Utilizando suas habilidades com sombras; o filho de Hades consegue descer até o solo sem maiores dificuldades. Alguns segundos após seu pouso, Athala também chega ao seu lado carregando sua fênix nas costas. A criatura mitológica encolhe as asas, saindo das costas de sua dona e retornando para seu ombro.

--Esse é o castelo dos cavaleiros brancos, ordem da garota que enfrentamos antes. Eles são nossos opostos e também eterno inimigos. – Disse a jovem de olhos vermelhos.

Athala se movimentou rapidamente pelas sombras, contando com seu manto negro para camufla-la. Gean percebeu que ao começar a se espreitar, esse manto recebeu automaticamente o elemento [sombras]. Seria mais um dos poderes dos cavaleiros? Ele havia visto antes que o lorde era capaz de controlar as sombras para moldar uma armadura.

O que exatamente eles eram? Apesar de tudo, apenas filhos de Hades deveriam poder moldar sombras. Existia algo mais que o recém cavaleiro não estava entendendo?
Mas ele não tinha tempo de pensar.

--Venha – Sussurrou a cavaleira. – Temos de nós espreitar, se mantenha por perto e tente não chamar atenção.

Eles haviam descido no jardim principal do castelo, onde diversos cavaleiros brancos trajando suas armaduras e capas vermelhas executavam rondas indo e voltando. Existia um padrão, o que permitia se movimentar sem ser visto em certos momentos.

--Se tiver de matar, mate! Sem remorso. – Finalizou.

Saquei minha espada de ferro estígio quando fiquei ao lado da garota. A espada sugadora de almas suga automaticamente toda alma ceifada para meu diamante. Era a primeira vez que eu iria testá-la.  A garota se ocultou em um manto de sombras. Estranho... Jamais antes vi alguém além de um dos descendentes do submundo com a capacidade de se misturar às trevas como parte integrante delas.
 
Ergui a sobrancelha ainda digerindo aquilo. Por sorte eu não precisava disso. Já que meu Anel Liquor Umbrae me deixava invisível à noite e nas sombras. Mas mesmo assim tornei meus passos mais calmos e furtivos enquanto seguia a cavaleira pelo castelo dos inimigos. Aguardando o padrão dos guardas para viajar lentamente pelos cantos e pequenas sarjetas do castelo.
 
Depois de ser aceito pelo lorde dos cavaleiros negros, eu me senti com vontade de cortar qualquer coisa viva que visse pelo caminho. Mas algo me dizia que eu deveria tomar cuidado com esses soldados de branco.
 

Por hora sigo-a em silêncio, não queria atrair inimigos. Mas fico atento para qualquer merda que possa acontecer com nós.