O ar parece ficar pesado dentro do túneo. Os únicos sons que cada semideus escuta são a respiração pesada do minotauro e os estrondos da batalha de zoe contra os outros dois. Todos sentem seus músculos rígidos e o frio subindo pela barriga. Tiveram a decência de notar que aquele minotauro era diferente dos outros. Algo nele era mais perigoso. Mais... antigo, talvez.

Jonathan recua, porém Luke começa a mover-se e a falar com ele. O minotauro imediatamente reage, balançando sua picareta com velocidade surpreendente. O semideus consegue desviar, bem como Carter, e nesta hora Bjorn e Aelin, sem perder tempo, avançam. A garota enfia a espada no braço do monstro, enquanto Bjorn o corta na perna. Eles percebem que seus cortes são superficiais. Os músculos rígidos e o couro duro do minotauro funcionavam quase como uma armadura para ele.

Bjorn recua rapidamente após seu ataque mas, para seu horror, Aelin não. a garota leva uma braçada do minotauro e cai rolando de costas no chão. Nada grave, mas resultaria em algumas dores de coluna mais tarde.

Jonathan, mentor do plano, observa a criatura erguer o braço para tentar acertar mais uma vez a dupla Bjorn-Aelin, e avança, cortando-o nas costelas. O monstro vira então seu ataque para ele, mas erra.

E o tempo parece parar para os garotos, enquanto cortam, recuam, desviam, levam tapas, pulam e cortam novamente. O minotauro brandia ambas as picaretas como se fossem baquetas, e os garotos eram seus tambores, que teimavam em fugir dos pauzinhos. Pedras voam e os meninos rolam pelo chão, evitando os ataques.

O minotauro urra, indignado. Sangrava em vários pontos, permitindo aos garotos verem o sangue dourado escorrer de seu corpo. Seus movimentos começam a ficar mais lentos, à medida que os garotos, por serem menores, ainda possuem energia - embora não muita. O minotauro vira-se pata Jonathan. Ele parece reconhecer o garoto como o mentor de tudo aquilo, e parte me sua direção a passos largos. Está a 2 metros.

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-------(Luke + Carter) -------------------------------------
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---------------------------------------------(Bjorn + Aelin)-
-----------------(Minotauro)---------------------------------
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---------------(Jonathão)------------------------------------
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Eu não precisava ser um gênio para saber que aquela investida contra Jhonatan era um padrão absurdamente diferente do que ele havia demonstrado, deixando as suas costas desprotegidas contra os outros quatro.

— Vou te dar cobertura. — Falo, analisando os movimentos de Aelin e do Minotauro.

Existe a possibilidade que esse avanço seja uma finta, esse Minotauro era mais inteligente que seus irmãos. Então, não atacaria de pronto, deixando que Aelin faça seu movimento bruto, que eu já esperava.

Enquanto ela estivesse atacando, eu serviria como um sobre-ataque, me movimentando caso um possível contra-ataque acontecesse, pronto para, antes dele completar seu assalto, eu cortar seus braços ou pernas, ou olhos, ou costela, enfim, onde fosse mais eficiente e pudesse causar um dano de preferência letal, mas, caso exista a impossibilidade de fazê-lo, vou preferir um golpe que iniba o dele.

Caso esse contra-ataque da qual estou tão preocupado fosse apenas isso, preocupação, eu avançaria junto com Aelin, pronto para cortar em especial a panturrilha, para impedir o avanço dele contra Jhonatan.

Em qualquer caso, estarei atento aos movimentos da criatura, pronto para me esquivar, rolar e saltar, sem me atrapalhar no movimento de meus aliados, tentando puxar Aelin, se necessário, para impedir que ela se machuque novamente.

Equipamentos:

O momento final parece chegar.

O minotauro balança suas picaretas. Jonathan consegue desviar de um, dois, três ataques. O quarto atinge o garoto no peitoral e, mesmo de raspão, a força do golpe é suficiente para derrubá-lo de costas.

Aproveitando esta oportunidade Aelin e Bjorn avançam. Cada um atinge o minotauro com sua espada, a garota no braço e o menino nas costelas. O monstro urra e tenta atacar mais uma vez, mas parece já não ter forças para se mexer. Ele tenta uma ultima investida contra Jonathan, que já estava de pé. O peitoral do garoto estava em cacos, mas ele estava inteiro o suficiente para avançar em um ataque final, enfiando a espada na barriga do monstro. Jonathan sente o bafo quente e fedido do minotauro e consegue ver o ódio nos olhos do monstro enquanto ele vira pó, deixando no lugar apenas um chifre cinzento de minotauro e suas duas picaretas, pesadas demais para que qualquer um ali a erguesse.

