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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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por Hermes 17/04/22, 08:17 pm

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Owen estava num ônibus. Era noite e o garoto, apesar de ter um mapa em mãos, não sabia exatamente como usa-lo. O garoto parecia sentir os olhos ardendo toda vez que tinha que encarar aquelas letrinhas tão miúdas. Mas de qualquer forma, ele sabia onde deveria chegar: Long Island, o local que estava marcado em vermelho como um mapa do tesouro dos filmes de piratas que passavam na TV.

Naquele momento, ele estava processando todos aqueles acontecimentos, os quais qualquer um desejaria que não fossem reais. Desde o aparecimento de um monstro cujo no lugar das pernas, havia serpentes, a sua luta para fugir dali e por fim, o sacrifício da única pessoa que ele tinha no mundo e que era a mais próxima de compreende-lo. Sua mãe. Por que isso não poderia ser mais uma daquelas visões ou pesadelos?

À medida que o ônibus viajava, a noite se manifestava. O ponto final daquele local era a cidade de Knoxville, onde o garoto precisava desembarcar. Por algum motivo, Owen não estava com sono. Talvez pelo trauma com o qual acabara de lidar ou a determinação de seguir o caminho indicado naquele mapa, que parecia, de alguma forma, chama-lo. Mas infelizmente, não havia uma rota direta para seguir viagem.

Após desembarcar na rodoviária, o garoto precisava traçar uma rota. O destino mais próximo era Johnson City. O próximo ônibus sairia em 1 hora e ele precisava comprar a passagem. Owen também sentia fome, e podia optar por comer, apesar de seu dinheiro estar contado.

À sua frente estavam os guichês para compra de passagens, onde ele deveria dar um jeito de conseguir comprar uma, pois era menor de idade. Havia também uma lanchonete no seu campo de visão, que parecia servir sanduíches e pães de queijo. Do lado de fora da rodoviária, havia um posto da polícia.



- Esta será uma autoescolta. Os desafios surgirão à medida que você avança;

- Os checkpoints/Cidades das paradas serão revelados ao longo da missão. Não precisa se preocupar com o maps, eu já tracei as fases que o levarão para o acampamento. Basta você não morrer no caminho;

- Atenção nas tomadas de decisões a partir daqui. Eu estou jogando muito Detroit ultimamente e cada ação com opções podem te ajudar(ou não) :megusta:

- Boa sorte. Não sei se vai se divertir, mas com certeza eu vou Manolo

#1

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por Owen C. Black 18/04/22, 12:15 am

Owen C. Black

Owen C. Black
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Olhei da lanchonete para o guichê, e do guichê para a delegacia. Franzi a testa, me perguntando qual seria a reação dos policiais se um garoto chegasse contando que tinha fugido até ali pois sua mãe estava sendo atacada por uma mulher-cobra. Lembrar disso fez meu peito doer, então afastei o pensamento, tentando focar-me onde estava e do que precisava como se isso fosse, de alguma forma, me ganhar tempo para processar o que tinha ocorrido, processar que minha mãe provavelmente estava morta e eu, louco.

Tiro as notas do bolso em algum canto discreto e conto-as. Olho para a loja de pãezinhos mais uma vez e me rendo, caminhando até lá e comprando alguma coisa que pudesse encher minha barriga, talvez, até a próxima estação. E qual era, afinal? Tento identificá-la naquele mapa da carta, estreitando os olhos para tentar ler as letras que teimavam em dançar sobre o papel. Ler aquela carta já tinha me deixado tonto, e eu já estava tão frustrado quanto me sentia no colégio.

Depois dos pãezinhos vou até o guichê. Respiro fundo no caminho, tentando me acalmar e pensar. Como poderia não soar supeito? Como poderia comprar uma passagem e entrar no ônibus sem gerar suspeitas? Hm, talvez eu pudesse usar meu rostinho bonito e meu charme abundante. Claro.

- Oi, boa noite! - Falo em tom animado e dou uma olhadinha pra trás e dou uma risadinha, como quem está olhando para alguém - Meu pai deixou eu comprar minha passagem hoje! Vou para "tal lugar", no próximo ônibus, e... E em uma cadeira na janela, pra eu olhar o caminho, e com a cadeira do lado vaga para meu pai ir do comigo. E me dá meu troco certo, tá?

Olho algumas vezes em um tom nervoso para a mesma direção que tinha olhado quando cheguei. Tomo o cuidado de olhar para um canto onde o atendente não consiga olhar, para que tenha a impressão que estou olhando para alguém, como um possível pai divertido esperando para ver se seu filho consegue comprar passagens sozinho. Se der certo eu pego a passagem, agradeço, e então saio saltidando na direção em que estava fingindo olhar para dar a impressão de que estava indo encontrar alguém.

Se ocorrer tudo como planejado em minha cabeça, tento ver na passagem qual seria minha poltrona e plataforma de embarque.Aguardo nervosamente a chegada do ônibus e quando vier eu grudo discretamente em algum adulto. Na hora de entrar repito a tática de manter contato visual com ele discretamente na frente do cobrador para que ele pense que o estou acompanhando, e entro logo em seguida entregando minha passagem.

Uma vez em paz eu como um dos meus pãezinhos.

#2

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Owen resolve ir até a lanchonete primeiro e compra um sanduíche com suco. Enquanto ele contava discretamente as notas, percebeu que alguém o observada. Um jovem que aparentava ter vinte e poucos anos o fitava de canto de olho como se estivesse analisando algo... Será que era um ladrão? Tinha pele branca e cabelo cortado no estilo militar e uma barba rala com uma expressão fechada, como se estivesse de péssimo humor.

O garoto sai em direção ao guichê de passagens e conta uma história para tentar ludibriar a atendente, e quase consegue. Ela mostra que existe um assento de janela livre e pergunta pelos documentos do pai do garoto, para que ela já possa reservar as duas passagens.

Eis que o rapaz que observava o garoto na lanchonete aparece. Ele coloca a mão no ombro do menino e fala com a atendente.

- Eu quero a passagem do lado dele. Ta demorando demais.

As reações foram opostas. Enquanto Owen gelou por uma abordagem tão direta ali, no meio da rodoviária de um desconhecido mal-encarado, a vendedora entendeu que quem quer que fosse aquele rapaz, estava acompanhando o menino. Um irmão mais velho ou primo impaciente, talvez? Ela então vende as duas passagens e as entrega, respectivamente.

O homem então estende a mão para Owen, como se quisesse que o acompanhasse como uma criança na rodoviária. Aquela era uma saia justa. Deveria ele ir com um desconhecido ou pedir ajuda?

#3

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por Owen C. Black 18/04/22, 12:39 am

Owen C. Black

Owen C. Black
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Mordo minha língua dentro da boca, sentindo a mão daquele estranho sobre meu ombro enquanto recebia a passagem da atendente. Droga, eu realmente não tinha sorte, não é mesmo? Tento acalmar-me com o pensamento de que mesmo que fosse um ladrão, ele não tinha como ser tão aterrorizante quanto os homens com chifre ou as mulheres com pernas-cobra.

Decido segurar sua mão enquanto saímos dali. Acompanho-o alguns metros deixando-o me guiar enquanto observo-o por trás, tentando ver se tiinha o volume de alguma arma ou faca em sua cintura que ele pudesse usar para me ameaçar ou algum celular em seu bolso que eu pudesse roubar e tentar ligar para casa depois. Ligar para casa... Este pensamento, sim, me assustou mais do que aquele sujeito. A ideia de ligar e esperar o telefone tocar sem jamais ser atendido me atingiu como uma pedra de gelo no peito.

- Obrigado pela ajuda lá atrás. Quem é você? Um sequestrador? - Pergunto sem rodeios, tentando manter a voz firme. Estava com medo, mas sentia como se estivesse anestesiado desde que havia fugido de casa. Medo, ansiedade, tristeza... Parecia sentir tudo atenuado, como se houvesse um filtro entre mim e meus sentimentos, como se estivesse apenas assistindo a uma história de terror, e não vivendo-a.

#4

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Owen se deixa guiar por um desconhecido no meio da rodoviária e ele o leva até as plataformas de embarque. O rapaz não mostra nenhuma expressão quanto ao agradecimento pela ajuda e também não responde a pergunta do garoto. Apenas senta em um dos bancos e coloca Owen do seu lado. Ele então se vira e encara o menino:

- É melhor você ficar quieto e tentar não fazer nada que chame a atenção. Estão seguindo você.- Diz ele lançando um olhar que rapidamente deixou o garoto aterrorizado. O que diabos era aquilo? Os olhos dele pegavam... fogo? De qualquer forma, naquele momento, o menino estava incapaz de se mover com um estranho ao seu lado que definitivamente era mais assustador que os monstros que o atacaram em casa, afinal, mesmo naquelas condições ele era capaz de se mover e correr, mas agora parecia um ratinho paralisado prestes a ser devorado por uma serpente.

