Recebo as coordenadas e iniciamos a viagem. A princípio, por ser um campeão de Hera, imaginei que haveria certa tranquilidade numa rota aérea. E isso de fato aconteceu por alguns instantes, afinal, Lhokita foi gentil a ponto de pedir para pilotar a carruagem e dar a oportunidade para que Nathan e eu descansássemos um pouco da missão anterior. Aceito a oferta de bom grado e daí as coisas começam a ir para o seu normal.

Primeira parte: Os sonhos. Eu estava em terra firme comendo doces quando começo a ser literalmente roubado e sem tempo de reação por alguém idêntico a mim. Antes que eu pudesse entender melhor o que se passava, acordei com Lhokita nos chamando e a carruagem balançava muito.

Segunda parte: Os monstros. Aquilo seriam Ventis?

- Você tem ideia de como lidar com esses espíritos? – Pergunto para a tenente das caçadoras, na expectativa de que pelo menos alguma dica de como lidar com adversários aparentemente incorpóreos como aqueles.

Tento me recompor e observar o que se passa do lado de fora. Eram 4 deles contra Nathan e eu, uma vez que Lhokita estava ocupada mantendo o veículo no eixo. Apesar de estar meio zonzo com o fato de ter acordado há pouco, tenho uma ideia do que fazer com meu objeto mais confiável: Minha Lira.

Com meu [Acorde Perfeito] e [Habilidades Musicais Avançadas] inicio a [Canção do Sol] forçando um pouco meus dedos sobre as cordas do instrumento, a fim de fazer com que a música ecoe um pouco mais alto que o normal. Meu objetivo ali era tentar fazer com que os espíritos que se aproximassem demais do veículo se acovardassem caso ouçam a melodia, além é claro, de fortalecer de alguma forma meus aliados. Em paralelo, confiaria nas habilidades de Nathan, como mago elemental. Acredito que dos três, ele era o mais indicado para lidar com esse tipo de criatura em específico.

Passivas a Considerar:

Habilidade Ativa:

Eu sou uma completa mula. Talvez por causa do sono acabei fazendo a besteira de invocar tudo errado dentro do ônibus. A vida de um semideus nunca é e nunca será fácil. Não tempos muito tempo de paz. Por conta do meu erro eu acabei prejudicando nosso transporte, quebrando todos os vidros e janelas.  

Ando até o final do ônibus o mais próximo possível da janela quebrada, lá onde os dois seres se encontram. Estando lá eu invocaria minha barreira elemental de fogo ou terra, de acordo com o elemento dos oponentes lá atrás. Se for um de cada não haveria problema em prejudicar só um, mas caso sejam os dois do mesmo elemento, invoco a barreira perfeita para anular o elemento dos meus oponentes. Utilizo meu controle para que eu não faça a burrada de invocar dentro do veículo, e sim fora.

Não conseguíamos nos comunicar, e assim que a barreira atingir meus oponentes eu tentaria reparar os vidros. Com meu cajado em mãos, eu tentaria aproveitar de tudo que restara ali e conjurar coisas novas caso fosse necessário para fixar novos vidros. Tomaria cuidado para fazer que eles fossem resistentes e grossos o suficiente para que suportem a pressão da velocidade com altitude, pelo menos por ora.

Eu estava lutando contra criatura magicamente incoerentes. Provavelmente algum bruxo ou bruxa, ou ser invocara eles, dito que eles têm uma assinatura mágica estranha, eles não pertenciam ali. Quem será que os enviara, será que os responsáveis ou o responsável estaria em meu alcance?  Pelo menos para eu ter uma ideia do quão forte seriam? Dúvidas surgem em minha mente no meio do caos que a gente se encontrava.

Caso esteja mais tranquilo e eu tenha êxito em minhas ações, buscaria em minhas coisas uma poção de energia para deixá-la de fácil acesso. Caso necessário ela já estaria pronta para uso.

Nível 2 - Barreira Elemental [Inicial]: Invoca uma barreira elemental que segue os movimentos do personagem por dois turnos. Custa 40 de energia, a habilidade entrará em espera durante três turnos.

Nível 15 – Transfigurar [Intermediário]: Agora você consegue modificar objetos medianos, primeiro sua aparência e então, sua essência, para tornar uma coisa outra. Pode transformar uma parede em uma porta, uma bomba em um balão de água, uma lança em uma vassoura. As possibilidades limitam-se à sua criatividade. Dura tempo indeterminado, e consome entre 40 e 80 de Energia.

