Daniel
- Queria eu receber visitas belas e importantes como você – Diz o dragão em tom de deboche – Então vamos voltar a andar com a filha da bonitona?
E assim os dois voltam a voar à procura da semideusa, o que não seria muito difícil, afinal. Fenrir a rastrearia pelo cheiro rapidamente.
Dite
Dite passou em frente a uma espécie de restaurante.
A cidade era movimentada. Pessoas passavam andando apressadas pelas calçadas, indo para os mais diversos lugares. Havia muitos automóveis dos mais diversos tipos. Ninguém parecia notar a garota, que normalmente arrancava olhares de multidões por onde passava. Aquilo era, de certo modo, reconfortante. Dite parecia uma garota próxima do normal, uma pessoa que caminha pela cidade despreocupadamente como qualquer outra.
Até que ela avistou aquela senhora
Ela era velha, aparentava ter pelo menos 80 anos de idade e distribuía panfletos no meio da rua para quem passasse e aceitasse. Foi a única pessoa que sorriu para Dite, ainda de longe, como se pedisse que a garota contribuísse com seu trabalho pegando um daqueles inúmeros papéis que estavam divididos, alguns em sua mão e vários outros empilhados em uma espécie de banquinho.
A filha de Afrodite, com muita naturalidade pega uma das cópias quando passa, até que é surpreendida pela sombra de Fenrir. Daniel havia voltado e lhe oferecia a mão para uma subida em seu pet.
Ela acaba aceitando a carona e após subir no dragão, repara que o panfleto que recebera começa a brilhar. O que antes mostrava o anúncio de um restaurante popular agora estampava a imagem de uma grande catedral. A garota ainda tenta olhar o local onde aquela senhora de idade estava, mas ela havia sumido do mapa.