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Fugitivos Empty Fugitivos

por Zeus 21/01/16, 12:52 am

Zeus

Zeus
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Charlie estava a brigar.

Alguém do chalé onze lhe provocou de uma maneira que agora não era relevante. Não era relevante porque, àquela altura, ele já havia esquecido. Mas também, não importava. Tudo o que importava era o jogo de corpo que se embolavam no gramado do acampamento, a troca de socos e a adrenalina nas veias.

O filho de Hermes era rápido, mas não era páreo para Milkovich.

Em pouco tempo de briga, o rosto do seu oponente se transforma em geleia. E as pessoas que gritavam, incitando o combate, logo deixaram de torcer para Charlie e se apiedaram do combatente caído.

"Nós somos todos amigos, cara". "Não precisava ter tirado os dentes dele". "Cê não sabe brincar, vacilão". "Da próxima vez, vai receber uma facada nas costas por bater no meu irmão".

O semideus filho de Ares levantou-se da luta e teve de se afastar. Alguns filhos de Apolo começavam a carregar o seu oponente para a enfermaria. Os olhares pinicavam. Todos pareciam estar contra ele.

E isso quase o fez ter reflexos para bater num sátiro que se aproximava.

-
Quíron me falou pra dar isso pro campista que mais precise. Acho que é você. - Saiu rindo, entregando um papel com uma carta de um semideus perdido em Los Angeles e trezentos dólares em dinheiro.

#1

Fugitivos Empty Re: Fugitivos

por λ Charlie Milkovich 21/01/16, 09:12 am

λ Charlie Milkovich

λ Charlie Milkovich
Filho(a) de Ares
Filho(a) de Ares
Chega a  ser patético o hábito de provocarem os membros do chalé 5. Todos sabem que os filhos de Ares são os mais fortes do acampamento e os metidinhos a brincalhões do chalé 11 parecem não entender isso. Já que era assim, uma pequena demonstração de como se brinca foi necessária. Não lembro e não me interesso pelos motivos que me levaram a quebrar a cara daquele palhaço, mas minha satisfação em vê-lo ali, caído e impotente era a melhor que eu poderia sentir. As enfermeiras do chalé 7 estavam chegando e isso indicava que a brincadeira havia acabado. Sorte a dele.

Dentre as coisas que os semideuses que assistiam ao show falavam, apenas uma me chamou a atenção.


"Da próxima vez, vai receber uma facada nas costas por bater no meu irmão".


- Vai ser divertido ver você tentar. Garanto que vai perder mais que alguns dentes - digo dando risada do palhaço metido a superprotetor. Eu não me importaria em brincar com os outros campistas, mas tinha trabalho a fazer, afinal, faço parte do grupo dos guardas do acampamento.


Um dos sátiros me aparece com uma carta e uma quantia moderada de dinheiro. Aparentemente eu não precisaria aparecer em meu posto de trabalho, aquilo era sinal de que eu teria de ir buscar alguém em Los Angeles. Antes de sair, ainda falo com o filhote de Hermes:


- Não se preocupe, vou reparar o que fiz. Estou indo buscar mais um membro pro seu chalé, pra substituir seu irmão. As enfermeiras podem levar um tempo pra consertá-lo.


Feito isso, me dirijo ao chalé de Ares a fim de pegar algumas coisas que seriam necessárias para a viagem, consumindo uma poção de energia [Mítica] que estava em minha mochila. Em seguida, vou até a casa grande apenas comunicar minha saída do acampamento a Quíron. Supondo que a carta não possuía um destinatário especifico, eu precisava fazer isso. Provavelmente Argos estaria me esperando para me levar até a rodoviária, portanto, depois de meu comunicado, saio munido de alguns equipamentos.


Equipamentos Levados:

#2

Fugitivos Empty Re: Fugitivos

por Zeus 22/01/16, 05:13 pm

Zeus

Zeus
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Após arrumar mais um inimigo no chalé 11, o filho de Ares arruma a suas coisas para sair do acampamento.

