Após minha última Batalha na Arena, não voltaria a aquele lugar tão cedo. Matei um Cão Infernal e um Centauro mas quase morri. É impressionante como vemos isso como apenas uma brincadeira. Tinha acabado de sair do Chalé de Hermes e ainda não tinha conseguido receber o dinheiro da aposta. Tinha apostado com uns amigos que se eu fosse na Arena e voltasse vivo eles me dariam 200 dracmas. Pelo que acabei de entender, eu nunca verei a cor desse dinheiro.

Pude observar o conselheiro do Chalé de Hermes voando por ai, e pude ter certeza que de Hermes eu não era filho. Não parecia nenhum pouco com o rapaz e também não tinha a personalidade parecida com a de nenhum deles.
Na verdade estava meio cabisbaixo , mesmo depois de matar 3 monstros. Por que diabos não fui reclamado?A maioria dos Campistas eram reclamado aos 13 anos ou depois de sua primeira derrota.
Caminhando em direção ao Refeitório , olho para baixo e percebo uma folha e nela um recado bastante interessante. Olho para o lado e vejo um Coelho de Bronze? Meu Deus. Estava vivendo a Versão Semi-Deus de Alice no País das Maravilhas?
Caminhei ligeiramente em direção ao Coelho de Bronze.
Meus equipamentos estavam no Corpo

Começo a caminhar em direação ao Coelho, e o mesmo começa a correr de mim, obviamente queria que eu fosse atrás dele. Aquilo foi engraçado , conforme adentrava a Floresta podia ver o Coelho olhando para trás de tempos em tempos esperando que eu o seguisse. Aquilo sinceramente seria completamente bizarro, se o coelho não fosse a coisinha mais fofa que eu já tinha visto. Pude vê-lo chegando em uma toca , um buraco perto de uma Árvore e pus a cara para ver até onde isso daria. Quando senti um empurrão nas costas.
Conforme caia, as mais repletas coisas esquisitas passavam diante de mim. Aquilo era a versão Semi-deus de Alice no País das Maravilhas. Começava a me pergunta se algum dos Filhos de Hermes não teriam colocado algum alucinógeno em minha bebida antes de sair do Chalé. Essa realmente era uma possibilidade muito grande.
Meu corpo atinge uns saco de cimentos e eles morressem minha queda. Isso seria uma historia que eu poderia contar depois com toda certeza. " Cai dentro de um buraco,seguindo um coelho de Metal em cima de um saco de cimento que amorteceu minha queda".
Me levanto ,olhando pro Chão e limpando meu corpo e sussurro para mim:
- Acho que já posso riscar usar ácido da minha lista de afazeres antes de morrer.

Assim que termino de dizer, levanto a cabeça e pude observa o que não havia notado antes:

- SanTo Hefesto...


Tudo naquela sala era feito de Bronze, e haviam máquina para tudo quanto é lugar. Me obriguei a olhar para mim mesmo só para ter certeza que eu também não era uma máquina. Pude ver robôs trabalhando carregando carvão. Minha mente começou a imaginar como todo aquele lugar funcionava. Provavelmente havia um núcleo de Energia movido a calor por algum lugar. E os robôs mineiravam o carvão para alimentar todo o lugar. Talvez se eu seguisse para onde eles estavam levando o Carvão encontrasse o Núcleo de Energia Central e talvez até mesmo o criador de todo aquele mundo maravilhoso. É foi isso que decidi fazer, caminhei tranquilamente em direção aonde eles levavam o carvão. Mas um pensamento ainda invadia minha cabeça " Aonde estaria aquele Coelho?"

Após um tempo seguindo o Robô, começava a imaginar que tipo de pessoa poderia ter construído aquele lugar. Observo cada arvore ,imaginando como cada mecanismo funcionava. Me perdi tanto em meus pensamentos , que meu corpo seguiu o mesmo ritmo. Quando menos percebi , não conseguia encherga um palmo a minha frente o Robô havia sumido. Começo a tatear o chão para ver se reencontro os trilhos quando escuto aquela voz suave. Começo a procurar em volta, e depois de alguns segundos pude ver um par de olhos flutuantes. Não poderia deixar de sorrir ao vê-los, eu era a Alice. Muito mais feia e musculosa.
A luz se ativa no ambiente, e sinceramente eu esperava ver um corpo na criatura. Entro em dúvida entre duas possiblidades eram só olhos flutuantes ou havia realmente um corpo invisível ali? Bom não importava se esse par de olhos flutuantes tivessem respostas eu as queria. Desde de que acordei no Lago de Canoagem essa era a melhor chance de descobrir quem eu sou. Mesmo que eu fosse uma Alice semi-deusa.

- Voltei para onde? Eu não me lembro...

Aquele gato me dava arrepios, mesmo nos filmes de Alice no País das maravilhas. A parte mais estranha era conseguir se lembrar de um Filme da Disney e não lembrar muito mais do que o próprio nome. As palavras do gato cortavam o silêncio da Floresta, em quanto eu estava perdido em meus próprios pensamentos. A impressão que eu tinha era como se estivesse caindo no buraco do coelho de novo, tudo em minha cabeça em seu mais perfeito Caos.
A Floresta se abre a minha frente, revelando um caminho e logo o sigo, dando de frente com uma Mesa com o chapeleiro maluco ? Não não, ai já era demais:

- Parou parou parou. Eu acordei pelado em um lago de Canoagem e descobri que era um maldito semi-deus. A porta de um Minotauro gigante tentou me matar, um caralhos de um Cão infernal tentou me devorar e um filho da puta de um Centauro tentou arrancar minha cabeça com uma espada longa.

- Até ai tudo bem, tudo ótimo oh super aceitável acontece sempre que Eu vou na esquina. Mas cair em uma versão Robótica de Alice no País das maravilhas ? Isso já é demais. Eu não recebo pra isso.

Após meu pequeno surto, me recomponha mas temos que admitir que é informação demais para qualquer um,até mesmo para um filho dos deuses. Começo a imaginar se Jesus Cristo teve o mesmo problema ou se isso só acontecia com filhos de Deuses Gregos. Por Deus, será que haveriam outros Deuses espalhados pelo Mundo ou os Gregos eram os únicos ? Meu cérebro já estava pronto para entrar em curto circuito , quando o gosto amargo se Óleo me trouxe de volta a realidade. Ou quase realidade sei lá. Quando o Chapeleiro ia começar a Historinha dele, um barulho vem da Floresta. E um minotauro aparece.O chapeleiro entrega um Martelo em minha mão e todo mundo corre pra longe:

- Bando de traidores, quando a coisa aperta todo mundo corre.

Consigo observar um puta de um minotauro de metal vindo em minha direção. Por algum motivo incompreendido o Martelo em minha mão me deixava muito confortável, as pessoas normalmente achavam o Martelo uma arma pesada. Mas eu não a sentia assim.
Fico pronto para ser atacado pela criatura, iria me desviar e efetuar um contra-golpe no joelho da criatura em seguida me afastar.