Degenerado querubim! Faz pejo
Não ter constância na paciência e lidas.
Podes seguro estar que jamais, nunca,
Fazer um bem qualquer nos é possível;
Mas que sempre será da essência nossa
Fazer todos os males que atormentam
A alta vontade do Opressor ovante.
Se acaso intenta a Providência sua
Algum bem extrair dos males nossos,
Busquemos perverter-lhe o fim proposto
Fazendo de tal bem fonte de males.
- O arqu'ínimigo fala a Lúcifer em Paraíso Perdido, de John Milton
Sentados em volta d'algumas folhas amontoadas, formavam os semideuses, à noite, um grupo de três pessoas reunidas na apertadíssima sala do centauro no centro da grande casa. No sombrio aposento, as cortinas eram iluminadas pela fraca luminária que em certo instante haveria de ser trocada, mas, não agora, não naquele momento, onde tão vultuosamente dedicada a resplandecer nas curvas escurecidas do cômodo, lançava destaque à sombria feição do coordenador.
“Eu os chamei aqui para que me ajudem a tratar d’uma emergência” falava, escondendo-se na sombra do olhar distante, recusando-se a encará-los nos olhos “que não emerge nem cresce à distância, mas, em verdade, é nascida aqui, e escapando dos olhos nossos, fez-se fonte de problemas”.
Ao lado do semideus novato estavam dois homens robustos e fortes que aparentavam ter algo entre duas e três décadas, mas que, certamente não passavam dos 17 anos. E, como todos os outros semidivinos, dificilmente passariam. Um era filho de Hermes, e ocupava com indefinido o chalé de n. 11, enquanto o outro, mais robusto, parecia ter vindo das entranhas do chalé de Ares.
Argus, não sendo estúpido, independentemente d’apresentação captou em meio à conversa o nome d’ambos, chamando-se o primeiro Daniel, e o segundo, Jonatan. Os três aguardavam instruções, e, o cadeirante rompeu com a espera dizendo-lhes, com demorosa objetividade: “recebemos d’um grupo de sátiros a notícia de que algo caminha pela floresta, pondo fim à vida de ninfas e criaturas da natureza, fazendo-os recuarem em temor e colocando a vida dos seus colegas em risco” respirou fundo “a situação chamou-nos atenção maior quando, acreditando tratar-se d’um problema simplório, enviamos um dos seus em direção ao perigo para que nele pusesse fim, apenas para o encontrar minutos atrás, débil, imóvel e enlouquecido em meio à floresta” as mãos do centauro agora eram postas sobre a mesa, e seu rosto revelava uma expressão de preocupação “seus colegas, os mais fortes e preparados para lidarem com a situação, não estão no acampamento e, por isso, dada a emergência, chamei-os por serem os únicos guerreiros disponíveis no momento”.
Quíron engolia seco.
“Semideuses, preciso que identifiquem o problema e retornem até mim com um relatório” ele encarou o filho de Ares, depois o de Hermes, e depositou por longo tempo os olhos sobre o indefinido “não lutem. Não temos dimensão do perigo, e, enquanto vocês buscam informações estaremos levantando o cerco ao redor dos chalés, com alguns sátiros e Harpias, por isso, peço-vos apenas que tenham a coragem de nos indicar quão grande é o perigo que enfrentamos”.
As instruções eram claras, e tão sinceras quanto o temor.
“Evidente que, sentindo em risco sua vida, quero que voltem correndo. E, ciente dos riscos, não os imponho a missão, por isso lhes pergunto: aceitam a tarefa?”
“Eu os chamei aqui para que me ajudem a tratar d’uma emergência” falava, escondendo-se na sombra do olhar distante, recusando-se a encará-los nos olhos “que não emerge nem cresce à distância, mas, em verdade, é nascida aqui, e escapando dos olhos nossos, fez-se fonte de problemas”.
Ao lado do semideus novato estavam dois homens robustos e fortes que aparentavam ter algo entre duas e três décadas, mas que, certamente não passavam dos 17 anos. E, como todos os outros semidivinos, dificilmente passariam. Um era filho de Hermes, e ocupava com indefinido o chalé de n. 11, enquanto o outro, mais robusto, parecia ter vindo das entranhas do chalé de Ares.
Argus, não sendo estúpido, independentemente d’apresentação captou em meio à conversa o nome d’ambos, chamando-se o primeiro Daniel, e o segundo, Jonatan. Os três aguardavam instruções, e, o cadeirante rompeu com a espera dizendo-lhes, com demorosa objetividade: “recebemos d’um grupo de sátiros a notícia de que algo caminha pela floresta, pondo fim à vida de ninfas e criaturas da natureza, fazendo-os recuarem em temor e colocando a vida dos seus colegas em risco” respirou fundo “a situação chamou-nos atenção maior quando, acreditando tratar-se d’um problema simplório, enviamos um dos seus em direção ao perigo para que nele pusesse fim, apenas para o encontrar minutos atrás, débil, imóvel e enlouquecido em meio à floresta” as mãos do centauro agora eram postas sobre a mesa, e seu rosto revelava uma expressão de preocupação “seus colegas, os mais fortes e preparados para lidarem com a situação, não estão no acampamento e, por isso, dada a emergência, chamei-os por serem os únicos guerreiros disponíveis no momento”.
Quíron engolia seco.
“Semideuses, preciso que identifiquem o problema e retornem até mim com um relatório” ele encarou o filho de Ares, depois o de Hermes, e depositou por longo tempo os olhos sobre o indefinido “não lutem. Não temos dimensão do perigo, e, enquanto vocês buscam informações estaremos levantando o cerco ao redor dos chalés, com alguns sátiros e Harpias, por isso, peço-vos apenas que tenham a coragem de nos indicar quão grande é o perigo que enfrentamos”.
As instruções eram claras, e tão sinceras quanto o temor.
“Evidente que, sentindo em risco sua vida, quero que voltem correndo. E, ciente dos riscos, não os imponho a missão, por isso lhes pergunto: aceitam a tarefa?”