Tudo acontece de maneira extremamente rápida, até mesmo para os meus olhos treinados para batalha. Clare mata o médico psicopata, Henry começa a vomitar e as enfermeiras se viram para atacar Clare. Havia uma criança prestes a ser morta ou sei lá o que mais.

A criança ainda estava chorando? Olharia para lá rapidamente para tentar ver se estava amarrada, como era ou algo do tipo. Todo aquele cenário me volta á lembrança a visão que Clare teve. Três homens sacrificando um, três adultos ali sacrificando uma criança. A música embora me lembrasse fatores históricos muito específicos, também possuía um embalo infantil de uma musica antiga... que fora usada na visão da Clare. Além disso, a 4 divisão, como anunciaria também a musica, efetuara um ataque contra as tropas francesas, teria sido a brecha para hitler recuperar o livro ou uma outra divindade alcançara aquilo, trazendo a hitler sua ruína tempos depois? Tudo isso, me vem em alguns segundos e me recomponho para ajudar a filha de Hades. Haviam enfermeiras assassinas querendo nos destruir e não era só isso...


Algo estava definitivamente errado com seus rostos, eu sinto um medo me invadir com uma sensação de frio invernal correndo em minhas veias, uma confusão se formula em minha mente por nunca ter visto nada igual, sequer em livros. O desconhecimento da existência de seres daquele tipo mexiam comigo de uma forma maior do que eu poderia imaginar, o inusitado, o desconhecido até mesmo nos livros do nosso mundo... aquilo não deveria significar uma coisa boa. Por um momento paraliso, mas me lembro do medo que os generais de Hitler sentiam dele, eles viviam sem reação e esse não era o momento para eu ficar parada, eu precisava ajudar meus companheiros. Há tempos não me sentia muito útil naquela missão, tudo era muito confuso e todas as informações mais cruciais pareciam completamente fora da minha realidade.. mas havia uma coisa que eu sabia fazer e essa coisa era lutar. Então foco em olhar apenas para baixo do pescoço, em seus corpos.

Sentia minha cabeça trabalhar a milhão, naquele momento, muitas coisas querendo ser ditas mas agora precisava ajudar Clare. Utilizo meu comando [Atacar] em Clare e corro para cobrir sua retaguarda contra as duas, com meu escudos, pronta para defendê-la da melhor forma que conseguisse, focando minha atenção aos movimentos e não aos rostos das criaturas. Uma vez costa-costa com Clare, batizo minha espada como [Arma favorita] e, caso minha defesa com o escudo seja efetuada com sucesso, realizo um contra ataque cortante em uma das enfermeiras. No mais, fico alerta. Do contrário, apenas foco em defender totalmente a garota.

Nível 1 - Comando Subconsciente: No começo da narração o Estrategista escolhe um comando para que ele fique passivo até o final da narração. - DEFENDER*

Ativa:

Passivas:

Rachel auxilia sua companheira com seus comandos e tenta ir até ela pra lhe dar cobertura, porem a filha de Hades é mais rápida e acaba matando as duas enfermeiras que pareciam um pouco confusas com as habilidades de Henry, suas almas vão ser torturadas em seu diamante assim como a do doutor.

Talvez se aquele grupo fosse composto por semideuses diferentes eles teriam tido muita dificuldade, mas cada um exerceu um papel muito bom para aquela situação. Quando tudo acaba, Henry acaba vomitando.

Assim que as enfermeiras morrem seus rostos voltam ao normal, eram humanas comuns sem nada de diferente. A garotinha na maca chorava ao som da musica que ainda tocava em loop, agora que eles começam a prestar atenção nela eles percebem que a garota estava com bastante sangue na boca. Conforme ela abria a boca pra gritar podia-se notar que sua língua fora arrancada fora.

