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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Taylor Black

Taylor Black
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
Ver o desgosto nos olhos da filha de Zeus era desagradável. Ela ainda tinha aquilo, sabe? Aquela vontade de mudar o mundo, aquela sede insaciável por justiça. É algo que costuma morrer frente às primeiras adversidades, quando conhecemos os homens e seus desejos, quando nos vemos incapazes de mudar a correnteza, e então desistimos de lutar e nadar na direção contrária.

Ela ainda se debatia num redemoinho de decisões, nadava e balançava os braços em diversas direções. Algo dentro de mim invejava essa perseverança, algo que eu não sentia há mais de 120 anos. 

Ao subir no navio coberto de névoa, eu pude sentir os espíritos. Respeitavam-me como um bandido respeita a um policial. Nem eu, nem Tânatos éramos muito fãs dos espíritos prisioneiros de Ares e dos outros Deuses. Por vezes, o Deus da Morte e eu acabávamos entrando em boas confusões para tentar findar este fadário, entretanto, não sabia dizer ao certo se aqueles espíritos estavam ali porque queriam, ou se foram presos por Poseidon naquele barco. 

Não poderia me dar ao luxo de criar uma discussão com o Deus dos mares, primeiro por este estar nos ajudando, e segundo por estarmos entrando em seus domínios. Contive naquele instante a vontade de fazer a travessia daquelas almas. Chamou-me a atenção que deram para Alana, e tendo noção de que ela não perceberia a pressão sobre ela até que alguém avisasse, eu disse:

- Eles precisam de ordens. Guie-os ao mar de monstros. - Fui até a proa, e me sentei enquanto aguardava o início da viagem.

#11

Alana Valentin

Alana Valentin
Filho(a) de Zeus
Filho(a) de Zeus
Quando entrei naquele barco, pude sentir cada pelo do meu corpo se arrepiando. Meu Zeus do céu, como os filhos de Hades conseguem lidar com essa aura e presença sombria dos espíritos? Eu tinha a certeza de que naquele instante, sairia correndo de medo, mas isso não seria digno de uma princesa do Olimpo, não é?

Senti Fulgur se empoleirando no topo do mastro, e escutei-a crocitando alguma coisa a respeito de odiar o oceano. Não a culpo, eu também não sou muito fã dos mares, uma vez fui tomar banho numa praia e saí de lá lutando contra Telquines. Tenho certeza que era alguma pegadinha do meu tio.

Entretanto, quem normalmente tinha mal gosto para pegadinhas era Hades, que enviava fantasmas e criaturas das sombras pra me assustar. Só que, talvez os irmãos estejam se inspirando um no outro, porque agora o Deus dos Mares está nos enviando fantasminhas. E você tá achando que isso é o pior? Nananinanão. Taylor disse para eu dar as ordens a eles, ainda por cima, acredita?

- Como é? - Quando vi, ela se retirou até a proa daquele barco e me deixou ali sozinha, no meio daqueles fantasmas que me olhavam estáticos, como crianças esperando para receber uma bala.

Ah... Não deve ser tão difícil, né? Pensei. Afinal, sou filha do Rei do Olimpo, princesa dos céus, irmã do Deus da Guerra e da Deusa da Sabedoria e da Estratégia de Guerra, não obstante, um dos meus irmãos também é Dionísio, Deus do Teatro, além dos meus outros grandes irmãos divinos, sem contar os semideuses que foram exemplo de liderança no ocidente, o próprio Abraham Lincoln foi um grande exemplo de filho de Zeus. Isso não deve ser nada para mim.

- A-..A-..AVANTE! - Por algum motivo que desconheço, saquei a espada e apontei ela aos céus, tentando desesperadamente mostrar uma pose de líder. Olhei pros lados, e não teve reação nenhuma. - A-Ao Mar de Mo-mo-monstros, ma-marujos! - Sim, eu gaguejei, e minha voz estava mais fina do que a de uma criança amedrontada. MAS O PIOR FOI O QUE VEIO DEPOIS. - ARGHHH!!! - Eu fiz um sinal de gancho com a mão livre e fechei um dos olhos tentando parecer uma pirata.

Fulgur ria na língua das águias lá de cima.

E eu tinha a certeza de que Poseidon estava com o celular, gravando isso pra mandar no grupo da família. Zeus iria me bater.

#12

Minerva

Minerva
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
Alana não estava nada confortável com a posição que deveria assumir. Tentou coordenar os espíritos, mas não soou muito autoritária. Na verdade, alguns deles esboçaram risos, mas desistiram quando ela disse o destino.

- O mar de monstros? Quer que levemos vocês direto ao covil?

- Cala a boca cara! Melhor navegando com elas do que lá dentro!

A filha de Zeus não sabia do que se tratava a discussão, mas não teve oportunidade para perguntar, pois todos começaram a cuidar de seus afazeres para iniciarem a viagem. Fulgur lhe olhava de tempos em tempos, como se para se certificar de que a garota não havia caído no mar, mas não fazia menção de descer até ela ainda.

