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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Éris

A deusa da discórdia estava entediada e impaciente. Há séculos não havia um grande conflito que fizesse com que a crença em seu grande poder fosse devidamente invocada, e isso a irritava muito. Os mortais eram além de breves passagens pelo mundo, monótonos. Cometiam sempre os mesmos erros e no final, tinham uma vida até que harmoniosa. Foi quando uma grande ideia lhe passou pela cabeça...


Monte Olimpo, Salão de Afrodite

A deusa do amor e da beleza tinha a vida de uma verdadeira rainha dentro da morada dos deuses. Seu marido, Hefesto, era como um estorvo para a deusa, pois vivia enfurnado em forjas e pedaços de ferro. Quando Ares não estava disponível para a realização de seus desejos carnais, ela simplesmente descia à terra á procura de algum partido em potencial.

Aquele dia era comum, saindo de uma rápida ducha revigorante, a deusa se põe em frente ao espelho, e para para contemplar sua própria beleza. Não havia mudança alguma desde a era mitológica, ela continuava sendo a mais bela. Foi quando um estranho bilhete que estava cuidadosamente colocado abaixo de alguns perfumes em sua enorme cômoda lhe chamou a atenção.

Daniel


Daniel era um dos veteranos do acampamento. Já estava ali há tempo suficiente para ficar cansado da vida monótona do local. Era forte o suficiente para viver no mundo mortal sem muitos problemas, mas volta e meia visitava o acampamento, seja para rever alguns amigos ou para observar que o local continuava como sempre, com novos semideuses chegando e treinando para um dia se tornarem heróis.

Esse momento de relaxamento foi quebrado por uma visão de sua matrona, Éris. A deusa não chegou a aparecer diretamente, apenas alguns lampejos e sussuros na mente do rapaz diziam para ele auxiliar a "garota mais bela".

Dite

Dite Maniel havia acordado com um excelente humor. A garota estava satisfeita com o aumento de suas habilidades e ria toda vez que lembrava de uma estúpida empousai que ousou competir com seu maravilhoso charme. A semideusa, que era a mais bela e carismática dentro do acampamento, estava em frente ao espelho de sua penteadeira, quando a imagem de uma mulher muito parecida com ela surge atrás de seu reflexo. A própria deusa do amor havia aparecido pessoalmente ali.

Observações de Narração:



Última edição por Hermes em 08/01/16, 07:33 am, editado 1 vez(es)

#1

λ Dite Maniel

λ Dite Maniel
Filho(a) de Afrodite
Filho(a) de Afrodite
Não era comum eu me sentir bem depois de uma batalha, afinal, para alguém que presa a paz, matar não era bom. Mas... Foi uma batalha diferente, pela primeira vez em muito tempo eu me senti uma verdadeira campista. Não era a mais experiente do acampamento, estava longe disso, mas poderia dizer que estava no caminho certo. Era uma vida monótona em grande parte do tempo, mas a outra parte era grandiosa. Algumas pessoas especialmente. Continuo escovando meus cabelos e cantarolando algo quando alguém se materializa atrás de mim, largo a escova e me viro rapidamente.

- Mãe!

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#2

Daniel Ritter

Daniel Ritter
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Eu não estava sozinho no começo.

No escuro primordial que todos enfrentam, em sua maioria, sozinhos, eu estava acompanhado. No útero. Duas vidas se formavam. Duas metades de um mesmo erro.

Éramos gêmeos, mas foi ela quem nasceu primeiro. E era ela quem sempre foi mais forte. Quando os horrores da noite chegavam, os pesadelos vinham e os monstros apareciam, era Daniel quem fechava os olhos e chamava pela mãe. Mas era Sookie que abria e rugia de volta aos terrores que me amedrontavam.

Quando você grita, o universo grita de volta.

E ela gritava por mim. Não gritos de medo, como os meus. Mas gritos de fúria e ataque.

E o universo gritou de volta. Tomando a sua vida.

Logo você, querida irmã. Você, que sempre foi a mais forte entre nós dois.

Mas tudo flui.

E o tempo fluiu-me em inúmeras jornadas. Vozes ao vento me chamam de herói. O sangue na minha espada me chama de assassino. Monstros e almas do mundo inferior me reconhecem como Príncipe do Submundo. Meus amigos chamam-me de Daniel, Dani, Dan, talvez até Ritter. Mas quando a escuridão nos abraça e o silêncio é tudo o que existe, quem sou eu?

