Eu teria ficado preocupado com os arranhões se não estivesse ocupado demais vomitando. Salto rapidamente do cão negro para não sujá-lo - afinal, eu não precisava de mais um cão Infernal querendo me matar -, e olho para ele impressionado com ... Bem, com tudo. Respiro profundamente tentando recuperar a autonomia de meus sentidos enquanto me aproximo e, tentando não demonstrar hesitação, toco-o na cabeça, afagando-o como forma de agradecimento, já que não podia verbalizar o que gostaria de lhe dizer. Dou um sorriso torto, pensando É isso o que eu vou ter de caçar? Aposto a alma em meu diamante que em cinco minutos vou ser apenas ossos roídos. Aquela reunião caótica havia me deixado com os nervos à flor da pele. eu odiava aquelas sessões burocráticas, que aparentemente eram comuns no acampamento, e sempre acompanhadas de discussões e armas sendo sacadas.

Claro. Vamos mandar o novato para caçar cães do inferno! Por que não?, penso em minha mente com uma voz irônica, olhando ao redor enquanto ainda respiro controladamente. Fico surpreso ao perceber que minha mão pousava sobre o punho da adaga, embora eu não tivesse lembranças de tê-la posto ali. Apesar disso, fico satisfeito; aos poucos, meus instintos para autodefesa pareciam aflorar, e após minha ultima batalha eu ainda me sentia cheio de energia.

Aceno para o cão e começo a caminhar lentamente por entre a relva, prestando atenção nas marcas deixadas para trás. Nas pegadas, nas moitas estraçalhadas, nos arranhões nos galhos e nas raízes no chão, em busca de um padrão, de uma trilha que pudesse indicar para que lado a(s) criatura(s) poderia ter seguido. Trabalho em caminhar o mais silenciosamente que consigo, medindo meus passos, evitando pisar em galhos ou folhas secas, para não denunciar minha posição a um possível inimigo próximo. Tudo o que eu não queria era ser pego de surpresa e dilacerado por uma daquelas criaturas. Olhando para aquele cão ao meu lado, eu tinha certeza de que uma mordida dele poderia me fazer gritar.

Atento a cada sombra, a cada som e a cada cheiro, eu sigo com meu companheiro canino sombrio em busca das pistas, dos rastros e da morte. Levo a mão ao bolso em busca de meu maço de cigarros, mas mordo a lingua e desisto. Talvez esfumaçando como um trem não fosse uma forma muito discreta de me esgueirar em busca de cães mortais das sombras. Tento ficar atento aos sons da natureza ao redor; ao silencio de uma cigarra que cantava, que podia indicar a aproximação de alguma coisa dela, ou o parar de coachar de um sapo. Ao revoar de uma ave ou estalar de uma moita sendo remexida. Em todo caso, minha mão estaria sobre o punho da adaga, pronta para sacá-la e usá-la para interceptar uma pata ou mandíbula que eu não fosse capaz de evitar com saltos e recuos para trás.

Nível 1 – Herança do Rei [Inicial]: Como todo bom filho de Hades, o sangue do rei do submundo corre em suas veias, garantindo-lhe características bem peculiares. Os filhos de Hades possuem uma aparência quase doentia, com pele pálida e um olhar geralmente morto. São capazes de enxergar no escuro tão bem quanto se fosse dia, e conseguem sentir a presença de espíritos nos arredores, bem como interagir com eles.

Nível 2 – Príncipe dos Mortos: Todo e qualquer tipo de espírito ou fantasma será capaz de reconhecer o Príncipe do Submundo e o respeita como tal. Isso, porém, não garante obediência alguma.

Nível 3 - Perícia do Styx [Inicial]: Confere o nível [Inicial] para a perícia com armas feitas inteiramente de ferro estígio. Não permite que o herói treine suas outras perícias. (+5 correspondente à arma utilizada)

Equipamentos Levados:

Dou de ombros quando percebo que o cão infernal não tinha a menor intenção de vir comigo naquela caçada. É justo, penso. Ele não tem motivos para caçar a própria espécie por um desconhecido, não é?

Quando chego a meu primeiro dilema, não penso muito antes de decidir ir pela esquerda. Eu nunca havia enfrentado um cão infernal, e até há pouco sequer havia visto um, então... Pela intensidade dos latidos, os que estavam na esquerda pareciam menores, ou jovens, e eu experava ter alguma experiência com eles antes de enfrentar os peso-pesados. Opto por caminhar pela trilha de corpos então, olhando indiferente, porém lamentoso, para as pessoas mortas, perguntando-me o que teriam pensado enquanto morriam. Quando eu morri, tudo que pensei foi "Ah, fudeu". Mas... e eles?