Rachel e Henry começam a acalmar a garota enquanto a filha de Hades se afasta para não assustá-la, eles começam prestar melhor atenção na pequena. Ela vestia um vestido com rendas rosas e estava completamente suja, seus cabelos loiros estavam marrons, sua pele clara estava manchada de sujeira e sangue, machucados e bolhas cobriam toda a extensão do seu corpo. Seus olhos azuis estavam vermelhos de tanto choro, eles mostravam gratidão e quando o filho de Afrodite a abraça para acalmá-la com suas habilidades ele sente que aquela garota era sua irmã, aquela garota também era uma filha de Afrodite.

Após solta ela fica encolhida na mesa segurando os joelhos com um olhar desconfiado, ela havia sofrido traumas terríveis e ainda estava completamente machucada, sua língua deveria estar doendo um bocado já que aparentemente foi arrancada a pouco tempo.

A filha de Hades acha o radio e o toca no chão, depois começa a pular em cima dele like a Seu Madruga. Depois disso ela chama a estrategista para observarem melhor a sala e ali elas acham algumas coisas...

Havia uma porta do outro lado do "açougue", os pedaços de humanos pendurados atrapalhar a visão e por isso eles não viram a porta antes, no local da cirurgia tinha alguns desenhos de criaturas esquisitas. Era um humanoide com 6 pernas, 6 braços e 6 cabeças humanas.

Henry Pergunta para a garota se ainda havia mais pessoas por ali e ela aponta meio encolhida para a porta que as garotas haviam achado. Ela se levanta e fica grudada na perna do garoto como um bicho que fora muito machucado e agora conhecia um porto seguro.

Henry pede pra lidar com a garota e concordo, ele deveria realmente se sair melhor que eu. Mas antes que eu possa encontrar o rádio, vejo Clare pulando em cima do aparelho violentamente. Bem... pelo menos alguém está colocando as emoções pra fora. Ah, se eu tivesse um sudoku para desestressar

Então a filha de Hades me chama, para procurar algumas coisas e acabamos achando uma porta que, certamente não vimos antes pelos corpos pendurados. Percebemos alguns desenhos totalmente esquisitos, de um humanoide com complexo de seis, em suas pernas braços e cabeças. Observo aquilo, tentando relacionar com qualquer criatura que me viesse a mente, mas realmente não parecia ser algo que já tinha visto. No entanto, aquilo me lembra a visão que cada um de nós teve... Henry havia ganhado uma valiosa informação sobre um deus  com vários rostos. Se realmente fosse verdade, estávamos lidando com algo muito acima do que eu imaginara. Busco em minha memória exatamente o que Henry passara para nós.





- Seis cabeças, pernas e braços. Isso me lembra o que Henry ouviu na boate... foram apenas cinco nomes, um deus de cada mitologia nas histórias conhecidas pelos mortais, Mercúrio, hermes, Agni, Toth e Nyarlathotep, o único desconhecido. - Digo fazendo uma pequena pausa para manter o raciocínio de forma clara e não falar demais. - São cinco, certo? um sendo desconhecido... e talvez tenha um que realmente seja desse deus, o sexto. Pode ser besteira, mas me lembrei disso. Se realmente estivermos lidando com uma super divindade desconhecida e sanguinária... isso explicaria a visão da Clare. E esse lugar.


Expresso preocupação ao terminar minha fala e respiro fundo. Henry aparece com a criança grudada em sua perna e a observo. "Meio Sangue?" aquilo esfria meus sentidos, se ela era uma semideusa... será que os corpos pendurados também eram? Afasto esse pensamento macabro e foco na porta. Aparentemente haviam pessoas ali, mas não sabíamos quem poderíamos encontrar e estar com uma criança poderia dificultar as coisas. Antes de entrar, me viro para falar com os dois, em tom baixo.

- Se tem gente aí, pode ser perigoso para ela... - Digo, pensando. - Diria para deixá-la com Bill, mas também poderia ser perigoso... já que ela também é uma meio-sangue. Bem, não sei o que pode ter aqui, mas é melhor nos prepararmos... psicologicamente. - Digo séria e lançando um olhar para o filho de Afrodite que havia vomitado, certamente era algo natural mas poderia custar sua vida numa próxima vez. Então, espero respostas desembainhando novamente a minha espada.