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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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OP LIVRE // "QUANTOS MAIS VOCÊ SABE" - ARGUS MONTEVERDE Empty OP LIVRE // "QUANTOS MAIS VOCÊ SABE" - ARGUS MONTEVERDE

por Argus Monteverde 11/07/22, 03:11 pm

Argus Monteverde

Argus Monteverde
Filho(a) de Zeus
Filho(a) de Zeus
Nome da narração: "Quanto mais você sabe"
Objetivo da narração: Explorar as instalações do acampamento e tentar perceber o porquê de lá ter ido parar
Quantidade de monstros: 2
Espécie dos monstros: Poltergeists




O relógio na parede da enfermaria batia as quatro da tarde. Fazendo as contas, em Trieste deviam ser... Mais seis horas de diferença... Dez da noite! O jet lag ainda me afetava. Eu estava com as pálpebras pesadas e a cabeça a andar à roda, mas precisava ficar acordado até depois do jantar, pelo menos. Tinha de arranjar uma maneira de me distrair no meio tempo. Parando para pensar, ainda não tinha saído do quarto da enfermaria desde que chegara. Talvez esse fosse a minha maneira de arranjar uma distração. Me levantei da cama branca e calcei as minhas botas de trail.
- Onde você pensa que está indo, menino?
Olhei para a direção da voz. Era o sátiro que supostamente me tinha trazido para o acampamento. Estava encostado numa cadeira perto da cabeceira da cama e estava lendo um livro de capa verde. Pensei em responder "Não é da sua conta!" mas achei demasiado rude e optei por dizer "Vou explorar o local. Não conheço nada por aqui." O sátiro simplesmente acenou e indicou a porta de saída com o queixo.
- Tem um escudo mágico que protege o acampamento do exterior. De resto pode explorar tudo à vontade, Argus.
- E se eu quiser sair do escudo? - perguntei desconfiado da afirmação da criatura.
- Você pode. Não vejo qual o benefício nisso, no entanto. Estamos no meio da floresta, numa zona de um país que você nunca visitou antes.
- Dito dessa maneira parece que isto é uma prisão de alta segurança feita especificamente para me prender.
Um balido saiu da boca do sátiro, em tom de riso e este prosseguiu:
- Você está num acampamento com gente que sofreu da mesma maneira que você. Coisas estranhas todos os dias a toda a hora. É uma barreira para proteção contra essas coisas estranhas. Eu pensava que já soubesse... Eu tenho quase a certeza de que falei sobre isso ontem.
Inclinei a cabeça com as sobrancelhas franzidas. "Ontem estive apagado o dia todo, chefia! Eu tenho quase a certeza de que você sabe disso." foi o que eu murmurei entredentes antes de sair do quarto.

Desci umas escadas e encontrei a porta da frente. Ao a abrir a luz do lado de fora foi muito forte ao ponto de eu ter de cerrar os olhos até estes se habituarem à luminosidade. Avancei uns passos e só de olhar em redor já via tanta coisa! Um campo de voleibol, uma parede de escalada, uma coleção de cabines todas diferentes em cor e forma, um campo de plantação de morangos... um anfiteatro grego... uma arena? Eu talvez devesse ter antecipado algo tão esquisito como isso, dado ao facto de eu ter visto um sátiro sentado ao meu lado, e um grupo de, o que eu acho que eram, fantasmas a levarem toalhas humedecidas a outros adolescentes na enfermaria, mas ver um grupo de pessoas da minha idade ou mais novas equipadas com armaduras de ferro e armas de lâmina que mais pareciam obras de arte abstrata, realmente fez abalar o meu psicológico. Quase que por instinto os segui. Eles entraram na arena que eu tinha visto á distância e antes de seguir, tive de observar o jogo de voleibol que estava a decorrer, obviamente. Olhei para o placar e li "Pégasus Texanos" contra "Musas Americanas". Que nomes mais sem graça. Mas tenho de admitir que o elenco da equipe das Hárpias, constituido apenas por garotas, captou o meu interesse. OP LIVRE // "QUANTOS MAIS VOCÊ SABE" - ARGUS MONTEVERDE 1466782309  Até perdi a noção de quem eu estava a seguir e para onde.
Foi quando levei um tapa nas costas que parei de me concentrar no flanco das jogadoras e voltei à realidade.
- Você é o novato que caiu do avião?
Me voltei para trás lentamente, e vi que era um dos que estava completamente armado. Decidi responder lentamente "Sim" como se quisesse ter a certeza de que não me faltavam sílabas.
- Prazer o meu nome é Gwendal, sou um filho de Ares. - estendeu a mão e ficou me encarando à espera que eu respondesse.
- Olá, me chamo Argus... E sou filho de Bianca? - e apertei a mão estendida.
- Eu me referia ao seu pai divino. Sendo que você me disse o nome de uma mulher quem é o seu papá deus? - explicou Gwendal num tom de voz infantil, quase que fazendo troça de mim.
Eu parei e refleti durante uns segundos. Filho de um deus? Tipo um semideus? Perseus, Teseus, Hércules, Jasão? Igual esses caras? Eu era um deles? Devo ter ficado a pensar com uma cara de tolo durante demasiado tempo pois tive direito a mais uma exclamação trocista de Gwendal:
- Suponho que você não saiba quem é o seu papá... Não há problema! Venha para a arena e vamos testar a sua força. Quem saiba você é um filho de Ares.
Um riso nervoso foi o máximo que consegui responder.

