Confuso, xingando sem nada entender e sem obter resposta nenhuma se não um grunhido da menina e uma expressão de medo da atendente, Miyamoto se vê sem uma melhor opção senão tentar dialogar e resolver aquele conflito com diplomacia. A garota parecia ignorar ele, caminhando a passos calmos, ainda sem demonstrar qualquer feição monstruosa. Era apenas uma menina super rápida e super forte até então. A sua mãe empurrou Miyamoto, fazendo com que o rapaz levasse a mão até a katana instintivamente, mas logo ele notou que o intuito era apenas para fazê-lo sair do caminho enquanto ela partia na direção da sua filha, falando algumas palavras em seu ouvido e fazendo com que ela a abraçasse forte. As duas então ergueram a entrada do lugar, permitindo que os três mortais saíssem e aguardando que Musashi também partisse. Com uma reverência e um pedido de desculpas, a atendente, e aparentemente dona do lugar por ter autonomia para fechá-lo quando bem entendesse, se pôs a falar.

- Seguindo nessa direção, vire a direita, terceira rua à esquerda, fica em um primeiro andar, acima de um salão de beleza. Vamos fechar por hoje, desculpe mais uma vez. Ela é adotada e está... fazendo terapia para controlar o uso de drogas. Pode levar os produtos - Embora parecesse uma história inventada e tudo aquilo soasse muito estranho, ninguém que ali estava pareceu ligar para o comentário do filho de hermes a respeito de monstros e mostrar sua verdadeira forma. Nem mesmo a mãe pareceu ligar. Talvez por ser ainda mais estranho uma criança arremessar um adulto feito um boneco. Ele ainda estava no balcão, ao chão da recepção haviam diversas sacolas, todos com estampas de produtos variados. Ao que tudo indicava, ele poderia pegar as coisas que queria comprar e só sair andando ou perguntar mais coisas, apesar de que aquilo não parecia ter nada a ver com a sua missão inicial e talvez estivesse só perdendo tempo.