Não conseguia acreditar que fui burro o suficiente para tentar ser ouvido naquela distância, mas mesmo os melhores têm seus momentos. Volto a prestar atenção ao caos, ou tentar pelo menos, reparando que o navio era uma mescla de navios. Não dava pra aceitar tamanho infortúnio.

Antes que eu tivesse tempo para praguejar esses problemas, ou o sangue que me sujava, um guerreiro começa a me encarar. De repente sinto a energia de um combate direto dentro de mim. Eu me sentia melhor tendo algo fixo para me focar. Encaro o inimigo com o mesmo olhar e observo sua corrida.

Quando ele atacasse com a espada, eu observaria seu movimento, com toda a minha experiência em combates me auxiliando a avaliar o destino do golpe. Assim que soubesse, colocaria a minha própria espada no caminho, abusando da força e da perícia com aquela arma que eu usava há tantos anos. Tentaria enroscar o encosto do cabo na mão no encosto da dele, prendendo a espada dele à minha, e em seguida, bateria com meu escudo de oricalco com a maior força que encontrasse na sua face e cabeça.

Caso algo falhasse em meu movimento, não exitaria em pular para trás ou para os lados, visando não ser ferido, e contra atacar com uma estocada forte no peito do adversário. Por mais que ele se esquivasse para os lados ou para trás, eu estaria atento para esticar o golpe em qualquer direção até perfurar sua carne.

Usaria toda minha sensibilidade para perceber todos os movimentos a minha volta, para não ser surpreendido por nenhum golpe de terceiros.

Caso me livrasse do meu adversário, passaria para a próxima parte do plano: correria até a amurada, desviando e me defendendo de quem atacasse. Se chegasse até lá, colocaria o escudo nas costas e a espada na bainha, e então pularia, me pendurando em duas cordas paralelas.
Se alguém tentasse cortar ou desenroscar as cordas, eu simplesmente pularia para as próximas, tentando me movimentar para o navio pirata o mais rápido possível. Se eu percebesse que alguém tentaria me atacar, eu balançaria as cordas, parado, até o inimigo cair. Mas se for necessário,
ficaria só com uma mão pendurada e tentaria ferir o agressor com a espada.

Por fim, se eu chegar ao outro navio, tentaria me posicionar o mais estrategicamente possível, para que eu pudesse ter uma boa visualização do campo e também ficar protegido de ataques. Caso houvesse algum barril ou algo similar, me esconderia atrás até ter uma análise completa da minha situação no campo inimigo.

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PS.: Considerar todas as passivas de combate colocadas anteriormente.

Minha primeira reação ao perceber que havia voltado no tempo foi olhar em volta. Apesar da confusão generalizada, minha boa memória provavelmente lembraria mais ou menos das pessoas e dos acontecimentos que me cercavam. Eu queria averiguar se todo o tempo havia voltado, ou se somente eu e o barbudo havíamos sido tirados do futuro.

Assim que soubesse qual a situação, provavelmente o pirata já estaria à caminho. Com medo que ele tivesse consciência do último embate, presto ainda mais atenção ao seus movimentos. Se eu percebesse que ele usaria exatamente o mesmo golpe, eu esquivaria para o outro lado, mas dessa vez colocaria minha espada na horizontal, esperando que o pulso dele se chocasse com ela. Eu o forçaria para cima até decepar sua mão. Provavelmente o sangramento o mataria em segundos, mas por segurança eu tentaria bater o punho da espada com força na sua cabeça. Sempre com o escudo protegendo meu corpo.

No entanto, se eu notar algo de diferente na sua movimentação, eu novamente tentaria combatê-lo com a espada se o golpe fosse parável, ou com o escudo se não. Em seguida, tentaria um contra ataque diferente, enfiando a espada entre as pernas do homem e a puxando para cima, tentando rasgar sua virilha, pois naquela regiam havia muito sangue corrente. Em seguida daria o golpe com o punho da espada na cabeça com a maior força que tivesse, para derrubá-lo.

Assim que possível, começaria a percorrer o caminho que eu pretendia antes. A cada passo, eu prestaria atenção a minha volta, tentando encontrar indícios ou oscilações que pudesse ocasionar a minha volta no tempo. Eu sabia que não haveria nenhum padrão no que estava acontecendo, mas de qualquer forma, eu tentaria prestar máxima atenção em tudo.

Como até isso estava acontecendo no meio da batalha, também me concentro para não ser atingido por ninguém instantaneamente materializado na minha frente ou nas minhas costas, contando com minha sensibilidade para desviar e defender de qualquer coisa. Tentaria concluir toda a minha movimentação até o outro navio, se não fosse interferido novamente.