Aparentemente dessa vez Zelo iria me deixar enfrentando o demônio, ou o filho da puta iria interferir bem no final para roubar o meu alvo. De qualquer forma, estava feliz por ter conseguido sair na melhor, mas o fato de eu não ter mais chão é um problemão.

Não quero passar por mais nenhum problema, irei ir com tudo diferente do momento em que eu estava lutando contra o anjo, afinal, se o ser descrito como um ser puro, bondoso, protetor e todas as outras baboseiras que os cristãos dizem ainda foi um problemão, então o demônio com certeza é um inimigo, sem mais nem menos, sem conversa ou qualquer tipo de negociação. A esse ponto eu só quero matar logo os seres que estão causando os meus problemas.

Deixou a água se aproximar de mim, fingindo estar sem o que fazer, só para em seguida afundar nas sombras do pilar, me movimentando até o teto ou qualquer coisa que esteja acima dele, então materializo o meu corpo e já caio fazendo uma coisa que já havia testado uma vez na minha primeira missão com os guardas. Antigamente já tentei direcionar uma explosão sombria para um ponto, como um tufão, atingindo um ser que não era o meu inimigo, apenas um animal indefeso, entretanto, agora eu tenho certeza que eu estava diante do meu inimigo, estava mais forte, mais esperto e sobretudo, mais ligado a escuridão

Me concentro com se estivesse prestes a soltar uma explosão sombria, entretanto, no momento em que as sombras fossem sair de meu corpo, manipulo a escuridão de tal forma que todas as sombras expelidas se direcionem a palma de minha mão, gerando uma esfera feita com a escuridão, então rapidamente libero à minha frente como uma explosão de uma granada de fragmentação, buscando direcionar a maioria para onde ele está, tendo a mais pura intenção de transformar o seu corpo em pedacinhos. Tento fazer tudo o mais rápido o possível, pois mesmo estando mais forte, aquela quantidade de sombras ainda era muito grande para manter condensado de forma sólida ainda por cima.

Caso dê certo, eu digo:

— Isso eu chamo de Supernova Negra — Descrevo meu movimento exalando orgulho.

Independente do resultado, puxo a energia da minha espada para jogar a sombra das minhas mãos em alguma superfície e me afastar do anjo e do chão transformado em água.

Lidar com seres que se dão bem na escuridão é algo difícil, mas se torna fácil a partir do momento em que o próprio Erebo tem os seus favoritos. Não preciso nem sequer dizer que eu sou um deles.

Já havia me desesperado demais nessa missão, agora eu só tenho que me concentrar no que tem que ser feito, "Estou em desvantagem numérica? Legal, foda-se" eu me lembro de meu treinamento na corvus, sobretudo dos treinamentos mentais, sobre como eu não poderia deixar meus sentimentos se apossarem de mim, me manter calmo e pensar em como eu posso dar o melhor de mim em qualquer situação. Não estou afim de economizar minhas forças, há um inimigo a ser derrotado e eu devo fazer o que eu puder para vence-lo. Observo o ambiente e já vejo o que eu posso fazer.

Tento sentir a aura deles, mas me vejo levemente surpreendido ao ver todos os 10 avançarem. Não é como se eu esperasse enfrentar 1 por 1, mas todos me atacarem de uma vez chega a ser estranho. Ele está desesperado, tenho certeza que está apenas comprando tempo para se recuperar, infelizmente eu também não estou na melhor, usei a habilidade mais destrutiva que tinha, então terei que ser preciso e mortal em cada movimento, ter 100% de aproveitamento.

Uso da minha própria energia para criar uma cortina de fumaça, então pulo, utilizando a umbracinese para impulsionar meu pulo e dar um leve empurrãozinho nos demônios que já estão indo putos na minha direção, tendo a intenção de fazer eles se chocarem. Por fim, crio uma plataforma que seria como uma tigela virada de ponta cabeça, tendo suas extremidades afiadas, então desço rapidamente como uma guilhotina.

Fico atento para mudar minha estratégia, manipulando as sombras para me puxar para outra superfície e me defendendo de maneira ofensiva se necessário. Para evitar qualquer exaustão, me aproveito ao máximo da energia que a minha espada pode me fornecer para o controle das sombras.

"Se não fosse por essa espada, eu já estaria completamente exaurido.

A reação deles é melhor do que o esperado, mas não chega a ser um problemão, visto que dois já morreram, então ainda faltam oito. Mesmo em plena queda, não me sinto aflito, é com se estar em meio a escuridão me trouxesse paz, podia ver tudo acontecendo ao meu redor e já sei como resolver, meu corpo já está preparado para se dissolver na escuridão novamente, então posso me sentir mais tranquilo por mais que tenha falhado algumas vezes.

Moldo um caminho de sombras abaixo de mim, caminho esse que vai até o pilar que há os anjos então me dissolvo nelas e só refaço o meu corpo quando estiver atrás deles, já aparecendo disferindo cortes simples, entretanto, em pontos vitais, como o pescoço, estômago e outras áreas que não sejam extremamente difícil de cortar, só repetindo meus ataques se eles não morrerem, então atiro nos outros que não estão perto da plataforma, soltando três balas e as guiando pelas sombras para atingirem todos em pontos vitais, como a nuca principalmente. Puxo a energia da minha arma para atirar as balas.