Sou o filho de Hades que usa as trevas para encontrar a vereda da luz. Sou o Servo de Éris que usa o caos para servir ao equilíbrio. Sou o cavaleiro de dragão que voa pelo céu noturno e guarda silenciosamente os arredores.

Montando as peças desse quebra-cabeça que, no final, formam a minha pessoa é provável que o retrato é de alguém sombrio e possivelmente mau. Mas eu sou só um sujeito na casa dos vinte anos com seus demônios para exorcizar, como todo mundo. Meus demônios apenas são mais literais, na maior parte do tempo.

Sou apenas mais uma alma em busca de paz interior.

Mas, provavelmente, foi justamente o contrário que encontrei, quando recebi aquela visita inesperada. Éris talvez não estivesse fisicamente ali, mas era quase como se sua voz possuísse matéria e eu pudesse tocá-la. Tão viva em minha mente. Mais real do que os meus próprios pensamentos.

E então eu soube.

Um sorriso inconsciente subiu ao meu rosto enquanto minha mente trabalhava. A garota mais bela. Guerras já se iniciaram por títulos como este.

#3

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano


Daniel


Os sussuros chegavam ao semideus na mesma proporção que sua mente trabalhava. Quando ele se deu conta, já não estava no acampamento. O local parecia um espaço alternativo, ele parecia estar flutuando quando a imagem completa de sua matrona apareceu. Éris estava esbanjando um sorriso de grande satisfação. Seu súdito havia, aparentemente, decifrado uma pequena parte do pequeno enorme-cabeça que estava por vir.

- Daniel, estou realmente orgulhosa de ter um servo com seu intelecto. Você, diferente dos outros parece entender que a discórdia não é de todo o ruim como a grande maioria pensa. Na antiguidade, as pessoas me adoravam porque a discórdia também representa a saída para o problema da alienação. Muitos usam os poderes que eu empresto para resolver questões pessoais, e isso, é claro, me diverte muito. Mas você terá uma jornada muito mais importante. A discórdia que você deve semear deve ir além do tempo, e resolver um pequeno problema...
-
A imagem da deusa começa a se distanciar aos poucos, e o eco nos ouvidos do rapaz acerca da garota mais bela, que se repetia constantemente, começava a desaparecer. Ele sabia que, de alguma forma, precisava agir. Mas como? E principalmente, onde?


Dite


Espantada, a filha de Afrodite não consegue manter o controle de reações que faz parte de seu habitual. Isso era explicável considerando que ela estava diante de uma deusa. Não uma deusa qualquer, sua progenitora, aquela de quem Dite havia herdado quase tudo.

- Minha mais querida filha, você continua linda como sempre! É um grande orgulho poder vê-la assim de perto, mesmo que seja só um pouquinho, afinal, resolvi dar uma fugida rápida do Olimpo.

Dite, que não era boba, sabia que alguma coisa estava acontecendo e ela estava prestes a entrar numa empreitada, e nem precisa dizer nada, pois seu rosto podia ser claramente lido pela deusa do amor.

- Estou aqui porque preciso de sua ajuda. Uma coisa muito importante para mim acabou sendo... subtraída. E eu não posso agir por conta própria e nem acusar ninguém sem provas. Você deve conhecer a lei, e eu gostaria muito que você, não só como minha filha, mas como alguém que preza pela paz, resolva esse problema antes que uma catástrofe atinja o reino dos deuses. Conto com você!

Dito isso, a Deusa desaparece em uma nuvem cor-de-rosa, sem dar qualquer chance de questionamentos. Apenas o eco de sua voz havia restado, dizendo que ela deveria seguir rumo à “Milha Quadrada”.

#4

λ Dite Maniel

λ Dite Maniel
Filho(a) de Afrodite
Filho(a) de Afrodite
Minha mãe era pirada, ok, isso não era novidade para ninguém. Mas o que diabos ela quis dizer com "milha quadrada"? Suspiro e volto meu olhar para o espelho, vendo aquela centelha que ali existia ir diminuindo. Uma missão um tanto cansativa vinha pela frente, e ao que parece bastante solitária. Assim que o pensamento vem minhas irmãs praticamente entram correndo dentro do chalé, rindo e comentando sobre suas novas conquistas e flertes. Reviro os olhos e saio do chalé, rumando uma colina floresta a dentro, precisava descobrir onde era esse destino, e sabia exatamente a quem pedir ajuda: Aaron Black Mettus.

