A semideusa havia chegado ao acampamento de uma forma bem diferente, mas logo foi levada ao Chalé de Hermes, para se misturar com quem deviam ser seus meios-irmãos, bem mas algo a incomodava ali, a mesma não sabia se era a falta de experiência em lidar com as pessoas ou se realmente ali não era o seu lugar que nem a mesma sentia.

Um de seus novos irmãos passa correndo com pressa ao seu lado, já o outro nem tanto, para a semideusa e a chama para um treino na arena e com sua vontade de conhecer o que jamais havia visto, ela aceita meio desajeitada, pegando seus equipamentos e indo ao local.

Ao chegar na arena ela se depara com seu chão de terra batido e uma porta grande a sua frente, que se abre fazendo um estrondo, o irmão que estava ao lado dela corre deixando a menina sozinha na arena com uma espécie de cachorro gigante dos olhos vermelhos que aparecia do outro lado da semideusa, o mesmo já começa a vir em alta velocidade para cima da mesma, que teria alguns segundos para pensar no que pode ser feito.

Cachorro:

Tinha passado alguns dias desde o encontro com a minha avó e a minha ida para o acampamento meio sangue, eu particularmente odiava a good vibe que eles colocavam, eu me irritava particularmente com os filhos de Zeus, porque por algum motivo, sempre tentavam dar um estilo bom samaritano, o que eles eram? Escoteiros ou algo do tipo?

Eu realmente queria dar um fim de tudo aquilo e ir atrás da minha avó, mas ela tinha me dito para ficar, então fiquei e esperei por algo que me parecesse alguma lição ou algo que eu pudesse aprender com eles. Eu tinha percebido que eles se destacam com a luta e combate corpo a corpo, usavam espadas e armaduras, será que eles conheciam algo tecnológico? Aposto que eu poderia resolver muitos problemas com um 38 em mãos, mas se está na Grécia, viva como os gregos, por isso me preparei para tentar interagir mais.

Começaram a dizer que havia um local para treinar, então, meio que a contragosto, eu peguei uma espada, um elmo e um peitoral e me disseram que seriam a minha armadura, eu não tinha entendido o que queriam dizer, mas do nada sou levada a uma arena que lá dentro me tinha como inimigo, um cachorro muito grande, preto e de olhos vermelhos.

Eu não sabia como agir e também não foi me dado oportunidade para pensar sobre esse assunto, quando o encaro, ele pula na minha direção com clara intenção de me atacar, para me desviar daquele bicho gigante, eu rolo meu corpo para a diagonal e tento me por o mais longe possível, eu me colocava atenta a cada canto da arena se tinha alguma outra coisa além da terra batida e muros de pedra, eu tentava pensar em como sair viva, deixando uma distância maior possível para me defender de possíveis ataques

A indefinida assume uma postura defensiva e rolando bem contra o monstro esquivando de seu primeiro ataque, o cachorro continua avançando sobre a mesma tentando morder fazendo com que a semideusa recue para trás, até o momento em que se vê a 3 metros da parede do coliseu e o monstro a 1 metro na sua frente, prestes a ser encurralada pelo monstro que continua levantando poeira para correr e atacar a mesma.

O monstro estava feroz e buscava sangue para poder se alimentar de uma bela e esbelta filha de algum deus que ainda não teve a cara de pau de me reconhecer, presa a três metros da parede e a um metro tendo a distância como a minha segurança contra aquele monstro, eu pensava qual seria a melhor solução para melhorar a minha situação, eu não era versátil com o domínio da espada, mas era boa em me aproveitar situações perigosas, então, eu dobro de leve meus joelhos, me preparando para a investida do monstro e quando ele me atacar, eu raspo a espada no chão, tentando levantar o máximo de areia possível para atingir o seu rosto e torcendo para atingir seus olhos.

Caso meu plano de certo, eu aproveito o momento de cegueira do animal e aproveitaria a pouca diferença de distância e sem pena ou dó, eu empalo de todas as formas possíveis com a minha espada, mirando o pescoço e toda a lateral do corpo do cachorro, queria fazer ele sangrar de todas as formas empalar de verdade cada cm de metal que a espada possuia.

Caso não desse certo minha nuvem de areia, eu rolaria novamente e me colocaria mais a centro da arena, tentando ver outras fraquezas do monstro.

Agnes tinha um plano em mente e se não fosse pelo cachorro ser gigante teria concluído com sucesso, ao levantar a sua espada para um ataque, a indefinida acaba acertando a parte debaixo do cachorro(-15hp), fazendo o mesmo revida automaticamente com uma mordida em seu braço(-10hp) e arremessando a mesma para longe chacoalhando sua boca (-5hp).

Após parar de rolar Agnes sente uma forte dor em seu braço, aquilo provavelmente daria um problema para ela usar sua espada com aquele braço, já o cachorro estava a 5 metros de distância correndo para cima dela, enquanto a mesma estava sentada no chão.

Ok, plano número um deu ruim, muito ruim, por causa da minha falta de análise, eu errei quando jogar a areia e isso fez com que eu levasse uma mordida dele, é, realmente não gostei disso.

Como o meu plano não deu certo, eu fiquei deitada e com os braços doendo pela queda e até pela mordida que eu levei dele, mas não me enganei ou me desesperei para aquele momento de investida do animal em minha direção, eu me levantaria o rápido que eu podia para me proteger.

Em pé e preparada, agora eu precisava aleijar a criatura, então miro fortemente mas pernas e principalmente focando nas juntas, não ia dar mais passo para me atacar, então eu foco em aleijar a perna e sempre me afastar, sempre presando minha segurança e integridade física.

Com o apoio de seu outro braço a indefinida consegue se levantar rapidamente da investida do cão e por sorte ela consegue com seu reflexo realizar um corte no que seria uma das pernas do animal (-20hp) se afastando rapidamente do cachorro, ela consegue perceber o cansaço e a dor começa a incomodar seu braço fazendo com que ela não consiga realizar ataques com toda sua força e teria que economizar nos seus movimentos, pois estava começando a bufar, já que não havia muito treino, o monstro corre usando somente 3 patas e mancando um pouco por estar sem uma, ele está a 3 metros da semideusa com os olhos avermelhados e bravo neste momento, indo em direção a semideusa com a boca espumando em branco.

Ele estava aleijado com a perna cortada que eu tinha dado de presente, mas ainda não era o suficiente, me permitiu respirar fundo o suficiente para recuperar o folego daquela luta, mas ele estava mais lerdo e eu tinha os meus dois braços.

Querendo diminuir ainda mais a sua mobilidade, eu fico esperando a sua aproximação eu corro para a direção da perna machucada, aumentando as chances de eu não me machucar.

Caso consiga desviar do ataque, eu atacaria agora sua perna traseira, eu foco em atingir as juntas traseiras e imobilizar o animal gigante, assim impedir que possa se mover.

Caso eu fosse atacada na hora em que fosse para ir para a lateral do corpo do cachorro gigante, eu usaria a espada para defender de suas mordidas e patadas, eu evitaria de gastar minhas energias, eu iria aleigar ele das formas que eu podia.

A semideusa fora ousada e aproveitando da falta de mobilidade do gigante, a mesma corta sua pena traseira, fazendo com que o monstro se desestabilize e cai, mas o que ela não esperava é que ele fosse tombar para cima dela, caindo em cima de sua perna e fazendo com que sua espada caia a 1 metro de distância da mesma, o monstro não tinha como se mover e atacar a mesma, mas ela também não tem como se mover pois acabou machucando sua perna com a queda do cachorro gigante em cima da mesma, ela teria que dar um jeito para não se machucar ainda mais e derrotar o monstro.

Eu estava feliz até, eu tinha derrubado e machucado pra valer, eu só não sabia que ia querer sentar em cima de mim no processo

Eu estava preso e ele estava imobilizado pelo fato de ele querer descansar em cima da minha perna, a espada estava longe, mas eu não deixo ela sozinha por muito tempo, segurando a espada, eu espeto de leve a ponta da espada sabendo que iria provocar o ataque do animal forçando ele a se virar e tentar me morder.

No momento em que tentasse me morder, eu enfiaria a espada na boca dele com toda a força que eu tinha, rasgando completamente a boca do animal.

Caso não conseguisse rasgar ele, eu manteria a espada por perto da boca e empurrado o máximo que conseguia, tentando dar o fim nele naquele momento.