Mark não era um burro. Apesar do que diziam alguns campistas mais inexperientes, filhos de Ares não são uma montanha de músculos irracionais que caminha por aí derrubando tudo que encontra pela frente. Do contrário, são indivíduos extremamente racionais e conscientes das dimensões do perigo que enfrentam enquanto semideuses, e decifram o campo de batalha com a mesma habilidade que um filho de Dionísio fermenta o vinho.
Por isso, no instante em que encheu seus olhos com chamas e desafiou a criatura que estava à sua frente, arrependeu-se até o último fio de cabelo.
A coisa mais misericordiosa da vida é, sem sombra de dúvidas, a inabilidade da mente humana em correlacionar todo o seu conteúdo. Os homens vivem numa ilha plácida d’ignorância em meio a mares negros de infinitude e não são destinados a ir muito longe. As ciências, cada uma delas, se estendendo em sua própria direção, causaram pouco dano até o momento; mas, algum dia a reunião do conhecimento dissociado revelará paisagens tão terríveis da realidade e de sua pavorosa posição nela que, ou os humanos enlouquecerão com a revelação, ou fugirão da luz mortífera em direção à paz e segurança d’uma nova era das trevas.
Diferente dos homens, semideuses são criaturas que caminham no precipício que dá em direção ao desconhecido e, por vezes, consternam diante da grandeza do desconhecido, e pequenez do que conhecem. Indo sempre um pouco mais longe, desejando nunca terem dado o primeiro passo.
O olhar foi suficiente para atravessar a máscara da névoa e ver o mar de escuridão que escondia algo pavoroso no olhar daquela senhora que coincidente (só poderia, o destino não coloca coisas tão malignas na frente dos homens) havia se posto no caminho do semideus.
Mark não sabia dizer se ela era um Deus, mas, o súbito desejo de prostrar-se de joelhos o fez crer que ela seria algo semelhante a isso. Encontrando-se naquele olhar tão denso que o faria duvidar da realidade, o homem de quase dois metros sentiu-se reduzido à figura d’um verme, tremendo enquanto a ouviu perguntar mais uma vez... “...sonhos... ou tempo?”.
Era melhor responder.
Por isso, no instante em que encheu seus olhos com chamas e desafiou a criatura que estava à sua frente, arrependeu-se até o último fio de cabelo.
A coisa mais misericordiosa da vida é, sem sombra de dúvidas, a inabilidade da mente humana em correlacionar todo o seu conteúdo. Os homens vivem numa ilha plácida d’ignorância em meio a mares negros de infinitude e não são destinados a ir muito longe. As ciências, cada uma delas, se estendendo em sua própria direção, causaram pouco dano até o momento; mas, algum dia a reunião do conhecimento dissociado revelará paisagens tão terríveis da realidade e de sua pavorosa posição nela que, ou os humanos enlouquecerão com a revelação, ou fugirão da luz mortífera em direção à paz e segurança d’uma nova era das trevas.
Diferente dos homens, semideuses são criaturas que caminham no precipício que dá em direção ao desconhecido e, por vezes, consternam diante da grandeza do desconhecido, e pequenez do que conhecem. Indo sempre um pouco mais longe, desejando nunca terem dado o primeiro passo.
O olhar foi suficiente para atravessar a máscara da névoa e ver o mar de escuridão que escondia algo pavoroso no olhar daquela senhora que coincidente (só poderia, o destino não coloca coisas tão malignas na frente dos homens) havia se posto no caminho do semideus.
Mark não sabia dizer se ela era um Deus, mas, o súbito desejo de prostrar-se de joelhos o fez crer que ela seria algo semelhante a isso. Encontrando-se naquele olhar tão denso que o faria duvidar da realidade, o homem de quase dois metros sentiu-se reduzido à figura d’um verme, tremendo enquanto a ouviu perguntar mais uma vez... “...sonhos... ou tempo?”.
Era melhor responder.