Quíron parecia bastante ocupado e nem um pouco interessado com quem iria buscar o indefinido, desde que alguém o buscasse. Ao sair da Casa Grande, alguns campistas pareciam o encarar. Alguns talvez admirados com a capacidade de luta do filho de Ares, outros que desaprovavam a sua atitude. Alguns até que sequer testemunharam o incidente, mas já o odiavam simplesmente por existir. Integrantes do chalé cinco costumavam causar esse efeito.

Nenhum, entretanto, ousou lhe incomodar quando pôs-se ao seu caminho até Argos, só para encontrar o silêncio e o lugar que a van do acampamento ficava estava vazio.


-


John tinha uma garrafa quebrada nas mãos.

Monstros mitológicos eram reais e assustadores, é claro, mas nada poderia ser pior do que seres humanos. Nada. E, naquele beco sujo e sem movimento de Los Angeles, estava encurralado por três. Três meninos com idade inferior a dele, menores e mais fracos. Mas Lex havia vivido nas ruas tempo o suficiente para saber que eles tinham algo em sua vantagem. Desespero.

Não desespero como o seu, de ter comida para o próximo dia, de ter um teto sobre a cabeça, ou roupas e sapatos que lhe cubram. Não. Estavam desesperados pela próxima dose. E roubariam os poucos dólares que John havia conseguido num bico para um dono de loja.

Com desespero ímpar, os seus inimigos avançam.

#3

Fugitivos Empty Re: Fugitivos

por John Lex 22/01/16, 06:07 pm

John Lex

John Lex
Filho(a) de Hermes
Filho(a) de Hermes
Os moleques não só estavam com mais desespero que eu, mas também em vantagem. Não entregaria os meus suados trocados por causa de um bando de crianças que queriam se drogar ainda mais. Los Angeles estava suja e eu precisava sair logo de lá. Seguro firme a garrafa quebrada. Já havia lutado várias vezes nas ruas, não é à toa que sobrevivi por tanto tempo, porém eram brigas piores do que essa.

Os três corriam em minha direção. Julgando que o desespero deles traria a própria ruína, eu decido atacar o que tiver mais próximo com uma garrafada com força na cabeça, tentando prever algum ataque de outro moleque para que eu possa bloquear com a mão que está livre.

Se meu ataque der certo, é provável que abra um caminho onde eu possa passar correndo para fora do beco e tentar escapar desses moleques, entrando na loja onde eu consegui os meus dólares.

Caso meu ataque dê errado, tento me defender de algum possível ataque de um dos moleques, ou dos três ao mesmo tempo, bloqueando os pontos mais sensíveis do meu corpo.

#4

Fugitivos Empty Re: Fugitivos

por λ Charlie Milkovich 22/01/16, 06:26 pm

λ Charlie Milkovich

λ Charlie Milkovich
Filho(a) de Ares
Filho(a) de Ares
Saio da casa grande sem ligar muito pro Coordenador de atividades, afinal, meu trabalho não é passar recados e sim buscar um semideus. Durante o trajeto para a entrada do acampamento reparo que outros campistas ainda me fitavam. Alguns me olhavam com a habitual expressão de ódio, outros ainda pareciam reprovar o fato de eu ter esmagado um inseto. Ignoro todos e sigo meu caminho tranquilamente.


Até me deparar com um espaço vazio. Argos não estava lá.


Foi um desperdício de tempo procurar por ele ali. Se Quíron não se importava com quem fosse buscar o indefinido, não se importaria em deixar o grandalhão de prontidão. Procurar por ele também não era uma ideia agradável, pois ele poderia estar em qualquer lugar do acampamento. Resolvo voltar ao chalé, pegando 50 dracmas e em seguida saio dos limites do acampamento.

Jogo uma das moedas de ouro no chão e invoco o táxi das irmãs cinzentas. Uma solução mais prática e rápida, haja vista que elas cobrem a área de Nova York e Long Island faz parte desse espaço.


- Me levem ao Aeroporto mais próximo. Rápido, tenho um pouco de pressa. – Digo entrando no veículo.


