se afastado mais 2m.
Ary olha com uma certa raiva nos olhos e puxa o arco da tenente para ela, entretanto, ao perceber que sua arma estava sendo atraída, a filha de Apolo invoca seu arco de volta para ela. Isso era possível porque as tatuagens do arco e das flechas são um presente de natal dado pela Ártemis.

A filha de Zeus e o filho de Hades estão com muita tontura, mas conseguem se recompor para batalha.



Flecha: Flecha Sônica:Esta flecha causará uma grande explosão sonora fazendo todos ali perto ficarem completamente surdos, desnorteados e desequilibrados. O efeito da explosão sonora é capaz de explodir vidros e até mesmo empurrar matéria que estiver BEM PRÓXIMA da explosão. O efeito é muito mais forte na flecha mítica sendo 10x maior que a comum, e irá diminuindo gradativamente com o aumento da distância.
As flechas prejudiram os alvos que estiverem em um raio de:
Comum= 5 metros

Tatuagem: Presente de Natal de Ártemis para as caçadoras. Diferente das outras tatuagens, esta não tem limites, podendo, por exemplo, trazer de volta os itens independente de onde estiverem.

Hmm... por essa eu não esperava.
Após ver a caçadora disparar sua flecha e acertar o chão, eu penso: O que? ela errou? Hã? Comassim?
Aí então sinto o deslocamento de ar, o estrondo, a pressão e a completa falta de direção. Se não fosse pelo som agudo que explodira no fundo do ouvido, tudo estaria no mais completo silêncio nos minutos que se seguiram. Filha de Apolo, me lembro. Deus da música. Devia ter imaginado que tem esse tipo de truque escondido. E aquela flecha poderia ter vindo diretamente em minha cabeça, se assim ela quisesse.

Depois de dois ou mais minutos de estupor, tento me recompor. Vejo que os pés da caçadora não mais estavam presos pelas minhas sombras, e que o arco da caçadora havia sumido. Penso que talvez tivesse algum tempo para atacar enquanto ela não evocava mais uma vez seu arco, as flechas, puxava a corda e me matava, é.

Franzindo os lábios, percebo que precisaria de algum tempo para me recompor e executar outro movimento elaborado. Abaixado, eu finco minha humilde adaga de Ferro Estígio no chão, concentrando-me sem tirar os olhos da arqueira à frente.

— Venham a mim — falo baixinho —, provem do mundo dos vivos mais uma vez.

Assim, uso minha habilidade ~Invocação~ para chamar meu pequenino bando de esqueletos para dar cobertura e distrair a caçadora.

— Ataquem — Falo para os esqueletos, e então emendo em um tom mais baixo, para que apenas Ary possa ouvir — Vamos nos separar.

Enquanto eles avançam contra Lhokita, corro para a direita, movendo-me silenciosamente de sombra em sombra, esperando que a guria não me veja.
Paro em um lugar mais escuro e fico totalmente imóvel, esperando, assim, me confundir ainda mais com a escuridão do ambiente. Aprendi com o passar do tempo a confiar na proteção que as sombras oferecem. Fique quieto, e verão apenas a escuridão onde esperam haver apenas escuridão.

De qualquer forma, caso a caçadora me ache no meio do escuro ou tente me atingir antes que eu ache uma posição auspiciosa (?), eu faço o possível para desviar de suas setas capiróticas. Pulo para trás, para a frente, me jogo e rolo, ou, em casos de emergência, usufruo de minha habilidade ~Corpo de Sombras~, para que a flecha passe diretamente por meu corpo escultural (?), e mate algum pobre passarinho no além.

Ativas Usadas: