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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Ж Aurora

Ж Aurora
Filho(a) de Ceres
Filho(a) de Ceres
Missão II

Requisito: lvl10~15
Recompensa: 2500~4000 (conforme o lvl e a qualidade da missão)
Dracmas: 1270~2000 (conforme o lvl e a qualidade da missão)



- Você deve dizer um pouco de você no primeiro parágrafo. No mesmo mostrar Quíron lhe chamando para uma nova expedição.
- Você irá até Manhattam (que lugar de Manhattam está a seu criterio)  atrás de um monstro. Porém não sabe o que ele é ou o que ele faz, apenas sabe que está causando problemas.**
- Você deve relatar a luta com pelo menos um pouco de emoção.
- Assim que derrota-lo deve retornar até o acampamento e dar um relato de sua expedição a Quíron.**
________________________________________

OBS.:
* Este um monstro que esta causando problemas. Este monstro é uma sombra que traz as suas piores lembranças ou seus piores medos... Você deve conta-los e mostrar um jeito de vencer tal ilusão.
** Não venha com: Eu respirei fundo e aceitei aquilo. Seja mais CRIATIVO!

Eu me lembro de meu pai, dos dias frios na Alemanha e de uma luta que até então me parecia tão difícil e longe de ser vencida. Me lembro de quando era apenas uma garotinha apaixonada por flores, que cuidava delicadamente de cada pequeno botão e grão que cultivava. Me lembro da tristeza de ver a grandeza de queimadas, consumindo em chamas cada ambiente que tocava, deixando uma vegetação morta e plácida pra trás, uma terra infértil. Me lembro de como foi a primeira vez que descobri sobre a maldade que o mundo digital tinha com os animais, abatedouros, criação de animais para experiências, a forma como alimentavam os bichinhos só para eles ficarem mais gordos… o nojo que senti e a minha decisão de que só comeria a carne que eu mesma caçasse, sem essas porcarias industrializadas e fúteis, me tornando vegetariana na maior parte do tempo. Fecho os olhos e sinto a brisa soprar por meu rosto, me sentindo nostálgica com tantas memórias.

Estava em uma clareira, perto da fronteira do acampamento grego, apenas apreciando a maravilha que era a natureza por si só. Eu sempre me perguntara como alguém podia não se sentir em paz em um lugar como aquele, a beleza única, criada a partir de si mesma me deixava atordoada todas as vezes em que parava para a observar. Desde que assumira meu lugar como guardiã, eu vinha lutando dia e noite para que aquilo pudesse ser sentido por mais pessoas, para que tentar barrar a destruição de lugares tão belos. Como diabos alguém preferiria um prédio a tal paisagem? Sinceramente.

Ainda estava perdida em pensamentos quando ouço o som de cascos ressoando de longe, me viro instantâneamente e me deparo com Quíron, o diretor do acampamento. Fico de pé e alerta imediatamente, da última vez em que o centauro me chamara estava havendo alguns problemas com dríades e sátiros em um parque não muito longe dali, então certamente ele não estava vindo até aqui apenas para relaxar e refletir sobre o ciclo da vida.

- Aurora… Boa tarde, lamento vir interromper seu momento de reflexão mas tenho uma nova missão para você. Há uma espécie de monstro atormentando a quinta avenida de Manhattan, já mandamos algumas pessoas mas elas voltam visivelmente abaladas e não conseguem nos contar exatamente o que aconteceu. Talvez seja algo relacionado a algum espírito, não sabemos, por isso queríamos alguém mais experiente.

Assim que ele terminar suas palavras e aguarda minha resposta fico pensando um pouco, o que seria capaz de fazer algo daquela magnitude? Sinto George pousar em meu ombro e faço um carinho na cabeça dele.

- Parece que temos uma missão, parceiro. - Digo para ele já respondendo Quíron, a quem dou um curto aceno com a cabeça.

Podemos passar na loja de rosquinhas na volta?

Dou uma risada com a preocupação de meu companheiro e concordo, por não estar em meu próprio acampamento eu costumava andar com todos os meus itens e mochila, de forma que me levanto e olho uma última vez para aquele ambiente belo e seguro antes de rumar até o estábulo de Pégasos. Por algum motivo estranho eu me sentia atraída pelos animais, tudo bem que eu gostava de todas as criaturas e conversava com a maioria delas, mas com eles era uma ligação diferente, semelhante até a que sentia por George, talvez um pouco maior (mas eu nunca falaria isso pra ele). Me aproximo de um branco com leves machas marrons e toco seu fucinho.

- Como você está se sentindo hoje, lindeza? - Sorrio e faço carinhos em seu pescoço e focinho, dando alguns torrões de açúcar que estavam guardados em um armário ali perto. Eles eram criaturas lindas e únicas e mereciam ser tratadas como tal. Após mais algum tempo ali, George se pendura em meu pescoço e parece respousar enquanto monto no Pégaso, que se chamava Nelly, e ela levanta vôo.

Faço uma breve prece a Júpiter e Juno, por mais que viajar nos céus fosse tranquilo para aqueles que não eram filhos dos 3 grandes, era sempre bom pedir permissão ao andar pelo território dos Deuses.

O trajeto não dura nem 15 minutos, o que me tranquiliza bastante. Por algum motivo eu sentia que aquela missão não seria igual as convencionais. Assim que Nelly me deixa em uma área mais isolada de Manhattan agradeço por sua carona e a vejo partir, sumindo na magnitude dos céus.

Vou dar uma olhada por aí, 10 minutos e bate volta?

Dou um aceno rápido para meu pet e vejo ele sair, se pendurando nos fios e chamando a atenção de vários mortais e turistas no caminho. Sinto uma pequena apreensão, igual sinto todas as vezes que ele sai sem mim, mas confiava nele e ele era uma criatura livre, com livre arbítrio pra ir e vir quando quisesse. Respiro fundo e saio daquele beco, procurando placas de identificação que pudessem me levar até a quinta avenida.

Após uma breve caminhada consigo me localizar, a quinta avenida era de certo uma das ruas principais da cidade, haviam várias lojas, vários carros, espetinhos, barraquinhas de cachorro quente e muita muita gente. Como diabos iria achar um monstro em meio aquele caos? Sem contar que aquele era o típico ambiente no qual eu não me sentia nada bem, não haviam árvores, plantas, nem mesmos jardins. Era o tipo de local contra qual eu era veemente contra.

Não é hora de surtar e ficar puta com o sistema.

Respiro fundo e começo a andar em torno dos becos da avenida, afinal, se fosse haver algum monstro no local ele não ficaria tão a vista assim, certo? ...

Eu estava errada, ficara o dia inteiro andando de beco em beco, perguntando as pessoas se elas tinham visto algo estranho e a resposta era sempre a mesma: um olhar aborrecido e um não. George também não havia voltado e o horizonte já estava escuro, o fluxo de pessoas diminuíra substancialmente e apenas algumas barraquinhas de comida eram vistas aqui ou ali. Assim que passo por uma de cachorro quente o vendedor me chama.

- Ei garota, você está por aí o dia todo, não quer um cachorro?

O encaro meio em choque, primeiro porque ele usou um tom estranho ao pronunciar a palavra cachorro e segundo porque não me lembrava de tê-lo visto mais cedo na minha caminhada.

- Hum, não, obrigada. Eu sou vegetariana. – Dou um sorriso sutil para ele e começo a me retirar quando ouço ele dando uma gargalhada, não uma comum, mas uma bem assustadora. Travo no mesmo lugar e vejo um sorriso sádico tomar conta de seu rosto.

- Pena que seu amiguinho peludo não soube recusar quando ofereci algo para ele.

Assim que ele diz isso meu coração trava no mesmo momento e uma espécie de pânico me percorre. George.

- O que você fez com ele?

- Digamos que ele está preso, esperando junto com outros coleguinhas.

Meu temperamento se inflama e rapidamente avanço na direção do homem, o pegando pelo colarinho e o empurrando contra a parede.

- Você vai me dizer onde eles estão e os libertar imediatamente se não...

Ele apenas ri e me olha profundamente nos olhos. Não sei dizer o que aconteceu em seguida exatamente, tudo que eu sabia era que em um momento eu estava prestes a bater no tio do cachorro quente e no momento seguinte eu me via em meio a uma clareira abandonada. O cheiro de fumaça me alcançando enquanto toda a floresta ao meu redor pegava fogo.

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Minha cabeça começa a rugir em mil pensamentos, o que eu poderia fazer para apagar um incêndio de tamanha magnitude? Eu não era forte o suficiente para impedir aquilo mas TINHA que existir alguma coisa que eu pudesse fazer. Nesse momento ouço um grito de socorro, eu sabia que não era humano, então provavelmente era algum animal em perigo, corro em direção ao som e assim que encontro o portador de tal agonia eu travo. Era um belo cervo, todo o seu chifre coberto por chamas.

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Ele provavelmente já não enxergava mais e estava apenas correndo em círculos tentando fazer aquela dor parar. Engulo a seco com tal imagem, só havia uma única coisa que eu podia fazer naquela situação: fazer sua dor parar. Arremesso uma faca direta em seu pescoço, extraindo o resto da vida que tinha em seu corpo e desabo no chão, enjoada. Que espécie de guardiã eu era? A pior espécie

Sim, a pior. Sinto tudo se repuxando dentro de mim quando escuto uma voz conhecida, parecia... George? Me ergo de uma vez e enxugo as lágrimas que estavam caindo, tentando buscar de onde poderia estar vindo aquela voz... Corro por todo o caminho, fugindo das chamas, tossindo pela fumaça, sentindo meu calor esquentar mais e mais como se eu mesma estivesse sendo consumida em chamas. Corro por tanto tempo que pareço flutuar acima de mim mesma, ainda com os mesmos questionamentos na cabeça, me oprimindo e me deixando louca. Até que por fim me encontro de frente para uma cabana em chamas.

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Uma parte da casa completamente destruída enquanto a outra ainda parecia intocada, embora não parecesse que fosse ficar assim por muito tempo. Lá de dentro ouço o som de inúmeros animais gritando, tentando fugir e algo os segurando. Não penso duas vezes antes de entrar na mesma, já na sala vejo várias aves, lobos, raposas, macacos e outros bichos presos. Meu coração aperta mas empurro todos os sentimentos e pensamentos para longe, naquele momento eu só tinha um objetivo: precisava libertar todos eles. Tiro minha faca de caça de minha cintura e começo a arrombar as fechaduras, uma por uma.

No fundo alguém gargalhava do meu tormento e sussurrava: pobre George... Mas ignoro aquela voz, George estava ali em algum lugar e eu precisava urgentemente o libertar, assim como aos outros. Após terminar todos do andar de baixo corro para o andar seguinte quando ouço o som de algo estalando e uma enorme viga cai do teto, me fazendo rolar para o lado e bater a cabeça com tudo na parede. Naquele momento penso em desistir, deixar a exaustão, a fumaça, tudo me consumir. Tinha libertado os animais sim, mas e dai? De que adianta se não sou capaz de salvar meu amigo, a floresta e a vida selvagem. Fecho os olhos em exaustão e nessa hora uma lembrança me invade:

George e eu estavámos em uma floresta, gargalhando de todas as minhas fúteis tentativas de me pendurar nos galhos igual a ele. Eu até conseguia pular de um galho para o outro, mas sem as mãos esguias eu simplesmente caia, uma vez ou outra. George ficava pulando de um lado para o outro para me provocar mas vez ou outra me dava uma dica, um estímulo para continuar.

Uma hora vai conseguir, tenho certeza.


