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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Daniel Ritter

Daniel Ritter
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
A voz da Dite era estranha.

Minha voz era como um piano solitário tocando o seu último réquiem. A dela, era um concerto de jazz. Minha voz ficava cada vez mais rouca, por consequência do cigarro e, eu gosto de imaginar, pela falta de uso. A voz dela era como a resposta perdida para um chamado de socorro que gritei anos atrás.

Mas agora esse chamado não importava mais.

Mostrei um breve sorriso de soslaio para ela e apontei o meu queixo para cima, encarando o céu azul do inverno. De repente, uma imensidão negra se faz presente sobre nós e cria uma sombra tão grande que parecia ser noite. Noite ao meio dia.

Pedi, mentalmente, para Fenrir pousar ao meu lado e a criatura gigante o fez. Meu dragão possuía uma personalidade engraçada. Eu o vi nascer, mas o peso em sua voz e em todas as suas palavras era ancestral. Ele era calado, mas, quando falava, costumava fazer tirar sarro. Aquilo fazia eu odiá-lo. E era por isso que eu o amava.

Acariciei-o atrás da orelha, e ele se remexeu, quase como rejeitando o carinho. Soltei uma risadinha, e ele respondeu com outra.

- Seu idiota. - Me comuniquei mentalmente.

-
Nova namorada? - O carinho que eu fazia em sua orelha se tornou um soco e ele riu. Ri também.

E então olhei para Dite, que deveria estar estranhando a minha interação silenciosa com o dragão. Apenas subi ao lombo do animal mitológico e estendi a mão, para que subisse junto.

- Acho que o Fenrir consegue voar até Londres em algumas horas, e te poupa o enjoo de uma viagem das sombras.

#11

λ Dite Maniel

λ Dite Maniel
Filho(a) de Afrodite
Filho(a) de Afrodite

Era estranho tentar decifrar o filho de Hades, sua mente parecia mais distante que a própria Londres, seu olhar era o de alguém que já desistiu de muitas coisas, sua postura de alguém que não esperava nada de ninguém. Ele parecia solitário, só não tinha certeza ainda se gostava bem disso. Depois de tudo que eu disse, sua única resposta fora um sorriso lateral e erguer seu queixo para os céus. Era engraçado como o rosto de alguém mudava com um sorriso e o dele não era exceção a esse pensamento, por um momento ele simplesmente pareceu uma pessoa comum, alguém em que você esbarra na rua, pede desculpas e que mesmo quando continua seguindo seu caminho, se pega olhando para trás inúmeras vezes.

Meus devaneios são interrompidos quando uma sombra cobre todo o céu acima de nós, por um momento penso em gritar, mas assim que a sombra toma forma me lembro de uma coisa: ele tinha um fucking dragão. Vejo ele se aproximar e fazer um carinho no dragão e relaxo um pouco, isso me lembrava do carinho que tinha com Amber de certa forma. Vejo-o dando um soco no dragão e por um momento fico chocada, mas antes que possa me pronunciar ele sorri novamente, um sorriso de verdade e tudo que estava em minha mente some por um momento.

Não seja idiota Dite.

Logo ele sobe em cima do mesmo e me chama. Aproximo-me um pouco e meu olhar varia entre sua mão estendida e o tamanho da criatura.

- Não que eu duvide das capacidades dele, mas não me deixe cair ok?- Seguro sua mão, que parecia mais fria que o comum e me ergo para lá, me sentando onde dava. O mascote era do tamanho do chalé, e me dava uma vista e tanto de todos. - Isso é incrível.- Murmuro comigo mesma enquanto o espero levantar voo.

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#12

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano


Monte Olimpo, Salão de Afrodite



A poderosa deusa do amor estava a observar tudo. Depois que transmite seu rápido recado à filha, ela parece se prestar a observar tudo de seus aposentos, em uma espécie de espelho gigante, que era lindamente decorado.

- Então nós temos mais alguns participantes nesse caso. Eu devia imaginar que "ela" estaria de alguma forma metida nisso. Já que é assim, vamos brincar um pouco. – Diz a deusa dando um sorriso de pequena malícia.



