Terminando os fones eu testo eles e por fim entrego um ao clone e outro ao lore. As 6 balas de bronze eu deixo em um dos meus vários bolsos.

- Bom, é isso. Acho que... Acho que podemos dar continuidade ao plano original, não é? Vocês dois vão, e eu fico de vigia. Vamos poder nos comunicar, e vou relatando vocês daqui sobre a movimentação delas. Beleza?

Dito isso, retorno a meu plano original. Iria subir numa árvore e, em baixo de suas sombras, eu armo meu rifle para que possa vigiar a cidadela e seus habitantes durante a excursão da dupla. Mantenho-me sob a sombra para que não haja possibilidade de um raio de sol refletir na lente e alertar sobre minha vigia. Confiava que a angulação do terreno ajudasse; com a lamina apontada para baixo, seria difícil refletir alguma luz.

Observei um tanto quanto ansioso a caminhada de Lorenzo em direção àquele lugar desconhecido. A cada passo que ele dava meu coração o acompanhava com uma batida. A cada segundo conferia em simultâneo a mira pela escopeta e o ambiente ao redor dele pelo outro olho. Por fim quando os portões se abriram e Lore os atravessou sem problemas, soltei um suspiro de alívio.

- Ótimo... E aí, notou algo de diferente no lugar? Consegue ver a Lhokita daí?

Aguardei uma resposta... Que não veio. Estranhei e falei novamente, mas quando olhei para o painel em meu braço notei com um choque que a barrinha de sinal estava mais vazia do que a do sinal da TIM dentro do Acampamento. Era como se houvesse alguma barreira em volta daquele lugar barrando a comunicação entre os aparelhos, e eu agora me sentia uma criança cujos Legos foram roubados.

Diaboles!, praguejo impaciente observando Lorenzo e o ambiente ao redor dele. Foco nas pessoas e giro levemente a lente, ajustando o zoom e o foco para tentar ver o que faziam e como olhavam para Lorenzo, tentando identificar se algum representava uma ameaça ou coisa do gênero. Apesar disso, eu me sentia menos apavorado do que antes. Enquanto refletia notava algumas coisas... O lugar não parecia nenhum tipo de centro-de-macumba-do-mal. Nem o tipo de lugar que sequestra-semideuses-para-depois-fazer-sopa-deles. Havia pessoas vivendo ali... E lhokita havia entrado pacificamente com seu grupo, e isso me levava a crer que estava ali amistosamente, ou a negócios. Ou seja... Não deviam ser pessoas de todo ignorantes ou maléficas, ou a caçadora ja teria atirado flechas pra todos os lados antes de dar bom dia. Ao menos eu acho. Aquele luar parecia... Seguro. Não parecia o tipo de lugar feito para prender pessoas dentro, mas... Para manter o perigo fora. O que quer dizer que era eu quem estava em perigo, provavelmente.

- Seth, vá fazer uma ronda nos arredores. Não se afaste muito.

Se tudo parecer OK com o Lorenzo eu sigo vasculhando a cidade com a lente, sempre atento a meu posicionamento e possíveis reflexos denunciadores de luz. Tento ver se havia guardas, torres, ou coisa do gênero. Tento identificar que tipo de roupas as pessoas usavam, e se pareciam aldeões ou guerreiros. Também tento olhar o interior das casas pelas portas e janelas pra saber que tipo de construções eram.

No mais, como sempre um parte de minha concentração estaria em mim mesmo e em meus arredores. Agora me sentia levemente nervoso por estar ali, e me questionava se deveria descer e ir atrás de lorenzo ou continuar minha guarda.

Se algo parecer se aproximar e eu notar, seja por aviso de Seth, de meu radar mágico ou por barulhos na floresta, eu saco uma pistola e mantenho-me encostado no tronco para manter-me escondido enquanto busco o possível inimigo.

- Tá. Nada de pânico - falo comigo mesmo - Nada de pânico. VAMOS SETH, DROGA! Gato idiota!

Mando meu rifle para a tatuagem e seguro no galho da árvore com firmeza, então pulo e aponto a mão esquerda espalmada para o chão, ativando o propulsor nela para me dar uma queda levemente na diagonal enquanto me afasto das cobras em direção à entrada da ponte.

Aquela coisa, a cidade... Fosse o que fosse, eu sentia algo como uma cortina encobrindo-a. Eu não poderia simplesmente atirar contra as cobras, poderia? Seria um desperdício de balas e de tempo. Eu tampouco tinha agilidade suficiente pra simplesmente sair pulando por aí, então tento usar de esperteza para afastar-me o quanto for possível em segurança usando o propulsor na força máxima somada ao salto.

Se eu conseguir cair fora do ninho, ótimo. Se não, ativo Heavy Metal nas minhas pernas e, usando elas e meu braço mecânico, junto com meu martelo, sigo esmagando as cobras no chão com pisadas, rebatendo as que pularem pela direita com o martelo e agarrando/estapeando as que vierem pela esquerda com a mão de oricalco. Na verdade, agarro uma delas pelo rabo e uso-a de chicote pra abrir caminho varrendo as outras. Se elas tentarem se enrolar em minhas pernas para me imobilizar e minha força não for suficiente pra prosseguir, disparo contra elas com o canhão de plasma da palma de minha mão para abrir um buraco nelas e libertar-me.

Sigo correndo sem me deixar parar pelas serpentes indo em direção à ponte e tentando atravessá-la como fez Lore e chegar à suposta segurança do lado de dentro. Mesmo que talvez não fosse tão seguro quanto eu estava querendo pensar... Algo me dizia que ficar ali fora, separado de Lorenzo, não seria muito saudável.

- Nível 11 – Heavy Metal [Intermediário]: Agora o semideus consegue transformar metade do corpo em aço, ou apenas um membro/parte em bronze, conseguindo ótima resistência nele. Consome 40 de energia na primeira rodada e mais 30 por rodada seguinte.

- Braço Autômato [Oricalco][+25% Resistência][✇-➅] Um braço mecânico forjado por Roran, programado e encantado para reagir à vontade de seu usuário, como um braço de verdade. Seu exterior e peças de articulação interna são feitos de oricalco. Fiação de prata e estruturação interna não-essencial de bronze. Revestido de cobre, é isolado contra interferências elétricas externas. De seu metacarpo pode projetar abas de oricalco do tamanho de um escudo pequeno. Do polegar pode conectar-se a qualquer entrada em computadores. Um Gerador "Júpiter" está embutido em seu interior [100/100], capaz de produzir 5 de energia por rodada. Movimentações normais consomem 5 da energia. Movimentos de força extra consomem 10. É 12% mais forte que o braço natural do usuário seria. Aba [G2 – 100/100] e descrição “[i]O sistema de propulsores tem um gerador extra - Este é capaz de produzir 10/100 de Energia/rodada. Cada núcleo pode ser carregado com, no máximo, 30 de energia. A partir de 10 de energia os propulsores podem ser ativados em força inferior, média ou máxima, consumindo entre 10 e 30 de Energia respectivamente (por rodada). Podem produzir propulsão ou disparo (alcance = 1m/5 de energia), totalizando um máximo de 6 metros em seu disparo máximo. Contraponto: Os geradores uma vez descarregados demoram duas rodadas para começarem a se abastecer novamente, independente de terem usado a carga máxima disponível ou não.