Minha mente se acalma com aquela lembrança, com a fé que meu amigo deposita em mim e me ergo mais uma vez. Eu sentia como se meu corpo pesasse 50 toneladas mas me movo de novo e de novo, subindo até o andar de cima. Empurro a porta com força e assim que olho o interior dela eu quase preferia ter ficado, ao chão está George todo ensanguentado, assim como diversos outros animais, formando um círculo de sangue. Corro até meu amigo e o abraço com força, chorando seco por já não ter mais lágrimas dentro de mim, afundo minha cabeça em seu peito pequeno e sinto minhas vísceras doerem em tamanha força enquanto solto o urro mais doloroso de minha vida.

Inconscientemente além de meu urro, várias folhas mortas começam a rodear o ar ao meu redor, explodindo com tudo contra as paredes da casa e fazendo buracos em sua estrutura. Eu não conseguia pensar em mais nada, só queria que o Deus da Morte me levasse dali logo, encosto novamente a cabeça no peito de George mas, dessa vez, sinto uma substância dura em seu lugar. Abro os olhos assustada e me vejo segurando... uma mesa?

O que diabos...? Ergo a cabeça e vejo que não estava mais na floresta fumegante, estava sim em um quarto isolado mas não havia fogo, sangue, ou George. O lugar parecia ter sido baleado e ao analisar mais de perto consigo ver folhas... as mesmas folhas da floresta e... como assim? Me levanto e assim que olho melhor vejo o tio do cachorro quente deitado na poltrona. Haviam inúmeras folhas presas em seu corpo, ele não parecia conseguir se mover e apenas gorgolejava enquanto o sangue saia de sua boca.

- Por... Por que você n-não... m-morreu? M-minha ilu...

Antes que ele possa terminar sua frase ele simplesmente desmaia, morto. Ilu... Ilusão? Será que tudo que eu tinha visto era mentira? A dor, as lágrimas, o cansaço e a falta de ar ainda estava comigo, tudo parecera tão real... Tão vívido... Encosto a cabeça na parede em busca de ar quando escuto a fechadura do quarto ao lado tremer... Merda... Eu não conseguia lidar com mais nada naquele momento.

Você precisa.

Eu sou uma tola, isso sim. Invoco minha lança de minha tatuagem e me aproximo lentamente, tento ouvir algum som mas quem quer que estivesse brincando com a fechadura recuou quando ouviu meus passos. Respiro fundo e me afasto, um... dois... três passos e por fim corro com impulso e chuto a porta com tudo, arrombando a fechadura e dando de cara com dois outros garotos imundos e uma bola de pelos dourada. Uma bola de pelos dourada? Antes que eu possa pensar a bola de pelos pula na minha direção, caminhando por todo o meu torso.

ONDE DIABOS VOCÊ ESTAVA?

Desabo novamente, já parecia ter virado um hábito naquele dia, e abraço meu macaco peludo, me esquecendo de todo o resto. Ao fundo posso ter noção dos outros dois garotos indo procurar os restos da criatura e tomando um susto ao vê-la, depois penso ter escutado eles conversando com Quíron, mas aquilo seria loucura da minha cabeça, certo? Não sei dizer, tudo que sei é que meia hora depois todos estávamos em uma van, voltando ao acampamento.

Apesar de ter sido tudo uma ilusão o sentimento de fracasso e impotência ainda continuava comigo e tinha certeza de que não sumiria tão cedo.


Habilidades:
Equipamentos:
[/i]

#1

Ares

Ares
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Avaliação

Você de novo, piveta ? Ta inspirada taquipariu. Bom, vamos lá. Gostei da forma como você explorou as emoções da persongem nessa OP, que é exatamente o motivo pelo qual ela existe. A narrativa ta sensacional, descreveu bem o cenário e usou imagens bem impactantes pra dar ainda mais peso. Muito bom.

Aurora
XP base: 3,7k
Interpretação: 2
Xp a receber: 7,4k
dracmas : 2k
att

#2

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