Alana se sentia sozinha.




Depois de poucas horas de viagem, um dos fantasmas se aproximou de Taylor, mantendo uma distância considerável para sua segurança.


- Não culpe o deus dos oceanos, criança. Eles nos salvou da prisão logo que saímos do submundo... Não queríamos estar aqui, mas poderíamos estar em pior situação...

Ser chamada de criança não era comum para Taylor e ouvir um espírito falando-lhe diretamente com tanta franqueza fez a garota reconsiderar suas opiniões. Ele continuou estacado em sua frente.

#13

Taylor Black

Taylor Black
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
- A morte não é uma prisão.


Repreendi. Era até um pecado dizer algo assim. A vida é uma prisão, os corpos o são, as necessidades o são. A morte lhe dá as chaves para sair, só que o medo do escuro dá aos homens uma espécie de síndrome de Estocolmo que os impede de olhar adiante, de saber o que tem além.


- É isso que você acredita que deve lhe caber? Servidão, e uma eternidade sem respostas? - Não haveria fúria na minha voz. A verdade é que os espíritos não temem a morte, ela já passou, eles temem o sofrimento. Por vezes é o que lhes resta para agarrar de suas últimas vidas, as lágrimas de arrependimento, e os desejos não alcançados. As almas vagantes são apenas isso. Andarilhos arrependidos. Estendi a mão. Não posso descrever aqui a relação que tenho com os mortos, me é proibido. Basta resumir em uma única frase: Eles fazem as perguntas, eu sou as respostas, todas elas. Eles sentem frio, e eu sou o calor. Eles se sentem presos, e eu sou a porta. - Venha. Não tenha medo.

#14

Alana Valentin

Alana Valentin
Filho(a) de Zeus
Filho(a) de Zeus
Eu não sabia como reagir, não sabia como interpretar a reação deles e sinceramente, se eu pudesse escolher, não estaria naquele lugar. Sentia os olhos de minha águia me fuzilando do topo do mastro, ela estava furiosa por eu tê-la deixado presa, mas acho que isso era uma vingança digna dos Deuses.


Zeus que me perdoe, mas mandar nos outros e berrar direções não é pra mim, eu nunca fiz isso na minha vida e nem gostei do o fazer. Sempre gostei mais de encarar as coisas como meu irmão, Ares. Sair por aí batendo em inimigos, dançar com a espada e o escudo, salvar pessoas, cortar monstros, sabe? Uma vez eu até optei por ir até o chalé dos filhos do Deus da Guerra e ficar por lá durante alguns dias, na época Ryan era o conselheiro e ele não se importou, mas quando isso mudou me enviaram outra vez para as paredes frias do Chalé de Zeus.


Era triste. Até o Chalé de Hera era mais aconchegante que o de meu pai, mas lá eu era tão bem recebida quanto um cão sujo que entra num restaurante. Nem os bem educados filhos de Atena tinham bons olhos para mim.


Tentei procurar algo de interessante no navio, enquanto novamente, sentia-me sozinha.

#15

Minerva

Minerva
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
Alana estava vivendo um dilema. Nunca havia sido tão difícil ser filha de Zeus. Normalmente ela ameaçava os monstros com seu Aegis e arremessava raios e sua espada para todos os lados. Podia voar e usar o ar à seu favor e era assim que ela se sentia melhor: nas batalhas. Porém ali, era como se algo lhe faltasse. Algum buraco no seu peito a deixava à deriva quando tinha que liderar ou montar estratégias na cabeça.

Desanimada, a semideusa resolveu descer ao convés inferior, escapar um pouco dos olhos da águia e do seu pai. O interior do navio não era interessante. Possuía cabines desconfortáveis e a região dos maquinários. O calor lá dentro quase fez Alana subir de volta à superfície, mas então uma voz falou às suas costas:


- Eu sei como se sente...




Taylor começa o diálogo sem muita paciência. Os mortos não eram muito diferentes entre si e a falta de conhecimentos deles sobre a vida e principalmente sobre a morte desanimavam a filha de Atena. Mesmo assim, ela continuava servindo Tânatos, cuidando dos que chegavam ao fim da vida desprevenidos. Não trataria diferente aquele homem aleatória a sua frente. Porém, ele respondeu:

- Você não entende. Quando saímos do submundo, expulsos pelo próprio demônio, fomos capturados por ela. Havia tantos homens lá... Porém, alguns de nós conseguiram fugir e alcançamos o mar. Aí algum deus nos ajudou, nos trazendo de volta magicamente para a América. Em troca, pediu que nós ficássemos nesse navio, pois seríamos úteis. Só entendemos quando vocês chegaram...

#16

Taylor Black

Taylor Black
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
"Expulsos?" pensei. Será que Thanatos e eu precisaríamos ter outra conversa com Hades? Era o Deus mais teimoso que eu conhecia.

- Ela? - Perguntei. - Você se refere às empousai?

