Não havia muito tempo desde minha chegada no Acampamento. Mesmo assim, já me acostumei com a maioria das coisas. Entretanto, se havia uma coisa da qual eu sabia que ainda precisava passar, era uma batalha de verdade. Desde que descobri que era um semideus, não lutara contra monstro nenhum. Dessa vez, queria me por à prova, queria saber o que eu conseguiria fazer sozinho, sem a ajuda de ninguém.

 Decidi, então, ir pra Arena. Talvez até pudesse ser reclamado e descobrir a verdadeira identidade de meu pai. Enfim, peguei minha espada, me equipei com meu peitoral e meu elmo, e segui rumo ao meu desafio.

 Ao chegar ao local, fico extasiado. O local era incrível. Uma réplica perfeita do Coliseu. As paredes, o chão, as arquibancadas... Era tudo absolutamente perfeito. Após me acostumar, me dou conta de que havia sim uma diferença... O lugar estava completamente vazio, o que era bom. Ter muita gente olhando, logo na primeira vez, me deixaria constrangido. Ali, sozinho posso ficar mais a vontade e me preocupar apenas em sobreviver e exterminar meus inimigos, que por sinal, acabo de ver.

 Vejo duas criaturas eram baixinhas, não só porque estavam longe, mas porque elas realmente eram pequenas. Poderiam ser muitas criaturas, ainda não tenho certeza do que se trata, mas percebo que um vem armado com uma espada, tal qual a minha, enquanto o outro carrega um arco curto. Eles não se moviam com muita agilidade, mas isso não me deixava menos despreocupados. O fato de terem pouca altura, não significava que eram oponentes fáceis de se vencer. Além do que, tenho consciência de que sou um semideus inexperiente, e essa é minha primeira batalha real, então, qualquer coisa é um perigo.

 Entretanto, o fato de as criaturas não se moverem muito bem, é uma vantagem para mim. Luto usando rapidez e agilidade. Rivais com dificuldade de locomoção são mais fáceis de acertar, além de ser mais fácil de desviar de seus ataques. Pensando assim, lembro-me de que além de tudo, estou lidando também com um arqueiro. Isso me preocupava, já que não conto com nenhum escudo e usarei apenas de minha agilidade para me safar das flechas. Sendo assim, não espero que eles façam o primeiro movimento. O fato de estarem um pouco longe me dá ainda mais tempo de desviar do que pode vir e de conseguir velocidade.

  Empunho a espada, recuo três passos, controlando minha respiração. Inclino-me um pouco para frente e deixo a perna esquerda um pouco para trás e mais curva, para me dar impulso. Minha especialidade são espadas do tipo Rapier, mas essa já está de bom tamanho. Então corro em direção ao arqueiro, que pra mim será a maior dificuldade nessa situação. Os dois não estão muito distantes, então, caso o que está com a espada interfira, e queira bloquear meu caminho e meu golpe com sua espada, eu uso de minha agilidade e desvio, ignorando-o, e indo direto ao meu alvo, com a maior velocidade possível. Caso ele dispare projéteis contra mim, uso de minha experiência com ataques rápidos na esgrima, sei muito bem como desviar, me defender ou até bloqueá-los. Com uma flecha não deve ser muito diferente, apenas preciso vê-la e pensar rápido. Caso aconteça, tento desviar ou mesmo interceptá-la com minha espada, sempre atento também as minhas costas, mesmo sabendo que o monstro não é tão rápido quanto eu. Caso funcione, e eu chegue até o arqueiro e desfiro um ataque com a ponta da espada, mirando primeiramente em sua coxa, para imobilizá-lo, e deixá-lo atônito com a dor e não fazer nenhum outro movimento para se defender. Depois, com outro movimento rápido de perfuração, miro em seu peito e desfiro o ataque.

 Se meu plano der certo, e o monstro for zerado, eu recuo mais uma vez, virando-me para o segundo inimigo, dessa vez em completo estado de defesa, esperando pelo movimento inimigo.

 Caso algo dê errado, priorizarei a minha defesa, optando por recuar rapidamente, atento a qualquer ataque, pronto para desviar de possíveis ataques, usando de minha rapidez, rolamentos ou saltos.

(Desculpe a demora e o flood ;--; )

Equipamentos :

O plano que eu fiz em minha mente, acabou parcialmente frustrado.
Quando estava avançando, o Goblin arqueiro disparou sua primeira flecha. Consegui desviar, mas esqueci do que empunhava a espada, que já estava perto demais. Sinto a lâmina cortar minha perna, o que poderia prejudicar um pouco meus movimentos. Mesmo assim, percebo que o monstro não tem muita perícia com sua arma.

