Tobi se despede do nórdico, que lhe cede o copo mágico de madeira com prazer. “Um viking não pode ficar sem cerveja” ele disse ao fechar a porta. O semideus vê-se em uma mistura de noções sobre o mundo real que chocam-se em seu âmago, fazendo-o sentir uma profunda angústia, que serve de alimento para a criatura em seu interior.
- Fome... - Ecoa o lobo em sua cabeça em uma antiga linguagem nórdica. Ele estava preso, mas já não dormia como outrora.
Os pés do Legionário morderam a base da montanha, por algum motivo havia um certo vento frio percorrendo aquele lugar. A lua era um lindo fantasma solitário no céu nublado. Luna ainda olhava por ele, ainda se preocupava com o filho de Mercúrio desde aquela noite no barco.
O semideus subiu a montanha, e em alguns minutos começou a sentir a dificuldade de chegar em seu topo. Ao alcançar o ápice da montanha, sua barriga doía. E ele vê que havia acabado de escalar um vulcão adormecido. Na boca da montanha, existia um lago azul turquesa, o semideus soube imediatamente que ele era perigoso.
- Kamchatka Lake:
Na beira do lago, havia uma estranha caverna que parecia mudar de forma constantemente. Era uma névoa oscilante que fazia-a ser cheia de diamantes, outrora parecia negra como uma fonte do tártaro. Tobi desceu até a beira e entrou na caverna. Tudo estava escuro lá, mas ele continuo andando. Afundou-se dentro do recinto de pedra, e lá dentro a caverna se estendeu tanto que tudo parecia caber dentro daquele lugar, até mesmo o mundo.
“Tum” algo fez o chão tremer “Tum”.
- Olá! - Disse uma voz estrondosa, mas ainda assim infantil e amigável. Para os piadistas poderia parecer a voz de uma criança retardada, para um Viking, uma criança que ainda não conheceu a luta.
Tobi não via nada na imensidão, a não ser escuridão.