O pão com mortadela que eu havia comido no café da manhã estava saindo bruscamente pelo buraco errado, no caso, o de cima. Não era como se eu estivesse acostumado a vomitar — filhos de Baco tinham disso né — mas a questão era que eu estava vomitando em ocasiões normais. Os dias eram cada vez mais equânimes, as atividades tornavam-se cada vez mais pacatas e repetitivas, talvez elas sempre foram assim, só não havia percebido antes... Não, não era isso: era aquela névoa. Não que eu tivesse algo contra névoas, na verdade eu as acho bem tumblr, desde que não me fizessem vomitar, claro.
Talvez fosse só uma sequela da visão naturalmente distoada das coisas, mas eu conseguia sentir. O ar ondulava. Sim, eu sei, parece loucura, mas o que você esperava?; tudo piora quando de alguma forma a droga de um corvo, não, um corvo não, uma revoada de corvos invade o refeitório sem mais nem menos deixando cartas e penas pretas caírem por cima das mesas, a cena era uma misturada de nostalgia com terror. "Hogwarts de Chernobyl?" pensei ao lembrar-me de ter assistido a uma cena de um dos filmes em que corujas entravam com cartas pelo salão. Igual, porém diferente.
Eu não vi nenhum problema naquele evento, achei divertido e cômico, apesar de tudo. Divertido e cômico até uma daquelas malditas aves derrubar meu suco de manga exageradamente adocicado. "Você me paga, sua ave desgraçada", foi o único aborrecimento que eu tive durante todo o processo.
A carta era estranha, vaga, desnexa e enfadonha. Tentei rasgá-la depois de lê-la, — já achava que era um trote divino — mas não adiantou, de qualquer maneira. Depois de algum tempo com os campistas analisando e investigando o objeto, conseguiram descobrir que havia uma mensagem oculta por entre suas camadas papelísticas. "Você quer uma aventura?" era a única frase que o papel cor de ébano continha. Pois é, singelo né? Também achei. Olhei para a carta e em seguida olhei em volta, o dia era cinzento, mal dava pra saber qual era o horário do dia sem um relógio por perto.
"Ai, não sei" — pensei comigo mesmo, tentando analisar os prós e contras, mas aparentemente não havia nenhum — "Hm, tá bom, por que não?"
Não havia acontecido absolutamente nada, "Que novidade" pensei. Destarte, ao perceber o fim do crepúsculo e o início do véu da noite, fui para meu chalé e repousei, pensando se havia feito merda, talvez. O ar continuava a ondular, como o horizonte longínquo de um dia quente, mas ali, dentro do quarto, ao redor. Não percebi quando adormeci, só sei que foi... Revigorante. Será que eu teria algum sonho bom àquela noite?
Talvez fosse só uma sequela da visão naturalmente distoada das coisas, mas eu conseguia sentir. O ar ondulava. Sim, eu sei, parece loucura, mas o que você esperava?; tudo piora quando de alguma forma a droga de um corvo, não, um corvo não, uma revoada de corvos invade o refeitório sem mais nem menos deixando cartas e penas pretas caírem por cima das mesas, a cena era uma misturada de nostalgia com terror. "Hogwarts de Chernobyl?" pensei ao lembrar-me de ter assistido a uma cena de um dos filmes em que corujas entravam com cartas pelo salão. Igual, porém diferente.
Eu não vi nenhum problema naquele evento, achei divertido e cômico, apesar de tudo. Divertido e cômico até uma daquelas malditas aves derrubar meu suco de manga exageradamente adocicado. "Você me paga, sua ave desgraçada", foi o único aborrecimento que eu tive durante todo o processo.
A carta era estranha, vaga, desnexa e enfadonha. Tentei rasgá-la depois de lê-la, — já achava que era um trote divino — mas não adiantou, de qualquer maneira. Depois de algum tempo com os campistas analisando e investigando o objeto, conseguiram descobrir que havia uma mensagem oculta por entre suas camadas papelísticas. "Você quer uma aventura?" era a única frase que o papel cor de ébano continha. Pois é, singelo né? Também achei. Olhei para a carta e em seguida olhei em volta, o dia era cinzento, mal dava pra saber qual era o horário do dia sem um relógio por perto.
"Ai, não sei" — pensei comigo mesmo, tentando analisar os prós e contras, mas aparentemente não havia nenhum — "Hm, tá bom, por que não?"
Não havia acontecido absolutamente nada, "Que novidade" pensei. Destarte, ao perceber o fim do crepúsculo e o início do véu da noite, fui para meu chalé e repousei, pensando se havia feito merda, talvez. O ar continuava a ondular, como o horizonte longínquo de um dia quente, mas ali, dentro do quarto, ao redor. Não percebi quando adormeci, só sei que foi... Revigorante. Será que eu teria algum sonho bom àquela noite?