Considerar:

Parei de tocar logo que vi que Nathan conjurou ventos dentro da carruagem. No que ele estava pensando? Será que por estar sonolento agiu dessa forma?

- O que está fazendo? – Praguejo enquanto passo a tentar me proteger das vidraças e rajadas de vento que estavam ao nosso redor. – Neste momento lembro que a comunicação por voz está terrivelmente difícil, já que eu mesmo praticamente não ouço minha voz no meio daquelas rajadas de vento intermitentes... Mas a prioridade era certa: Recuperar o controle pleno da carruagem, e isso implicava em dar um jeito nas criaturas para que a tenente das caçadoras pudesse faze-lo.

Me segurando e me esgueirando pelos bancos para não perder o meu próprio equilíbrio no veículo, tento ficar pelo centro do automóvel(?), no banco do passageiro situado atrás da motorista, parcialmente abaixado para não ser afetado pela ventania que entrava pela janela quebrada, e poder focar no espírito que estiver ao lado de Lhokita e da carruagem para [Amaldiçoar] o mesmo.

Minha ideia era fazer com que ele fosse enfeitiçado, de modo a inverter seu senso de direção, levando-o a se mover sempre para o lado/direção contrária às suas verdadeiras intenções. Por exemplo, se ele quer se aproximar, acabar recuando. Ir para Oeste (que é para onde a carruagem sempre se move), se mover para o Leste. Quem sabe o distúrbio faça com que ele pare de nos perseguir por um tempo?

Imagino que isso tiraria parte da pressão de Lhokita, já que vou tentar afetar especificamente o monstro que está ao lado da caçadora, facilitando sua concentração ou exigindo um pouco menos dela, para ter um controle mais seguro do veículo.

No mais, observo o que o mago Nathan vai aprontar dessa vez para pensar em meu próximo movimento e tento não me desequilibrar na carruagem, contando com minha [Profecia Avançada] para não ser pego totalmente de surpresa pelos próximos acontecimentos. Caso haja a oportunidade, questiono Lhokita sobre o que ela havia tentado falar no momento em que Nathan explodiu os vidros, que acredito que seria sobre como lidar com os espíritos de maneira mais efetiva.

Habilidades Passivas:

Habilidade Ativa:

Por incrível que pareça, deu certo. O espírito amaldiçoado voou pelos ares, aparentemente desnorteado e, como a repentina maldição o afetou em alta velocidade, ele voou como um balão de aniversário cheio de ar que a gente solta pelo ar. Consegui me aproximar de Lhokita e ela me fala que os monstros elementais são dissipados com outros elementos, dependendo do que são a sua base. Porém, conjurar elementos em pleno ar, naquela velocidade pareceu inviável e infelizmente era impossível para mim. Além disso, mesmo a parede de fogo mágico de Nathan estava cedendo ao forte vento que vinha contra nosso veículo.

Ainda faltavam três espíritos e as coisas se complicaram quando uma rajada forte de vento nos fez dar um giro de 360º na carruagem. Droga! Estamos perdendo altitude.

-Nathan, faz alguma coisa pra nos manter nos eixos!

Tento me recompor da melhor maneira possível à medida que me posiciono ao lado da tenente e do autotune. Pergunto a ela com o olhar mais sagaz e desafiador que um filho de Apolo aparentemente inofensivo como eu poderia fazer. Isso provavelmente soaria como uma piada para Lhokita que, na minha concepção teria duas reações possíveis: 1. Ter uma ideia do que estou planejando ao apertar o botão da ferramenta musical porque é experiente e tem as mesmas habilidades que eu, só que melhores ou 2: simplesmente fazer uma cara de e revirar os olhos. Mas eu não podia deixar essa oportunidade passar.

- Sabe cantar Galopera? – Faço uma pequena pausa - Se me ajudar com a energia, posso tentar fazer essas coisas voarem igual o primeiro!

Pressiono o botão do Autotune e imediatamente começo a cantar a canção Boladera com [Vocalista], potencializada pelo equipamento eletrônico. Combinaria a música com o poder de Hera para que seja aplicado o efeito do meu [Réquiem dos Amaldiçoados], que teria como alvo os três espíritos restantes. O conceito da maldição seria o mesmo: Fazer com que eles percam seu senso de direção e nos deixem em paz, seja voando ou fazendo o que quer que seja para a direção oposta a nossa.

