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Herois do Olimpo RPG

Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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λ Dite Maniel

λ Dite Maniel
Filho(a) de Afrodite
Filho(a) de Afrodite
Foi um baque, milhares de sensações e emoções misturadas me atingiram de uma só vez.

Pra começar, antes mesmo que eu pudesse terminar de proferir as tais palavras eu o via invocando fogo negro e nos salvando daquela futura batalha, pude ler em seu rosto uma vontade por ficar e lutar mais que foi suprida por alguma outra necessidade maior no entanto, segundos depois eu fui sugada pela escuridão. Não havia como descrever aquela sensação de forma exata, era como se tudo que eu fosse se reduzisse a uma partícula balançada para todos os cantos de formas inesgotáveis e logo em seguida fosse expandido novamente e eu me sentisse presa ao meu corpo. Meu estomago se revirava e eu teria caído e vomitado não fosse o braço que me segurava firma. Ergo o rosto e praticamente posso sentir seu coração acelerado antes dele me soltar e eu desabar contra seu dragão. Levo algum tempo para me recuperar e nisso só percebo que estamos descendo quando Fenrir pousa e Daniel pula praticamente antes do mesmo encostar no chão. Demoro um pouco mais para descer graças ao meu enjoo, mas assim que o faço, escuto um som muito familiar: socos, corro até onde Daniel foi e o vejo no chão, no entanto, não havia nada nem ninguém que poderia ter feito tal coisa. Nesse momento meu radar sentimental dispara e sinto um ódio forte vindo dele, com isso fico mais receosa de me aproximar mas ainda assim o faço.

- Ritter...?- Assim que me pronúncio ele se levanta, fazendo sua espada aparecer e diz que devíamos nos separar. Por algum motivo aquilo me deixa pior do que a viagem das sombras que passamos agora pouco, quando ele continua andando eu penso em gritar, dizer que ele não pode me deixar sozinha depois de tudo, que ele tinha um papel na missão ou algo do gênero mas meu cérebro sufoca os sentimentos pela primeira vez na vida e eu apenas fico calada enquanto o vejo partir. Quando ele já não é nada além de um ponto na multidão eu me viro e começo a caminhar, sinto uma pequena lágrima sair de meus olhos e a enxugo antes que ela caia.

- Mãe, se pode me escutar... Eu não sei o que você está tentando fazer, mas por favor, eu te imploro que pare de tentar.

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#21

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano


Monte Olimpo, Salão de Hera


A rainha do olimpo estava a observar tudo e não demorou para perceber o motivo de Daniel ter escolhido de Afastar de Dite.

- Então aquelas duas estão tentando agir contra mim, não é? Vou lhes mostrar o quanto isso é um erro.

A imagem em seu espelho se volta e a figura de Dite, que ainda observava a direção em que Daniel partiu.



Daniel



O filho de Hades resolveu se separar da filha de Afrodite na expectativa de se livrar, ou ao menos tentar controlar aquilo que estava lhe incomodando, o seu coração. Ao mesmo tempo, estava disposto a procurar por vestígios mágicos dentro da cidade de Londres e recorreria a seu pai, que normalmente não se mete no meio de assuntos de outros deuses e fica em seus domínios, que são extremamente vastos.

O rapaz segue seu caminho e não precisa andar mais que três quadras até perceber que mudou de cenário. Ele se via sentado em uma mesa de chá com biscoitos, em frente a um lado observando o pôr do sol. Certamente ele já não estava em Londres.

Ao seu lado, a figura feminina mais bela de todas estava ao seu lado e ele não demorou a reconhecê-la. Afrodite havia aparecido para ele.

- Acredito que você tenha algumas perguntas para mim, não é? Que tal fazermos uma pequena troca? Tenho certeza que ambos os lados sairão ganhando se você concordar, mas a decisão é sua.

A deusa se presta a tomar um gole do conteúdo que estava em sua xícara enquanto observa os cisnes que estavam no lago. Tudo era calmo e tranquilo. Um cenário semelhante aos filmes românticos melosos dos filmes de Hollywood. Daniel volta a si quando imagina  a filha daquela que estava ao seu lado. Aquilo certamente foi o alerta que se obrigou a voltar a si e agora estava com a responsável direta por seu tormento ali.


