Apesar de ser tentador, ainda não seria a melhor opção atacar o suposto bode nessa ocasião. Não havia nenhum indicio comprovado de que o cara era o nosso sátiro e nos entregaria um suposto alvoroço por conta disso, a ilha não era muito grande, se o cara não fosse o sátiro, facilmente o verdadeiro ficará sabendo que estamos atrás dele aqui.
- Nada meu querido, estamos cansados sabe - faço uma encenaçãozinha de cansaço, coloco o pulso na testa e finjo limpar o suor - agradeceríamos se fossemos para o quarto agora, o sol me deixou muito cansada.
Essa era a maior mentira que eu já pude contar na minha vida! Espero que meu pai não se aborreça com essa brincadeirinha, afinal, uma filha de Febo cansada do sol era a pior blasfêmia que pode existir.

Meu comentário havia deixado meu pai bravo e eu sentia isso no meu corpo, pois após o raio cair todo o meu ser se arrepiou. Vou recompensar o velho depois.
Apesar de tentar ter sido cordial com o cara, no final das contas, ele era de fato o alvo que procurávamos, ou conhecia o tal.
- Por que nunca aprendem?- tiro meu arco das costas, pego uma das flechas, engato na corda e miro em sua perna, não iria tentar atirar no pé, afinal o casco o protegeria. Uma flechada no joelho ainda o capacitaria de fugir porem não com tanta agilidade quanto antes.
Mesmo que ele corra, solto a flecha vendo ela viajar até o alvo. Se ele continuar parado, a flecha atingiria seu joelho, se ele corresse, a flecha se alojaria na parte de trás de seu joelho.
Enquanto espero o resultado da primeira flecha, já pego outra flecha e engato no arco.

Não estava com muita paciência, eu só queria terminar logo isso e, se desse tempo, dar um TiBum no mar antes de voltar para o acampamento:
- Em primeiro lugar, quero que tire sua mão do bolso ou eu vou atirar na sua testa- enfatizo a frase puxando a corda do arco - em segundo quero que você fale o seu nome e por que foi idiota o bastante para roubar uma deusa.