A garota se apressa em direção à tocha novamente. O monstro segue recuando, mas logo para, pois a tocha que já havia caído duas vezes e sido arremessada por fim esmaece e se apaga antes que a guria possa erguê-la. O lugar fica escuro de novo, a coluna com tocha mais próxima estando a 6m às costas da garota.

Criatura e semideusa se encaram, mas para a surpresa de Jade o esqueleto não a ataca. Ele apoia a maça no chão, leva a mão em concha à boca e dá uma espécie de grito. Mais parece o som de uma trombeta abafada, ou o som deu uma baleia enorme nas profundezas. O som reverbera pela arena, tremendo o ar e arrepiando os pelos de Jade. O som de alguma coisa de chocando contra outra se faz ouvir. Depois de novo e de novo, várias batidas, cindas de ao menos três direções diferentes ao redor no escuro.

Me sentia poderosa, colocar uma criatura daquele tamanho para recuar era extremamente satisfatório; infelizmente a tocha se apagou e me vi preocupada diante do esqueleto. Surpreendentemente, ele não me atacou, por outro lado fez um som estranho...uma trombeta para reforços? Como quando os donos sopram aquele apito esquisito para chamar seus cães, eu iria estar enrascada.

Imediatamente aproveitei da brecha que ele criou ao posicionar a mão na boca e disparei minha lança em seu crânio, buscando a brecha em seu elmo. Corri na direção da outra tocha que iluminava a arena, largando no caminho a antiga tocha que eu segurava e pegando a espada curta que estava no chão, evitando seguir na direção de onde vinham os outros sons. A peguei da coluna, segurando a frente do meu corpo para evitar a aproximação do esqueleto e tentando iluminar os reforços. Apertei com força o cabo da lança, não esperava que o esqueleto me alcançasse no percurso, ele carregava equipamentos pesados.

Mantive a calma, independente de quantos oponentes ali tivessem, minhas proezas e determinação seriam mais que suficientes para sair por cima daquela situação. Minha ação era longa e arriscada, estaria pronta a qualquer momento para realizar uma esquiva ou posicionar minhas armas/braços a frente do corpo para amenizar o impacto em meu tronco, cabeça e pernas.

Nível 1 – Analise I: O Filho de Marte consegue analisar  todos os aspectos do combate ao seu redor, podendo assim elaborar estratégias e ataques mais facilmente. Na rodada seguinte, seu terá uma chance maior de ter sucesso. Gasta 30 de energia e entrara em espera por três rodadas.

Nível 1 - Ambidestria: O herói controla armas com as duas mãos com total habilidade.

Nível 1 - Regeneração de Batalha I: Os heróis regeneram 5% dos pontos de vida por rodada, quando estão em batalhas mortais contra algum inimigo.

Nível 2 – Disciplina: Os Filhos de Marte são frios como gelo e leais como um escudo. Esses campistas nascem com uma disciplina nata, mantendo a calma no combate e se concentrando na batalha.

Correndo contra o tempo, Jade se vira e corre na direção da coluna com uma tocha. Seus instintos parecem se aguçar diante do perigo. Ela sabe a posição do esqueleto, e consegue identificar a origem das batidas, como se sua audição se aprimorasse e lhe desse a direção dos oponentes. O problema é que um estava diretamente à frente, na coluna que não tinha tochas. A coluna era outro túmulo, e com uma forte batida a criatura presa dentro dele se liberta.

Spoiler:

O esqueleto caminha para fora da sua tumba e seus olhos se fixam na garota, que sente o golpe vindo. Ela recupera sua espada no chão em tempo de erguê-la para bloquear a do esqueleto, e é forçada a mudar sua trajetória para evitar os outros golpes.

Um baque forte vindo 4m atrás alertam ela de que outro esqueleto havia derrubado a tampa de seu caixão. O esqueleto à sua frente avança meio desengonçado, mas erguendo a espada para tentar acertá-la.

Talvez Fortuna me odiasse, eu estava com muito azar para aquele combate...ou subestimei o aviso que estava pendurado na entrada da arena. O som metálico de minha lança atingindo a parede quase me desanimou, não tive tempo de lidar com essa frustração já que o segundo oponente surgira e já me atacara. Bloqueei o golpe da espada e me reposicionei, deixando de lado o plano de pegar mais uma das tochas.

— Não acham que já está ficando injusto? — O som em minhas costas me deixava ainda mais alerta, se ele fosse tão desengonçado quando o esqueleto que acabara de me atacar, teria uma quantidade razoável de tempo.

Me movimentei conforme o esqueleto, agora eu só tinha a espada curta em punhos, estava mais ágil do que quando manuseava duas armas. Esperei o movimento da espada do inimigo, desviando para seu lado desprotegido ou me abaixando, aproveitando para contra atacar com um corte horizontal onde seria seu pescoço, separando o crânio do corpo.

Se o golpe não fosse letal, esperava pelo menos que ele demorasse a se recompor e eu pudesse tomar o escudo dele para mim.

Jade se vida para encarar o esqueleto, decidida. Outro se aproximava por sua traseira e logo o alcançaria, mas Jade salta pro lado para evitar o golpe de espada do esqueleto e contra-ataca com a espada. A lâmina deixa um arco de luz refletido no ar ao decapitar o esqueleto, que tomba no chão desmontando-se e deixando apenas um amontoado de ossos e os equipamentos no chão.

A garota agora está de frente para o outro. Ela ergue a espada, que parece mais leve do que antes em suas mãos. Ela consegue ouvir o som do terceiro esqueleto se libertando 5m à direita, perto do esqueleto-chefe que estava ainda encostado na parede. Ela sente-se bem, apesar dos ferimentos que já havia recebido, como se todos eles tivessem desaparecido. O sangue ainda estava molhado em seu queixo e em seu peito, mas ela não sentia mais dor alguma. Na verdade, sentia-se melhor do que antes, como se pudesse sentir seu corpo melhor do que nunca.

O esqueleto se aproxima passo a passo, com as armas erguidas.

Exp Atualizado
+301

A filha de ares se abaixa e pega o escudo do esqueleto. Ela percebe que era feito de ferro, assim como o escudo e a espada de seu novo oponente. O esqueleto avança e ergue a espada para atacar. Jade ergue o escudo e a lamina crepita contra a borda, soltando faíscas ao ser desviada para cima, e Jade consegue estocar com a espada passando pelo lado do escudo do esqueleto, abrindo um talho na lateral de seu crânio.

O golpe não foi certeiro, mas a rachadura aumenta e o crânio se desfaz, assim como o resto do esqueleto.

Jade se vira e percebe que a hora havia chegado. Ambos os inimigos restantes se aproximavam; o esqueletinho com o escudo à frente, e o esqueletão atrás, caminhando lenta e pacientemente com seus olhos vazios fixados em Jade. Para a surpresa da garota ele arrastava a maça na mão do escudo e na outra, carregava sua lança.

O esqueletinho avança com o escudo erguido e o outro fica mais atrás.

A garota avança e dá um chutão no escudo do esqueleto. O oponente leve recua rapidamente para se reequilibrar, saindo também do alcance do ataque de escudo de Jade, que apenas rebate contra o escudo do próprio esqueleto. O monstrengo se reequilibra e volta a avançar, tão pacientemente quanto antes com seu escudo erguido.

O outro esqueletão começa a caminhar em um semicirculo em volta dos dois lutadores. Ele claramente estava pacientemente aguardando uma abertura de Jade para atacá-la.