Talvez eu conseguisse informações sobre a missão antes do esperado. Era triste vê-los ali, longe do amanhã, num eterno pós-morte, destinados ao esquecimento. Almas não tem noção de tempo ou de realidade, que eu saiba, aquele homem podia ser um marinheiro de séculos passados. Nem ele saberia. Buscaria tirar daquele espírito informações sobre esta prisão, e sobre sua saída do submundo.

Ao fim diria: - Você não precisa ficar aqui, pode descansar, se quiser. - Continuaria com a mão estendida.

#17

Alana Valentin

Alana Valentin
Filho(a) de Zeus
Filho(a) de Zeus
Lá embaixo, aproveitei as paredes para socá-las pelo menos umas duas vezes. Não estava gostando as coisas que estavam acontecendo. Sentia-me tão impotente quanto um cão amarrado. Queria chamar um raio dos céus e explodir aquele barco, bem como ao covil de empousai. Inclusive, não conseguia deixar de pensar nisso - em como deixamos para trás aquelas pessoas -, e rezava aos Deuses para que alguém tivesse chego e salvo aos reféns que lá estavam daqueles monstros.

- Eu sei como se sente

Saquei a espada como um relâmpago, sentindo o metal trepidar com a eletricidade que corria nos meus dedos. Não era uma reação instintiva à voz desconhecida, era só uma vontade de mostrar pra mim mesmo que eu não era uma inútil, só estava no lugar errado.

Meu lar é a batalha, com meu irmão.

- Sabe, é? - Perguntaria, ainda com a espada erguida.

#18

Minerva

Minerva
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
Taylor estava intrigada com o desenrolar da conversa. Não imaginava que aquele espírito poderia ter informações pertinentes, mas aparentemente não era o caso.

- Empousas? Não sabemos de nada, moça. Só sabemos que de repente estávamos livres do submundo... saímos o mais rápido que podíamos só para sermos novamente capturados. Fomos levados para uma ilha e lá sentimos que todas as nossas energias estavam sendo sugadas de nós. Uma voz feminina nos torturava, mas não vimos ninguém. Um dia, alguma coisa aconteceu que sentimos que estávamos livres. Era como se a voz tivesse sofrido algum golpe, e naquele momento, fugimos. Poseidon ficou furioso quando nos viu no mar, mas quando descobriu de onde viemos, resolveu no colocar nesse barco. Desde então, estamos esperando, sem saber exatamente o que estamos fazendo ou porque.

O homem não se aproxima de Taylor, inclusive ameaçava se afastar.




Alana não estava com paciência. A voz em suas costas só a fez sentir-se mais irada. Quem naquele navio podia sentir o que ela sentia? Quem estaria no lugar de uma filha de Zeus, fadada a liderar uma missão que não pedira e que não tinha vontade de executar?

O espírito, entretanto, não esboçou qualquer reação ao ver a espada e o rosco carrancudo da semideusa.


- Eu também fui condenado a liderar, mas não consegui. Não adianta lutar contra, filha de Zeus, não fomos feitos para isso. A nossa única diferença é que eu caí por amor, enquanto você cai pela raiva...

Ele parecia tranquilo demais, senhor de si mesmo demais. Alana não conhecia muitos espíritos, portanto não sabia se estava sendo enganada, mas aquele homem passava à ela um ar de realeza. Aquele olhar natural de quem nasce com o poder, embora nem sempre saiba dirigi-lo corretamente.

Ele continua a encarando, como em um desafio.

#19

Taylor Black

Taylor Black
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
É dolorido ver os espíritos daquele jeito. Eles se sentem livres, mas não é bem assim... Suas almas não pertencem a este mundo, seus espíritos não são seus de verdade, fazem parte de algo maior. Mas ele obviamente não sabia disso.


Enquanto ele contava o que acontecia, eu imaginava diversas possibilidades, mas o mais intrigante de tudo é que quem quer que esteja por trás desse sequestro de almas, faz com que elas não só se tornem incapazes de alcançar o submundo, como também consegue tirá-las de lá. É como roubar do próprio diabo.


Além do mais, nosso inimigo suga a energia das almas. Eu já vi várias criaturas fazendo isso - inclusive filhos de Hades, que se acham donos dos mortos - mas nenhuma conseguiu realizar o feito de resgatar espíritos do pós-morte, sem chamar a atenção de Hades e Tânatos.


- Não precisa ter medo de mim. - Sabia que era inútil. - Não consigo lhe levar se não o desejar. - Isso era mentira, mas era realmente mais fácil levar almas que não lutavam contra o submundo. - Você prefere ficar aqui? Ou atravessar? - Quando este respondesse, diria: - Então assim o será.


Por fim, vasculho pelo barco coisas que possamos utilizar. O caos foi tanto que esqueci de me preparar para as sereias, buscaria cordas e coisas que pudessem fazer a mim e a Alana cobrir os ouvidos, afinal, logo chegaríamos ao Mar de Monstros, e Caríbdis e Squilla não seriam nossos únicos desafios.

#20

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