Daniel

O filho de Hades acabou mostrando uma faceta mais gentil que a esperada para alguém que carrega a fama de príncipe do submundo.  Aparentemente seu comportamento não mudou muito em relação a este ser um servo de Éris, e isso, a deusa da discórdia certamente já havia notado.

Depois de mais uma breve troca de olhares e alguns sorrisos inesperados, o rapaz se comunica com Fenrir, seu dragão de estimação, que solta um chiado ao saber que o destino seria Londres. A viagem duraria mais de 6 horas, isso se não houvesse nenhuma parada. A chegada da criatura trouxe uma certa onda de pânico para com os semideuses das redondezas, pois era algo que se poderia ver de uma distância razoável. Alguns filhos e filhas de Afrodite, inclusive, começaram a gritar e o próprio Draco surgiu correndo de uma trilha que levava ao seu chalé. Porém, ao ver que se tratava de Daniel, fecha a cara e dá meia volta.

O rapaz educadamente oferece a mão para Dite, dizendo que apesar de serem algumas horas de viagem, poderia ser melhor que uma rápida e prática viagem nas sombras. Foi exatamente no momento em que suas mãos se tocaram que o rapaz sentiu seu coração se aquecer e um sorriso largo e involuntário surgiu quando este olhou uma vez mais para Dite. Era como se qualquer imunidade ou resistência ao charme e beleza da garota tivesse desaparecido e um ardente desejo de estar ali, próximo dela, surgisse e se amplificasse, a cada segundo.


Dite



Dite se obriga a não tentar ler Daniel, que estava até então agindo com naturalidade. No momento em que o Dragão Fenrir aparece, ela chega a estremecer, mas logo se dá conta de que é um aliado que pode vir a ser muito útil. Ela ainda diz algumas palavras de animação e tenta tranquilizar seus irmãos, que haviam colocado na cabeça que ela estava prestes a ser raptada pelo príncipe do submundo. Realmente, a imaginação das crianças chega a ser algo impressionante.

Tudo parecia natural. Ela observa o rapaz fazer sua comunicação com o dragão, e apesar de não saber exatamente do que falavam, percebeu que se davam bem. Mas foi no exato momento em que ele subiu e pegou em sua mão para lhe dar impulso que ela sentiu algo estranho. O seu radar sentimental havia detectado a presença de um sentimento grande e forte vinda daquele rapaz, que estava lhe sorrindo descaradamente. Ela não precisaria pensar muito para ter noção do que se tratava.


Observação de Narração:

#13

λ Dite Maniel

λ Dite Maniel
Filho(a) de Afrodite
Filho(a) de Afrodite
Ok, vou enfrentar a realidade e dizer que eu não esperava sentir aquilo, nem mesmo nos meus sonhos mais inusitados. Existiam apenas dois sentimentos que podiam resultar em algo dessa maneira: ódio ou amor. Ódio me parecia a maior possibilidade, mas se assim fosse, o que eu teria feito para causar isso? Quanto à segunda possibilidade, era melhor nem sequer cogitar. Grande parte do acampamento acha que os filhos de Afrodite são narcisistas e destruidores de corações, que se apaixonam com facilidade. Pode ser verdade, afinal, a paixão só tem dois destinos: acabar ou aumentar. Na grande maioria das vezes ela acaba e a ilusão da pessoa perfeita se vai o que nos faz buscar uma nova paixão, uma substituição. Mas quando ela aumenta, e se torna amor, não existe beleza, dinheiro ou carinho no mundo que possa fazê-lo sumir. Como filha da Deusa do amor, consigo distinguir bem um do outro, e como filha da mesma, sei que se deixar uma paixão aumentar, não terá mais volta. Não pra mim.

Mais uma vez, mando os pensamentos pra longe e encaro o mundo abaixo de mim, era incrível andar em um dragão, algo que com certeza nunca esqueceria.