Quando dei por mim estava armado e a ser empurrado para a terra batida da arena. Esta ainda estava, para minha felicidade, vazia. Apenas o filho de Ares e seus companheiros estavam presentes nas bancadas, de braços cruzados e olhares de superioridade sobre mim. Foi quando eu decidi me virar para o meu público e abrir os braços perguntando "Eu não devia estar a lutar com um ciclope?" Os semideuses nas bancadas riram-se, até que Gwendal se levantou e respondeu:
- Você ainda nem sequer sabe que capacidades tem! Vamos fazer uns testes, primeiro. Para isso, falei com um pessoal da cabana de Hécate e pedi uns poltergeists numas armaduras troianas velhas. - Ao proferir essas palavras duas armaduras, que até então, me pareciam apenas para decoração, estando pousadas na berma da arena, ganharam vida e se levantaram lentamente. - Falando em tal... Divirta-se rapaz-barco.
- Só porque o meu nome vem de um barco não quer dizer que... - Não consegui terminar a frase pois ambos os peitorais flutuantes vinham na minha direção com as suas espadas a pairar na altura do meu nariz.
Comecei a correr seguindo a parede da arena. Eu nunca combati com espadas! Judo e Karatê são uma coisa, às vezes usava varas e matracas, mas era quase sempre de mãos vazias! Parei de correr do lado oposto onde tinha começada a arrancada. Me virei de costas e lá estavam os metais possuídos. Pensei em como exorcizar tal coisa, mas fui interrompido pelo zumbido da lâmina de um dos fantasmas. Saltei ligeiramente para trás fugindo ao ataque por uma fração de segundos e larguei um grito que mais parecia uma porta a ranger. "Esta foi por demasiado pouco" pensei, enquanto os meus olhos foram levados para as faixas de couro fechadas na parte de trás da proteção das pernas. Era como se a armadura estivesse mesmo colocada em alguém, mas como não havia lá ninguém...
A minha cabeça começou a fumegar. Tentei fazer um "Zempo Kaiten Ukemi", um "rolamento em queda", e sureprender o poltergeist com um corte nas faixas de couro. Com muito espanto da minha parte a faixa desapertou-se e a proteção caiu sem vida no chão, o que levou ao resto da armadura a desequilibrar-se. Ainda próximo ao chão pontapeei a outra proteção para fazer a armadura cair, e virei-me para o outro espírito pronto a repetir o processo.
Mas a armadura foi mais perspicaz e me golpeou com a sua espada enquanto eu chegava mais perto. Consegui travar o golpe no último segundo tropeçando e caindo de bunda na terra. Vi a lâmina do poltergeist a ser erguida e pronta a desferir um golpe final. Rolei para o meu lado esquerdo e voltei a colocar-me em pé.
Comecei a caminhar lentamente para onde a outra armadura ainda estava se debatendo para se levantar e pontapeei o elmo dela com o calcanhar a fazendo ficar completamente estática.
- Somos só eu e você, grandalhão. - Eu disse com tom satírico. - Eu sempre quis dizer isso.
Logo depois, me lembrei que podia ter poupado essa fala para algum monstro maior. Porcaria de impulsividade cómica.  :foreveralone:

As nossas espadas logo se cruzaram. Batendo e rebatendo. Sendo que eu nunca tinha segurado numa lâmina e estava apenas a imitar os movimentos que eu me lembrava de ver em "Star Wars" fiquei feliz de ainda não ter sido atingido gravemente. Infelizmente para mim, o meu momento de paz terminou quando a armadura mudou de estratégia e proferiu uma estocada. Desviei-me para o lado, não me conseguindo desviar de um golpe no ombro direito.
"Filho da ..." gritei com a dor e a surpresa, abafando o fim da frase com um gemido de dor. Aproveitei o momentum do meu desvio de baixa qualidade e cortei a faixa de couro da proteção da perna, tal como tinha feito com o outro poltergeist, mas desta vez chutei o punho que segurava a espada e empurrei a armadura do bicho com o ombro intacto, caindo por cima do metal do peitoral. Me levantei só depois é que lancei o capacete para longe de mim. Agarrei o braço ferido e me voltei para a bancada.
- Ajudou? Estou sujo, ferido e ainda não sei quem é o meu progenitor divino! Está feliz, Gwendal?
- Eu estou! Foi uma batalha bastante... interessante...
- Como assim?
- Todos os monstros têm uma fraqueza, eu estava à espera de ver você a reclamar de que não dava para perfurar as armaduras ou que não podia atingir fantasmas. Você foi melhor do que eu estava à espera que fosse em alguns aspetos. Mas ainda dava para ter corrido melhor.
- Obrigado... Eu acho... Mas ainda não sei quem é o meu progenitor!
- Há tempo para tudo. Além disso, não ia se você não foi reclamado quando o seu estava a despenhar, também não vai ser agora numa batalha contra monstros fracos.
Fiquei a ponderar na lógica do filho de Ares e sai da arena ainda agarrado ao ombro. "Onde ficam os banheiros?" perguntei a Gwendal antes de me dirigir a eles. Acho que ainda iria ter de passar uns tempos sem saber o que eu queria saber. Um dia desses, talvez. "Quanto mais você sabe, mais vai querer saber" era o que Bianca sempre me dizia.



Última edição por Argus Monteverde em 28/07/22, 06:23 pm, editado 1 vez(es)

#1

Plutão

Plutão
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Argus Monteverde escreveu:Nome da narração: "Quanto mais você sabe"
Objetivo da narração: Explorar as instalações do acampamento e tentar perceber o porquê de lá ter ido parar
Quantidade de monstros: 2
Espécie dos monstros: Poltergeists




O relógio na parede da enfermaria batia as quatro da tarde. Fazendo as contas, em Trieste deviam ser... Mais seis horas de diferença... Dez da noite! O jet lag ainda me afetava. Eu estava com as pálpebras pesadas e a cabeça a andar à roda, mas precisava ficar acordado até depois do jantar, pelo menos. Tinha de arranjar uma maneira de me distrair no meio tempo. Parando para pensar, ainda não tinha saído do quarto da enfermaria desde que chegara. Talvez esse fosse a minha maneira de arranjar uma distração. Me levantei da cama branca e calcei as minhas botas de trail.
- Onde você pensa que está indo, menino?
Olhei para a direção da voz. Era o sátiro que supostamente me tinha trazido para o acampamento. Estava encostado numa cadeira perto da cabeceira da cama e estava lendo um livro de capa verde. Pensei em responder "Não é da sua conta!" mas achei demasiado rude e optei por dizer "Vou explorar o local. Não conheço nada por aqui." O sátiro simplesmente acenou e indicou a porta de saída com o queixo.
- Tem um escudo mágico que protege o acampamento do exterior. De resto pode explorar tudo à vontade, Argus.
- E se eu quiser sair do escudo? - perguntei desconfiado da afirmação da criatura.
- Você pode. Não vejo qual o benefício nisso, no entanto. Estamos no meio da floresta, numa zona de um país que você nunca visitou antes.
- Dito dessa maneira parece que isto é uma prisão de alta segurança feita especificamente para me prender.
Um balido saiu da boca do sátiro, em tom de riso e este prosseguiu:
- Você está num acampamento com gente que sofreu da mesma maneira que você. Coisas estranhas todos os dias a toda a hora. É uma barreira para proteção contra essas coisas estranhas. Eu pensava que já soubesse... Eu tenho quase a certeza de que falei sobre isso ontem.
Inclinei a cabeça com as sobrancelhas franzidas. "Ontem estive apagado o dia todo, chefia! Eu tenho quase a certeza de que você sabe disso." foi o que eu murmurei entredentes antes de sair do quarto.

