Eu teria ficado feliz em continuar nossa caminhada inocente pela floresta. Mal tive tempo de reagir empurrando Ariel; mais por susto do que por uma boa reação, devo assumir, embora isso talvez tenha nos mantido vivas.

Em minha mente naquele momento é como se uma represa explodisse. Recursos. Quais recursos eu tinha? Minha mão treme involuntária e instintivamente em direção à espada mas com um sobressalto lembro-me de que não estava ali. Puxo a varinha do bolso enquanto continuo recuando, se preciso puxando Ariel comigo. O que fazer? Oque eu faria? Bom... Apenas lanço mão de tudo o que havia aprendido;

Balanço a varinha, invocando Fogo Fátuo à nossa frente, fazendo-o balançar como uma labareda de chamas entre o Guepardo e eu. Aquilo seria suficiente pra afastá-lo? Não, provavelmente não. Uma fera selvagem não desiste tão facilmente de comer. Em minha mente lembro-me de videos idiotas na internet onde gatos se assustavam com pepinos. Se eu tiver um segundo de distração do felino eu me abaixo pra pegar uma pedra, imaginando que estou me abaixando e fechando a mão em volta de um roliço, grosso, grande e verde pepino. Usando a Névoa para tornar este pensamento real, não fazendo questão de transformar a pedra num pepino de fato mas de dar-lhe a aparência de um, eu jogo-a na frente do guepardo.

Sim. É este meu movimento. Caso minha colega filha de Poseidon taque água no bicho eu balanço a varinha e tento apenas mover a água na mesma direção que ela, ajudando a empurrar ou assustar o guepardo.

Sempre me mantenho atenta pra corre, pular pros lados e coisa do tipo. Por Hécate... um GUEPARDO? Eu certamente faria o que fosse preciso pra ficar longe da criatura. Se necessário uso a varinha pra fulminar seus olhos com rajadas concentradas de ar da varinha

Nível 3 - Controle da Névoa [Inicial]: Hécate é não apenas a deusa da Magia, mas também aquela que coordena e mantém em dia as contas da Névoa. Seus filhos possuem, então, uma afinidade incomum com este véu mágico, podendo manipulá-lo ao seu bel prazer como se fosse um sentido a mais que possuem. Neste nível são capazes de mudar a sua aparência e de pequenos objetos aos olhos de mortais e/ou semideuses menos atentos, ou estonteá-los por alguns instantes. Podem transformar um objeto pequeno em outro, como transformar um galho em uma chave, ou um papel dobrado em uma cédula de 100 dólares. Neste nível, porém, a transfiguração só dura enquanto estiverem concentrados.

Nível 1 – Fogo Fátuo: O filho de Hécate cria pequenas esferas flamejantes de luz azul que servem para iluminar o ambiente, ou distrair monstros. Também são utilizadas em alguns rituais. Requer 10 pontos de energia.

Nível 1 - Forças: O filho de Hécate manipula um dos cinco elementos em quantidades de acordo com o número total de WIS do semideus. Por exemplo: Pode usar uma tocha pra disparar uma bola de fogo básica ou fazer uma labareda gigantesca. Requer no mínimo 20 pontos de energia que podem ser acrescidos de acordo com a quantidade de elemento controlado, a decisão ficando ao encargo do narrador. Essa habilidade poderá ficar ativa por mais de uma rodada, como por exemplo para fazer uma esfera de água flutuar no ar, caso isso ocorra o custo por rodada será igual ou semelhante ao custo inicial, tudo definido pelo narrador.

Mesmo surpreendidas as garotas conseguem entender o que aquele guepardo estava passando, pois elas também sentiam fome. Ariel estranha o animal que estava na sua frente, mas ela sabia que a floresta perto do acampamento era diferente, ela já tinha visto algumas garotas dizerem que enfrentaram animais que normalmente não estariam naquele habitat.

Charlotte invoca um fogo fátuo e percebe que isso hesita o oponente, e nesse momento uma onda invade o local molhando todo o chão e o animal, mas isso só fez com que ele ficasse mais irritado. Ele corre para atacá-las novamente. Charlotte pensa em fazer um pepino nas costas do animal, mas ela se lembra que aquilo só acontecia quando os gatos estavam distraídos. Eles se assustam com pepinos pq pensam ser algum animal perigoso que se aproximaram sem que eles tenham percebido, então isso claramente não vai funcionar contra um oponente focado como a delas.


Guepardo: 100%

Vendo aquela criatura ali na minha frente me senti impotente por um momento. Em meus braços o peso do peixe me levou a uma ideia. E se eu jogasse os peixes pra ele? Ele se satisfaria e iria embora? Seria mais facil do que enfrentar a nós duas. Mas, ao mesmo tempo, lembro-me do esforço que tivemos para conseguir aquilo. O sacrifício de Ariel sobretudo, a forma como ficara arrasada por fazer aquilo.

Por um segundo de coragem insana esqueço o medo para substituí-lo pela raiva. Puxo a rudimentar faca de pedra do meu embrulho de folhas e avanço contra a fera, gritando a plenos pulmões, com vontade de rugir como ela em desafio. Ela estava com fome? Nós também. Também queríamos viver. Também éramos animais. Caçávamos e éramos caçadas. Que viva o mais forte então. Enquanto grito libero minha energia de meu corpo, lançando mão de tudo o que tinha. Afasto a água dos meus pés com forças e projeto uma Barreira Elementar de Raios à minha volta, tentando não só assustar como também eletrocutar e paralisar a criatura por um momento. Não me satisfaço. Eu não poderia matá-la com isso apenas, não poderia matá-la com uma faca de pedra. Mas Ariel tinha uma arma de verdade. Se a criatura tivesse focada em mim então ela poderia golpeá-la com precisão. Não recuo mesmo que a fera não fique estuporada pela eletricidade e enfio a faca em seu olho, furando o outro com meu dedão enquanto tento usar esta mão também pra manter seu crânio afastado de mim.

Eu não sabia o que Ariel faria, mas sabia que não tínhamos tempo para nos comunicar naquela situação. Esperava que cegando o guepardo e paralisando-o mesmo que por um momento eu pudesse permitir que ela atacasse ou recuasse, e faço o mesmo se for o caso, pulando pra trás ou pro lado contrário ao de Ariel para forçá-lo a focar em uma de nós, abrindo brecha para a outra atacar por trás.

Nível 2 - Barreira Elemental [Inicial]: Invoca uma barreira elemental que segue os movimentos do personagem por dois turnos. Custa 50 de energia, a habilidade entrará em espera durante três turnos após terminar seu efeito. [Dura uma rodada a mais para o Elemento Especializado]

Nível 1 - Forças: O filho de Hécate manipula um dos cinco elementos em quantidades de acordo com o número total de WIS do semideus. Por exemplo: Pode usar uma tocha pra disparar uma bola de fogo básica ou fazer uma labareda gigantesca. Requer no mínimo 20 pontos de energia que podem ser acrescidos de acordo com a quantidade de elemento controlado, a decisão ficando ao encargo do narrador. Essa habilidade poderá ficar ativa por mais de uma rodada, como por exemplo para fazer uma esfera de água flutuar no ar, caso isso ocorra o custo por rodada será igual ou semelhante ao custo inicial, tudo definido pelo narrador.

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- Nível 1 - TDAH: Como todo semideus, você nasceu programado para a batalha, e seu cérebro está sempre alerta. Isso dificulta um pouco sua concentração, porém pode salvar sua vida nas batalhas, lhe permitindo reagir rapidamente a estímulos externos.

Nível 2 – Regeneração de Luna I: Os filhos de Hécate possuem uma ligação incomum com a magia, a noite e a lua. São capazes de recuperar energia mais rapidamente que a maioria, recuperando 5% de WIS por Rodada. Quando estão sob a luz da lua esse valor é acrescido de mais 3%.

O guepardo já estava em movimento quando Charlotte avança em sua direção, pensando talvez que seria mais rápida que um predador natural. O animal pula para dar o bote e Charlotte conjura seus poderes mágicos, livrando seus pés da água e levantando uma pequena e fraca barreira de eletricidade. O animal dá uma patada, ferindo gravemente os braços (-60) da garota e tomando dano elétrico no processo. Ariel que não estava parada olhando aproveita que o felino parou alguns segundos por conta de descarga elétrica e o acerta em cheio com seu tridente. Ele para de se mexer.

Charlotte esta com o braço sangrando abundantemente.

Uma vez eu tinha lido em algum lugar que Vinte segundo de coragem insana são tudo o que você precisa para mudar sua vida.. Eu diria; Dois segundos de coragem insana são suficientes para findar sua vida. É, isso parecia mais adequado para a situação.