Eu conheci o filho de Atena bem nos meus primeiros dias, quando seu irmão que me escoltou, Léo, me deixou na casa grande. De algum modo eu sentia uma estranha ligação com a grande maioria das proles da Deusa, o que é completamente estranho se você levar em conta a história da mesma com minha progenitora. Amanda ainda era relativamente "aceitável" para minhas irmãs, os dois no entanto, não mereciam nem mesmo uma troca de palavras. Independente de serem bonitos ou experientes, o simples fato de seguir a vaca já era motivo de afastamento. Eu, entretanto, não me importava tanto com tais coisas... Cada um podia seguir quem quisesse.

Chego a colina e vejo o mesmo sentado, olhando para o nada. Ele passara muito tempo assim desde o divórcio com Mary. Seu cabelo branco se agitava no vento de um modo que me lembrava o de Ryan. Balanço a cabeça e pego uma pequena pedra ali perto e a jogo perto dele, anunciando minha presença.

- Hey velho buda. Como está aí?- Me aproximo e me sento ao seu lado, antes que ele possa me levantar e girar no ar, igual sempre fazia.

- Olá pequena, tudo certo, eu estava apenas... Você sabe...

- Sim, eu sei. E odeio interromper suas seções, mas eu preciso da sua ajuda... Com extrema urgência.

- Sabe que sempre vou te ajudar. O que houve?

- Pra começo de conversa, houve os Deuses. - Dou uma risada fraca e olho a imensidão das águas. - Minha mãe apareceu hoje, não como uma visita, ela nunca tem tempo. Ela me pediu pra ajudá-la em algo. Já que sozinha não conseguiria e não tinha provas o suficiente. Pediu-me para ir para a milha quadrada. Sabe alguma coisa sobre esse lugar?

- Bom... Uma milha quadrada é uma unidade de medida imperial, mas como se trata de um lugar... Eu não sei... - Ele para um pouco e seus olhos ficam meio vagos, estava perdido em sua mente, procurando"arquivos". Sinceramente, as vezes eu achava que a cabeça dos filhos de Atena era uma biblioteca completamente organizada. - Exatamente!

Fico assustada com sua reação, ele estava desenvolvendo a capacidade de ler mentes agora?

- Ahn... Exatamente o que?

- Quando a gente pensa em Londres, logo uma das primeiras coisas que nos veem a cabeça são: o Big Ben, o Palacio de Buckingham, London Eye, e vários outros pontos de interesse.

Concordo com apenas um aceno, não fazia idéia do que Londres e seus pontos turísticos tinham a ver com isso.

- Mas na verdade nenhum desses lugares fica de fato na Cidade de Londres! A área metropolitana da Londres moderna é composta de cerca de 32 bairros e condados, e alguns deles com autonomia e autoridade de cidade independente. E um deles é justamente Londres.

- Olha... Eu realmente nunca fui muito fã de Geografia, e não estou entendendo nada do que você está dizendo. Exceto Londres, que é muito cinza, aliás. - Ele balança a cabeça e ri de mim. Palhaço.

- Dite... A verdadeira Londres é conhecida como “A Cidade" ou "Milha Quadrada" pois é na verdade uma cidade minúscula, com diâmetro de pouco mais de 1 milha quadrada, essa área no centro de Londres é na verdade a cidade original que criou a Londres que conheçemos hoje em dia.

- Então... Você ta dizendo que...

- Sua mãe lhe pediu pra ir para Londres.

Balanço a cabeça, verdadeiramente surpresa. Não era pior do que quando ela me mandou pro Japão, mas ainda assim uma distância considerável. Me ergo rapidamente e tiro o mato que insistia em grudar em minha calça. Vejo aaron levantando também e antes que eu evite ele me abraça e me gira no ar, e assim que me deixa no chão da um beijo em minha testa.

- Obrigada. De novo. Você é o melhor amigo que eu podia pedir.