-- Nada mal -- Fala Zoe.

A caçadora se aproxima, satisfeita. Atrás dela dois montes de areia denunciam a morte dos minotauros que duelavam com ela.

A caçadora confere os garotos. Nenhum parecia gravemente ferido, embora Jonathan sentisse fortes dores no peito, bem como Aelin, que havia sido atingida na primeira horda de monstros. Zoe se perguntava se deveria cuidar deles ali quando sua águia piou, aproximando-se com um corvo. Os animais se sentaram em um candelabro e a águia piou mais uma vez. Zoe assentiu com a cabeça.

-- Vamos -- Disse ela -- Sem tempo para descansos agora.

A viagem continuou por mais alguns minutos. A águia ia à frente, e vez ou outra os garotos podiam vê-la batendo papo ou se bicando com os corvos no caminho. O cenário ao seu redor mudou e, de um corredor de uma caverna eles começaram a ver-se em meio a paredes de pedra. Cristais luminosos e plantas surgiam aqui e ali e não demorou até que encontrassem uma passagem para a direita que dava para um lugar que não imaginavam encontrar ali em baixo.

Uma caverna enorme se abria daquela passagem. Iluminada por um teto cheio de cristais brilhantes, ali parecia dia. Um pequeno riacho corria pelo lugar, e árvores e plantas de todos os tipos cresciam, enchendo o ar com o um cheiro doce e limpo.

Zoe olha apara frente no corredor. No fim, um corvo estava encarrapitado em uma tocha. O animal estava em pé de lado, aparentemente ignorando as leis da gravidade, confortavelmente sentado sobre a tocha presa verticalmente na parede. Zoe preferia continuar, mas sabia o quão perigoso seria se entrassem em combate novamente com todos cansados e alguns, machucados. El farejou o ar ao redor da entrada, como um cão de caça faria.

-- Hora do descanso, crianças. Aproveitem.

Zoe entra na caverninha com os garotos, deixando elie de guarda na porta. Ela caminha pela grama verde e se senta em um canto em bixo de uma árvore, tirando uam bolsa de dentro da capa e revelando dentro dela um kit médico. A caçadora chamou os guris um a um, cuidando de seus ferimentos, e aos poucos foi dando ordens como uma tia velhaca.

-- Aelin, busque algumas frutas para nós. Bjorn, água -- Ela estendeu dois cantis para o garoto e apontou para o riacho.

Enquanto isso, ela cuidava dos ferimentos de Jonathan.

-- Você fez bem lá atrás -- Disse ela.

Bom...Finalmente tínhamos acabado com o Minotauro e o último golpe fora de Johnatan. Eu até quis parabenizá-lo, mas a carranca em que seu semblante se fechou fez com que eu preferisse ficar calado. Não que tivesse medo ou qualquer coisa do tipo, só não queria fazer um comentário e correr o risco de acabarmos com toda a harmonia do grupo, que parecia finalmente disposto a trabalhar junto.

Não consegui deixar de sorrir com nossa vitória. Um grande sorriso aberto, desses em que existia pura satisfação.

No impulso acabei abraçando Aelin e girando-a no ar.

— Conseguimos! — Depois me toquei que estava agindo de uma maneira que ela provavelmente não gostaria e a coloquei no chão, constrangido por minha atitude.

Continuamos nossa viagem por dentro das paisagens lúgubres do labirinto até o momento que ele se abriu em uma abóboda que mais parecia uma clareira. Parecia que o astro rei brilhava ali, mas isso por causa do efeito de reflexão dos cristais, o que muito me interessou.

A grama era verde e viva o que me deixou curioso, esse tipo de vegetação só acontecia em lugares onde havia irrigação, o que queria dizer que chovia dentro daquele espaço. Interessante.

A caçadora anunciara que era momento de descanso, mas não consegui deixar de ficar tenso com isso. Sei que ela não nos levaria para uma armadilha nem que seus instintos falhariam ao perceber o perigo, mas não pude deixar de suspeitar que nossos inimigos estivessem a espreita. Ao menos se eu quisesse pegar alguém de surpresa aquele seria o momento.

— Não vamos nos separar! — Disse a garota, quando recebemos nossas ordens.

Peguei os cantos como a caçadora ordenou e acompanhei Aelin para sua coleta de frutas, ficando atento aos arredores, enquanto ela coletava, montando guarda, com minha espada pronta para defendê-la como fosse necessário.

Depois seguiríamos para o rio, onde eu cheira os cantís enquanto Aelin montaria guarda para mim.

— Fomos bem lá atrás! — Eu diria, sorrindo para Aelian, enquanto voltávamos para junto ao grupo.

Equipamentos: