A cada dia que passava crescia uma cobrança interna dentro de mim. Uma cobrança para visitar os campos de treino, visitar a pista de corridas, visitar aquele lugar, por fim; A Arena. Onde monstros aleatórios eram jogados em um recinto cercado por muros altos para degladiarem-se conosco; Semideuses.

A ideia me parecia absurda. Mas ali estava eu. Na cintura uma espada. No peito, um peitoral de couro. Na cabeça meu elmo e por fim, em minha mão trêmula, minha Flauta; na qual eu tinha cada vez mais carinho e confiança.

Assim que entrei os portões se fecham atrás de mim apenas para que outro se abra à frente. Quando meu inimigo saiu do corredor, não pude deixar de soltar uma risada abafada de desespero.

Dou as costas e corro, é óbvio. Que porra era aquela? eu estava em um pesadelo, só pode. Eu ODIAVA filmes de terror, porque sempre resultavam em um sono cheio de pesadelos e aquele cara certamente já passara por um deles. Busco uma coluna pra me esconder atrás, olhando o homem mascarado pela esquina da pilastra. Caso não haja colunas eu apenas recuo de costas, encarando temerosa aquele homem que não parecia nada amigável.

Se vira! Faz alguma coisa grito dentro de mim mesma. Então levo a flauta aos lábios, respirando profundamente duas vezes pra me acalmar e estabilizar o fôlego antes de começar a tocar uma Canção de Ninar. Deixo que a melodia suave e simples escape da flauta, mentalizando o sentimento de sono, de conforto, de cansaço, e direcionando-o todo para aquele homem à minha frente.

Fico pronta pra recuar correndo, me jogar pelo chão e rolar pra evitar ataques à sua aproximação ou, em ultimo recurso, puxar a espada da cintura pra tentar interceptar a lamina dele com a minha.

Nível 1 – Canção de Ninar [Inicial]: O semideus consegue exalar seu sono natural de uma forma mais forte, normalmente utilizando de sua flauta para conseguir realizar uma melodia leve e suave, induzindo sono a quem a ouve. Pode ser utilizada com sua voz também, e o efeito varia de acordo com o sono atual do alvo e sua força mental. Se não interrompido, pode induzir ao sono. Consome 15 de Energia por Rodada.

Passivas Importantes:

Aquilo não parecia bom. Eu sabia que não podia depender de meus poderes de sono para lidar com todos os meus inimigos; a prova disso é que todos os outros campistas, por mais poderosos que fossem, eram obrigados a cedo ou tarde aprimorar suas habilidades físicas, dominando uma arma, treinando um estilo de luta. Eu até então só tinha apanhado na arena de treino e caído na arena de corridas, tentando adaptar meu corpo a esta nova realidade.

Mas até então, nos poucos embates que tive, de fato fora o sono que havia me salvado. Mas aquele cara parecia tão focado em passar aquele facão em meu pescoço que sequer ligava para o sono. Mas não, eu conseguiria. Ao menos, tentaria.

Começo então a rodopiar lentamente, dançando no ritmo da musica. Tento ignorar o nervosismo, focada em manter minha respiração estável, contida, fluida para manter o toque da flauta constante e ritmado, agradável e estável. Junto meus movimentos lentos e ritmados ao poder da flauta para tentar levar meu sentimento de sono àquele homem, aproveitando pra me manter em movimento me afastando lentamente dele.

Caso ele se aproxime porém, irei tentar defender-me como citado, pulando, puxando a espada ou até mesmo usando a minha espada e a flauta - que é bem resistente - pra tentar bloquear o ataque antes que chegue à minha carne.

Nível 4 – Aura do Sono [Inicial]: Os filhos de Hipnos possuem tanto sono dentro de si que acabam liberando-o como uma aura de sono que afeta a todos ao seu redor neste nível, não diferenciando amigos e inimigos. Todos que permanecem próximos a um filho de Hipnos começam a se sentir sonolentos cedo ou tarde, especialmente quando interagem com eles. Sua voz e cada movimento emanam sono que cresce quando o próprio semideus está sonolento.

Nível 1 – Canção de Ninar [Inicial]: O semideus consegue exalar seu sono natural de uma forma mais forte, normalmente utilizando de sua flauta para conseguir realizar uma melodia leve e suave, induzindo sono a quem a ouve. Pode ser utilizada com sua voz também, e o efeito varia de acordo com o sono atual do alvo e sua força mental. Se não interrompido, pode induzir ao sono. Consome 15 de Energia por Rodada.

Por um momento sinto o cagão bater na porta do cu. Então me forço a pensar: Tudo como planejado!

Mesmo ele puxando meu braço, não solto a flauta da outra mão. Não a tiro da boca. Em parte porque estava confortável assim e eu não queria começar um combate mano-a-mano, em parte porque eu precisava dela ali pra ficar viva neste momento.

Toco uma nota simples mas rápida e frenética na flauta pra confundir seus ouvidos enquanto faço-o ter um Daydreaming; Com que veeja-me parada onde estava, enquanto eu me inclino para trás pra evitar sua facãozada.

Assim que ele desferir o golpe contra minha ilusão (espero) eu ergo minha perna e usando meus coturnos pretos chuto seus ovos. Situações desesperadoras exigem medidas desesperadas Enquanto enfio a flauta em seu olho pelo buraco da máscara antes de puxar o braço e começar a correr pra longe com os bracinhos erguidos, como as garotinhas dos filmes.
Fico sempre atenta pra fugir e me desvencilhar como for possível do filho de uma puta assustador do caralho. }Eu definitivamente não queria outro susto como aquele; provavelmente passaria a noite presa num sonho terrível onde Jason, o Estripador agarra meu pulso várias e várias vezes, puxando-me para uma morte certa.

Nível 4 – Daydraming I: O semideus consegue manipular a mente do oponente para causar leves ilusões, mesmo em alvos acordados. Pode deixa-los letárgicos ou verem vultos, objetos, buracos, coisas no geral. Quanto mais sonolento está o alvo, mais eficiente a habilidade. Funciona melhor com uma flauta, e consome entre 20 e 50 de Energia.

Rolo estabanada dando um grito pela dor inesperada na perna. Claro, tudo tinha dado certo demais pra ser verdade naquele plano desesperado para me desvencilhar do maldito. Eu realmente não estava esperando que ele fosse tacar o facão em mim. Inocente.

Gemendo de dor viro-me sentada para ele, analisando a situação de minha perna. Penso em me por de pé pra recuar de pulinhos, mas percebo que ele ainda teria muito mais mobilidade do que eu. Com a panturrilha fodida, o que eu poderia fazer?

Sento no chão acomodada. Cruzo a perna boa e fecho os olhos. Relembro de minha melodia preferida, de minha canção de ninar favorita.



Ignoro tudo ao redor. Ignoro o medo daquele homem. Ignoro o sangue escorrendo por minha perna e mergulho de cabeça no meu próprio sono. Se eu tocasse com medo, se minha musica tivesse medo, como eu lhe causaria sono? Ninguém dorme com medo. As pessoas dormem com conforto, com segurança, com o calor de um abraço à sua volta, com a maciez de um lençol sobre o corpo. Olho pro meu oponente. E fecho os olhos novamente. Não me preocupo com ele. Não me preocupo com seus passos que reduzem a distância entre nós a cada momento. Preocupo-me em sentir, em exalar o sono que havia em mim, em captá-lo no ar através dos ouvidos e reciclá-lo dentro de mim, numa fonte infinita de sono e poder.

E aguardo. Tocando, despreocupada, até que ele estivesse à minha frente, até que eu estivesse a seu alcance. O que faria? Chutaria minha cabeça? Não, provavelmente recuperaria seu facão no caminho até mim, e se aproximaria confiante para cortar a cabeça da semideusa sentada no chão. Neste momento então, quando erguesse seu braço, quando preparasse-se pra degolar-me... Eu iria por fim parar de tocar a flauta. E todo o sono em mim seria então liberado por um bocejo - aquele bocejo gostoso, que você arreganha a boca e sente todo o ar do mundo entrando em seus pulmões. Aquele bocejo que anuncia: Hora de dormir, bebê. Hora de dormir...

Assim, forço-o a bocejar junto a mim. Fazendo-o abrir a boca, dar aquela alongada, fechar os olhos. Então puxarei minha espada da cintura neste momento, e usarei seu fio para atacar seus joelhos, deslizando a lamina por ambos com um arco da espada, de forma que todo o fio passe escorregando por cima de suas patelas e então, num segundo movimento, tento usar a espada para empalar sua barriga, na hora que seus joelhos fraquejarem sob o peso de seu corpo e ele cair, usando o peso dele pra fazer a lamina penetrar mais fundo. Torço-a enquanto me inclino pra frente, e puxo-a com com força tentando usar deste golpe para abrir-lhe a barriga. Eu não saberia dizer de onde veio a ideia macabra de eviscerar um oponente; de enfiar a espada em alguém. Mas era isso; tudo ou nada, eu ou ele.

Torço pra estar viva no fim desta rodada E se estiver viva e ele morto, me encolho e durmo ali mesmo. Se não, e ele ainda tentar me matar, eu uso de meu desespero pra tentar bloquear seus golpes usando a espada e a flauta cruzadas, pra aumentar a chance de bloquear o caminho de sua lâmina e usar a força dos dois braços.

[RODADA DE ATAQUE TOTAL]
[Hab. Única] Nível 4 - Bocejo em cadeia: Quando Sun boceja, todos ao redor também bocejam.

Nível 1 – Canção de Ninar [Inicial]: O semideus consegue exalar seu sono natural de uma forma mais forte, normalmente utilizando de sua flauta para conseguir realizar uma melodia leve e suave, induzindo sono a quem a ouve. Pode ser utilizada com sua voz também, e o efeito varia de acordo com o sono atual do alvo e sua força mental. Se não interrompido, pode induzir ao sono. Consome 15 de Energia por Rodada.

Nível 1 – Bênção de Hipnos: Dotados de uma beleza ancestral e despreocupada, os filhos de Hipnos estão sempre acompanhados de seu olhar tão sonolento quanto inteligente, capaz de enxergar mesmo no escuro. Apesar deste sono excessivo por vezes atrapalhá-los em seus afazeres, os filhos de Hipnos possuem uma consciência diferente da dos demais durante os sonhos, sempre sabendo diferenciar quando estão em um sonho e tendo perfeito controle sobre si mesmos nestes.  Também conseguem distrair facilmente a mente de quem os olhar muito diretamente, como uma espécie de hipnose muito fraca ainda.

Nível 4 – Aura do Sono [Inicial]: Os filhos de Hipnos possuem tanto sono dentro de si que acabam liberando-o como uma aura de sono que afeta a todos ao seu redor neste nível, não diferenciando amigos e inimigos. Todos que permanecem próximos a um filho de Hipnos começam a se sentir sonolentos cedo ou tarde, especialmente quando interagem com eles. Sua voz e cada movimento emanam sono que cresce quando o próprio semideus está sonolento.