Leona foi convidada para finalmente entrar nos guardas de Aquila, foi uma festa regada de bebedeira e alegria, era como se ela estivesse em uma taverna na epoca medieval, onde jogar as canecas no chão era sinal de que a bebida estava excelente, onde cortejar as mulheres e garçonetes era a coisa mais normal do mundo, em que a unica regra do lugar é que a unica briga que poderia ser feita no bar era de quem podia beber mais, foi uma festa que durou dias, mas que não pareceu nem ter passado algumas horas.

Quando terminada a festança, a semideusa teve que se recompor, era obrigação a semideusa agora estar cem por cento de suas faculdades mentais, porque agora ela é exemplo, ela era uma guerreira que tinha como obrigação defender o acampamento, então, ela tinha que ficar sóbria logo.

De início foi apenas rondas e alguns reinos com seus superiores, era normal essa competição sadia, tá bom que essa competição sadia terminava com um soco no olho ou uma espadada na barriga, mas nada muito sério... na maioria das vezes

Mas algo de diferente estava naquele momento, o dia estava muito mais quente que o normal, as dunas de calor eram visíveis no seu horizonte, aqueles que eram filhos de quione, chegavam a ser dignos de pena, porque eles não aguentavam, simplesmente desmaiavam de dor e de calor, se n fosse a doação de um semideus q tinha uma fenix de gelo para refrescar o ambiente de seu chalé, eles estariam passando por um bucado pior ainda.

Alguns estavam no lago para viver um momento de "piscina", mas mesmo no lago, era uma competição para se refrescar.

Leona, não sentia o efeito do calor, era como se estivesse um dia maravilhoso de primavera, mas era algo diferente até para ela, mas ela se manteve quieta, mas não os seus sentidos, pois num momento de vislumbre, ela viu uma bolinha vermelha/alaranjada voando pelo acampamento meio-sangue.

Aqueles dias foram excepcionalmente alegres para mim. Uma vitória cheia de emoção na arena. O reconhecimento de um grupo que, para mim, era de elite. Uma festa de arromba e uma mudança na rotina envolvendo ainda mais treinos,a inda mais porrada e ainda mais responsabilidades. Tudo isso me deixava com um sentimento de plenitude, de estar inteirada com um todo. Eu finalmente me sentia uma semideusa, plena, em seu lar.

Uma grande surpresa foi o Rengar. Seguindo-me de perto, caçando borboletas como a fera indomável que era, o filhote de leão se acostumava a cada dia com minha presença - e eu com a dele. Era engraçada a ideia de ter um leão como companheiro. De onde eu vinha as pessoas criavam gatos e cachorros - no acampamento tinham dragões, fênix e leões como pets. É. Perto dos dragões e fênix, o leão era até uma coisa comum.

Abaixei-me para afagar a juba de Rengar quando uma coisa se movendo se destacou em minha visão periférica. Parecia uma... Bola de fogo? Estranhei aquilo. Aqueles eventos mágicos não eram incomuns mas, quase sempre, eram o prelúdio de um evento para acontecer.

-- Rengar, vamos -- Falei, começando a caminhar na direção da bola de fogo, tentando interceptá-la -- Pshuishuishui -- completei como quem chama um gato ao ver que rengar ainda estava distraído com as borboletas e o jovem leão voltou a me seguir.

aproximo-me então cautelosa da esfera de fogo. Esses dias estava tão calor que eu não duvidava que espíritos do fogo estivessem brotando espontaneamente do chão - a ideia me fez rir um pouco. Mas mantenho-me alerta, apesar de não temer a chama. Minha preocupação era o jovem felino atrás de mim, o qual eu defenderia a todo custo inclusive, com meu próprio corpo.

A brincadeira com seu mais novo pet, mesmo trabalhando e precisando ficar de olho nas coisas do acampamento, pararam e ficaram vendo uma bolinha, um espirito elemental voando por ali, sua cor brincava com as plantas se olhassem atentamente, ela podia ver umas marcas de queimaduras nas plantas e via que a natureza mesmo recebendo um ataque daqueles, não queimavam e o calor não destruia a natureza, era como se as plantas n vissem problema.

No caminho de ver onde ela ia, sua forma esférica chamava ainda mais atenção ao felino que sem pena, atacou a bolinha de fogo, mas logo se arrependeu, pq as suas patas e boca ficaram queimadas e a bolinha gritou.

-AIAIAI!!! ELE SE MACHUCOU!! -Fala uma voz fina e feminina ao ver o que seus poderes fizeram com o pequeno leão.

As surpresas da vida de  um semideus nunca acabam. A cada dia nós eramos agraciados com bençãos e maldições de uma vida em um mundo completamente diferente do mundo mortal. Às vezes algumas daquelas surpresas são bastante curiosas - e até mesmo agradáveis. Como encontrar uma bolinha de fogo quicando entre as plantas sem queimá-las, quase como se estivesse viva.

Só despertei de meu devaneio quando o monte de pelos do Rengar apareceu correndo para agarrar a bola. Me aproximei correndo, sem saber exatamente o que fazer, e acabei levando alguns momentos para assimilar que a bola de fogo havia... falado.

-- E-... O que? Que diabos é você? -- Pergunto, surpresa de um jeito agradável.

Olho para o leãozinho um tanto quanto exasperada, tentando analisar suas queimaduras para ver se seriam sérias. Esperava que ele continuasse conseguindo comer ao menos - seria péssimo se uma criaturinha tão jovem não conseguisse se alimentar direito. Eu sabia que ele estava em seu estirão de crescimento e precisava manter sua dieta em dia. Logo em nossos primeiros dias juntos, já havia se machucado. Tadinho. Eu teria de treinar aquele leãozinho quando crescesse se quisesse que ele sobrevivesse às nossas aventuras. Mas logo aquela criaturinha indefesa seria um caçador feroz, e juntos caçaríamos como bestas no paraíso.

Mas agora, eu era pura surpresa. Como raios uma bolinha de fogo pdoeria ser... Consciente? Seria algum tipo de espirito da natureza? Isso explicaria por que não estava queimando as plantas. Uma chama que consegue não queimar... Parecia-me algo gentil.

coitado, coitado, principe da selva sem reino, ainda eu te machuquei sem querer, me perdoa por favor, aceite minha graça para te ajudar a ficar em pé novamente

.

Com uma voz calma o espirito se tornou humanoide por um tempo e logo depois, depois mesmo de alguns segundos seus cabelos voam pelo vento e queimam como palha e esse efeito se estende por todo o seu corpo o rodeando o leão como um ciclone e em seus olhos, Leona viu esse vórtice de fogo brilhar como um arco iris e quando termina o show de efeitos o leão mostra q suas feridas sumiram como... bem, como mágica.


-Nossa... eu sinto muito gatinho, eu tive tanta sorte que vc é um animal que nasceu com a essência no fogo. -Comenta a fada aliviada que sua cura deu certo. -Semideusa, devia treinar ele,ele poderia ter se queimado ainda mais, sabia disso? -criticou a semidivindade vendo a semideusa. -Mas q bom que vocês tem a mesma essência, isso sempre ajuda a criar laços maravilhosos. -Fala a criatura sorridente vendo que Leona tmb é uma criatura nascida com a força do fogo.

-E respondendo sua pergunta, sou uma fada, um espirito do fogo e uma amiga dos semideuses. -Diz ela se curvando como uma nobre princesa, como se ela fosse uma representante dos seres magicos. -Vim conversar com os seus superiores pq o continente das chamas está com problemas, pode me levar ao responsável do acampamento? -Pergunta a jovem criatura para guarda Leona.

Observo maravilhada cada evento se desenrolando diante de mim. Em situações normais eu ficaria em pânico e irada se uma criatura de fogo envolvesse meu novo pet em chamas, mas... Algo naquela criaturinha emanava gentileza. Sua chama era um fogo quente para aquecer e acolher, como a chama de uma fogueira, de uma lareira, e não para queimar e consumir como... bem, como as minhas. Ela era o outro lado do fogo ao qual eu jamais tinha dado atenção.

Esse pensamento só se concretizou mais ainda quando vi Rengar em perfeito estado. Sorri abobada com os poderes daquela pequena criatura de fogo e aproximei-me para abraçar o bichano e acariciá-lo um tanto quanto bruscamente.

Uma fada, ela disse. Um espírito do fogo, uma divindade menor que era simpática a nós, semideuses... Aquilo era interessante. Quantos anos teria aquela pequena criatura, me pergunto, curiosa para saber se seria tão antiga quanto os outros deuses.

-- O que você quer dizer com isso? Digo... Que ele tem a essência de fogo? O Rengar é tipo, um gato mágico!? E, como eu poderia treiná-lo melhor? Eu estava pensando em ensiná-lo a caçar mas... Isso é tudo que eu sei. Não entendo sobre... magia.

Aquilo estava me deixando confusa. Eu tinha o poder do fogo, mas graças ao meu pai, Hefesto. Mas e o Rengar? Será que até mesmo animais e mortais tinham afinidades elementares? Isso era interessante.

Escuto atentamente qualquer informação que a fadinha estiver disposta a dar enquanto me aproximo e cutuco-a com a ponta do dedo para tentar sentir sua textura e calor, curiosa com sua composição. Aquilo era tudo muito doido.

-Claro que não menina boba. -Fala a fadinha completamente risonha ao ouvir a pergunta da semideusa, para ela ouvir aquilo era bem comico para vc perguntar aquilo. -Falo de suas almas, seres vivos são a definição do mundo, magos e semideuses mostram bastante da sua alma, mas cada alma tem um elemento. -Sua mão para dar um exemplo, emana um chama que se movia lenamente. -Meu corpo e minha alma são como um só, por isso eu sou tão evoluida, não sou como uma moeda com dois lado, eu sou um lado, meu corpo e minha alma são eu e eu sou os dois ao mesmo tempo, vc não, vcs evoluem seus dois lados separadamente.

-Seu amiguinho tem o fogo como elemento base, sua alma é quente, forte, um filhote com alma de rei, por isso eu pude curar ele tão bem, meus poderes são bem compativeis a almas quentes e fortes, mas não é impossível ele ter poderes magicos, depende do futuro dele.. -Fala ela e logo ela fica a sua frente. -Pode me levar a casa grande? ao lider do acampamento?