Dite


Dite não teve muito tempo para processar os últimos acontecimentos. Ela ainda se sentia um pouco enjoada com a viagem nas sombras quando viu Daniel se golpear e depois dizer que deveria partir. A garota tenta inutilmente fazê-lo reconsiderar e tenta fazer um apelo que provavelmente não seria ouvido por sua mãe.

Apesar do turbilhão dos sentimentos que lhe preenchia, a garota se viu obrigada a continuar, pois ficar parada não era uma opção que poderia lhe satisfazer. Ela sabia que sua mãe lhe apareceria cedo ou tarde se ela continuasse dentro de seu joguinho, e seria nesse momento que as duas poderiam ter aquela conversa de mãe para filha.

A garota sente um frio na espinha quando se vê diante de um restaurante 5 estrelas. Havia algo perigoso, porém, atrativo o suficiente para fazer com que a garota fosse para lá. Uma mulher que se vestia luxuosamente estava sentada em uma mesa aparentemente reservada para dois. Usava um suéter de lã branca com algumas manchas negras, semelhantes ao pelo de vacas, o que trouxe certa repulsa para a garota, mas que ficava muito bem na mulher em questão.

Um olhar que era ao mesmo tempo convidativo e fatal é dirigido à filha de Afrodite, que sabia que estava diante de uma deusa, a rainha do Olimpo que tanto detestava. Porém, ela também sabia que tentar recuar era inútil, e se obriga a sentar junto da mulher que bebia uma taça de champanhe.

- Acho que temos alguns assuntos para tratar, não é? Acabei de ver seu namoradinho te dando um belo fora e fiquei... interessada nesse problema. Poderia me dizer o que exatamente vocês vieram fazer aqui?

#22

λ Dite Maniel

λ Dite Maniel
Filho(a) de Afrodite
Filho(a) de Afrodite
Londres era enorme, uma cidade que misturava o velho com o novo e que parecia se estender por milhares e milhares de quilômetros. Haviam mil e um hotéis dos quais poderia me hospedar, lojas de souvernirs, de brinquedos, e ao fundo de tudo a enorme roda gigante. Enquanto caminho pela rua um hotel um tanto luxuoso me chama a atenção, parecia que um ímã me puxava em sua direção e sem muita resistência eu entro.

O piso de salão era de um mármore branco, lustrado de forma impecável, de modo que a mulher na mesa estava refletida ali. Ela me parecia velha e aquele casaco a deixou ainda mais parecida com seu símbolo: uma vaca. Só faltava os chifres. Encontro seu olhar e por um momento tenho quase certeza que ela só não fez o salão pegar fogo por causa de Héstia.

Enquanto me sento reflito sobre como me portaria diante de sua presença. Poderia me voltar ao lado mais arrogante dos filhos de Afrodite... Não, balanço a cabeça mandando a ideia para longe. Respeito só é dado com respeito. Assim que me sento dou meu melhor sorriso a ela.

- Bom, primeiro, ele não é meu namorado. Segundo, estamos apenas atendendo um chamado dos Deuses, para uma missão.

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#23

Daniel Ritter

Daniel Ritter
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Contemplei Afrodite como se ela fosse o abismo. E o abismo a mim também contempla.

Tome fôlego.

Inspire o máximo de ar que conseguir. Feche os olhos e imagine que estou sentado no escuro. E, enquanto o ar escapa de seus pulmões, minha existência lentamente se torna borrada até o ponto de deixar de existir. Quando você precisa de ar novamente, eu já terei desaparecido. E quando o ar acabar novamente, o nome Daniel Ritter sequer será lembrado.

É isso o que eu era na frente de um deus.

Se isso me impediria de tentar matá-lo?

Nunca.

- Perguntas? Não tenho nenhuma. Você vai me tirar desse joguinho, e eu termino essa missão, volto para casa e esqueço o que foi feito aqui. Parece bom o bastante pra você?

#24

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano



Daniel


A deusa do amor toma mais um gole de chá com total indiferença às palavras do filho de Hades.