Vejo uma expressão um tanto estranha passar por seu rosto, mas ele rapidamente esconde. Eu podia é claro, saber o que era se me focasse um pouco mais, mas se ele queria esconder eu iria respeitar isso.

- Sempre vou estar aqui.

Dou um sorriso para ele e logo me afasto, voltando ao acampamento. Teria uma longa jornada pela frente.

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#5

Daniel Ritter

Daniel Ritter
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
A vida de quase todo semideus se resume à história do escorpião e o sapo.

A natureza dos deuses é mandar, e a nossa, ao que parece, é servir. Era talvez engraçado o príncipe do mais vasto reino dos deuses ser também servo. Mas, bem, a contradição é algo tão intrínseco em cada um de nós que não me importo. Não mais.

Além das três dimensões enxergáveis por olhos humanos (e semi-divinos), havia um lugar. E eu acreditava estar ali. Além da terceira dimensão. Onde vivem os deuses. Onde a minha existência devia parecer achatada, como um desenho feito num papel sulfite parece achatado para mim. Só uma vez gostaria de ver através dos olhos de um deus, para simplesmente saciar a minha dúvida. Viam-nos como seres pequenos e incompletos ou conseguiam ver que eram tão quebrados quanto?

Não importa.

O que importa é que Éris me deu uma tarefa. Se você acreditar nas baboseiras de Joseph Campbell, aquele era o meu chamado para a aventura. E eu, diferentemente de um herói clássico, aceitei-o sem pestanejar. Foda-se o monomito. Eu não sou um herói clássico. Não sou um anti-herói. Apenas sou.

E ser é difícil.

Mas isso também não importa.

Quando volto à minha caixa de areia de três dimensões que costumo chamar de universo, me sinto preso dentro de uma jaula de carne que chamo de corpo. Por isso acendo um cigarro. Porque sei que morro um pouco com o ato de fumar, e o vapor que escapa pela minha boca é parte da minha alma indo com o vento. Livre. Finalmente.

Com o cigarro entre os dedos, caminho para fora do chalé escuro. Embora eu tivesse muitos equipamentos, quase nenhum era essencial a não ser pela minha espada, guardada por meios mágicos de uma tatuagem. Carregava o meu manto, os anéis, uma caixa de cigarros no bolso de trás e um isqueiro no da frente. Com isso, estaria pronto para partir.

E, de fato, parti. Não era preciso de muito para decifrar os enigmas da Discórdia. A garota mais bela tinha, com toda a certeza do mundo, algo a ver com o chalé dez. E era por isso que meus pés encontraram o caminho até lá, enquanto o fogo do cigarro aquecia os meus dedos, num lembrete silencioso de que eu estava morrendo. Um minuto por vez.

#6

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano


Dite


A conversa rápida com um grande amigo, Aaron, rendeu a Dite uma ajuda instantânea e de extrema importância em sua missão. Era sabido que Deuses costumavam dar dicas aos semideuses de formas laterais, dificilmente diretas. Recorrer ao conselheiro do chalé de Atena foi uma bela cartada.

A garota agora tinha certa noção de onde deveria ir. Contudo, Londres ainda era um local um tanto quanto vasto. Chegando lá, o que exatamente deveria fazer? Era melhor deixar que o tempo solucionasse cada questão. O importante agora era o pedido de ajuda um tanto inesperado e peculiar de sua mãe, que não poderia ser simplesmente negligenciado ou negado.

Ela se despede do amigo, que apesar de ser um campeão de Hera mantinha uma excelente relação consigo, provando mais uma vez que as desavenças dos deuses não são capazes de afetar aqueles que construíram um laço forte. Ela precisaria agora voltar ao chalé e pensar no que fazer.



Daniel


Caminhando em meio à grande melancolia de seu ser, o filho de Hades não precisa pensar muito para chegar à conclusão que alguém do chalé de Afrodite estaria relacionado aos interesses de sua matrona. Com um cigarro em mãos, o rapaz caminha sem pressa na direção do local, e vê, de longe, a semideusa mais bela do acampamento saindo com alguns equipamentos de dentro do recinto.

O rapaz agora precisaria decidir como seria seu modo de agir. As palavras de Éris foram que ele deveria auxiliar a garota mais bela, algo relativamente simples para o detentor de um grande poder e conhecimento como ele.  Mas seria mais eficaz aparecer diretamente para garota ou se manter afastado nas sombras? É sabido que servos de Éris são aqueles que mais despertam a desconfiança de qualquer semideus, e a garota em questão, era uma sacerdotisa de Héstia. Suas matronas são existências quase opostas, haja vista que Héstia representava a moradia estável e era sempre vista como um símbolo de paz.

Observação de Narração:

#7

Daniel Ritter

Daniel Ritter
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Termino o meu cigarro na porta da frente do chalé dez.

Havia algo em Afrodite que me causava certa repulsa. Talvez mais do que Apolo. Amor. Tudo o que eu amo vai embora. Estava plenamente ciente de que essa lógica é quase igual a que todas as pessoas que bebem água acabam morrendo. Mas dói. E não é a dor de ser rasgado por uma espada, ou ser afogado, queimado, eletrocutado, não é como a dor de cair, de perder um braço, de perder um dente com uma porrada. Eu sei disso porque já passei por todas essas coisas, pelo menos uma vez.

E nada doía mais.

Amei a minha irmã, minha mãe. E elas se foram. Abriram uma ferida que nunca mais fechou. Amei alguns amigos. Amei algumas garotas. E todos se foram, ou um dia vão.

Como posso me sentir confortável na frente daquele chalé?

Vejo o conselheiro sair e notar-me, encarando a construção. O cigarro está no fim, e eu não havia me decidido ainda.

Eu conhecia Draco. Ele não era o meu sujeito preferido no acampamento, mas também não era alguém que me irritava completamente. Mostrei o um sorriso que não havia alegria e larguei o cigarro. Pisei em cima, para apagá-lo.

- Acho que estou procurando sua irmã. - Que irmã? A resposta para pergunta era fácil, na verdade. Beleza era um conceito tão abstrato, mas Dite parecia ser a resposta final para qualquer um dos aspectos. Era quase como se possuísse um pouco da magia de sua própria mãe, e cada um que a olhasse visse a beleza que quisesse. - Dite. Onde ela está?

-
Não aqui. - Ele apenas sorriu e foi embora.

Lembra do que eu disse que ele não me irritava completamente?

Eu menti.

Mesmo assim, apenas suspirei e comecei a caminhar, à procura da moça. Talvez eu fosse sombras e Dite luz. Talvez eu fosse caos e ela abrigo. Talvez eu fosse negro, e ela branco. Talvez. Mas o talvez nunca me impediu. E eu não pretendia deixá-lo começar agora. Por mais que eu gostasse de estar nos bastidores, sempre protegido pela escuridão, ainda acreditava que auxiliar alguém era melhor quando ela podia me ver.

Equipamentos:



#8

λ Dite Maniel

λ Dite Maniel
Filho(a) de Afrodite
Filho(a) de Afrodite
Volto para o chalé de Héstia pensativa sobre a missão. O que teria em Londres que poderia ser parte de um passado tão mortal? As vezes me pergunto se os Deuses apenas querem jogar com a gente, dizem ter uma missão importante, da qual nunca podem resolver e nos mandam lá, como meros peões de seu jogo insano.

Entro no chalé e começo a reunir os equipamentos que poderiam ser úteis, quando escuto uma batida na porta. Caminho até lá sem pressa e quando abro a porta dou de cara com Draco. Primeiro penso se devo socar a cara dele, depois me repreendo mentalmente e apenas o encaro.

- Você deve ter mel nesse trem. - Ele diz, me dando aquele olhar típico de um filho de Afrodite.

- Não entendi o que quis dizer.- Respondo o mais educadamente possível, ele apenas revira os olhos e diz:

- Daniel está te procurando.

Em seguida ele some de vista, sem me deixar indagar nada. Vou para fora e miro o chalé 10, vendo Daniel Ritter em frente. Suspiro e sigo até lá.

- Sabe... É de grande conhecimento que...- Paro no meio da frase quando sinto cheiro de nicotina no ar, olho ao redor e vejo um cigarro amassado no chão. - Isso te mata a cada segundo, espero que saiba disso... Enfim, a que devo a honra do Príncipe do Submundo vir me procurar?

