O dia já havia começado e para muitos dos campistas já ia a meio. O sol brilhava no seu ápice e o calor fazia-se sentir em todo o lugar. Era um bom dia para apanhar morangos, nadar no rio ou, no caso de Owen, treinar na arena.

Vários campistas novatos haviam se juntado para observar um filho dos três grandes lutar contra o monstro indefinido que iria sair de dentro dos portões de ferro, no lado oposto da arena. Murmúrios e conversas faziam-se ouvir pelas arquibancadas que ladeavam o terreno do combate. Não era comum um filho do senhor do submundo lutar em tais condições, portanto, seria uma prova da força e capacidade de Owen, caso este conseguisse derrubar a criatura hipoteticamente poderosa escondida do outro lado do portão.

Não demorou muito até os portões começarem a ranger com a sua abertura silenciando a audiência. Os monstros revelaram-se um de cada vez. Bestas de oito patas, com olhos carmesim e marcas de cor similar por todo o seu corpo aracnídeo. Cada uma com cerca de um metro e meio de tamanho começaram a se afastar uma da outra, ocupando lugares opostos da arena e abanando cada uma o seu abdómen, pronto para disparar teias pegajosas.

Aranhas:

Aranha 1 - 100%
Aranha 2 - 100%

Enquanto caminhava na direção da Arena, me arrependia amargamente de ter-me inscrito para aquele desafio.

O sol brilhava a pino, lançando seus irritantes raios de luz dourada sobre o mundo e banhando-o em sua vilaniosa claridade. Meus colegas e parentes cuidavam de seus afazeres, colhendo morangos ou batendo suas espadas uma contra as outras naquela valsa letal e dolorosa que chamavam de treino. Coço meu pescoço, que começava a suar sob o peitoral de couro, que ficava ainda mais quente e desconfortável no calor. Além do Peitoral de couro, levava minha espada, a adaga e um cantil de Nectar pendurados na cintura. No dedo da mão esquerda, um escudo bem legal se disfarçava como um anel.

Apesar do arrependimento, não retardei meus passos e logo, logo, já estava no interior da arena murada. Imediatamente notei a presença de pessoas na arquibancada e aperto as sobrancelhas, irritado. Fecho os olhos por um momento, imaginando que todos eles queimavam um a um, até estar em completo silêncio... Por um momento achei que tivesse dado certo, e que todos foram reduzidos a cinzas, mas ao abrir os olhos constatei que, infelizmente, só haviam se calado pois o portão dos monstros havia aberto.

Dou um sorriso torto para as aranhas. Odiava aranhas. Tinha ficado noites sem dormir depois de assistir Harry Potter e a Câmara Secreta, aterrorizado pela lembrança do ninho de criaturas pernudas e teiosas. Mas agora, a lembrança parecia distante, diante das coisas que já tinha visto depois disso. Parecia... Boba.

Saco da cintura minha espada de estígio, puxando-a com a mão direita e enchendo o ar com o som de metal deslizando contra metal. Encosto a ponta da arma no chão, me concentrando na aranha que estivesse mais à direita, e sondo a terra à minha volta. Aproveito-me da anatomia da criatura, rasteira e paralela ao solo, para fazer brotar sob ela uma Rocha do Tártaro, negra como a noite e afiada como um chifre do Diabo saindo da terra, no intuito de empalá-la através da base do abdome.

(Se estiverem distantes, começo a caminhar em um semi-círculo na direção da aranha da direita, correndo ligeiramente em um ângulo que não perca nenhuma das duas de vista)

Fico atento a ambas, ciente de que poderiam pular, cuspir veneno ou disparar teias de seus abdomes contra mim. Tento aproveitar da distância e reagir em tempo de tirar o corpo da frente em ambos os casos, mas ainda pronto para erguer o braço esquerdo e invocar meu escudo para barrar ataques que não conseguir desviar.

Habilidades:

Equipamentos Levados:

Owen foi o primeiro a atacar, sem aguardar por qualquer movimento das aranhas entra numa posição que lhe permitia usar as suas habilidades de geomancia mais facilmente. O som da espada foi como um som de alarme e ao verem o seu alvo a baixar a arma em preparação desataram em disparada saltando para cima do semideus no fim da sua corrida.

O filho de Hades consegue levantar um rochedo em forma de lâmina exatamente por baixo do abdómen da aranha. Com a velocidade e salto tão longínquo acaba por não ser completamente empalada, mas cria-se um buraco enorme no ventre da criatura. A aracnídeo atingida cai estendida no chão perdida em dores, mas ainda não morta.  Lentamente, tenta recompor-se.

Do outro lado, a segunda aranha optou por atacar Owen durante o seu salto cuspindo teias carmesim que, por estar atento ao monstro levantou o seu escudo e amparou o impacto. Infelizmente, o escudo apenas não foi o suficiente para bloquear a força toda e o efeito pegajoso da teia, que se enrola e prende o braço esquerdo do semideus quase até ao cotovelo. Além de projetar esse mesmo braço para trás com o impacto causando algum desiquilíbrio em Owen.

Ao aterrar no chão, a aranha que havia atacado durante o salto também não consegue manter a sua posição e acaba por perder o seu balanço. Esta vai demorar alguns momentos a voltar a se erguer na totalidade mas ainda fita Owen com vontades assassinas, não demonstrando intenções de abrandar o combate. Preparava mais um ataque enquanto abanava o seu abdómen.

Aranha 1 - 45%
Aranha 2 - 100%

Distorço minhas feições em uma expressão de nojo ao sentir a teia da aranha agarrando meu braço, viscosa e fortemente.O impacto me pegou de surpresa. Não esperava que alguém pudesse disparar algo daquele lugar com aquela força.

- Você... Cagou em mim? - Murmuro um pouco perplexo. Agora, meu braço estava com a flexibilidadecomprometida e preso ao escudo. Mesmo que eu transformasse o escudo de volta em anel, aquela coisa terrível continuaria grudada em meu antebraço. Cheiro aquilo, vendo se fedia, nervoso e desgostoso com a situação...

Vejo a movimentação dela preparando-se para outro ataque, e também assumo posição. Inclino o corpo para a frente, projetando meu peso sobre o escudo e preparando-me para receber o impacto.

Escondo-me atrás do escudo por um momento, pronto para usá-lo para bloquear mais um disparo de teias, usando o peso do meu corpo para tentar confrontar a força do impacto contra o escudo, enquanto mais uma vez deixo a ponta da espada pesar em direção ao chão ao meu lado. Vazo minha malícia para a terra e chamo por ajuda, soando a profana Trombeta dos Mortos e fazendo o chão da arena se revirar enquanto os ossos abrem caminho para o mundo dos vivos.

- Matem - Digo com simplicidade.

Então recuo lentamente, olhando de soslaio para ambas as aranhas, e tento me aproximar da que já estava debilitada no intuito de me aproximare finalizá-la com uma estocada da minha espada, direto contra sua cabeça aracnídea. Tento fazer isso por trás dos esqueletos, enquanto eles distraem a aranha saudável.

A todo momento fico esperto para desviar ou bloquear investidas de ambas as aranhas. Sabia que os oponentes feridos tendiam a serem perigosos, então aproximo-me da aranha ferida pronto para receber um ataque suicida, e reagir como for melhor; talvez pulando pra trás enquanto tento bloquear com o escudo, e contra-atacando com a lâmina.

Nível 5 – Trombeta dos Mortos [Inicial]: O filho de Hades agora aprende uma de suas habilidades mais características; Invocar os mortos. Com um breve toque, o semideus pode fazer brotar do chão um pequeno bando de esqueletos (30/30) munidos de espadas, lanças e uma armadura comum de couro fervido, que lutarão cegamente pelo príncipe do submundo. Consome 50 pontos de Energia, e entra em espera por 5 rodadas. O total de esqueletos invocados será de 3 + (WIS/100).

Total de mortos invocados: 5. 3 com lanças, 2 com espadas, se for possível escolher

Owen cheirou o braço, desesperado com nojo da possibilidade de ter sido atacado por fezes, mas ao cheirar as teias gosmentas que se grudavam ao longo do seu antebraço, não sentiu, porém, o cheiro nojento que esperava mas algo mais familiar ainda. Sangue. O carmesim das teias era sangue e este lentamente se expandia por cima da armadura de Owen procurando uma fenda para se inserir.

