O filme começa. Ambos assistem, sentindo um ao outro, mexendo-se de vez em quando. O atrito de suas peles, o cheiro um do outro, a aura de um filho de Afrodite apaixonado... Tudo levava ao desfecho inevitável. Henry virou-se e beijou Victor, mais forte e apaixonadamente que nunca. O garoto se vê em ar em poucos segundos, enquanto Henri continua a beijar-lhe insaciavelmente.
-- Como pode? ...-- Pergunta Henri, arfando, parando apenas por um momento, encarando o menino com seus olhos verdes --... em tão pouco tempo, como pode me deixar assim...? -- O homem se vira por completo para Victor, apoiando-se no sofá com os joelhos e uma mão, enquanto a outra puxa o garoto para perto de si -- ...Me rouba o ar ...-- Henri agora está sobre Petrova -- ... O raciocínio... -- entre as pernas do garoto, ainda puxando-o cada vez mais perto -- ... me puxa como se fosse tua a gravidade que me mantém na Terra... -- O homem ergue o garoto, que está com as pernas envoltas em sua cintura, como se não pesasse mais que um gatinho, e anda ajoelhado para fora do sofá-cama.
Henri tropeça, e em meio a risos e beijos, caminha em direção ao quarto com Henri nos braços. Os dois não se descolam por um momento sequer, até que chegam a seu destino. Lá, Henri puxa um controle de sua comoda e clica um botão. Aparentemente, onde fosse ele podia controlar a trilha sonora de seu apartamento. A TV se silencia, e o som mais uma vez toma conta do lugar.
Calmo. Henri deita Victor na cama, ficando por cima dele, beijando-o. O homem deixa sua mão deslizar por dentro da camisa do garoto, enquanto suas pernas se entrelaçam.
-- És meu, gajo -- Fala Henri, sorrindo, entre beijos.
Victor abriu os olhos. Estava enrolado entre os cobertores na cama de Henri. Quentinho, confortável... Apertou os lençóis contra o rosto, inspirando fundo o perfume dele. Esticou a mão, em busca do homem mais velho, e ficou surpreso ao não encontrar nada além de mais cobertores e travesseiros. Sentou na cama, cheio de sono. O relógio em cima da mesinha ao lado afirmava que eram 11:05 da manhã. Olhando pela fresta da porta dupla do quarto, entreaberta, Victor podia ver a faixa de sol que iluminava a sala.
O garoto levantou. Usava só a calça emprestada. Sentiu o corpo se arrepiar quando seus pés tocaram o chão frio do quarto, mas continuou andando, saindo para a sala. O dia estava agradável. Sol. Um calorzinho gostoso, contrariando o frio do dia anterior. Como sempre, o som de Henri tocava uma música baixinho.
Na Varanda, Victor viu Henri sentado de costas para ele em uma cadeira larga, os pés apoiados sobre a grade, um caderno apoiado no colo e um lápis em mãos. Desenhando. Victor aproximou-se, parando na porta e sorrindo pra ele. Sentiu o sol formigar na pele, fechou os olhos e tudo o que via era o halo vermelho da luz sobre as pálpebras.
-- Ora, bom di-... -- Começou Henri, mas parou.
Victor abriu os olhos. Henri o encarava com a cabeça inclinada, a expressão confusa, quase sonhadora, a boca aberta no meio da frase não terminada. Seus olhos refletiam uma estranha luz. O lápis escorregou de seus dedos e rolou pelo chão.
-- Como pode? ...-- Pergunta Henri, arfando, parando apenas por um momento, encarando o menino com seus olhos verdes --... em tão pouco tempo, como pode me deixar assim...? -- O homem se vira por completo para Victor, apoiando-se no sofá com os joelhos e uma mão, enquanto a outra puxa o garoto para perto de si -- ...Me rouba o ar ...-- Henri agora está sobre Petrova -- ... O raciocínio... -- entre as pernas do garoto, ainda puxando-o cada vez mais perto -- ... me puxa como se fosse tua a gravidade que me mantém na Terra... -- O homem ergue o garoto, que está com as pernas envoltas em sua cintura, como se não pesasse mais que um gatinho, e anda ajoelhado para fora do sofá-cama.
Henri tropeça, e em meio a risos e beijos, caminha em direção ao quarto com Henri nos braços. Os dois não se descolam por um momento sequer, até que chegam a seu destino. Lá, Henri puxa um controle de sua comoda e clica um botão. Aparentemente, onde fosse ele podia controlar a trilha sonora de seu apartamento. A TV se silencia, e o som mais uma vez toma conta do lugar.
Calmo. Henri deita Victor na cama, ficando por cima dele, beijando-o. O homem deixa sua mão deslizar por dentro da camisa do garoto, enquanto suas pernas se entrelaçam.
-- És meu, gajo -- Fala Henri, sorrindo, entre beijos.
|CENSURADO|
Victor abriu os olhos. Estava enrolado entre os cobertores na cama de Henri. Quentinho, confortável... Apertou os lençóis contra o rosto, inspirando fundo o perfume dele. Esticou a mão, em busca do homem mais velho, e ficou surpreso ao não encontrar nada além de mais cobertores e travesseiros. Sentou na cama, cheio de sono. O relógio em cima da mesinha ao lado afirmava que eram 11:05 da manhã. Olhando pela fresta da porta dupla do quarto, entreaberta, Victor podia ver a faixa de sol que iluminava a sala.
O garoto levantou. Usava só a calça emprestada. Sentiu o corpo se arrepiar quando seus pés tocaram o chão frio do quarto, mas continuou andando, saindo para a sala. O dia estava agradável. Sol. Um calorzinho gostoso, contrariando o frio do dia anterior. Como sempre, o som de Henri tocava uma música baixinho.
Na Varanda, Victor viu Henri sentado de costas para ele em uma cadeira larga, os pés apoiados sobre a grade, um caderno apoiado no colo e um lápis em mãos. Desenhando. Victor aproximou-se, parando na porta e sorrindo pra ele. Sentiu o sol formigar na pele, fechou os olhos e tudo o que via era o halo vermelho da luz sobre as pálpebras.
-- Ora, bom di-... -- Começou Henri, mas parou.
Victor abriu os olhos. Henri o encarava com a cabeça inclinada, a expressão confusa, quase sonhadora, a boca aberta no meio da frase não terminada. Seus olhos refletiam uma estranha luz. O lápis escorregou de seus dedos e rolou pelo chão.