O coração de Owen começa a acelerar à medida que encara aqueles olhos flamejantes até que ele finalmente desmaia.

Estava tudo escuro.

Owen escuta o som de algo como um saco plástico se abrindo. Ele consegue sentir algo preso à sua cintura e percebe que está sentado. Ao abrir lentamente os olhos e recobrar a consciência, ele percebe que está em um ônibus, sentado para a janela com o cinto afivelado e, ao seu lado, o homem de olhos de fogo, que agora estavam normais. Ele estava abrindo um saco de batatas e revira os olhos ao perceber que o menino havia acordado.

No colo de Owen, havia um livro com letras estranhas, escrito "Αρχαία Ελληνική Μυθολογία" que de alguma forma, ele era capaz de interpretar e ler, sem o embaraçado convencional e, mesmo não tendo nunca visto esses símbolos, ele sabia que ali estava escrito "Mitologia Grega Antiga".

- Ah, você já acordou. Que droga. Quer batata? - Pergunta o rapaz com a maior naturalidade do mundo. Por algum motivo, a tensão que ele transmitia na rodoviária havia diminuído bastante, deixando apenas uma cara marrenta por natureza à mostra.

#5

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por Owen C. Black 18/04/22, 10:06 am

Owen C. Black

Owen C. Black
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Eu acreditava que nada que eu visse seria pior do que a mulher com pernas-serpente e dentes afiados. Mas claro, esta crença caiu por terra rápida e fatalmente enquanto eu olhava paralisado em horror para os olhos cheios de fogo daquele provável sequestrador. Ele é um monstro, também, foi o que pensei em uma surpresa letárgica enquanto perdia a consciência.

Acordar bem e com ele do meu lado foi uma verdadeira surpresa. Permaneço em silêncio um minuto, mesmo após ele perceber que estava acordado e oferecer-me batatinhas. Sinto a barriga apertar de fome, mas não tinha coragem de mover um músculo para aceitar os salgadinhos. Evito olhá-lo no rosto, temeroso de que seus olhos voltem a incinerar como se fossem queimar minha alma e meu corpo de dentro para fora.

Encaro o livro no meu colo, perguntando-me o porque de estar ali e, mais do que isso, por que eu tinha conseguido decifrar aquelas letras qe não conhecia, por mais difíci que fosse ler uma frase normal sequer. Curioso eu o abro, buscando por mais daquela estranha escrita e tentando lê-la mais uma vez, tentando lembrar se já tinha visto aquilo em algum lugar, letras como aquelas. Por que um livro sobre mitologia? O cara que tinha me entregue? Mas o que eu deveria fazer com aquilo?

Decido ler o livro, para me acalmar e para passar o tempo, mas principalmente para identificar pistas que pudessem ter levado aquele cara a me entregar ele, ou sobre o que estava acontecendo comigo.

- Você é um monstro? - Pergunto por fim. Se ele negar, hesito antes de esticar a mão e pegar uma batatinha, e então olhar para seus olhos temendo que voltassem a me matar só de me encarar. Se tudo correr bem, eu continuo - Por que fez aquilo?

#6

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Owen fica encolhido no canto enquanto o rapaz come as batatas despreocupadamente. Depois de um tempo, ele começa a folhear o estranho livro, que agora que passava pelas folhas, percebe que era algo bem antigo e surrado, todo escrito com aquela caligrafia estranha, mas que ele era capaz de ler sem nenhum tipo de problema.

Nele, havia histórias de deuses, monstros e personagens históricos da mitologia grega, a qual Owen havia conhecido vagamente pelas aulas de história do colégio, era o conteúdo que ele estava aprendendo e, concidentemente, a única coisa que o interessava naquela escola. Coincidência demais? Talvez. Ele então toma coragem para tentar confrontar o rapaz, e pergunta se ele era um monstro.

Algumas pessoas ao redor olham desconfiadas depois de ouvir o garoto falar isso, fazendo com que o rapaz se irritasse, mas revirasse os olhos na sequencia. Eis que então uma nova figura surge no corredor do ônibus. Um outro rapaz extremamente belo, facilmente confundido com um ator de cinema ou capa de revista. Era loirinho com os olhos azuis e bem mais franzino que o cara de corte militar, e parecia bem mais amigável, de longe...

- Arthur, você fez de novo. Ta aterrorizando o garoto. Vamos trocar de lugar.