-- Sim, claro! Desculpe, eu tinha me empolgado -- falo com um sorriso sincero, levantando-me e virando para a Casa Grande -- Eu sou Leona Vermillion. Filha de Hefesto. Vou te levar até nosso boss, agora.

Então viro-me para a Casa Grande e coeço a ir até lá, batendo na porta ao entrar e cumprimentando, muito provavelmente, Kyle. Caso não o encontre na casa grande vou até o chalé de Zeus ou pergunto lá mesmo se alguém o viu por ai. Eu não tinha trocado muitas palavras com o Conselheiro do Chalé 1, mas, me parecia um cara honrado e sensato. Me perguntava o que a Fada teria a dizer para ele e, se preciso, peço para permanecer no lugar, pois gostaria de ajudá-la e ao seu povo.

Ao chegar na sala, o Kyle viu uma menina vermelha entrar na sua sala junto uma guerreira de aquila para a casa grande, de inicio ele olhou com estranheza, ainda mais quando ela se sentou na cadeira de maneira tão casual, como se ela tivesse ido a aquela sala mais vezes que ele lutou contra alguma criatura.

-cade o senhor centauro? Ele tinha mais presença. -Fala ela olhando pro teto.

-Ele morreu. -Diz o Kyle seco e o mais serio. -Pode me dizer qm é vc?

-Vim a pedido do continente das chamas, vim pedir uma intervenção do acampamento. Um homem mal quer fazer coisas más no meu pais, eu não vou simplesmente aceitar isso, por isso vim cobrar um favor que eu fiz algumas decadas atrás. -Fala a fada brincando com labaredas de fogo que apareciam nos seus dedos.

-Eu não sei se é certo cobrar algo tão antigo, por que não diz mais o que precisa ou do que está acontecendo, podemos te ajudar, eu não posso te ajudar sem saber de nada.

-Eu não tenho muito tempo para explicar, falar é tão chato, só me de um dos seus semideuses para mim, eu devolvo depois. -Fala ela claramente incomodada com a conversa. -Eu to com problemas e quando vcs estavam com problemas eu ajudei sem perguntar, eu peço o mesmo.

Kyle mostrava que queria negociar, mas o aspecto infantil não permitia uma conversa seria, por isso ele simplesmente começou a procurar nos registros de Quirion para ele saber do que ela falava e no meio de suas coisas ele achou uma anotação:

"1972, 5 de agosto.

Uma divindade apareceu no nosso acampamento, ela possuia caracteristicas unicas de forma, sua pele vermelha e seu estado humanoide era familiar a de um espirito elemental, mas desconfio que ela seja superior a isso, seu nivel de controle é de uma divindade maior, mas ainda sim, se mostra amigavel aos semideuses.

1972, 23 de outubro

Um monstro atacou e mutilou 12 semideuses a caminho do acampamento, a criatura que conhecemos meses atrás aniquilou tal criatura.

1972, 1 de janeiro

Kena, o nome do ser foi dado como presente para gente para casos de emergencia e o mesmo para ela, como forma de retribuição ao serviço feito para o acampamento"

-então... seu nome é Kena? -Pergunta Kyle.

-Lembrou que eu vim aqui? -Pergunta a menina dando atenção ao semideus. -Agora eu posso pegar um semideus emprestado?!

-Olha... eu não posso simplesmente "dar" um semideus, eu não sei o que acontece.

-Mas vcs não são heróis? Semideuses que trabalham para proteger o mundo de desgraças? -Pergunta a menina falando com bico e beiço. -Será que mudaram tanto os semideuses com o passar dos anos?

E a conversa se estendia, da menina n contar o que acontecia com o kyle querer saber oq ela queria.

Observei aquela discussão ficando cada vez mais entediada. Nada me matava mais do que uma conversa burocrática. Meus olhos iam de um lado para o outro da mesa, ora observando a deusa hora observando Kyle à medida que duelavam em uma disputa verbal que já tinha dado conta da minha paciência.

-- Ah, pelo amor -- Falo irritada, por fim, balançando a mão para a banalidade de tudo aquilo -- Eu irei com ela. Por conta própria. Não há problema nisso, há?

Olho para Kyle, parte de mim pedindo uma permissão velada, a outra parte desafiando-o a negar. Eu havia simpatizado com o espírito do fogo e com a gentileza que havia expresso com os animais e a natureza. Somado àquilo ainda havia minha curiosidade sobre quais outros segredos sobre as chamas ela poderia me ensinar - ou ao Rengar.

-- Irei com ela de bom grado até suas terras. Ouvirei sua história e derrotarei o homem mau. E retornarei com um relatório. Assim estará tudo bem para todos, não é?

Falo com simplicidade e um pouco de irritação pela dificuldade de tudo aquilo. Nenhum dos dois parecia disposto a recuar em suas decisões e, se alguém não intervisse, aquele duelo duraria horas. E quem sabe, no fim, tivéssemos uma inimiga a mais e uma aliada a menos, o queeu definitivamente não queria.