Uma ideia me surge à cabeça, e puxo meu diamante de almas do bolso. Concentro-me nele como havia feito anteriormente na batalha contra o pseudo-vampiro-azul-e-cheio-de-garras na arena, focando-me em atrair para a pedra qualquer alma que estivesse nas redondezas. Com tantos corpos, aparentemente frescos, quem sabe eu não conseguiria fisgar um peixe perdido? Eles já estavam mortos, mesmo...

Enquanto sigo pela trilha, conseguindo ou não capturar uma alma, analiso o ambiente, a posição das árvores e das pedras, observando como poderia usá-las a meu favor em caso de encontrar algum inimigo. Não queria ficar perdido caso fosse surpreendido, então olho bem o caminho por onde ando para conseguir esgueirar-me entre as árvores para me esconder e desviar de qualquer cão maldito que surja para me atacar.

Caso eu consiga identificar algum cão antes que ele me veja, eu me esgueiro silenciosamente por trás, analisando o ambiente bem, em busca de dois suportes, como árvores, galhos ou pedras, por onde eu pudesse passar o fio de oricalco, na altura correta para interceptar a criatura, usando a adaga para fincar a ponta no chão ou em algum tronco, antes de estalar a língua da mesma forma que fazia para chamar um cachorro de rua. então, com os dentes trincados, aguardo, com o fio entre nós, para que a criatura se cortasse ao tentar me perseguir; ou não, ele podia só saltar vários metros e me engolir de uma bocada só. Nunca se sabe.

No mais, mantenho-me sempre doentiamente atento aos arredores. Como antes, procuro guiar-me pelos sinais da floresta, como o silêncio dos animais ou o som dos latidos para encontrar meus alvos, tentando manter-me ingcógnito até o momento certo.

Olho assim para o cão, menos indignado por sua boa visão e mais por ter desperdiçado meu esforço. Escorrego a adaga para fora da bainha e observo meu inimigo, com os olhos cravados nele e meus ouvidos atentos aos sons ao meu redor, para tentar captar a aproximação de algum outro monstro.

De cara para aquela coisa, era como se uma bomba fosse ligada dentro de mim, fazendo meu coração martelar duas vezes mais forte. Tamborilho os dedos no cabo da arma, lamentando por ela ser tão curta. Apesar disso, reluto em puxar a espada em minha cintura, pois já havia tentado usá-la e descoberto que era estranhamente pesada e desequilibrada para mim. Eu não sabia como os outros conseguiam balançar aquela coisa com tanta facilidade. Porém, decido que era a hora para medidas drásticas e levo a mão às costas, puxando a lâmina lentamente, evitando movimentos bruscos, e caso até o fim de meu movimento o monstro ainda não tenha se mexido, eu avanço de um salto, terminando de puxar a espada e transformando o movimento em um arco de cima para baixo contra o focinho do cão.

Mantenho a adaga na mão direita sempre pronta para bloquear ataques que eu não for capaz de evitar esquivando o corpo. Se ele tentar saltar contra mim, deixo ambas as lâminas entre nós, para tentar bloquear suas patas e machucá-lo no processo, enquanto recuo tão rápido quanto possível cuidando para evitar raízes e pedras que poderiam me passar uma rasteira-q. A todo momento tomo cuidado para manter o lado onde a bobina estava virado para a trama de fios, de forma a evitar me cortar com ele sem querer, e me movendo rapidamente para o lado contrário quando perceber que seria possível desviar do cão e deixar o fio em sua frente para que se corte.

Caso outra criatura surja eu tento tomar noção do ambiente ao meu redor, para correr entre as árvores, esticando o fio atrás de mim e passando pelo mesmo ponto duas vezes, saltando ou me abaixando para evitar o corte e atraindo os cães para o mesmo.

Nível 3 - Perícia do Styx [Inicial]: Confere o nível [Inicial] para a perícia com armas feitas inteiramente de ferro estígio. Não permite que o herói treine suas outras perícias. (+5 correspondente à arma utilizada)

Ok, penso com certa urgência, percebendo que não teria muito tempo até que fossem três cães tentando roer meus ossos, e não apenas um. Encaro o monstro com um misto de ódio, curiosidade e ansiedade. Solto a bobina do cinto, deixando-a caída no chão, para que eu pudesse me mover livremente sem me preocupar em perder meu braço esquerdo a cada movimento.