Equipamentos Levados:

#5

Fugitivos Empty Re: Fugitivos

por Zeus 22/01/16, 10:42 pm

Zeus

Zeus
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
O primeiro dos meninos recebeu uma garrafada na cara.

O "crack" familiar de vidro quebrando com o impacto contra os ossos do rosto percorreu toda extensão daquela quarteirão esquecido na periferia de Los Angeles. Pedaços de vidro penetraram a pele do garoto, fazendo o sangue escorrer numa valsa silenciosa pela sua bochecha. O segundo, ataca John com um chute nas canelas, o que não foi lá um movimento muito esperto, mas o suficiente para ele sentir o golpe e deixar de perceber o próximo que vinha.

Um soco na barriga.

O ar lhe foi embora. A garrafa quebrada caiu ao chão.

-

O filho de Ares joga uma dracma ao chão e não demora até ver o resultado.

O táxi das irmãs cinzentas parece um trem sem condutor, pronto para atropelar qualquer coisa que aparecer na frente. Com sua personalidade impulsiva, pede por pressa e era quase como se fosse justamente isso que as irmãs quisessem ouvir. Charlie se arrepende das palavras segundos após subir ao veículo.

Foi uma confusão de brigas entre as irmãs, curvas violentas e luzes urbanas desfocadas que iam e vinham de sua visão.

Quando chegaram, foi praticamente expulso e estava completamente tonto e prestes a vomitar.

Não fora difícil encontrar uma passagem de avião de New York até Los Angeles. Milkovich poderia estar no Estado Dourado em seis horas, se desembolsasse pouco mais de duzentos dólares.

#6

Fugitivos Empty Re: Fugitivos

por λ Charlie Milkovich 22/01/16, 11:27 pm

λ Charlie Milkovich

λ Charlie Milkovich
Filho(a) de Ares
Filho(a) de Ares
Foi como se meu estômago tivesse sido arrancado, amassado, pisado, dobrado, socado e depois colocado de volta no lugar. Levar socos do cripto ou do Ryan nas brigas internas do chalé pareceu algo bem melhor do que isso.


Em seguida, fui enxotado. Desgraçadas.

Eu fiquei pelo menos meia hora sob efeito de um grande enjoo e não pude evitar vomitar em um dos sanitários. Acho que só fiquei melhor depois de colocar tudo pra fora. Malditas.

Quando consigo retomar o controle, observo que viagens de Nova Iorque para Los Angeles são frequentes, e os voos demoram cerca de quatro horas, segundo o painel. Ao pensar em entrar no território de Zeus e Hera meu estômago revira: Mais turbulência. É bom que esse pivete não me dê ainda mais trabalho, penso.


Compro a passagem e aguardo o tempo necessário para o voo. Percebo que vou ter que dar um jeito de conseguir dinheiro para a volta, pois mais da metade seria necessário para a ida, e na volta eu teria um acompanhante, ou esse era o plano, se nenhum de nós morresse.

Caso não haja mais problemas ou imprevistos, embarco no avião, já colocando o cinto bem preso porque sei que as coisas iriam balançar mais e mais. Nem me arrisquei a comer qualquer coisa porque provavelmente vomitar vai ser uma coisa inevitável.

#7

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por John Lex 22/01/16, 11:49 pm

John Lex

John Lex
Filho(a) de Hermes
Filho(a) de Hermes
Após o golpe, deixo escapar um som ofegante. Droga... mesmo eles sendo menores, estavam em maior vantagem. Tento me levantar, recuperando o fôlego, tomando cuidado para não tomar nenhum outro golpe que pudesse me derrubar ou causar algum tipo de prejuízo maior. Se tentarem outro chute em mim enquanto eu estiver no chão, uso a mão pra tentar bloquear e minimizar o golpe, para conseguir levantar.

- É dinheiro que vocês querem? - pergunto, tentando indicar rendição. Eu precisava apenas ganhar tempo, sem tomar nenhum golpe. - Que tal uma troca, hã? Levo vocês aonde vocês querem ir e compro pra vocês o que vocês querem comprar e então, vocês me deixam em paz. - Tento soar o mais convincente possível, embora eles sejam apenas um bando de garotos drogados que provavelmente não iriam me entender.