O filho de Hades preparou a sua defesa e invocou uma pequena horda de mortos, que saiu do solo com vontade de proteger o seu mestre. Três dos esqueletos erguiam em suas mãos lanças enferrujadas e um deles apresentava a sua partida em duas. Dois mais se levantavam, um deles erguendo uma espada curta e um escudo circular pequeno, enquanto o último levava duas adagas mais curtas. Ao ouvirem as palavras do semideus todos alteraram a sua postura e investiram contra as aranhas.

O pelotão das lanças tenta atacar diretamente da aranha saudável, e apesar de conseguirem fincar as suas lanças causando algum dano na carapaça do aracnídeo este segue em frente espezinhando e deixando desfigurados os esqueletos que atacaram. A aranha chegou a conseguir alcançar Owen preparando um jato novo de entre as suas mandíbulas. Acabou por ser impedida pelo esqueleto do escudo que projetou a cabeça do monstro para cima e fez com que o sangue que jorrou da boca da aranha se espalhasse pelo chão em volta do filho de Hades. Imediatamente, após ter o seu ataque defletido a aranha acaba por ser mais uma vez golpeada pelo esqueleto das adagas cessando o seu ataque para se debater.

Enquanto isso, Owen acaba por se chegar perto da aranha instável e é surpreendido por um jato vermelho que o atinge na perna esquerda mesmo ele tentando desviar. Agindo de forma similar à teia que se havia prendido no braço, o liquido vermelho deslocava-se, mas mais depressa, exercendo força e pressão no membro do semideus. Em reação Owen acaba por conseguir uma estocada limpa na cabeça da aranha, que se contrai em dores e falece largando uma mistura de teias vermelhas e líquido da mesma cor pelo chão.

Ao longe surge também, uma horda de pequenos pontos pretos dirigindo-se ao cadáver da aranha caída.

Aranha 1 - 0%
Aranha 2 - 75%

Sangue...
Com isso eu poderia lidar. Se tivesse nojo de sangue, não teria sobrevivido até então.

Vejo, satisfeito, a aranha se desfazer em uma poça melequenta de teias e plasma. Mas a satisfação é pequena, perto de reparar em minha perna presa e na onda de arainhas se aproximava do cadáver.

Ergo a espada e permito que ela se alongue novamente, seccionando sua lâmina. Começo a girá-la acima de minha cabeça, pegando velocidade e então permito que a ponta da lâmina seja afetada pelos efeito sdo Gigantismo, ficando levemente maiores.

Quando pegar velocidade com os giros, estabilizo bem os pés no chão com os joelhos flexionados e então golpeio na horizontal na direção do solo abaixo do monte de sangue que sobrara da aranha, visando roçar a lâmiana com violência e espalhar os restos mortais da aranha gigante e junto as arainhas que se aproximavam.

Após o golpe faço a lâmina se recolher um pouco para não ficar balançando loucamente e me atingir sem querer, e volto a rodá-la mais uma vez. Dou uma espiada por cima do ombro para ver se os esqueletos ainda estavam aguentando a luta.

Foco no problema à minha frente e se parecer necessário, volto a golpear girando a lâmina e golpeando o chão novamente, espalhando terra, sangue e aranhas para tentar impedílas de... Fazer o que quer que fossem fazer.

- Espada Média “Gume do Infinito” [Comum][Ferro Estígio][0/50][Sombras][Resistência +25%][Encantamento: Leveza 50%][Encantamento: Retorno][Encantamento: Gigantismo][|3|] - Espada de estígio de alta qualidade, capaz de superar qualquer metal inferior e até mesmo estígio de níveis menores. A lâmina pode se fragmentar em diversos segmentos como um chicote, unido por três fios bem calibrados de oricalco pelo centro. A lâmina pode se alongar vários metros nesta forma [ Alonga 1,5 mais 3 metros para cada nível de Perícia do usuário], e foi calibrada com os 3 fios para manter a direção correta dos golpes no ar, maximizando a perícia do usuário. As lâminas também podem ficar mais largas quando se alongam, alcançando o dobro do peso e do tamanho normal. [ https://i.pinimg.com/564x/e7/69/87/e769878a41357ad78c2804a15a585ad3.jpg ]

Nível 9 - Perícia do Styx [Intemédiaria]: Confere nível [Intermédiaria] para a perícia com armas feitas inteiramente de ferro estígio. Não permite que o herói treine suas outras perícias.

