A Podridão!

A flor brotou em meio a ao paredão de espinhos do palácio do rei, liberando seu aroma destrutivo e dissolvendo quase que imediatamente o arqueiro. O espinho cresceu selvagem e indomável, agarrando-se ao outro guarda e empalando-o sem dar chance de escapatória.

Os guardas abaixo dos portões ficaram apavorados e isso os deixou atentos. Talvez estivessem sofrendo algum ataque ou podia ser apenas mais uma dos efeitos da chuva amaldiçoada.

A bomba de espinhos que se seguiu não foi tão efetiva, já que tratava-se de uma criação do filho de Deméter e não do controle de ambiente amaldiçoado.

Os espinhos explodiram e deixaram os guardas do portão atordoados, embora o real problema para o garoto fosse os três que sobraram.

Eles imediatamente identificaram de onde havia vindo a bombinha e rumaram para a árvore em que o garoto estava escondido, o escudo e a espada em suas mãos para defender seu território.

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A Podridão!

No momento em que o garoto lançou a a bomba, o mais rápido dos três saltou para a esquerda, rolando feito um tatu bola, mas os outros dois foram pegos de surpresa pela bomba, achando que se tratava de uma nova bola de espinhos, ergueram seus escudos, mas a explosão os lançou para longe.

No portão, os guardas começavam a se recuparar do atordoamento dos espinhos, mas o que escapou da explosão finalmente se aproximava do filho de Deméter, recebendo uma corte de sua foice que foi facilmente parada pelo escudo de metal e então o semideus esquivou da espada que cortou na vertical.

Os dois se afastaram, mas era questão de tempo até o filho de Deméter ser vencido pela supremacia numérica.

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A Podridão!

O drúida fora descansado pelas habilidades com foice do semideus, mas os guardas já corriam na direção do semideus, estavam feridos por causa dos espinhos, mas ainda operantes.

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A Podridão!

Os guardas foram derrotados e o filho de Deméter conseguiu entrar no castelo.

Após muito perambular pelos corredores evitando maiores conflitos, finalmente chega a sala do trono, onde um cristal escurecido está exposto no meio do salão, como se fosse o orgulho do monarca. Seu formato era de um coração quebrado.

- Eu sabia que ele enviaria algum de seus pequenos peôes para fazer o trabalho que ele mesmo não teve capacidade de fazer. - Resmungou o druida ancião, com sua barba feita de raízes negras e apodrecidas, os olhos brilhavam em uma coloração roxa. Seus cabelos eram feitos de musgo negro e encenado, em um penteado dread sinistro e, apesar de velho seu corpo parecia bem forte, com seus músculos esculpidos na pele amadeirada, que parecia muito com uma árvore queimada. - Veja bem criança...Isso foi o que sobrou do coração da minha filha depois que Pã violou sua pureza.

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A Podridão!

- Acha mesmo que me importo com o que suceda ao mundo? - Falou, a voz embargada e amargurada. - Aos poucos, essa contaminação vai se espalhar pelo mundo inteiro e toda terão a face da minha amargura, e reinaria enquanto ele perecerá... - Seus olhos estavam focados no coração partido. - Eles saberão o que lhe sucedeu, minha princesa. Todos sentirão na pele a sua dor.

Era óbvio que o Monarca já não raciocinava mais.

- Se quiser, pode dar meia volta e avisar a ele que não há era trégua. - Decretou.

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