- Era isso que eu queria desde o começo, Henry. Eu não sirvo pra ser babá. :megusta:

Eles então trocam de lugar e agora, Owen estava do lado de Henry, que muda totalmente o cenário ao redor. As pessoas olhavam para ele de certo modo, maravilhadas. Seria por conta da beleza? Não, não era só isso. Owen sentia que aquele cara tinha um estranho dom de atrair positivamente as pessoas para perto. Que raios de sequestrador faria isso? Henry então diz que vai explicar o que Owen quiser saber na próxima parada, pois ali não era um local apropriado, e que por enquanto, ele poderia se entreter com o livro que ganhou.

Ao folhear mais o livro, Owen encontrou imagens de criaturas familiares e algumas descrições: Minotauro, o homem de chifre portador de um machado e que mora em um labirinto em na ilha de Creta. Harpias, monstros mitológicos de aparência meio humana e meio pássaro e, finalmente, Dracaenaes, mulheres com corpo de serpente e com caudas no lugar das pernas, exatamente como as que o atacaram.

Já estava amanhecendo quando o ônibus parou, e conforme prometido, Henry puxou Owen para um local mais reservado, enquanto Arthur comprava as próximas passagens, o garoto percebe que estava sem seus documentos e dinheiro. Será que foram roubados?

Ele então é questionado sobre seus pais e responde que só tinha mãe. Henry então olha o garoto, como se estivesse tentando identificar alguma coisa, mas sem sucesso. Então você deve ser filho de algum deus, mas com certeza não é irmão do Arthur. Conversa vai e conversa vem, Owen fica sabendo do mundo dos semideuses e que estava sendo levado para o acampamento meio-sangue, mas que estavam tendo problemas por estar com monstros no encalço, e por isso teve que ser colocado pra dormir, para não ficar zanzando e espalhando o cheiro por aí.

Arthur volta com as 3 passagens em mãos e diz que eles têm mais 50 minutos de espera.



Rodada Interpretativa

#7

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por Owen C. Black 18/04/22, 07:37 pm

Owen C. Black

Owen C. Black
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Minha confusão só aumentava à medida que nossa viagem se prolongava pelo interior dos EUA. Ainda me sentia mais calmo do que deveria estar, em parte pelo estupor dos acontecimentos recentes, em parte por ser um pouco tapado. Reflito sobre tudo o que sabia da mitologia, sobre todas as histórias, as lendas, os folclores que já tinha ouvido ao longo da vida. Se a mitologia Grega era real, as outras também deviam ser, pois sim. Olhando pela janela do ônibus agora eu sentia como se estivessem vendo toda uma cartela de novas cores e formas, como se o mundo nunca mais fosse ser o mesmo.

- Então, eu sou um semideus - Falo por fim enquanto esperamos nosso próximo transporte. Aquele cara bonitão parecia mais receptivo a conversas do que o outro - e... Vocês também, não é? Como eu posso descobrir quem é meu pai? Digo, como uma mulher como minha mãe poderia conhecer um deus? Isso tudo parece loucura. Ou um sonho...

Olho para meus pés, como se de alguma forma pudesse diferenciá-los em Pés-de-verdade ou Pés-de-sonho, e como se isso fosse me fazer acordar de volta em minha cama, feliz, com minha mãe viva. Feliz, refleti sobre esta palavra e seu significado. Pela primeira vez, achei minha vidinha sossegada, pouco interessada e entediante ao lado de minha mãe em Nashville feliz, e agora tinha a impressão de que jamais sentiria esta felicidade de novo enquanto vivesse.

- Eu vou passar o resto de minha vida neste Acampamento, então? Se meu pai sabia disso, por que não apareceu? Por que não salvou a mim e minha mãe, se é um deus?

Enquanto formulo esta pergunta, percebi que o garoto bonito provavelmente não tinha uma resposta. Pais abandonavam seus filhos a todo momento, provavelmente os deuses não eram diferntes dos humanos neste quesito. Vencendo a atenuante neblina de confusão e estupor em minha cabeça, uma raiva começou a crescer lentamente, direcionada a tudo e a ninguém. A qualquer coisa que pudesse chamar de deus, santo ou entidade. A qualquer um que pudesse ser meu pai.

Sento e abro o livro de novo. Abro-o e volto a ler, pela primeira vez entretido em uma leitura, afinal era a primeira vez que isso não me custava metade da saúde cerebral. Volto à página das dracaenae, olhando suas pernas com desgosto, imaginando minha mãe presa entre elas, morrendo sufocada em um abraço cruel, lento e doloroso. Suspiro, fomentando minha raiva com minha imaginação.

