O único som que ressoava naquele corredor bem iluminado era a dos meus passos. Juntamente a minha respiração ofegante. Procurava pelas portas, mas nada via, apenas quartos vazios. Vazios com a minha cabeça, meu coração, minha existência. Tanto o corredor quanto os quartos eram brancos e extremamente bem iluminados. Aquilo irritava meus olhos, e embora era completamente ao contrário, eu me sentia no escuro.
Depois de algum tempo correndo pelo corredor, notei algumas coisas, como: O corredor ficava maior à medida que eu corria. E eu não fazia a menor ideia do que eu estava procurando. Mas aquilo não me importava, continuei correndo, olhando rapidamente para os lados, a procura de algo dentro dos quartos, mas estes sempre estavam vazios. Corri por cerca de uma hora. Até que me cansei, todo o meu corpo pedia por descanso e eu cedi. Sentei-me lentamente no chão e respirei, dessa vez com mais calma. Mantive os olhos fechados, a luz estava os irritando, e assim permaneci por algum tempo. Deixando com que a minha mente me leve ao desconhecido. Vagando pelos vagos campos da mente, tão misteriosos e sem fim como esse corredor que aqui estou. Abri os olhos rapidamente quando ouvi um barulho mínimo. Uma grande porta negra estava em minha frente, e com ela, o fim do corredor se revelava. A porta radiava uma aura roxa, e tive um certo medo de abri-la. Porém, havia corrido muito, e gastei tempo demais para simplesmente desistir. Levantei-me rapidamente e toquei na maçaneta. Girei-a e empurrei a porta. Encontrei-me em um quarto, vazio e desta vez totalmente escuro. Mas isso não dificultava a minha visão - pelo contrário, eu enxergava muito melhor no escuro - então pude ver claramente o que lá havia. Vi um homem, alto, de cabelos e olhos negros, sentado em uma cadeira grande de ossos. Ele usava uma capa com desenhos de rostos, rostos aterrorizados. Senti a tristeza, a dor e o desespero daqueles rostos só de olha-los. Desviei o olhar, para ver o que mais tinha naquela sala, e não havia mais nada. Havia um pequeno espaço entre mim e o homem. A cadeira em que ele se encontrava sentado, e mais nada. Era como se o resto da sala deixou de existir. Encarei os olhos negros do homem, e onde muita gente jurava ver morte e crueldade. Eu vi dor. Ele olhava para mim também, e então eu gritei:
- Onde esteve? Sabe pelo o que eu passei? Quantas vezes te chamei? Quantas vezes precisei só de um pequeno impulso, e você parecia nem perceber? Só se manteve sentado nesse seu estúpido trono de ossos, contemplando a sua estúpida capa enquanto eu estava lá, morrendo. - Meu tom era irritado, embora controlado. Mantinha a expressão calma e fria, mas por dentro estava completamente irritado. Se eu não soubesse o que ele era, eu o mataria ali. Ele fez o mais incompreensivo e inesperado gesto: Sorriu. Foi a única vez que o vi sorrir.
- Pergunte o que quiser, filho. - Em seu sorriso, tinha nobreza. Em seu tom, majestade e autoridade. Esse era o sorriso e a voz do contraditório, polêmico e marcante deus: Hades. Também conhecido por mim como pai.
Depois de algum tempo correndo pelo corredor, notei algumas coisas, como: O corredor ficava maior à medida que eu corria. E eu não fazia a menor ideia do que eu estava procurando. Mas aquilo não me importava, continuei correndo, olhando rapidamente para os lados, a procura de algo dentro dos quartos, mas estes sempre estavam vazios. Corri por cerca de uma hora. Até que me cansei, todo o meu corpo pedia por descanso e eu cedi. Sentei-me lentamente no chão e respirei, dessa vez com mais calma. Mantive os olhos fechados, a luz estava os irritando, e assim permaneci por algum tempo. Deixando com que a minha mente me leve ao desconhecido. Vagando pelos vagos campos da mente, tão misteriosos e sem fim como esse corredor que aqui estou. Abri os olhos rapidamente quando ouvi um barulho mínimo. Uma grande porta negra estava em minha frente, e com ela, o fim do corredor se revelava. A porta radiava uma aura roxa, e tive um certo medo de abri-la. Porém, havia corrido muito, e gastei tempo demais para simplesmente desistir. Levantei-me rapidamente e toquei na maçaneta. Girei-a e empurrei a porta. Encontrei-me em um quarto, vazio e desta vez totalmente escuro. Mas isso não dificultava a minha visão - pelo contrário, eu enxergava muito melhor no escuro - então pude ver claramente o que lá havia. Vi um homem, alto, de cabelos e olhos negros, sentado em uma cadeira grande de ossos. Ele usava uma capa com desenhos de rostos, rostos aterrorizados. Senti a tristeza, a dor e o desespero daqueles rostos só de olha-los. Desviei o olhar, para ver o que mais tinha naquela sala, e não havia mais nada. Havia um pequeno espaço entre mim e o homem. A cadeira em que ele se encontrava sentado, e mais nada. Era como se o resto da sala deixou de existir. Encarei os olhos negros do homem, e onde muita gente jurava ver morte e crueldade. Eu vi dor. Ele olhava para mim também, e então eu gritei:
- Onde esteve? Sabe pelo o que eu passei? Quantas vezes te chamei? Quantas vezes precisei só de um pequeno impulso, e você parecia nem perceber? Só se manteve sentado nesse seu estúpido trono de ossos, contemplando a sua estúpida capa enquanto eu estava lá, morrendo. - Meu tom era irritado, embora controlado. Mantinha a expressão calma e fria, mas por dentro estava completamente irritado. Se eu não soubesse o que ele era, eu o mataria ali. Ele fez o mais incompreensivo e inesperado gesto: Sorriu. Foi a única vez que o vi sorrir.
- Pergunte o que quiser, filho. - Em seu sorriso, tinha nobreza. Em seu tom, majestade e autoridade. Esse era o sorriso e a voz do contraditório, polêmico e marcante deus: Hades. Também conhecido por mim como pai.
Última edição por Ω Daniel Ritter em 02/12/11, 02:41 pm, editado 1 vez(es)