John ficou de guarda primeiro.
Charlie havia caído em um sono pesado no mesmo instante em que repousou. Havia sido um dia difícil, e nem mesmo a fome que corroía o seu estômago seria capaz de perturbar o seu descanso. O peso da armadura lhe dava o conforto necessário. O conforto que todo filho de Ares precisava. E então caiu nos braços de Morfeu.
Por outro lado, o indefinido encarou o escuro. E parecia que o escuro encarava de volta.
Estava disposto a ficar acordado pelo tempo que fosse necessário, até que fosse a vez do seu escoltador tomar a guarda. Mas seu corpo ficava mole, e os olhos pesados. Só por um segundo, permitiu-se fechá-los. Apesar descansar um pouco os olhos.
Foi o suficiente.
Estava flutuando e não tinha corpo. Mas vagava pelos becos escuros de Los Angeles. A cidade dos anjos perdidos. Havia duas vozes, e reconhecia uma delas. Uma voz feminina que, ao ouvir, fazia o parte de trás de seu crânio coçar.
- Não... - exclamou, desesperada. - Esse não é um bom jeito de partir.
Uma risadinha controlada, e então John abriu os olhos.
Não viu o rosto de quem pertencia a voz. Mas não precisava. Sabia quem era. Sophia. Uma das garotas que de sua idade que encontrou, ao longo da vida, e que morava também na rua. Era forte. Mais forte do que a maioria dos que conheciam. Talvez até mais forte do que o garoto de armadura que havia acabado com aqueles touros humanoides.
Sophia também era doce.
Ao menos com John. E a sua doçura fez com que compartilhassem uma noite. Há mais de um ano.
Antes que pudesse pensar em fazer alguma coisa, entretanto, o vento cantou. E John sentiu uma mão firme em seu rosto, tampando a sua boca. Quando seus olhos, agora esbugalhados, se acostumaram com a escuridão bem o bastante para discernir o que estava a sua frente, reconheceu. O mesmo homem que encontrou naquela lanchonete.
- Não vá salvá-la. Fuja, filho. Fuja. - E, seguindo o seu próprio conselho, o homem fugiu.
Rápido como um relâmpago.
Charlie havia caído em um sono pesado no mesmo instante em que repousou. Havia sido um dia difícil, e nem mesmo a fome que corroía o seu estômago seria capaz de perturbar o seu descanso. O peso da armadura lhe dava o conforto necessário. O conforto que todo filho de Ares precisava. E então caiu nos braços de Morfeu.
Por outro lado, o indefinido encarou o escuro. E parecia que o escuro encarava de volta.
Estava disposto a ficar acordado pelo tempo que fosse necessário, até que fosse a vez do seu escoltador tomar a guarda. Mas seu corpo ficava mole, e os olhos pesados. Só por um segundo, permitiu-se fechá-los. Apesar descansar um pouco os olhos.
Foi o suficiente.
Estava flutuando e não tinha corpo. Mas vagava pelos becos escuros de Los Angeles. A cidade dos anjos perdidos. Havia duas vozes, e reconhecia uma delas. Uma voz feminina que, ao ouvir, fazia o parte de trás de seu crânio coçar.
- Não... - exclamou, desesperada. - Esse não é um bom jeito de partir.
Uma risadinha controlada, e então John abriu os olhos.
Não viu o rosto de quem pertencia a voz. Mas não precisava. Sabia quem era. Sophia. Uma das garotas que de sua idade que encontrou, ao longo da vida, e que morava também na rua. Era forte. Mais forte do que a maioria dos que conheciam. Talvez até mais forte do que o garoto de armadura que havia acabado com aqueles touros humanoides.
Sophia também era doce.
Ao menos com John. E a sua doçura fez com que compartilhassem uma noite. Há mais de um ano.
Antes que pudesse pensar em fazer alguma coisa, entretanto, o vento cantou. E John sentiu uma mão firme em seu rosto, tampando a sua boca. Quando seus olhos, agora esbugalhados, se acostumaram com a escuridão bem o bastante para discernir o que estava a sua frente, reconheceu. O mesmo homem que encontrou naquela lanchonete.
- Não vá salvá-la. Fuja, filho. Fuja. - E, seguindo o seu próprio conselho, o homem fugiu.
Rápido como um relâmpago.