Desci umas escadas e encontrei a porta da frente. Ao a abrir a luz do lado de fora foi muito forte ao ponto de eu ter de cerrar os olhos até estes se habituarem à luminosidade. Avancei uns passos e só de olhar em redor já via tanta coisa! Um campo de voleibol, uma parede de escalada, uma coleção de cabines todas diferentes em cor e forma, um campo de plantação de morangos... um anfiteatro grego... uma arena? Eu talvez devesse ter antecipado algo tão esquisito como isso, dado ao facto de eu ter visto um sátiro sentado ao meu lado, e um grupo de, o que eu acho que eram, fantasmas a levarem toalhas humedecidas a outros adolescentes na enfermaria, mas ver um grupo de pessoas da minha idade ou mais novas equipadas com armaduras de ferro e armas de lâmina que mais pareciam obras de arte abstrata, realmente fez abalar o meu psicológico. Quase que por instinto os segui. Eles entraram na arena que eu tinha visto á distância e antes de seguir, tive de observar o jogo de voleibol que estava a decorrer, obviamente. Olhei para o placar e li "Pégasus Texanos" contra "Musas Americanas". Que nomes mais sem graça. Mas tenho de admitir que o elenco da equipe das Hárpias, constituido apenas por garotas, captou o meu interesse. OP LIVRE // "QUANTOS MAIS VOCÊ SABE" - ARGUS MONTEVERDE 1466782309  Até perdi a noção de quem eu estava a seguir e para onde.
Foi quando levei um tapa nas costas que parei de me concentrar no flanco das jogadoras e voltei à realidade.
- Você é o novato que caiu do avião?
Me voltei para trás lentamente, e vi que era um dos que estava completamente armado. Decidi responder lentamente "Sim" como se quisesse ter a certeza de que não me faltavam.
- Prazer o meu nome é Gwendal, sou um filho de Ares. - estendeu a mão e ficou me encarando à espera que eu respondesse.
- Olá, me chamo Argus... E sou filho de Bianca? - e apertei a mão estendida.
- Eu me referia ao seu pai divino. Sendo que você me disse o nome de uma mulher quem é o seu papá deus? - explicou Gwendal num tom de voz infantil, quase que fazendo troça de mim.
Eu parei e refleti durante uns segundos. Filho de um deus? Tipo um semideus? Perseus, Teseus, Hércules, Jasão? Igual esses caras? Eu era um deles? Devo ter ficado a pensar com uma cara de tolo durante demasiado tempo pois tive direito a mais uma exclamação trocista de Gwendal:
- Suponho que você não saiba quem é o seu papá... Não há problema! Venha para a arena e vamos testar a sua força. Quem saiba você é um filho de Ares.
Um riso nervoso foi o máximo que consegui responder.