Aproveitando isso, esqueço o plano de atacar primeiro o franco atirador, e viro minha atenção para o monstro que está perto de mim. Confio no treinamento que tive no esporte e no acampamento, acredito que minha habilidade com as espada é melhor que a dele e avanço, enquanto o arqueiro não lança outro projétil.

Ataco primeiramente fazendo uma meia lua com a lâmina, para que o Goblin também deixe a sua espada em evidência. Quando ele erguer sua espada tento desarmá-lo com um movimento girando minha lâmina na base da espada dele. Caso funcione e o monstro fique desarmado, desfiro um ataque com a ponta da minha espada, na intenção de perfurar seu peito, mantendo-me o mais atento possível em prováveis flechas que poderiam vir.

Caso algo dê errado, continuo a enfrentar o Goblin com a espada, sempre atento a qualquer golpe ou projétil que possa me atingir, me desviando com saltos ou rolamentos.

O plano de desarmar o monstro falhou. Ao invés de se proteger, o Goblin desfere um ataque em minhas costelas, mas o peitoral diminui o dano. Agora tenho a perna e as costelas afetadas, mas preciso agir, pois o arqueiro agora está novamente pronto para me acertar com uma flecha.

Nesse momento, chuto o Goblin que empunha a espada, para que ele se afaste de mim, depois de fazer isso, corro em direção ao arqueiro, fazendo zig zag's aleatórios. Voltarei minha atenção para ele novamente, para que não interfira na batalha contra o outro. Concentro-me na flecha que ele disparar, quando acontecer, uso de um rolamento para a direita para desviar, ele não é tão bom quanto os filhos de Apolo com a arma. Continuo avançando, até chegar até ele que provavelmente não terá tido tempo de preparar outra flecha. Ao alcançá-lo, desfiro um ataque horizontal, na intenção de cortar o peito do monstro.

As coisas deram certo na parte de chutar o feiozinho, mas ao rolar pra me desviar da flecha, me aproximo do monstro novamente. Tento me afastar rápido, mas a lâmina corta novamente minha perna. Meus movimentos estão mais comprometidos ainda.

Estou frustrado por não estar conseguindo finalizar meus movimentos como espero. Estou frustrado por estar apanhando de dois Goblins que mal sabem usar suas armas. Mas a adrenalina ainda percorre meu corpo, e eu não posso perder. Então, aproveitarei a oportunidade que me foi dada, de uma aproximação do monstro quando o outro ainda não preparou outra flecha.

Preparo minha lâmina, e desfiro meu ataque. Mesmo tendo me dado trabalho, o Goblin continua não sendo um especialista em espadas. Então, coloco toda a minha força e experiência de todos esses anos no ataque, mirando a ponta da minha espada novamente em seu peito, para perfurá-lo, descarregando minha raiva e frustração.

Mas, meu golpe sendo um sucesso ou não, me afasto do meu oponente para nao ser acertado por uma possível flecha.

Teoricamente, meu ataque seria completamente efetivo, mas para minha surpresa, o Goblin consegue mudar o curso da minha espada, fazendo com que ela acertasse não seu peito, mas suas costelas. Não foi o suficiente para mandá-lo para o Tártaro, mas a efetividade parcial, do meu golpe me anima. Até agora, eu mal tinha encostado no monstro.

Entretanto, ainda tenho um longo caminho a percorrer até o fim dessa batalha. O que será difícil de fazer quando estou com a perna tão cortada. De qualquer forma, não posso deixar que isso me abale. Darei tudo de mim, mesmo com esses cortes, nem que tenha que ir até o meu limite.

No meio tempo entre meu ataque e a "defesa" do Goblin com a espada, o arqueiro já preparou outra flecha, que já está apontada para mim. Sendo assim, enquanto o que empunha a espada ainda sente dor, eu me afasto dele, recuando com pequenos saltos para trás, deixando com que a perna boa sustente quase todo o peso, e supondo que ele demore alguns instantes para se recompor, espero a flecha que já está armada para que eu possa desviá-la, rolando para a esquerda.

Se conseguir desviar, automaticamente, impulsiono-me novamente na direção do oponente mais perto de mim, o qual empunha sua espada e ainda está sangrando. Ao chegar perto o suficiente, ergo-me totalmente, desferindo um ataque na diagonal, de cima para baixo, mirando principalmente no ferimento em sua costela.

Caso algo dê errado, priorizo minha defesa. Sempre atento a qualquer ataque ou projétil que possa vir a me atingir.