- Acho que você já sabe.

Fico meio confusa por um momento, eu o conhecia por Ryan, nunca nos falamos por mais de 20 minutos e com certeza me lembraria se tivesse dormido com ele, afinal, ainda sou virgem né. Coro com o pensamento e logo o mando embora. A única coisa que sobrou foi...

- Só pode ser brincadeira.- Olho para os céus, onde o olimpo supostamente está e mando uma mensagem clara a minha mãe: você me paga.- Bom. Parece que vamos passar um tempo um com o outro então. Vou te atualizar.- Conto o que minha mãe me falou e a definição do que seria o local que ela nos indicou.

- A questão é só, o que faremos quando chegar lá.

Equipamentos:

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#9

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano


Dite


Estava claro que o joguinho dos deuses estava começando a se mostrar mais perigoso do que o habitual. Dite conhecia Daniel por intermédio de Ryan, o conselheiro do chalé de Ares, mas estes nunca haviam ficado tão próximos, o que era natural, considerando as divindades que seus pais e matronas representam. Contudo, eles agora estavam ali, cara a cara e com poucas peças de um longo quebra cabeça que alguns queriam que fosse decifrado.

A garota consegue sentir de longe que o rapaz era envolto por uma profunda tristeza. Não o conhecia como pessoa, não sabia de sua trajetória. Apenas tinha noção de quão forte e experiente era o rapaz, o que não vinha a ser relevante naquele momento. A atenção da sacerdotisa de Héstia, se voltou, por alguns instantes, a observar e tentar entender o que se passava por trás daquela face melancólica e sombria. Haveria ali algum trauma? Provavelmente. Os semideuses, quase que por via de regra, carregavam algum fardo em suas vidas, mas por algum motivo, o de Daniel parecia maior, mais complexo.

A garota precisa forçar o controle para voltar a si e começar a fazer uma troca de informações, que foi bem mais curta do que ela imaginaria. Praticamente ela falou o que sabia ao passo que o rapaz se limitou a dizer que recebeu ordens de ajudá-la. Aquilo parecia estranho, de fato, mas qual atitude movida pela vontade de deuses seria normal?

Após a rápida atualização de fatos, os dois ficam sem ter muito o que falar, e algumas coisas a serem pensadas, como a forma que utilizariam para chegar até a cidade de Londres. A viagem por meio de avião era uma possibilidade inexistente, pois ambos os semideuses não eram bem vindos por parte do rei e rainha do Olimpo no céu. Eles precisariam pensar em alguma outra alternativa.


Daniel


O Conselheiro do Chalé 10, Draco, tinha um ar de arrogância e malícia que pareciam acompanhar a sua presença. Essas características eram proporcionais á beleza do rapaz, que não era pouca. A verdade é que esses fatores o tornavam quase que o oposto de sua irmã, e ele ocupava o cargo de conselheiro do chalé pelo simples fato de Dite não gostar de conflitos e evitá-los ao máximo.

Depois de receber algumas farpas por parte de Draco e este partir, Daniel se põe a esperar nas imediações do Chalé 10 e não demora para que aquela que ele procurava aparecesse e comprovasse que sua teoria estava certa: A garota mais bela a qual sua matrona citou era mesmo Dite Maniel. Apesar de possuir uma resistência natural contra charme, era notável que a garota conseguia transmitir boas energias por onde passava, justamente o contrário de Draco. Aquilo, de alguma forma, trouxe algum conforto, mesmo que mínimo e ao mesmo tempo inexplicável, ao gélido coração filho de Hades.

O rapaz ouve atentamente o recado que a semideusa recebera diretamente de sua mãe e percebe que um conflito muito grande pode estourar sobre o Olimpo. Mas o que exatamente ele tinha a ver com isso? Seria ele um mero coadjuvante ou peão da deusa da Discórdia no fim das contas? Haveria um motivo para justamente ele e não qualquer outro estar ali, no meio daquilo tudo?

Não havia resposta. Pelo menos por hora, e tempo para refletir também não. Os dois aparentemente concordaram que, de alguma forma deveriam trabalhar juntos, e sua primeira tarefa era descobrir uma forma de sair do Acampamento rumo à Londres. A milha quadrada seria o ponto de partida para sua missão.

#10

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