#8

Hermes

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Deus Olimpiano
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- Bom, tudo indica que você é sim um semideus. Mas tirando alguns casos óbvios - como eu - , é dificil identificar quem pode ser seu pai ou mãe divino. Isso acontece de fato quando você é reclamado. Ou seja, não basta sofrer igual um condenado que precisa fugir de monstros, e ser tratado como um esquisito com TDAH, você ainda tem que fazer por merecer.

Internamente, Owen sentia uma raiva tentando se manifestar até que em um passe de mágica, ela sumiu, como se tivesse sido contida ou nunca tivesse existido. Isso ocorreu no exato momento em que Henry pegou em sua mão para leva-lo de volta às plataformas de espera. Então um cara era capaz de causar um medo irracional e o outro podia causar uma sensação tão calorosa a ponto de Owen se sentir seguro e protegido, como se estivesse em familia ali? Bizarro, no mínimo.

- Estão por aqui de novo, Henry. Como essas pragas estão seguindo nosso rastro com tanta precisão? Geralmente viajamos sem todo esse alvoroço. - Diz Arthur impaciente, como se fosse quebrar a cara do primeiro que aparecesse.

- Isso é Natural. É dificil camuflar o cheiro de 3 de nós, especialmente quando um já estava sendo seguido. Mas você não pode reclamar, eu é que vou perder o Show de retorno da Britney para onde estávamos indo. Só que a causa é justa. - Diz ele olhando para Owen, mostrando que fora encontrado ali por coincidência enquanto os dois pareciam estar passeando.

Por um breve momento, Henry parece observar os arredores, como se estivesse procurando algo, e acaba soltando a mão de Owen, que rapidamente tem as sensações boas que sentia sendo substituídas por uma grande tensão. Era como se tivesse sido trazido subitamente para a realidade.  Tanto Arthur quanto Henry pedem que ele fique ali e se afastam do garoto, avisando que logo voltam. Não demora muito para que o garoto seja abordado por duas mulheres enquanto está sozinho:

- Parecccccccccccccce que achei um delllllesssssss - Exclama uma delas despreocupadamente enquanto encara Owen com o mesmo olhar reptiliano que ele vira naquela que esmagava sua mãe. Mas por que raios ela disse "um"? Então eles estavam se camuflando de monstros o tempo todo? Mas por que agora apenas ele ficara de fora? Teria sido abandonado?

Owen precisava decidir o que fazer. Correr dali por sua vida ou pedir ajuda para Arthur e Henry, mas primeiro os encontrando e também, acabar denunciando-os.

#9

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por Owen C. Black 19/04/22, 03:09 pm

Owen C. Black

Owen C. Black
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Quando os outros dois saíram me deixando só, não pude deixar de sentir um misto de medo e alívio. O medo de estar só, e o alívio de estar só. Não sabia dizer exatamente qual dos dois sentimentos era predominante.

Ao menos até as mulheres aparecerem. Ouvir aquela voz sibilante foi o suficiente para fazer minha nuca se arrepiar e eu querer correr dali atrás dos outros dois.

- Vocês demoraram demais, hein - Falo, fechando o livro em minha mão e tentando parecer calmo - Demoraram tanto que tivemos tempo de preparar duas armadilhas, ao invés de uma - Sorrio para ela preguiçosamente, estreitando os olhos - E então, como vocês querem morrer? Com fogo... Ou com flechas?

Tento disfarçar o meu medo, que a esta altura já fazia parte de mim, assim como a raiva. Olhar para elas me fazia querer tremer e levar as mãos à cabeça, me encolher e apertar até dormir. Mas também me despertava um sentimento selvagem e violento que jamais tinha sentido antes, um rancor que não sabia que podia nutrir.

- Que seja. Eu prefiro as flechas. Agora! - Grito, apontando para elas e olhando para a direita com uma expressão de alarde. Assim que elas olharem eu corro para a esquerda a todo vapor, tortcendo para que suas pernas de cobra tornassem-nas mais lentas do que eu, e não o contrário. SAlto bancos e empurro quem estiver em meu caminho abrindo espaço para correr na direção em que tinha visto Arthur e Henry sumirem. O garoto com olhos de fogo já tinha comentado sobre a presença delas, e ainda assim tinham me deixado só. Só podia pensar que estavam a) me usando de isca, b) me testando, ou c) me abandonando para irem ao show da Neyde em paz.

Caso alguma delas se aproxime demais eu jogo o livro em sua cara e continuo correndo para longe, tentando encontrar os outros dois enquanto corro.

#10

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