Por fim, observo os resultados e tento me manter atento, além de me segurar pra não capotar no meio do céu de novo.

Habilidades Passivas:

Habilidades Ativas:

O ônibus dá um 360 e eu sinto meu estômago embrulhar enquanto vou quicando em suas paredes, tento me segurar em algo para não morrer. Eu tinha que tentar resolver o problema do ônibus, estávamos perdendo altitude. Depois de utilizar meu trunfo contra os venti eu voltaria a focar no reparo do ônibus, pelo menos para dar uma melhorada em sua condição, provável que esse ataque que nos fez gerar tenha danificado mais alguma coisa. Meus focos eram o reparo e ganhar altitude, se mesmo com os reparos a gente continuasse perdendo altitude eu agiria.

Respiro fundo. Os vidros que foram consertados me ajudam a respirar melhor, pelo menos isso. Eu precisava tentar fazer algo. Busco as criaturas com meu radar mágico. Agora eu estava acordado e não cometeria o mesmo erro de antes. Mantenho meu cajado em mãos, apertando-o firmemente. Eu sou um mestre elementar e por isso invoco e manipulo lava do lado de fora, fazendo com que a lava vá saltando de inimigo até inimigo, tentaria acertar o máximo de inimigos possíveis, para matá-los ou enfraquecê-los, tomando sempre cuidado para não nos acertar, até que meu elemento se dissipe.

Eu estava realmente começando a achar que aqueles espíritos tinham sido enviados por alguém. Não era comum eles agirem assim, do nada. Felizmente minha barreira não destruiu a carroça de Enzo. A parte boa foi que eu espantei os espíritos naquele momento, a parte ruim é que não matei nenhum e o fogo da barreira se esvaiu devido aos fortes ventos. Minha vontade era praguejar em grego antigo e amaldiçoar quem enviou esses seres. Mas por ora eu precisava raciocinar. Eu tinha que tomar cuidado pros meus movimentos não atingirem o ônibus e pra minhas magias não aparecerem lá dentro outra vez.


-Enzo consegue me dar cobertura? Talvez eu vá gastar muita energia. Tento dizer o mais alto possível mas de uma forma calma para não soar muito esganiçado e não atropelar as palavras, de modo que eu fique compreensível.

Se nossa altitude não retornasse após meus reparos, eu desistiria de atacar as criatuas, manter-nos no ar era minha prioridade. Me concentraria em todo o veículo e utilizaria minha telecinese para ajudar a guinar a carroça, assim ganharíamos um pouco de altitude e eu conseguiria colocar ela no eixo, ajudando a Tenente. A ideia não era controlar a carroça e sim dar apoio na direção, só para equilibrar e não ficarmos a esmo feito loucos sentindo o impactos giratórios dos bichos. O que eu não tinha em força física eu compensava com força mágica. Cuidaria para não abusar e não ter fortes dores de cabeça. Eu conhecia meus dois companheiros e sabia dos potenciais de cura de ambos, mas mesmo assim me resguardo para não me prejudicar por ora. Se tudo desse certo, conseguiríamos pôr um fim nesse caos.

 

Nivel 10 - Mestre Elementar – : Nathan é um exemplar estudante do vasto mundo da magia. Não satisfeito em dominar as essências dos quatro elementos, o semideus trabalhou e desenvolveu a capacidade de conjurar seus variantes, como gelo e eletricidade. As quantidades que podem ser conjuradas são proporcionais ao nível da Habilidade [Forças]. Porém, a criação de elementos secundários requer mais energia que elementos essenciais, portanto, ao invocar esses elementos, o custo de mana será do Nível da habilidade [Forças] (80 de energia) + 1/3 da mesma (+27).

Nível 15 – Transfigurar [Intermediário]: Agora você consegue modificar objetos medianos, primeiro sua aparência e então, sua essência, para tornar uma coisa outra. Pode transformar uma parede em uma porta, uma bomba em um balão de água, uma lança em uma vassoura. As possibilidades limitam-se à sua criatividade. Dura tempo indeterminado, e consome entre 40 e 80 de Energia.

Nível 16 – Telecinese [Avançado]: Agora você é um feiticeiro experiente e consegue controlar com sua mente uma quantidade prodigiosa da matéria, podendo erguer inimigos grandes ou manda-los voando com bastante foco. Pode causar dor de cabeça se usada em excesso. Consome entre 40 e 80 de Energia.

Considerar: