Mia fala a respeito de deixar a maçã para depois e sussurra um aviso. Ser cautelosa e não comer nada fora uma atitude sensata dada a estranhice da situação. Entendendo que possuía uma maior resistência e até mesmo imunidade quanto a certos venenos, a filha de Baco decide fazer um teste. Dakota permanece mexendo o garfo na comida, resistindo a tentação de devorar o que havia pedido e assistindo sua companheira retirar a maçã da mochila e dar uma mordida.
A semideusa passa alguns instantes saboreando a maçã. O sabor era único. Talvez ainda mais delicioso que o próprio néctar mágico. A filha de Vênus permanece com os olhos vidrados, aguardando uma resposta. Até que Mia cai encima do prato. Os olhos da menina se fecham, como se estivesse em sono profundo. Antes que pudesse fazer algo, os instintos da garota a salvam de ser fateada. Luka salta para o lado, observando a cadeira a qual estava sentada se partir no meio face à uma lâmina prateada.
Mais adiante, estavam de volta os anões que serviram a comida. Com... companhia. Totalizavam 7 anões, todos com um machado pequeno e um peitoral de couro cobrindo o tronco. Andavam de maneira desengonçada, mas todos pareciam ter uma mesma missão: Matar dakota. A menina recuou até sentir a porta as suas costas. Trancada. Os anões estavam a 7m e caminhavam lentamente. Ao lado de Mia, a mulher que antes dera a maçã se fez presente, aproximando-se do rosto da filha de Baco e beijando-lhe a bochecha. A partir dali... desapareceu.
Mia estava em um sonho esquisito. Parecia estar no mesmo restaurante, mas em cores diferentes e brilhantes. As paredes estavam pintadas em cores que variavam de roxo a laranja, na saturação máxima. As mesas apesar de parecerem as mesmas davam a impressão de que a madeira era comestível, tal qual... bom, tudo ali. Ela se sentia estranha, como se seu corpo lutasse contra algo. Até que a mulher reapareceu a sua frente. Dessa vez, com uma espada longa em mãos e os cabelos ainda maiores, como se tivessem crescido em poucos minutos desde sua ultima aparição. Laura se perguntava se aquilo era um sonho, mas a julgar pelo olhar assassino da espadachim que avançava, ela logo descobriria se a morte era real ou não. Estava a 7m e começara a correr.
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