Assim que entrei na água fui sugado, nem mesmo quando cai das ondas mais altas me senti impotente na água daquele jeito, e a sensação de afogar foi a pior que já senti na minha vida, a pressão que eu estava sentindo no peito era horrível, já estava a ponto de desistir quando tudo clareou e me vi numa pequena sala, de começo achei que estivesse morto, mas depois de algum tempo a garota apareceu do meu lado.

- Você parece não estar pronto para saber a verdade. Eu posso te dizer muitas coisas, criança. Mas como posso saber que você merece sabê-las?

Por um momento ela estava certa, tirando a minha mãe parece que ninguém me entende, me chamavam de analfabeto por não saber ler e de louco por fumar algas marinhas. Apesar de tudo, eu não ligo pro que eles falam, mas depois de ter chegado em São Francisco e todos aqueles monstros tentando me matar e ignorando muitas pessoas que havia na praia, eu consegui entender que realmente há algo diferente em mim. E se essa garota sabe de algo, preciso descobrir.

-Pra falar a verdade até alguns dias atrás acho que eu não estaria pronto pra verdade, mas depois de alguns dias sendo atacado por monstros e sabendo que você também pode vê-los, tu por acaso seria igual a mim? - Poderia ser uma pergunta idiota, se ela pode realmente controlar a água daquele jeito, então certamente ela não é igual a mim, mas se ela pode me dar uma resposta, acho que terei de mostrar que sou digno.

Eu não sabia qual era o caso de tanta coisa esquisita se aproximar desse jeito, mas se a vida lhe dá um limão seria burrice não plantar para ter mais limões e vender a limonada. Só precisaria de paciência durante o tempo de floração e colheita. Aceitei a oferta de nos resolvermos quando chegássemos na baía. Apertei a adaga com mais força ao ouvir sua proposta de baralho.

- Então.. não gosto de jogos por aposta. - disse, observando suas expressões e pedindo a Apolo que me revelasse caso ele estivesse mentindo através do Broche da Iluminação guardado em minha cueca. - Mas posso apostar outra coisa no lugar da adaga. Que tal uma noite comigo?

Aceitando ou não minha proposta, ficaria de olho nele e nas cartas, afinal, elas poderia conter alguma informação ou truque na manga. No final ele só queria apenas passar o tempo, ou me ludibriar para fazer que eu soltasse a adaga. Sem chance. Sempre atento ao que ele sugerisse fazer, pois não confiar em monstros foi o que me manteve vivo até o momento.

[color=#ff6600]Broche da iluminação: Concede a habilidade iluminação para os filhos de Febo. Para os que já possuem, recebem bônus que será descrito pelo narrador.
Iluminação: Febo é o deus da luz da verdade, por isso seus filhos sempre saberão quando estiverem mentindo para ele.

Nível 5 - Visão Aguçada: A visão dos filhos de Apolo é apurada, facilitando a mira com o arco e flecha. Essa habilidade evolui de acordo com a MIRA do personagem.

Jaseus sente que precisa saber a verdade a respeito de si mesmo e decide falar diante da desconhecida. O questionamento tinha sido simples: se ela era igual a ele.

- De fato, não - Ela estala os dedos e uma porta mais atrás se abre, revelando o breu. Não havia luz alguma e parecia não conduzir a lugar nenhum.

- As respostas estão ali - A hiperatividade do garoto o atormentou naquele instante. Era como nas aulas as quais não conseguia se concentrar ou em todos os momentos que apresentou dificuldade, mas ele sentia que agora diante de uma situação assim, tudo parecia ainda mais.... intenso. Jaseus levantou da cadeira, como se não estivesse se controlando, indo na direção do breu e piscando os olhos estando... na mesma sala. Mas dessa vez não havia balcão nem mulher. A prancha e as coisas que ele havia pego anteriormente estavam ao chão. Mais a frente, havia o mesmo pinscher de antes que afundara na água. Só estava... crescido.

Pinscher:

Latiu em ameaça, dando dois socos no ar. Jaseus notou que a sala estava maior, provavelmente agora com 20m² de extensão. O cão estava a 8m a frente, caminhando e socando o ar. Havia tempo para Jaseus pegar sua prancha para se defender. Ele não entendia o porquê da mulher o fazer lutar contra uma coisa bizarra como aquelas e ainda não estava tão acostumado com monstros assim para não ficar nervoso com aquilo. Havia o mesmo breu atrás dele. Ele poderia ficar e lutar ou fugir.

Zuriel

Zuriel decide não perder a sua adaga, então aposta algo... diferente. O monstro arregala os olhos e o sorriso dourado quando o garoto fala de uma noite com ele. Talvez o taxista fosse carente o suficiente para se contentar com a possibilidade, pois fez que sim com a cabeça e deu boas risadas. O homem puxou uma pequena tábua a qual utilizariam como mesa e o jogo se iniciou. Zuriel permanecia atento às movimentações, mas aparentemente era um jogo de cartas comum. Após bons minutos, o trânsito ainda não havia se movimentado e o filho de Apolo começou a pensar que talvez tivesse ocorrido algum acidente na ponte e por isso o congestionamento.

- Vamos, vamos. Preciso dessa noitada - Sussurrou o monstro, com os olhos atento ao baralho e descartando praticamente tudo que vinha. Zuriel estava na mesma situação. Haviam dois jogos feitos pelo rapaz e o terceiro estava quase pronto. Ou seja, ambos os dois precisavam apenas de uma carta para ganhar.

Obs: Para Zuriel-> Ao postar, clicar em responder e rolar 1d20
- Se der > 10= Conseguiu a carta
- Se der < 10 = Ele conseguiu a carta
- Se der = 10 = Nenhum dos dois conseguiu a carta.

-As respostas estão ali.

Meu corpo pareceu se mexer por si só, minha respiração já estava mais rápida e meu corpo tremendo. O Pinscher que agora mais parecia com um Deus egípcio estava a alguns metros de mim, socando o ar como se fosse um lutador de boxe, a garota havia desaparecido, e la estava eu a sós com ele, certamente ele queria brigar, mas que teste é esse? Lutar contra um Pinscher crescido sério?
Assim que ele latiu meu medo foi ficando maior, eu sempre havia fugido dos monstros, agora estou encurralado contra um. Pelo menos eu estava com as minhas coisas, se fosse pra lutar na base do soco, a prancha serviria muito bem como um escudo. Não teria como fugir e se isso era o que eu tinha que fazer pra ter as respostas, então eu não tenho outra opção senão lutar. Mas antes tinha que me certificar de uma coisa.

-Então cachorrão, tem alguma regra ou vamos começar a trocação de soco franca? - Tentei mostrar algum tipo de astúcia na fala enquanto pegava a prancha como escudo e uma pedra na outra mão e ficava em posição de defesa.

San Francisco. 9h45 da manhã. Por mais que a vontade encontrar um par de realeza fosse eficiente, obter um Ás me será triunfante.

Talvez não fosse a melhor hora de piadas, mas as vezes sou um pouco inconveniente. Larguei as reservas no jogo e entreguei a sorte para quem sabia utilizá-la da melhor forma.

- Tens família? ...É de onde? ...Qual tua espécie? - perguntava entre uma e outra jogada de cartas. Conhecer o meu inimigo e suas motivações era tão importante  quanto "Conhece-te a ti mesmo".

Antes de puxar a carta que faltava disse:

- Uma noite comigo não envolverá sexo, mas poderemos curtir como bons amigos. E eu escolho qual a programação. - mesmo as últimas palavras não fossem de todo verdade, seria uma pena eu perder e não ser capaz de cumprir com o acordo. - E eu escolherei o local.

Sem mais delongas, puxei a carta esperando completar o 21, embora blackjack seria um jogo mais interessante para o atual clima. Por mais que desejasse, o trânsito lá fora não estava ajudando e pela posição solar estimava ter perdido umas 2h desde que saí de Nova Roma.

Nível 1 - Relógio Solar: O filho do Deus-Sol consegue determinar o horário baseado na posição do Astro-Rei com uma margem de erro de quinze minutos.

O membro 'Zuriel Reyes' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'1d20' :

Resultado : 17

Jaseus

Jaseus se vê sem alternativas. Apesar do medo, não iria fugir. Ele precisava de respostas e aceitou o risco para obtê-las. Pegou seus itens, tentando dialogar com o cão, que aparentemente não sabia falar ou somente não estava para conversa, pois começou a atacá-lo. A criatura aplicou um cruzado de direita, que, embora não tenha rachado a prancha, a impulsionou contra a cabeça de Jaseus. Embora fosse utilizado para defesa, não era um escudo de combate nem nada do tipo. O rapaz cambaleou para o lado, tentando tomar distância enquanto a criatura socou o ar mais uma vez, pronto para investir e aplicar outro golpe.

Apesar de parecer bem astuto, o monstro aplicava apenas um golpe antes de recuar alguns passos. Ele precisava pensar numa estratégia para derrotá-lo. Não havia qualquer armadura nem item para proteger o pinscher e ele está a 3m.

Zuriel

Zuriel resolve puxar assunto em meio à tensão e o monstro apenas o ignora, não dando-lhe qualquer informação. Após especificar a respeito da noitada, o filho de Apolo dá um suspiro ao puxar a carta e notar que era a que precisava para bater.

- NÃO - Gritou o monstro enquanto o rapazote sentia uma pitada de orgulho. O carro deu uma guinada para frente, indo na direção de um ônibus mais adiante. O semideus se encolheu, achando que iriam se chocar... mas não houve batida. O carro passou diante do ônibus como se nada fosse e todos os carros mais adiante tremeluziram. Era como se... tudo fosse uma ilusão.

- O-opa - Sorriu o taxista. - A propósito, me chamo Larry - Sorriu antes de saltar na direção do rapaz. Garras pontudas saltaram de seus dedos e um olhar dourado se mostrou aonde antes haviam órbitas comuns. Zuriel se esgueirou para o lado, esquivando-se de uma ofensiva. O motorista apertou um botão do lado da sua porta, travando todas do veículo e impedindo o rapaz de só sair perambulando. Ele teria de matar o monstro ou arranjar um jeito de destravá-la para fugir dali

Assim que o Pinscher ignorou o que eu falei e veio pra cima de mim, me coloquei em defesa com a prancha, mas com um cruzado de direta ele faz com que a prancha bata na minha cabeça, a força e o estilo de luta dele pareciam ser bons, como um lutador de boxe, um momento de raiva veio a tona, ninguém bate na minha prancha e sai ileso . Ele estava pronto pra atacar novamente mas pegou algum distancia mantendo a segurança (serio? ta com medo de um surfista da paz?), eu tento jogar uma pedra nele, mirando no focinho, já que ele era metade cachorro seu focinho deve ser bem sensível, depois eu seguro a prancha com as duas mãos pra no caso de ele tentar me dar um soco, eu ponho ela na frente (sim eu estou sacrificando minha prancha, cachorro maldito ). 

Jaseus

Jaseus se irrita pelo fato da prancha ter sido atingida, apesar dele mesmo ter a usado para se defender. O surfista pega uma das pedras as quais havia guardado e arremessa no cachorro. O monstro esquiva para o lado com fúria e temor ao mesmo tempo. Era como se realmente não quisesse ser acertado naquela região. Jaseus tinha o pressentimento que havia descoberto seu ponto fraco. Apertando a prancha novamente, ele a estica para frente, defendendo-se de um soco concentrado e cambaleando para trás. Desta vez o item foi danificado. Uma rachadura se abriu de uma ponta a outra, como se logo logo ele fosse se partir ao meio. Curiosamente, a prancha ainda resistia e poderia ser utilizado outra vez. O pinscher toma distância outra vez, a mesma de antes, mas pelo que ele podia perceber desta vez tentaria atacar com as pernas.

Zuriel

O filho de Apolo saca sua adaga e se põe em estratégia de combate. O rapazote abaixa o corpo atrás do banco do motorista, colocando, de maneira bem inteligente, o monstro em uma situação desfavorável. Zuriel leva sua mão a frente, ouvindo os grunhidos e sentindo o metal rasgar a carne pŕóximo as suas costelas, talvez um pouco mais abaixo do que gostaria, mas um acerto era um acerto. Larry aperta as garras em torno das mãos de Zuriel e o garoto já havia previsto essa possibilidade. Mas o ferimento que se seguira atrapalhou sua reação. As mãos do monstro rasgaram a pele do semideus, obrigando-o a soltar sua adaga e recuar com o ardor. Mesmo tentando usar seu outro membro, ele percebe que o motorista já estava preparado com a mão restante. Visar sua cabeça seria sacrificar o outro membro. Com o braço danificado e sem a lâmina, ele observa o monstro praguejando. Possivelmente verificando o próprio ferimento e sem qualquer pressa, visto que não havia como Reyes sair. Ele gira o tronco, possivelmente abrindo ainda mais seu ferimento e encostando as costas no volante, buzinando para o nada.

- Vou fatiar você com sua própria arma - Disse. Mesmo sem a profecia que seus irmãos possuíam, Zuriel soube que ele iria abaixar e tentar pegar a adaga caída no seu banco.