Escuto com atenção tudo o que meus companheiros me dizem, e entro em um espaço de segundos silenciosos enquanto começo a assimilar todas as informações de maneira ágil, por conta de minha [Sabedoria de Gênio]. Clare mencionara que estávamos em uma ilusão de sono, e como Tyler havia conseguido intervir, mesmo que de longe. Ela comenta sobre o Padre, aquilo me incomoda, se realmente não saímos do lugar, nunca realmente fomos até a igreja então nunca tivemos o contato com o Padre. Olho pro carro, aguçando meus ouvidos, a musica ainda tocava? Se sim, vou até lá apressadamente e desligo o som, se eu precisar abro o painel e desconecto o fio de áudio do próprio carro para que a maldita musica parasse. Se estávamos lidando com um filho de Hypnos, qualquer melodia poderia ser gatilho para um estado de sono tão profundo quanto aquele, nas histórias sobre as proles do sono, haviam até mesmo relatos de pessoas sonhando acordados. Talvez, aquilo fizesse algum sentido...
A música estava presente em vários momentos cruciais do nosso trajeto, na boate onde havíamos entrado em visões muito próximas da realidade, no cativeiro de Alexandra, onde as enfermeiras estavam sendo controladas, no carro, momentos antes dela acordar. Era estranho, quando a garota finalmente estava com o controle de suas próprias ações e perto de seu amado, por que surtaria daquele jeito? Puxo com minha memória afiada a cela dela. Não haviam caixas de som ali, talvez fosse realmente uma cela, onde ela tivesse em sua própria sanidade, afinal, para que prender um corpo que já está sobre controle? Quando Alexandra acordara, a musica tocava no carro e se a musica realmente fosse um método de hipnose, Alexandra sendo uma semideusa poderosa e tendo passado por tamanho controle mental, poderia interpretar defensivamente aquele som como um gatilho, aquilo parecia fazer ainda mais sentido ao pensar que ela pedira para que a levássemos para sua antiga cela. Sem som, apenas um lugar frio para seu corpo exausto repousar. Mas então, qual o sentido da voz ter adentrado nela? Talvez já estivesse tão enraizado em sua mente, que a música era apenas um gatilho, ou um início para outros alvos.
As enfermeiras de Clare haviam dito sobre algo no estômago de um paciente, um beijo, desmaio, e outro desmaio. A primeira não se lembrava que havia sido beijada, a outra possivelmente também tinha sido, mas não mencionara por também não lembrar. Mas então, o que aquilo tinha haver com a música? Os semideuses de Hypnos não tinham poder de toque... mas os filhos de Afrodite sim. E de sobra. Os meus olhos correm para a garotinha que estava agarrada a Henry, realizando uma
[Leitura Corporal] em busca de algum sinal diferente, ela não havia caído em uma ilusão como nós três, mesmo sendo uma criança... será que alguém daquele tamanho poderia ter tanto poder? Engulo em seco, lembrando-me das histórias de proles de Afrodite poderosas, há mais tempos de que eu pudesse contar. Haviam alguns tão poderosos, capazes de mudar a própria aparência e controlar pessoas com um singelo toque. Henry avisara sobre o sentimento de amor vindo do médico, talvez ele não fosse um sádico afinal, apenas estava sendo induzido por tais emoções a fazer aquilo. Pensando desse jeito, era como se fossemos meros peões, em uma mesa que nem os deuses do olimpo conseguiam prever.
Lembro-me então de como tudo, desde que pusera os pés em Londres, parecia girar em torno daquela igreja e do livro que eu havia lido. Os sons dos sinos, eu relacionara primeiramente á catedral, mesmo de forma errônea ali estávamos nós. O livro de demonologia que viera até a minha mente, depois de tantos meses, fora algo completamente diferente. Eu tinha uma memória boa, mas lembrar exatamente a página, depois de tanto tempo... aquilo não deveria ser atoa. Talvez, a ilusão fizera o padre parecer culpado, para que não buscássemos ajuda. Independente disso, uma coisa era certa, para sair da ilusão precisaríamos de um impulso físico, presente com nossos corpos. Então eu respiro fundo, tudo isso levara segundos para passar por minha mente. Agora, olho para meus dois companheiros e com minha
[Técnica Precisa] eu começo a
[Traçar o Plano].
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Clare, não vimos o padre. Tudo desde que eu cheguei até aqui pareceu girar em torno dessa catedral. E se for um truque, para desistirmos de buscar auxilio para Alexandra? - Explico, observando sua reação, rapidamente emendo. -
Não podemos cair nessa ilusão de sono novamente, é como se estivéssemos sonhando acordados. Precisamos de algo que nos mantenha acordados... Pode invocar alguma coisa que se certifique disso? Na real, eu vou testar uma coisa também.Olho pro chão á procura de pequenas pedrinhas de rua, e se achar , jogo para dentro de uma de minhas botas. Pela catedral ser em um local histórico, deveria ter uma parte da calçada assim. Se não tiver, procuro o concreto do meio fio, onde estiver um Ângulo bom para um impulso forte quebrar e bato com meu escudo com minha força, juntamente ao ângulo certo para efetuar pelo menos, uma pequena quebra do cimento. Aquilo me incomodaria enquanto andasse, o suficiente para manter meu corpo alerta e consciente, como os tapas da filha de Hades. Encaro Henry e a garotinha. Queria poder explicar sobre minha teoria, mas não sabia se seria sábio fazer aquilo com ela lá. Era uma criança de uma deusa não tão perseguida, não atrairia tantos monstros, isso se realmente fosse apenas uma pequena semideusa.
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Henry, desculpe-me pedir isso, mas acho melhor ela ficar com Bill. - Eu falo séria, olhando-o. Esperava que entendesse que aquele pedido tinha uma motivação maior, lembrando-me de nossas antigas aventuras juntos e deixando transparecer meu sentimento de confiança e carinho ao garoto, de forma que ele pudesse sentir a minha verdade. Ele poderia convence-la a ficar. -
Clare, ele é forte, mas somente nos sonhos. O mais importante é nos mantermos acordados. Alexandra corre perigo, e infelizmente não vejo outra opção. Não temos tempo de procurar o livro, não temos tempo de ir até Roma. Você viu a aparência do padre, eu também... Vamos nos certificar de que ele realmente é o padre. Aliás... vocês dois, se Alexandra acordar, tentem convence-la de que não deve temer a própria mente, de que é forte. Assim ela não tentará se ferir, eu acho que sou a ultima pessoa que poderia fazer isso.
- Ativa:
Nível 4 - Técnica Precisa: Enquanto essa habilidade estiver ativa os movimentos dos estrategistas serão muito precisos, essa habilidade pode ser usada tanto para batalha quanto para ações de interpretação e dura por 2 rodadas. Requer 30 de energia e entra em espera depois de 5 rodadas.
- Passivas:
Nível 1 - Sabedoria: Por ser filho de Atena, você é o mais sábio entre os campistas, e saberá usar sua inteligência em batalha. Também pode ler muito rapidamente, e em qualquer língua ou dialeto. (+5 INT)
Nível 2 - Gênio: Sendo filho da deusa da sabedoria, você é bem mais capacitado mentalmente do que os demais semideuses. Consegue assimilar as coisas e raciocinar com mais agilidade que todos os outros, o que pode lhe permitir melhor desempenho nas batalhas. (+5 INT)
Nível 7 - Boa Memória: O filho de Atena tem facilidade pra se lembrar das coisas que acontecem, então não tentem enganá-los. (+7 INT)
Nível 5 - Leitura Corporal: Os estrategistas conseguem fazer uma leitura corporal de quem eles estão olhando, vendo trejeitos de expressões ou micro expressões faciais com perfeição, podendo assim deduzir coisas do tipo: Se pessoa esta falando a verdade, se pretende ataca, se ela esta triste e etc.
Nível 6 - Traçar o Plano: Os estrategistas são muito bons bolando planos e estratégias, sendo elas de combate, infiltração e etc. Quando o campista estiver bolando seus planos as chances deles darem certo aumentam significativamente, quanto melhor e mais detalhado mais as chances aumentam.