Analiso o ambiente para saber para onde ir caso ficar no pilar se torne algo muito perigoso, ou caso seja derrubado. Entretanto, busco me concentrar para que a névoa se concentre em meu corpo e o torne mais transparente, dificultando a mira deles, mas ainda me preparo para me esquivar e bloquear ataques, prestando atenção nas "facas" de "água" e na "água" subindo o pilar. Se necessário, me puxo com as sombras até outra superfície.

Quando começo a despencar novamente, já penso "ferrou" e me preparo para tentar jogar minhas sombras para algum lugar e evitar começar a afogar novamente, mas felizmente sou salvo por Zelo. Aparentemente ele não acha que eu sou capaz de vencer todos sozinho, ou ele apenas que ser um cuzão e acabar com a minha diversão.

Já havia utilizado invocações, fantasmas em minhas batalhas, mas sinceramente, enfrentar os adversários diretamente é a melhor coisa, por mais que eu tenha minhas artimanhas que nem sempre são justas. O anjo poderia ser louco, mas era realmente esforçado, utilizava tudo que tinha e não recuava, diferente do demônio que está apenas sendo covarde.

Por mais que tenha sido salvo, uma plataforma de 1m não ajuda muito, ainda mais quando apenas algumas ondas já estão começando a comprometer a estrutura. Tenho que encontrar logo outro lugar para ficar, mas antes, irei garantir que os dois que me cercam estarão mortos.

Ouço as indagações do demônio e começo a rir, exalando minha arrogância.

— Hahahaha! Você realmente não tem capacidade alguma! Nós somos diferentes! Nós... Eu sou superior! — Digo, realmente gritando e gargalhando diante da covardia do demônio. — Venham vocês dois, venham agora enfrentar o semideus ferido e cansado!

Aguardo que eles venham, então me viro apenas para um deles e já me preparo para cortar ele com um corte rápido, e no momento em que o outro estiver bem perto de mim, já puxo a energia de minha espada para criar o reflexo do meu espelho negro, fazendo ele surgir a partir de meu próprio corpo, puxando as sombras da espada para  as sombras em minhas mãos e assim moldando elas atrás de mim em uma cópia feita de pura escuridão. Tento disferir até 2 golpes além do corte rápido, sendo o corte rápido focado em cortar sua mão ou qualquer outra parte que esteja mirando em mim, e ir direto no seu peito, em seguida atingir a sua asa para que ele não voe e por fim sua cabeça ou estômago, dependendo de como ele esteja posicionado, sendo esse último corte horizontal. Desgrudo as sombras da minha espada se necessário para atingir o anjo, assim como distorço a espada de meu fantasmas.

No geral, me mantenho atento aos ataques dos dois, buscando parar um ataque para me esquivar se necessário. Delego a responsabilidade sobre o terceiro a minha sombra, para que ela me avise quando ele chegar. No pior dos casos, manipulo a minha sombra e me jogo  da plataforma, fazendo pequenas plataformas de sombras conforme eu vou correndo até algum lugar seguro. Também fico atento a facas de "água" e outras coisas que possam me pegar desprevinido

Se os dois não avançarem, giro com a espada, jogando a energia de seu cristal para aumentar a área do corte e fazer com que eles ao menos recuem e fiquem mais espertos, então busco outros lugares melhores para ficar.  

Desde o início eu sabia que esse demônio não era muito forte, a partir do momento em que fui atacado por ele e consegui me defender, do momento em que ele quis usar os monstros e nos usar para matar o anjo. Ele é apenas um bobalhão metido a esperto. Um ser assim precisa ser mandado direto para o inferno, novamente.

Vejo a onda vindo até mim e me mantenho confiante, principalmente por eu ver o demônio no meio da onda. Queria mata-lo agora, mas além de tudo, tenho que me preocupar em sair desse ataque dele com vida, além disso, consigo sentir o meu corpo pedindo arrego, mesmo para um filho de Hades experiente, mexer tanto nas sombras começa a ter seus efeitos colaterais, preciso ser econômico como fui depois de ser espancado pelo anjo, acho que entrar nas sombras não vai ser mais tão seguro como antes. A lembrança da dungeon dos insetos ainda me dá calafrios, ser consumido pelas próprias sombras devido ao exagero.

Tinha uma ideia que iria envolver puramente a minha magia. Lembro de Nathan criando a lança de sombras e a jogando na direção do dragão de fogo, na época foi impressionante, mas agora, tendo conhecimento acerca do funcionamento das trevas e sendo naturalmente habilidoso para isso, creio que consigo replicar algo bem próximo. Embainho a minha espada e manipulo as sombras em meu corpo para que formem duas cordas, lançadas para estruturas fortes de preferência longe do alcance das ondas, então concentro as sombras de meu corpo em minhas mãos, apertando elas como se fosse uma bola de neve, concentrando cada vez mais com a minha magia, por fim, libero a pressão na sua direção, manipulando as sombras para tomarem forma de uma flecha, então quando a onda estiver bem próxima, apenas me puxo com as cordas em minhas costas e me preparo para cair em algum lugar seguro. Utilizo da energia da minha espada para o disparo.

Delego a atenção aos outros clones e ao ambiente a minha sombra, caso necessário, cancelo o meu movimento, ou faço um mais fraco para poder recuar com uma maior agilidade.