| Treino de forja |
O Acampamento era mesmo incrível.
Eu havia chegado faz pouco tempo, cerca de dois dias. Após me familiarizar com todas as informações novas e revelações sobre a minha história, eu precisava de um lugar para pensar. Quando eu ficava agitado e confuso, eu ia para meu escritório, local onde estava minha bancada de trabalho e minhas engenhocas.
Antes de saber que eu era um semideus, eu pretendia seguir a carreira de mecânico. Nunca fiz curso ou algo do tipo, mas qualquer problema que aparecia eu o resolvia em dois segundos.
Lembro-me de uma vez que um renomado profissional não conseguia consertar o trator do maior fazendeiro da região. Eu, que estava apenas de passagem, vi o veículo e decidi averiguar. Era apenas a vela do motor que estava com seu diâmetro três milímetros menor e por isso não estava funcionando.
Fora relativamente fácil.
Por conta disso, decido ir para as forjas. Eu já conhecia a natureza de meu pai como o deus ferreiro e precisava de algo para distrair minha mente.
Como sou novo no local, não possuo nenhum material, vou apenas para treinar e conhecer o local.
Chegando lá, a atmosfera me surpreende. O calor do local era bem-vindo no inverno, e o retumbar dos martelos e bigornas era simplesmente aconchegante. Rapidamente, vou para a bancada mais próxima e reúno 1 kg de ouro imperial para minha prática.
Aqueço a fornalha ao máximo, elevando a temperatura do ambiente. Sinto-me forte e revigorado em contato com o calor. Aquilo fantástico!
Derreto a barra de ouro até transformá-la em um material pastoso e brilhante, reluzindo por toda a caldeira.
Moldo-o no formato de uma lâmina triangular, com a ponta estreita. Após terminar, espero o metal esfriar ligeiramente e começo a golpeá-lo nas bordas para arredondá-lo e dar corte. Bato em toda a extensão da arma até planá-la, deixando-a reta e perfeita.
Após terminar, vou até a bancada e pego a pedra de amolar para dar corte no fio da lâmina, afiando-o ao máximo. Então pego um pedaço de mogno e corto-o com uma faca com movimentos precisos e suaves até deixá-lo como um cilindro. Depois, revisto-o com couro e acoplo-o a uma cruzeta de ferro mortal. Esquento novamente a base da lâmina e fundo-a com a cruzeta, formando uma espada longa de ouro imperial.
Suando e exausto do trabalho, saio das forjas em direção às termas para relaxar.