Caso aceitem, sigo os moleques até a parte de fora do beco, e então, quando percebo que há uma distância segura, começo a correr na calçada, obviamente atraindo atenção dos moleques e das pessoas. Procuro desviar de todos que eu encontrar no meu caminho e também não me distanciar muito do local. Procuro despistá-los e achar algum latão de lixo para que eu pudesse me esconder.

Se eles não aceitarem, ao me levantar, tento surpreendê-los, correndo e usando uma das paredes do beco como impulso para passar pelos dois moleques restantes e ao sair do beco, procuro despistá-los, não saindo muito das redondezas, tentando achar um latão de lixo, após despistá-los para me esconder.

Em todo caso, permaneço atento para não tomar nenhum outro tipo de ataque, precisando me defender ou esquivar quando possível.



#8

Fugitivos Empty Re: Fugitivos

por Zeus 24/01/16, 09:06 pm

Zeus

Zeus
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Charlie compra a passagem.

Isso significava que ele tinha menos de cem dólares agora, para refeição e o transporte de volta para New York. Mas isso parecia pouco importar.

No avião, pessoas de todo o tipo o faziam companhia. Seu assento era ruim. Em um de seus lados, uma mulher com o cabelo louro já com as raízes escuras tentava, a todo custo, achar alguém para conversar e começou a despejar bobagens no ouvido do filho de Ares. Do outro, um homem obeso estava sentado. Comia um sanduíche e derrubava um pouco de molho na própria barriga.

Seriam seis horas infernais.

Talvez no meio do trajeto, já com as orelhas ardendo de tanta informação trocada, uma aeromoça passa pelo corredor e perde um bom tempo encarando Charlie. Havia algo em seus olhos, mas ela segue o seu caminho, em silêncio.

-

John talvez fosse rápido.

Mas as suas palavras não foram o suficiente para tapear os seus oponentes. Eles não parecem nem um pouco convencidos e se aproximam. O menino, por sua vez, procura um caminho entre eles para correr. Consegue passar por um e tomar impulso numa parede, entretanto, quando está pronto para correr para fora daquele beco, o outro que estava de pé dá um encontrão com o corpo e os dois caem.

A situação não parecia melhorar em nada.

#9

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por λ Charlie Milkovich 24/01/16, 11:14 pm

λ Charlie Milkovich

λ Charlie Milkovich
Filho(a) de Ares
Filho(a) de Ares
Eu não havia morrido, mas estava no verdadeiro inferno.

Era assim que eu me sentia dentro daquele avião. Em primeiro lugar por não estar em terra firme, em segundo lugar pelas pessoas patéticas que, não satisfeitas com suas vidas miseráveis, acabam por importunar os outros. E finalmente, por não poder fazer muita coisa a respeito a não ser tolerar quieto, pois é como se eu estivesse na casa de meus avós e eles exigissem um bom comportamento. Aquilo me deixava com nojo.

Eu sabia que, no fim das contas, aquilo era um castigo divino por parte de Zeus e Hera, e que deveria aguentar aquilo ou fingir aceitar de bom grado para não receber coisa pior. Mas o que poderia ser pior para um filho de Ares do que ser importunado e não poder espancar o maldito? No fim das contas, eles acertaram em cheio.

De qualquer forma, era melhor ignorar as ações daquelas pessoas e seguir numa viagem minimamente tranquila.


Foi aí que notei sua presença.

Uma das aeromoças me encarava de um jeito bem peculiar e que, de certa forma, eu estava acostumado. Deuses, sempre se superando. Meu sangue começava a  ferver só de pensar na possibilidade de haver monstros aqui e eu não poder matá-los.

Porém, eles também não poderiam fazer muita coisa dentro do espaço do rei do olimpo. Se realmente for um problema, vai se manifestar cedo ou tarde.

Passivas Importantes a Considerar::

#10

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