- Há quanto tempo tem ele? Parecem bem íntimos... - Pergunto fazendo um carinho no dorso do dragão. Ter um contato com um dragão devia ser interessante. - Qual o nome dele? Qual a sensação de ter um dos maiores monstros mitológicos como... Companheiro? Já se perguntou o que os mortais vêem quando a névoa age sobre ele?- Percebo o olhar que ele me da e recolho a mão do mascote, desviando o olhar. - Desculpa, não costumo fazer tantas perguntas, e sei que não costuma muito conversar, eu só... Sei lá. - Dou de ombros e mantenho o olhar nas nuvens, era engraçado como aquela ''névoa'' que trazia chuva era tão diferente ali de cima.



Última edição por Dite Maniel em 13/01/16, 09:15 pm, editado 1 vez(es)

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#14

Daniel Ritter

Daniel Ritter
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Eu conhecia aquele gosto.

Como quando se corta algo na boca e o sangue se espalha pela língua. O gosto metálico te causa uma sensação de afogamento. No início, você sente um gosto doce. Gosto doce que não é nada mais do que hormônios causando luzes no cérebro e que gostamos tanto que inventamos nomes. Amor. Paixão. Felicidade. Pra mim isso se chama dopamina, epinefrina, oxitocina.

O gosto doce te faz querer mais. E o mais te afoga. Como o sangue acumulado na garganta.

Você morre afogado no seu próprio sangue.

Não queria morrer. Não assim. E era por isso que mantive os meus pensamentos o mais distante possível. Longe daquele lugar. Daquele tempo. Lugar nenhum talvez bastasse. Mas nenhum lugar é lugar nenhum.

Então estava preso à essa confusão mental. E emoções que eu gostaria de evitar. Afrodite, se você estiver me escutando, eu te odeio.

- Não me lembro. Talvez uns três ou quatro anos. - Respondi, rapidamente. Tentando emudecer o eco de sua voz em minha mente. - O nome dele é Fenrir. E a sensação é... de ser infinito. - O dragão parece gostar da minha resposta, porque ele moveu-se em uma manobra audaciosa, quase como se esquecesse que estávamos levando uma passageira. Sorri, escondendo o gesto de Dite. Não queria que ela me visse sorrir. Não queria vê-la sorrindo. Pela primeira vez em muito tempo, eu tinha medo de algo. - É incrível que você não saia correndo com a minha presença e a do dragão.

Aquele era o tipo de comentário que eu sempre fazia, sem deixar claro se estava brincando ou falando sério. Costumava fazer isso para acabar com a conversa, e desta vez não foi diferente.

#15

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano


Daniel



Voando a incontáveis pés de seu verdadeiro campo, a terra, o príncipe do submundo se via numa verdadeira enrascada. Ele estava sendo uma peça em um dos vários jogos manipulados pelos deuses. Até aí, nada de novidade, pois todos aqueles que possuem ligação com alguma entidade divina tinham esse destino.  O problema realmente pareceu se manifestar quando estes resolveram mexer com seus sentimentos. Ele sabia que estava sendo alvo de uma magia poderosa, e que mesmo sendo forte, não poderia aguentar por muito tempo. Não poderia competir por muito tempo. A mente do rapaz começava a entrar em um turbilhão de sentimentos que estavam enterrados no mais profundo de seu subconsciente. Muitas coisas que não importavam ou que o rapaz queria esquecer vieram à tona, e para piorar, aos poucos, como se quisessem colocá-lo numa sessão de tortura psicológica.

Dentre esses sentimentos, o mais intenso era o amor. Talvez Daniel não soubesse mais o que era aquilo, talvez tivesse tentando esquecer, usando o cigarro como uma ferramenta de fuga, mas agora, tudo estava indo por água abaixo, e ele sabia quem era a responsável: Afrodite, aquela que representa isso. Mas por que razão? Uma tentativa de proteger a filha que agora estava como acompanhante nessa viagem aérea não era uma teoria das mais aceitáveis. Certamente havia mais alguma coisa.