- Joguinho? Missão? Acho que algumas coisas estão fora de ordem por aqui, ou você não é tão inteligente o quanto eu imaginei e ouvi falar. – Diz a deusa sem sequer olhar para o rapaz.

- O motivo de eu ter vindo até aqui, ou melhor, de eu estar agindo pessoalmente, Daniel, é você. Já que não tem perguntas, se importa em responder uma delas? O que você acha que eu represento? – Diz a deusa sem qualquer tom de malícia e com uma seriedade que nem mesmo o filho do submundo esperava ouvir.

Nesse momento, um de seus pensamentos anteriores vem à tona.

“Havia algo em Afrodite que me causava certa repulsa. Talvez mais do que Apolo. Amor. Tudo o que eu amo vai embora. Estava plenamente ciente de que essa lógica é quase igual a que todas as pessoas que bebem água acabam morrendo. Mas dói. E não é a dor de ser rasgado por uma espada, ou ser afogado, queimado, eletrocutado, não é como a dor de cair, de perder um braço, de perder um dente com uma porrada. Eu sei disso porque já passei por todas essas coisas, pelo menos uma vez.”



Dite


Dite estava ciente de que estava em um jogo complexo. Apesar de possuir um dom de esconder sentimentos, era claro que isso não funcionaria em divindades, ainda mais com alguém que possui  um desgosto enorme contra a existência de filhos de Afrodite. Porém, a resposta dada à investida irônica de Hera foi a melhor de todas, pois não a comprometeu e muito menos deixou a deusa irritada.

- Entendo... Uma missão dada pelos deuses. Então acho que estamos resolvidas. Fiquei interessada na vinda de vocês dois porque tenho alguns interesses dentro deste lugar, mas não acho que a missão de vocês seja tola o suficiente para se aproximar deles. Nesse caso, por que não aceita um pequeno presente meu, como pedido de desculpas pela visita... inesperada? Se tem alguma desconfiança, posso jurar pelo Rio Estige que o que lhe ofereço  lhe será útil em algum momento.

Surgem então sobre a mesa três exemplares magníficos de penas de pavão. Aparentemente esse era o ‘presente’ ofertado por Hera. A deusa então observa a garota esperando uma resposta. Dite agora tinha uma escolha muito difícil pela frente. Aceitar algo da rainha do Olimpo, que fez o juramento sagrado de que seria útil ou recusar e se preparar para algum movimento mais severo da deusa, que assim como qualquer outro, age como uma criança mimada que detesta ser contrariada, com a diferença de possuir poder suficiente para atrapalhar alguém de várias formas.

#25

λ Dite Maniel

λ Dite Maniel
Filho(a) de Afrodite
Filho(a) de Afrodite
Em momento algum, nem mesmo nos meus piores sonhos eu imaginara que receberia um presente de Hera. Seu ódio contra minha mãe e meus irmãos eram conhecidos não só no Olimpo, mas em todos os cantos de todos os mundos. Encaro meio desconfiada as penas e penso por um segundo mais antes de as aceitar. Sua promessa poderia ser olhada de muitos ângulos, como se o que seria útil para mim, segundo sua visão, fosse a morte. Poderia ser também um rastreador, as possibilidades eram infinitas.

- Obrigado, Deusa. - A respondo tranquilamente enquanto vou passando as penas por meus dedos.

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#26

Daniel Ritter

Daniel Ritter
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Inspirei o ar para os meus pulmões.

Foi preciso de toda força de vontade para conseguir desviar os olhos de Afrodite. E, mesmo assim, só durou um segundo. Eu tentava odiá-la, mas como poderia odiar o próprio amor? Com um gosto amargo, um sorriso apareceu. Não uma risada de uma piada estúpida do meu dragão. Não um trejeito do meu lábio ao demonstrar sarcasmo. Um sorriso. Felicidade em força de contração musculares.

- Se lembra da primeira vez que eu deixei você entrar? Quando eu era só um garotinho assustado, cheio de ressentimento, e o que você fez me transformou. Até hoje, eu odeio o Sol, mas dancei com a filha dele. E quis dançar até o alvorecer encher o mundo de cor. Até toda sombra se extinguir. - O sorriso morria devagar, assim como a lembrança que se borrava até ficar irreconhecível.