Quando dei por mim estava armado e a ser empurrado para a terra batida da arena. Esta ainda estava, para minha felicidade, vazia. Apenas o filho de Ares e seus companheiros estavam presentes nas bancadas, de braços cruzados e olhares de superioridade sobre mim. Foi quando eu decidi me virar para o meu público e abrir os braços perguntando "Eu não devia estar a lutar com um ciclope?" Os semideuses nas bancadas riram-se, até que Gwendal se levantou e respondeu:
- Você ainda nem sequer sabe que capacidades tem! Vamos fazer uns testes, primeiro. Para isso, falei com um pessoal da cabana de Hécate e pedi uns poltergeists numas armaduras troianas velhas. - Ao proferir essas palavras duas armaduras, que até então, me pareciam apenas para decoração, estando pousadas na berma da arena, ganharam vida e se levantaram lentamente. - Falando em tal... Divirta-se rapaz-barco.
- Só porque o meu nome vem de um barco não quer dizer que... - Não consegui terminar a frase pois ambos os peitorais flutuantes vinham na minha direção com as suas espadas a pairar na altura do meu nariz.
Comecei a correr seguindo a parede da arena. Eu nunca combati com espadas! Judo e Karatê são uma coisa, às vezes usava varas e matracas, mas era quase sempre de mãos vazias! Parei de correr do lado oposto onde tinha começada a arrancada. Me virei de costas e lá estavam os metais possuídos. Pensei em como exorcizar tal coisa, mas fui interrompido pelo zumbido da lâmina de um dos fantasmas. Saltei ligeiramente para trás fugindo ao ataque por uma fração de segundos e larguei um grito que mais parecia uma porta a ranger. "Esta foi por demasiado pouco" pensei, enquanto os meus olhos foram levados para as faixas de couro fechadas na parte de trás da proteção das pernas. Era como se a armadura estivesse mesmo colocada em alguém, mas como não havia lá ninguém...
A minha cabeça começou a fumegar. Tentei fazer um "Zempo Kaiten Ukemi", um "rolamento em queda", e sureprender o poltergeist com um corte nas faixas de couro. Com muito espanto da minha parte a faixa desapertou-se e a proteção caiu sem vida no chão, o que levou ao resto da armadura a desequilibrar-se. Ainda próximo ao chão pontapeei a outra proteção para fazer a armadura cair, e virei-me para o outro espírito pronto a repetir o processo.
Mas a armadura foi mais perspicaz e me golpeou com a sua espada enquanto eu chegava mais perto. Consegui travar o golpe no último segundo tropeçando e caindo de bunda na terra. Vi a lâmina do poltergeist a ser erguida e pronta a desferir um golpe final. Rolei para o meu lado esquerdo e voltei a colocar-me em pé.
Comecei a caminhar lentamente para onde a outra armadura ainda estava se debatendo para se levantar e pontapeei o elmo dela com o calcanhar a fazendo ficar completamente estática.
- Somos só eu e você, grandalhão. - Eu disse com tom satírico. - Eu sempre quis dizer isso.
Logo depois, me lembrei que podia ter poupado essa fala para algum monstro maior. Porcaria de impulsividade cómica.  :foreveralone:

As nossas espadas logo se cruzaram. Batendo e rebatendo. Sendo que eu nunca tinha segurado numa lâmina e estava apenas a imitar os movimentos que eu me lembrava de ver em "Star Wars" fiquei feliz de ainda não ter sido atingido gravemente. Infelizmente para mim, o meu momento de paz terminou quando a armadura mudou de estratégia e proferiu uma estocada. Desviei-me para o lado, não me conseguindo desviar de um golpe no ombro direito.
"Filho da ..." gritei com a dor e a surpresa, abafando o fim da frase com um gemido de dor. Aproveitei o momentum do meu desvio de baixa qualidade e cortei a faixa de couro da proteção da perna, tal como tinha feito com o outro poltergeist, mas desta vez chutei o punho que segurava a espada e empurrei a armadura do bicho com o ombro intacto, caindo por cima do metal do peitoral. Me levantei só depois é que lancei o capacete para longe de mim. Agarrei o braço ferido e me voltei para a bancada.
- Ajudou? Estou sujo, ferido e ainda não sei quem é o meu progenitor divino! Está feliz, Gwendal?
- Eu estou! Foi uma batalha bastante... interessante...
- Como assim?
- Todos os monstros têm uma fraqueza, eu estava à espera de ver você a reclamar de que não dava para perfurar as armaduras ou que não podia atingir fantasmas. Você foi melhor do que eu estava à espera que fosse em alguns aspetos. Mas ainda dava para ter corrido melhor.
- Obrigado... Eu acho... Mas ainda não sei quem é o meu progenitor!
- Há tempo para tudo. Além disso, não ia se você não foi reclamado quando o seu estava a despenhar, também não vai ser agora numa batalha contra monstros fracos.
Fiquei a ponderar na lógica do filho de Ares e sai da arena ainda agarrado ao ombro. "Onde ficam os banheiros?" perguntei a Gwendal antes de me dirigir a eles. Acho que ainda iria ter de passar uns tempos sem saber o que eu queria saber. Um dia desses, talvez. "Quanto mais você sabe, mais vai querer saber" era o que Bianca sempre me dizia.


Avaliado!
Ótimo desenvolvimento de personagem não havendo pressa em pular etapas. Na cena quando abriu os braços em questionamento lembrei o meme da Lisa Simpson. :fuckit: Estou curioso por mais histórias, Argus.


Experiência a receber:
500 XP

Dracmas a Receber:
250 §

Perícia com Espadas
10 pontos


| ATT |

#2

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