Dite


As tentativas de Dite em conversar com Daniel não foram muito efetivas. Ela percebeu isso a partir das respostas que recebera para suas perguntas iniciais e compreendia bem aquilo. Não era apenas o fato de Daniel ser uma pessoa mais reservada, estava claro que ele estava lutando contra algo que ia muito além de seu alcance. Apesar de ter plena noção do que se passava, estava em uma situação de impotência e principalmente dúvida. Por que sua mãe estaria colocando o dedo nessa história?

Foram cerca de duas horas de viagem sem qualquer tipo de comunicação. A primeira e única informação que teve do filho de Hades é que, segundo Fenrir, mais quatro horas ainda eram necessárias para se chegar ao destino desejado. Foi aí que outra ficha caiu. O que eles fariam ao chegar em Londres?

Como se já não houvessem problemas suficientes, a semideusa vê, ao longe, um aglomerado gigantesco de nuvens negras, um sinal de tempestade. Aquilo já era esperado: Zeus e Hera provavelmente estavam irritados com invasores em seus domínios, e para piorar, ao olhar para o lado esquerdo, uma outra nuvem escura surge, mas essa, parecia ainda mais perigosa, pois era um bando de incontáveis aves de estinfália, provavelmente atraídas pelo cheiro inconfundível de um filho dos três grandes extremamente poderoso que viajava em pleno ar e sem qualquer indício de terra firme por perto. Eles estavam sobrevoando o oceano.

#16

λ Dite Maniel

λ Dite Maniel
Filho(a) de Afrodite
Filho(a) de Afrodite
Escuto sua resposta com atenção, mas antes que possa falar algo o dragão faz uma espécie de manobra no ar, era notório que eu poderia ter caído, mas só rio e escuto seu próximo comentário, retomando a postura anterior.

- Não tenho medo de você, Ritter.
– Digo para mim mesma, o mais baixo possível. Era notável  seu tom de ‘’papo encerrado’’. Continuamos em uma viagem silenciosa enquanto penso comigo mesma o que minha mãe queria com toda essa situação. A missão por si só já era bastante preocupante, afinal, só sabíamos o ponto de partida. Não tinha ideia do que era o objeto que procurávamos qual sua finalidade ou quais obstáculos enfrentaríamos para atingir nosso objetivo.

Após mais alguns minutos no céu, uma nuvem escura se faz visível ao longe, franzo a testa e antes que possa avisar Daniel, uma espécie de grasnar de pássaros é audível. Havia dezenas deles, com certeza mandados pela vaca que se chamava de rainha.

- Se tiver um plano, a hora é agora...
– Digo a ele e foco meu olhar nas aves. Sabia que como filho de Hades ele poderia nos levar pelas sombras até o local, porém, ele conseguia ser mais imprevisível que os Deuses. Caso continuemos ali, sigo suas sugestões e se necessário, ativo minha habilidade conhecida por Salamandra Sagrada e mando as chamas contra as mesmas.

Ativas:

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#17

Daniel Ritter

Daniel Ritter
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Por um lado, eu estava feliz.

Talvez feliz não fosse a palavra. Alívio. Batalhas físicas eram fáceis. O monstro tenta te atacar, e você ataca de volta. Eventualmente, um dos dois morre. Quando se está em batalha, não há mais nada para se pensar. Só a adrenalina correndo em suas veias e cada aspecto da luta martelando sua cabeça, sua TDAH tentando te manter vivo.

Eu gostaria de estar em batalha.

Ao mesmo passo que, gostaria, também, de não ter que ficar por mais quatro horas sozinho com Dite. Eu sabia que aquilo, aquilo tudo, desde o princípio, eram os deuses jogando comigo. E com ela. Estávamos em fogo cruzado. Éramos peças em um xadrez que servia unicamente para tirar os seres imortais do tédio. E isso me deixava |Castellan|.

Tão |Castellan| entoei:

- Skulblakas ven - Palavras élficas ancestrais que me permitiam compartilhar a visão com o meu dragão. Vejo a direção em que as aves estão vindo, e, tentando ignorar o que Dite estava fazendo e dizendo, começo a organizar um ataque combinado com Fenrir.