Todos os sorrisos, e as promessas. A canção que tocava ao fundo. Os primeiros raios solares a nos aquecer. O calor do nossos corpos. Tudo isso reduzido a só uma memória. Uma lembrança de uma outra vida. Vida que talvez eu nem tenha vivido.

- Por favor, vá. E não volte. Seja como um daqueles que olhei sob a tua ótica. Que senti com o coração cantando uma canção que você compôs. - Não me lembro de alguma vez antes ter suplicado por alguma coisa.

Até agora.

#27

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano

Daniel


A expressão da deusa do amor muda para algo completamente diferente do que qualquer um poderia imaginar. Da indiferença, passou a compaixão, mas seus olhos também remetiam certa tristeza, como se as palavras do rapaz tivessem um impacto real sobre uma entidade que normalmente não liga para mortais.

- É óbvio que eu lembro. Da mesma forma que sei das consequências. Porém, você deve saber que não somos nós quem definimos ou decidimos tudo. As parcas às vezes guardam destinos completamente alheios, distantes da vontade de deuses.

Um leve silêncio que deixava a situação parecendo a calmaria que antecede a tempestade se instala.

- Saiba que estou agindo para resgatar uma parte sua, que você tenta enterrar no mais profundo de seu ser. Seu coração, o amor. O que eu represento. Tudo o que você sentiu desde que saiu foram manifestações reais de seu coração, seus sentimentos. A única coisa que eu fiz foi libertar essa sua face da muralha que você mesmo construiu.

Daniel então viu o ambiente à sua frente começar a mudar.  Estava voltando a tomar a forma das ruas em que ele caminhava até o momento em que fora arrastado ao encontro da deusa. Quando finalmente se viu andando normalmente, sua mente ouviu as seguintes palavras:

Todos merecem uma nova chance, Daniel. Inclusive você.


Dite


Dite e Hera trocavam sorrisos visivelmente falsos.

A rainha do Olimpo, após presentear a garota, educadamente diz que vai se retirar e deseja boa sorte na missão. Ela recolhe seus pertences e coloca seu casaco antes de se despedir e sair pela porta da frente do estabelecimento.

Um suspiro de alívio.

Dite agora sabia de duas coisas: Hera estava a observar suas ações e que estava na estaca zero. Não adiantaria muito estar em Londres como sua mãe pedira e não ter nenhuma ideia do que fazer ou onde ir. Alem disso, seu único aliado até então, havia se separado. Era óbvio que ele tinha seus motivos, mas isso claramente deixava as coisas ainda mais complicadas.


#28

λ Dite Maniel

λ Dite Maniel
Filho(a) de Afrodite
Filho(a) de Afrodite
Ter um encontro com um Deus não é algo muito recomendável. Assim que a vaca sai dou um suspiro aliviado e vejo as pessoas do restaurante começarem a aparecer, guardo as penas que ela me dera na mochila e saio do restaurante. O céu cinza-claro e sombrio de Londres ainda estava ali, as lojas movimentadas, os carros, a vida. Me pergunto onde Daniel estaria agora, o que estaria fazendo, como seguiria a missão. Inúmeras perguntas e nenhuma resposta.

Começo a caminhar pela calçada até chegar em um ponto que pudesse pedir um taxi. Minha única dica era a tal quarto de milha, então iria para o exato local que a que ela se referia. Quem sabe até lá eu teria uma ideia útil.

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#29

Daniel Ritter

Daniel Ritter
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Levei a mão até o meu próprio pescoço.

Senti o meu pulso, só para ter certeza que estava vivo. Se haviam deuses gregos, então havia um único Deus que criou e rege todo o universo? E, se Ele existe, por onde esteve? Todas as vezes em que me senti como agora. Como um menininho indefeso, com roupas curtas num inverno cortante. Totalmente sozinho.

Olhei para cima, e gemi um nome.

Fenrir.

- Onde está Dite? Minha missão sempre foi auxiliá-la e parece que não estou fazendo um bom serviço.

Provavelmente, eu receberia uma piada como resposta. Mas não importava.

Desde que ele me levasse até a filha de Afrodite.

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