Tonta pela dor eu caio pra trás, desativando minha barreira elétrica. Ainda aperto com força na mão sã a adaga de pedra, minha vontade de lutar ainda viva, embora soubesse que já não devia passar de um corpo que não percebeu que morreu ainda. Observo a criatura golpeada por Ariel buscando desvendar se estava viva ou não, se ainda nos atacaria ou não. Passo o olho pelo meu braço que o gato tinha usado de arranhador. Ótimo, penso, sentindo o membro gelado em contraste com o sangue quente que escorria em direção ao chão.

Caso a criatura tenha morrido, dou um sorriso entre os dentes cerrados. Merda. Volto a sentir raiva naquele momento inoportuno. Quem tinha nos levado até o meio da mata? Inferno. Talvez este fosse um bom momento para rezar a algum deus em busca de ajuda.

- Mas e aí, a essa altura eu rezo para Apolo ou Hades? - Falo pra Ariel com os dentes cerrados, soltando a adaga para e agarrar o braço ferido, tentando conter a vontade de gritar de dor. A adrenalina certamente estava fazendo os cortes doerem ainda menos do que deveria, o que me deixa assustada pensando em como aquilo devia ser grave. Olho para minha nova amiga desesperada para ajudar, sentindo-me culpada por ter sido tão impulsiva. Mas que porra. Eu não sabia lutar, por que tinha feito aquilo? Eu não sabia fazer nada, na verdade. Por que estava ali?

Triste e dolorida eu olho pro cortes. Caso perceba que os tratamentos de emergência de Ariel estavam dando resultado eu tento me acalmar, inspirar profundamente para reduzir o ritmo cardiaco e desfavorecer o sangramento. Recuso balançando a cabeça quando a garota me oferece água... Talvez aquilo reduzisse a viscosidade do sangue e piorasse tudo.

Caso a coisa não dê certo eu puxo do bolso meu isqueiro.

- tá... Chega... Pega um galho. Vai mulher, me trás um galho!

Risco o isqueiro e uso Forças pra tornar sua chama algo relevante, fazendo-a grudar no galho es se espalhar por ele, jogando folhas e outros galhos em cima.

- Agora esquenta a ponta do seu tridente. E cauteriza isso.

Falo isso no tom mais calmo possível, mas em minha mente já urrava pela dor que não conseguiria imaginar. Mas entre sentir mais dor e morrer diante de uma amiga solitária e perdida em uma floresta... Eu enfrentaria outros dois guepardos, se precisasse. Não deixaria Ariel só. Não morreria de uma forma tão inútil, sangrando na beira de um lago.

Nível 1 - Forças: O filho de Hécate manipula um dos cinco elementos em quantidades de acordo com o número total de WIS do semideus. Por exemplo: Pode usar uma tocha pra disparar uma bola de fogo básica ou fazer uma labareda gigantesca. Requer no mínimo 20 pontos de energia que podem ser acrescidos de acordo com a quantidade de elemento controlado, a decisão ficando ao encargo do narrador. Essa habilidade poderá ficar ativa por mais de uma rodada, como por exemplo para fazer uma esfera de água flutuar no ar, caso isso ocorra o custo por rodada será igual ou semelhante ao custo inicial, tudo definido pelo narrador.

Ariel golpeia o felino mais uma vez pra ter certeza de que estava morto e então corre para sua amiga ferida. Eram 3 cortes profundos, cada corte representando uma das garras do animal. Desesperada ela tenta limpar o ferimento, mas o sangue ainda escorre sem piedade (-10). Ela prende acima do ferimento com um pedaço de sua blusa, mas o braço de Charlotte começa a esbranquiçar, e mesmo não sendo filha de Apolo ela percebe que isso era ruim, e ainda assim o braço continuava sangrando só que em um fluxo menor (-5). Também tinham o fato de estarem mal alimentadas desde cedo e isso já estava deixando a filha de Hécate sentir seus sentidos falharem.

As garotas conversam e apesar de parecer extremo, Ariel pega o fogo e começa a esquentar a ponta de seu tridente. Como uma arma robusta levou alguns segundos para que ela se aquecesse o suficiente para o que queria fazer e isso fez com que Charlotte ficasse mais pálida ainda. Então em uma contagem regressiva pela metade Ariel encosta seu cauterizador na ferida de Charlotte, que grita e desmaia.