A sua boca gigante se abre, e uma poderosa rajada de puras sombras é liberada. E então ele abaixa o seu pescoço, para dar espaço ao meu movimento. Com um movimento com as mãos, faço a minha própria rajada de fogo negro, capaz de se alimentar da escuridão, e também ataco as aves. Aquilo seria o suficiente de, pelo menos, acabar com a maioria delas, ou talvez todas.

Seja qual fosse o resultado, apenas passo a mão ao redor de Dite e do meu dragão, e no instante seguinte estamos planando ao céu cinzento de Londres.

Eu já estava acostumado com viagens por sombras o suficiente para não passar mal, mas Dite sofreria as consequências. Eu, como resposta, apenas levantei o dedo médio ao céu. Zeus, Hera, Afrodite. Talvez até Éris.

Parem de brincar comigo, ou eu vou brincar com vocês.



    Considerar:
  • Nível 1 - Skulblakas ven : O dono do dragão poderá compartilhar da visão de seu mascote, e vice-versa, por um turno. O uso da habilidade requer 10 pontos de energia (dragão e dono).
  • Nível 6 - Rajada de Sombras [Intermediário]: Da boca do dragão de sombras, uma rajada surge. Da escuridão mais profunda, que envolve e engole qualquer tipo de iluminação em seu caminho. Causa danos consideráveis e abrangem uma área maior do que antes. O uso da habilidade requer 120 pontos de energia. As habilidades Rajada de Sombras entrarão em espera durante 1 turno.
  • Nível 19 - Fogo Negro [Avançado]: O filho de Hades agora pode concentrar uma alta quantidade de fogo negro em ambas as mãos e carregar o poder em até três turnos, intensificando o poder do fogo. O uso da habilidade requer 90 pontos de energia e mais 15 para cada rodada carregando.
  • O Fogo Negro, o fogo semelhante ao que Prometeu roubou do reino de Hades, é um fogo que se alimenta da escuridão que por consequência o seu dano aumenta quando isso ocorre, o fogo negro também é capaz de extinguir toda a luz que tocar.
  • Nível 18 - Transporte Por Sombras: Utilizando as sombras, o personagem pode se transportar para outro local, ou mesmo transportar outras pessoas. Porém, isto requer uma grande quantidade de energia. O uso desta habilidade requer 80 pontos de energia. A habilidade entrará em espera durante 5 turnos. (Requer 20 WIS)

#18

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano


Monte Olimpo, Salão de Hera


Uma taça repleta de néctar é arremessada longe. Hera estava furiosa. Um dos seus lacaios, que fora atingido estava de joelhos e com a cabeça abaixada. Ele sabia que se ousasse falar ou mesmo olhar para sua matrona, sua vida correria risco. Ele se limitou apenas a ouvir.

- Então eles querem brincar com fogo? Pois com fogo brincarão! Um filho de Hades junto com uma daquelas menininhas detestáveis invadindo o MEU espaço é inconcebível! Pior ainda é ele achar que pode fazer o que bem entende, vai sonhando!

Nesse momento, um outro lacaio anuncia sua chegada, informando que os dois haviam desaparecido com o poder de viagem das sombras e agora estavam sobrevoando Londres. A deusa arqueia uma sobrancelha incrédula. Aquilo poderia significar algo...


Daniel


A viagem fora normal, ou quase normal, para o filho de Hades, que envolvia Dite em um de seus braços. Ele sabia que a ação repentina traria alguns efeitos colaterais para a garota, mas esqueceu de relevar seu próprio estado, que nada tinha a ver com gasto de energia ou qualquer coisa parecida.

A semideusa era quente. O contato físico havia trazido certa harmonia e paz para Daniel, que agora lutava para voltar à realidade. Depois de alguns segundos ele, ainda relutante, deixa Dite sair de seus braços, mas cada vez mais próximo de perder o controle. Era como se ele estivesse viciado em uma droga, mas essa era diferente de qualquer outra. Não era algo meramente substancial. Tinha forma, cheiro, aparência, voz, vida.


Dite


Foi tudo muito rápido. A garota não teve como se concentrar na invocação de sua salamandra. Fora surpreendida ao ser envolvida pelo braço de Daniel e sua visão de repente ficara turva. As cores foram sumindo, sendo consumidas pelo mais profundo negro. Sua cabeça parecia girar e quando voltou a si, estava se apoiando em Daniel, que ainda a envolvia.

Alguns minutos foram necessários para cair a ficha cair. Ainda estavam em cima de Fenrir, mas sem o menor sinal de aves, de oceano, de nuvens de tempestade. Havia um amontoado de terra que a garota, ainda tonta e atônita tentava compreender. Ela então reconhece apenas uma estrutura. O Big Ben. Não demora para que as outras peças do quebra-cabeça se encaixem. Eles haviam viajado nas sombras.

Ela então repara que Daniel ainda não a havia soltado e ouve, por alguns instantes, as batidas do coração do príncipe do submundo, até que ele praticamente a solta e a deixa sentada em cima de Fenrir.

#19

Daniel Ritter

Daniel Ritter
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Você sabe o que é escuridão?

Escuridão não é uma coisa. Não existe. É a simples falta de luz que vem nos abraçar. Quem tem medo do escuro? Ninguém. O humano, entretanto, possuí um senso de estranheza inato pela falta de luz. E o que pode estar lá. Entretanto, a ausência de claridade não me atinge. Pois sou filho daquele que carrega o título de Invisível.

Por que então, por todos os deuses, minha visão se escurecia?

Todo o mundo se tornava negro e havia apenas um ponto de luz. E estava aos meus braços.

Eu já havia sentido isso, não? Já. Há muito tempo. Quando eu era um ponto de escuridão e a filha do próprio Sol se aproximou. Não era poeticamente contraditório?

Mas ali era diferente. Eu sabia. Não eram os simples hormônios da minha cabeça trabalhando com naturalidade. Eram peças de xadrez.

Tão errado.

Mas por que parecia tão certo?

Seus olhos. Dois buracos negros que me puxavam. Puxavam minha alma, e eu queria ser levado. Antes que pudesse, entretanto, ouvia uma risadinha, bem ao fundo da minha cabeça. Eu conhecia aquela risada.

Fenrir.

Larguei Dite e balancei a cabeça. Xinguei o dragão, sem conseguir fazer isso com palavras, estava tão atordoado que mesmo minha mente não conseguiria construir frases. Pedi que ele descesse e então, não demorou para que eu estivesse ao chão.

Saltei.

Tomei distância. Olhei para as minhas próprias mãos abertas, para o meu corpo. As tatuagens que escondiam meus itens. Os inúmeros anéis em meus dedos. Para mim. E então soquei a minha própria barriga. Meu rosto. Caí ao chão.

- Vocês acham que a escuridão é sua aliada nesse joguinho? Vocês foram só adotados por ela. Eu nasci nas trevas, fui moldado por ela. - Ameaçava diretamente os deuses, enquanto estava caído. Eles achavam que podiam brincar comigo daquele jeito?

Com a respiração pesada, tanto pelos ferimentos quanto pelo rancor, levantei-me. Estiquei o meu braço e imediatamente minha espada estava enroscada aos meus dedos da mão direita.

- É melhor nos separarmos. - Digo, quando me aproximo de Dite, e dou as costas.

Londres era um dos maiores pontos de magia de todo o universo. E eu tinha os meus próprios meios para descobrir o que estava fazendo ali. Mas, na verdade, eu não estava me importando muito com isso. Só me importava de me afastar daquele desastre.

Talvez, e só talvez, eu pudesse fugir. De todos essa loucura.

Encontrar proteção no único que não participava das picuinhas divinas. Meu pai. Afinal, quando exercia plenamente o meu título de Príncipe do Submundo eu me sentia como se estivesse cumprindo o que nasci para fazer.

E, no final das contas, todas as vezes que parti, eu nunca prometi voltar.

#20

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