A piveta estava se sentindo corajosa depois de sua primeira vitória.

Ela entra na arena e, do outro lado, o inimigo já esperava do outro lado. Mas a garota levou um tempo para identificá-lo pois não passava de uma serpente de escamas avermelhadas deslizando pelo chão.

A serpente olha para a garota e seus olhos brilham.A 20 metros de sitância a garota consegue ver o brilho de malícia no olhar daquela cobrinha, e então sua forma começa a crescer e crescer até que uma enorme serpente de 10m de comprimento e 1 de largura está encarando a garota do outro lado da arena.

A criatura estica a língua para fora. Ela se desenrola e lentamente começa a serpear na direção de Mari.

Tive um misto de emoções no meu "rito de passagem". O prazer da caça, de brincar com minha presa. A sensação da lâmina atravessar a carne. O momento em que a vida deixa o alvo se desfazendo em poeira dourada. O êxtase daquilo repassava na minha menta como o retro gosto de um bom vinho. Procurava mais daquilo, mas hoje estava estranhamente alegre e com um surto criativo. As pontas do meu cabelo colorindo-se em tons pasteis refletiam essa sensação agradável.

Me senti compelida a retornar a arena, pensando que tipo de criaturas que poderiam aparecer por lá. Estava saltitante e cantarolando a caminho do local. Inicialmente o local de terra batida parecia vazio, mas logo percebo uma silhueta vermelha rastejando por la. Um belo tom de vermelho... - penso comigo mesma em como usaria um tom daqueles em minhas pinturas. No instante seguinte eu vejo um brilho malicioso vindo do olhar da criatura e eu instintivamente recuo e fico alerta. As pontas do meu cabelo antes em tons pasteis se enegrecendo deixando visível meu medo e desconfiança.

A criatura então foi crescendo cada vez mais revelando sua magnanimidade colorindo as pontas do meu cabelo de tons de rosa e violeta, devido a minha admiração de uma criatura tão bela mas ao mesmo tempo acuada com o que aquilo significava. A serpente poderia facilmente me abocanhar.

Em traços simples, desenho em meu pergaminho uma haste, de pouco mais de 1 metro de comprimento, com a ponta de um arpão nas duas extremidades e rapidamente projeto meu desenho para fora da folha e, depois de guardar meu pincel, pego o objeto em mãos dando um sorriso malicioso pensando nas possibilidades que poderia fazer aquilo.

Guardo minhas ferramentas de desenho na mochila enquanto a criatura se aproxima lentamente. Ando de forma lateral mantendo minha distância da criatura de forma que pudesse ter uma boa visão de seu flanco. Fico sempre atenta para desviar de um ataque súbito da criatura fazendo uso da minha esfera multicolor caso necessário, para redirecionar o ataque da criatura, facilitando minha esquiva.

Equipamentos:

Passiva:

Ativas:

A garota se abaixa e aproveitaa distância que ainda havia entre ela e seu inimigo para começar a desenhar.

Segundos depois ela se ergue. Nas mãos, um arpão um tanto torto pela pressa estava em suas mãos. Ela começa a dar uma caminhada para a lateral enquanto observava a serpente. Ela deslisava de um jeito estranho pela areia, como se fosse mais escorregadia do que o normal, ou talvez mais leve. Os olhos da fera parecem desfocados e suas escamas emitiam uma leve luminosidade que deixa a garota encucada.

Mas a fera continua se aproximando e está a 5 metros. Ela para nesta distância e começa a ameaçar a garota com sibilos constantes e cada vez mais altos, mas não se aproxima mais.

-Ha Ha Ha, PSSSSSSSSS Pra você também! - devolvo a provocação para a criatura enquanto brinco com a luz na palma da minha mão.

Não consigo tirar os olhos dos brilhos que cintilam nas escamas da cobra, mas decido cutucar a onça com vara curta. Solidifico duas agulhas de de luz e arremesso uma em cada olho do meu oponente. Mantenho a distância para observar a reação dela e sempre fico atento para desviar de algum ataque.

Caso ela de um bote em minha direção eu lanço ao ar o arpão e com a minha fotocinese controlo a arma de luz sólida para posicioná-la dentro da boca da criatura, de modo que cada extremidade da arma fique apontado para a língua e o céu de sua boca. Assim que o arpão estivesse posicionado eu usaria minha esfera multicolor para se chocar, de cima para baixo, a cabeça da criatura de modo que fechasse a sua boca contra o arpão.

Caso contrario, apenas fico na defensiva tentando me esquivar de seus golpes.

Ativas:

A filha de Íris rosna de volta para a serpente, que parece ofendida e então decide atacar a fera com duas agulhas de luz.

Os dois projéteis viajam no ar e acertam um olho e o focinho do monstro. Paraa surpresa da garota, uns feixes de luz começam a se projetar dos lugares feridos mas nenhum sangue escorre. A serpente gigante tampouco parece afetada pelo golpe em seu olho, e continua encarando a piveta com dois olhos enormes e vermelhos, um deles agora com uma agulha enfiada e vazando "luz".

A serpente sibila mais e finge um bote. Mari ergue o arpão que tem em mãos pronta para usá-lo, mas a serpente apenas finta o ataque e recua de novo, como se estivesse apenas tentando assustar a garota. Enquanto olha seu inimigo, Mari nota que as cores em volta do seu olho perfurado vão sumindo, deixando-o branco e brilhante. A garota encucada têm uma impressão familiar e estranha sobre a serpente gigante.

O monstro muda de posição, enrolando-se sobre o próprio corpo e então balançando a cauda enorme. A garota se vê obrigada para correr para não ser atingida e então para a uma distância segura. Ela se vira para a serpente novamente. Observando-a se mexer, ela nota criticamente que o corpo escamoso e gigante da serpente não deixou nenhuma impressão no chão de areia.

Eu mal posso acreditar no que estou vendo... -Você esta tentando me ameaçar com um holograma? Mas que audácia! - digo tentando manipular a luz da própria cobra na intenção de borrar/desfazer o que acredito ser um holograma. Algumas das pontas do meu cabeço exibem um vibrante vermelho deixando evidente a minha indignação, mas não cedo a esse sentimento nesse instante.

Perceber o trabalho de manipulação da luz para fazer uma espécie de holograma daquela magnitude, me da uma inspiração criativa absurda pensando em 1001 possibilidades de replicar aquilo e as situações em que isso poderia ser útil. Começo a sentir a luz sólida do meu arpão tremeluzir, sabia que aquilo não se sustentaria por mais tempo. Então para descontar minha indignação eu arremesso a arma na direção da serpente, não exatamente na intenção de perfura-la mas de testar a reação daquela coisa ao contato físico.

Ficaria observando atentamente os movimentos do meu inimigo, e acreditando ser um holograma eu começo a procurar pelo seu conjurador, algum tipo de padrões de luz mais erráticos que projetavam o corpo enorme da criatura e caso encontre eu abro um grande sorriso carregado de malícia e solto, quase involuntariamente um riso maníaco - HEHE.

Ativa:

A filha de Íris reconhece a familiariedade dos efeitos causados pela cobra. Indignada ela arremessa arpao que faz uma breve parabula no ar antes de se fincar fragilmente na cabeça da serpente.

A garota percebe que suas armas, diferentemente da areia, provavelmente estavam interagindo com o holograma por serem também feitas de luz. A serpente agora parece notar o dano em seu holograma e balança a cabeça rapidamente como se tentasse se livrar de uma mosca.

Estudando o inimigo com mais cuidado, Mari não consegue perceber nenhuma oscilação em seu corpo. Mas ao observar seus arredores ela nota que muito embora o enorme corpo da serpente nao deixasse nenhuma amrca no chao, havia um minusculo trilho que vinha de onde a cobrinha tinha estado, indicando ela ela provavelmente estava dentro do holograma projetando-o ao seu redor.

-Então era de fato uma holograma hein? HE HE... Pena que eu já vi através do seu truque, cai dentro seu lagarto rastejante HAHAHAHA. - saco minha espada e corro em direção do que eu acho que fosse o corpo original da cobra dentro do holograma.

Mechas vermelhas se pintam nas pontas do meu cabelo indicando minha animação com a situação, algumas ligeiramente amareladas quando penso na possibilidade de perfurar a criatura com minha lâmina... Será que cortar cobras é igual cortar goblins? he he he - murmuro baixinho com um sorriso carregado de malícia estampado em meu rosto.

Seguindo na direção da criatura, assim que eu tiver visão clara de onde está o corpo original desfiro um golpe horizontal contra a criatura. Sempre atenta para desviar de uma retaliação bem como algum ataque surpresa. Caso seja necessário utilizo minha esfera multicolor para empurrar meu alvo para desviar seus ataques.

Ativa:

Como uma louca, a semideusa avança com a espada empunhada. Ela se joga na serpente que começa a recuar levemente enquanto finge botes para assustá-la, mas agora a piveta já sabia com o que estava lidando.

Mari atravessa as escamas da cobra como quem passa por uma parede de luz. Lá dentro tudo está bem iluminado, mas a luminosidade não a ofusca. Pra sua surpresa, porém, a cobrinha parece ter alguma experiÊncia e assim que ela atravessa seu falso corpo gigante, a pequeniina já estava pronta para dar um bote, mordendo sua perna esquerda.

A guria tenta acertar a cobrinha com a espada, mas ela serpeia o corpo enquanto recua fazendoa guria errar. MAs não consegue desviar da esfera de luz que se choca contra ela, abrindo um pequeno sulco no chão de terra e fazendo a cobra voar girando um metro atrás. A ilusão em volta delas se desfaz, tornando-se não mais que grânulos de luz que começam a cair no chão e sumir aos poucos. A cobrinha recua sibilando.

Mari sente uma dor aguda na perna, mas aparentemente não estava envenenada. A serpente está a alguns metros... Mas então seus olhos brilham mais uma vez e um estranho efeito começa a se espalhar em volta dela enquanto ela se remexe; seu corpo parece se multiplicar e em poucos segundos um emaranhado de cobras vermelhas está se entrelançando diante de Mari, ocultando a verdadeira.

-Ah sua vadiazinha, você vai pagar por isso... oh se vai... - digo me divertindo com a situação saboreando as nuances da dor proveniente da mordida da criatura

Vejo que ela faz um truque de luz novamente mas dessa vez mas dessa vez eu não ligo muito pra quantidade de inimigos, sabia que se tratava apenas de ilusões. Começo a me aproximar das cobras com minha espada em mãos observando os movimentos delas. Não me importo muito com os botes que eu receber, porém no instante em que eu sentir qualquer dor eu golpeio naquela direção e rapidamente tento agarrar o animal com a outra mão.