Abaixo a lâmina de bronze que o havia machucado, e então levanto-a. E repito o processo, tentando desviar sua atenção para a lâmina luminosa enquanto me preparo, enfiando a ponta dos sapatos na terra sob meus pé se, então, chutando-a contra seu focinho para tentar distraí-lo enquanto avanço mais uma vez. Desta vez, o efeito da terra decidiria meu proximo movimento, de forma que se ele parecer bastante afetado, no caso de eu conseguir atingir seus olhos e narinas, eu aproveito para avançar mais do que da outra vez, para atingi-lo com minha adaga no pescoço, tentando cravá-la ali usando a força de meus braços finos e o impulso da corrida.

Se ele não parecer muito afetado e mantenho a adaga próxima do corpo, como em minha base básica para bloquear ataques pela direita, enquanto brando a lâmina de bronze mais uma vez, concentrando minha força nela mais do que já havia feito antes.
Tento este corte na horizontal, levemente diagonal, achando que neste sentido seria mais difícil para o dog desviar. Miro novamente na altura de sua cabeça, de forma que, dando certo, poderia cortá-lo de frente ou na lateral do seu corpo, em caso de ele ter recuado diante da terra na cara (?).

Antes, durante e após meu ataque mantenho-me pronto para recuar diante de um ataque, usando as pernas para sair de sua direção enquanto continuo o avanço e adapto meu movimento para atingí-lo como possível, mesmo que superficialmente, sempre priorizando não ser dilacerado por suas garras.

Nível 2 – Lâmina do Estige: O filho de Hades move parte de sua energia para lâmina, o que a deixará tão gelada quanto as águas do rio Styx. Ao atingir qualquer parte do corpo do alvo, o mesmo terá sua ligação com a alma cortada, ficando inerte por uma rodada (APENAS O MEMBRO ATINGIDO). O usuário pode utilizar esta habilidade também com o toque, paralisando todo o corpo do alvo enquanto o contato físico continuar. Funciona apenas com alvos mais fracos que o usuário. O uso dessa habilidade consome 30 pontos de energia, e entra em espera por 2 rodadas. A habilidade ficará ativa durante 1 rodada.

Xingo mentalmente quando sinto o corte frio em minha perna. Frio, quente, sei lá o que era aquilo. Há tempos eu não sentia a dor de um ferimento, ainda mais um como aquele, e mal acreditei quando consegui reunir forças para continuar me movendo apesar daquilo. Se uma pessoa me machucasse daquela forma meses antes, eu teria ficado muito mais assustado, sem dúvidas, mas a ideia de lutar todos os dias pela minha vida parecia finalmente começar a fazer parte de meu ser.

Decido que aquela não era uma oportunidade que eu podia perder. Avanço contra o monstro, basicamente me jogando sobre ele, buscando mais apoio na perna boa, e tento fincar a adaga em seu corpo mais uma fez, torcendo-a com força enquanto puxo para tentar criar um rasgo no corpo da criatura. Miro na área que me parecer mais seguro de me aproximar, não confiando totalmente que ele estava indefeso. Quando atingi seu pescoço, quando concentrei minha força na adaga, pude sentir uma energia gelada passando de mim para a criatura através da lâmina negra. Aparentemente, aquilo havia paralisado-o com um calafrio, era o que eu supunha, e esperava que fosse outro poder comum aos filhos de Hades, porque se revelou extremamente útil.

No mais, caso eu consiga eliminar a criatura, apenas vejo se eu conseguiria desprender a teia de oricalco antes de ser descoberto e perseguido pelos cães. Se me parecer provável ter este tempo sobrando eu rapidamente recupero a bobina e começo a recuperá-la, soltando a adaga do tronco.

Se parecer que eu não conseguiria, tentaria puxá-la em outra árvore, de forma mais discreta, com apenas um fio baixo, para tentar usá-lo para cortar as pernas dos cães mais tarde. Tomo claro o cuidado de memorizar o local para não cortar a minha própria perna.

No mais, fico atento para a situação de má sorte onde eu não consigo eliminar o cão ou sou encontrado pelos outros, e em ambos os casos dou meu melhor para evitar mais ferimentos, recuando diante dos ataques e usando ambas as lâminas para tentar bloqueá-los. Se possível tento atrair as criaturas para as armadilhas de fios como feito antes, evitando os riscos de um combate em caso de sorte.

Gostaria de saber se posso considerar comigo as adagasd e arremesso que tentei frojar com o Roran antes de começar a missão :V São as seguintes:
- Adaga de Arremesso [x4][Ferro Estígio][+25% Resistência] - Uma vez arremessadas voam sempre com a ponta sempre para a frente, facilitando a pontaria. Possuem um aro na extremidade.