O sangue que se espalhava pelos membros de Owen constringia-se cada vez mais e ficava mais pesado. O braço com que segurava o escudo estava tão carregado que quase ficava imóvel. A teia que prendia esse braço conseguiu alcançar a mão de Owen e este sente uma leve picada. Um formigueiro percorre os dedos do filho de Hades, sobre pelo antebraço e para apenas no ombro. O liquido carmesim para de se expandir e deixa-se escorregar para o chão ao mesmo tempo que o braço do semideus se torna imóvel e descai.

Mesmo com mobilidade reduzida o semideus tenta segurar na sua arma e usá-la para afugentar os pequenos pretos que se aproximavam. Quase metade deles acabaram por ser pegos no golpe desiquilibrado de Owen, mas os que sobreviveram pararam o seu caminho por uns segundos, como que para pensar, e alteram a sua rota e passando a deslocar-se à aranha que ainda se debatia contra os dois ressuscitados. Com os seus números reduzidos optaram por se refugiar invés de combater.

O monstro que ainda se encontrava vivo, lutava contra os esqueletos. O aracnídeo ignorou os seus atacantes por alguns momentos, acabando por mastigar um deles a meio e deixando de sobra apenas o esqueleto do escudo. Dobrou-se até ter a sua cabeça encostada ao chão e abriu as suas mandíbulas, permitindo que os pontinhos pretos que eram as aranhas pequeninas entrassem na sua boca. Com todos dentro de si mastigou uma vez mais ouvindo-se vários estalos, enquanto os símbolos vermelhos do seu corpo se tornavam cada vez mais vermelhos brilhando.

A aranha maior, agora reluzente de encarnado, abriu e apertou as mandíbulas várias vezes e o sangue que o cadáver havia largado deslocava-se na direção dela. O esqueleto armado tentou atacar a aranha enquanto esta esperava pela chegada do sangue, mas mal chegou perto desta foi esmagado por uma onda de líquido vermelho ficando espalhado pelo chão e perdendo o seu direito ao movimento. O próximo alvo era Owen, e portanto a aranha voltou a abrir e fechar a sua mandíbula, carregando o seu ataque.

Aranha 2 - 90%

Observo o desenrolar da situação enquanto respiro cada vez mais pesadamente. Meu braço estava um caco; podia sentir uma fisgada ao mesmo tempo dolorosa e anestesiante percorrendo meu braço da mão até o ombro, e percebo que ignorar a teia tinha sido um erro. Ainda me faltamalícia, penso comigo mesmo.

Com uma perna ainda presa, me posiciono de forma a encarar a aranha. Dou um sorriso vendo-a se transformar em uma super-aranha com a ajuda dos filhotinhos, e penso que é uma pena que eu não possa comer meus esqueletos para me fortalecer, também. Seria uma visão bizarra e engraçada ao mesmo tempo.

Uma vez mais, encosto a ponta da espada no chão em um movimento quase displiscente. Novamente, permeio o solo com minha energia, desta vez manifestando nele a sensação vazia de fome. Logo abaixo da aranha, enquanto ela se prepara para disparar contra mim, abro o solo como uma enorme boca faminta, e sugo para o inferno a aranha e suas conterrâneas, junto a meus próprios esqueletos e à própria areia da arena, despejando-os na lendária viagem de sete dias e sete noites em direção ao Abismo. Ao fim, se der certo, observo a cicatriz deixada no solo, a única prova do que ocorrera ali.

Caso ela chegue a disparar contra mim, deixo o corpo pender - o que não era difícil - e abaixo-me completamente atrás do escudo. Já que não podia mais erguer o braço eu apenas apoio a ponta de baixo do equipamento no chão para dar suporte e me oculto atrás dele, usando a perna presa ao chão pela teia para me dar a firmeza que já me faltava e não ser lançado longe com o disparo.

No mais, se tudo der certo, eu tento cortar as teias restantes com a lâmina estígia e então confiro se há algum espólio entre os restos mortais de minha primeira inimiga.

Nível 8 – Fenda do Tártaro – Ruptura: O filho de Hades abre o chão em uma rachadura de WIS/150 metro sob um inimigo, sugando-o diretamente para o tártaro. A rachadura se fecha em seguida, deixando uma cicatriz no chão. Consome 60 pontos de Energia e entra em espera por 10 rodadas.

Owen voltava ao seu plano de combate à distância. Com o corpo pesado, apontou para o solo com a ponta da sua espada novamente, mas agora com o intuito de abrir uma fenda por debaixo do aracnídeo. Este estava distraído carregando o seu ataque utilizando o sangue da sua aliada caída como arma. Uma onda de sangue alterava-se e remontava-se na forma de várias pequenas agulhas. Ao mesmo tempo que as chuva de agulhas era projetada na direção do filho de Hades, um buraco de quase 2 metros abria-se nos pés da aranha vermelha, que acaba por ser engolida.

Os pequenos projéteis avermelhadas ainda assim voaram o suficiente para fazer com que o semideus tivesse de se esconder por trás do seu escudo. Desequilibrado e paralisado em 2 membros do corpo, Owen consegue impedir a passagem de bastantes agulhas que mancham o seu escudo de sangue, mas ainda sofre cortes leves em zonas menos protegidas.

A fenda no chão começou a fechar, mas foi o suficiente para a cabeça da aranha, depois parte do seu corpo, trepar pela parede do buraco e sair. Para azar do monstro, acaba por não conseguir passar o seu corpo todo pela abertura e fica com as suas pernas dianteiras e parte do seu abdómen soterrados. A aranha debate-se por algum tempo e consegue libertar-se rasgando as suas patas a meio e dividindo o seu abdómen, largando teias e vermelho pela terra da arena.

A aranha agora amputada e com parte das suas entranhas a arrastar pelo chão, voltou a abrir e fechar as suas mandíbulas. Desta vez, os seus movimentos pareciam mais mecânicos, lentos e fracos, mas ainda assim, sangue e teias acumulavam-se acima de si, preparando mais um ataque.

Aranha 2 - 40%

Dei um sorriso presunçoso vendo a aranha sendo sugada para a fenda, imaginando-a caindo sem parar enquanto sse debate na escuridão. Maso sorriso logo, logo se entortou para baixo em uma expressão de desgosto e, confesso, temor.

A aranha, psicopata, rastejava para fora da fenda usando todas as suas forças. Mesmo depois de ser parcialmente esmagada e devorada pela faminta boca do Tártaro, sua metade restante se arrastava em minha direção preparando mais um ataque.

Não... Não fode. , penso comigo mesmo, tentando puxar minha perna presa do chão.

Percebo quenão teria como duelar com ela àquela distância. Continuo então abaixado atrás do escudo, desejando poder sumir. Mas não tinha muita energia sobrando. O sol quente sobre nossas cabeças já me fazia suar junto ao esforço de arrastar o peso do escudo no braço machucado e à adrenalina da batalha. Mas eu não ia morrer... Não para aquela aranha.

Observo-a pela lateral do escudo. Se a vadia se aproximar mais de 5m, eu imediatamente aperto o botão na guarda do escudo, ativando seu mecanismo e disparando uma barragem de espinhos na aranha. Se ela estiver mais longe do que isso, apenas aguardo.

- Aqui, dona aranha... Venha aqui - Provoco-a, tentando parecer mais corajoso do que me sentia. Enquanto estou abaixado, enfio a mão na bolsinha de couro do cinto e puxo de lá meu cantil de Nectar. Dou uma golada o mais rápido possível e volto a guardá-lo. Então eu ergo a espada pela lateral do escudo, intensificando suas sombras, e então faço uma estocada na direção da aranha e fazendo com que a sombra da espada continue o movimento para a frente, disparando uma lamina perfurante em direção à cabeça da maldita.

A todo momento ficarei escondido atrás do escudo, aguardando uma oportunidade de atacar com os espinhos ou com a lâmina de sombras. Se eu ver que ela pretende se aproximar para o alcance do escudo, eu aguardo pacientemente, esforçando-me para não deixar partes expostas atrás do escudo e torcendo para que ele e meu peitoral de couro sejam suficientes para evitar danos fatais.

Se ainda houver algum esqueleto vivo, torço para que ele a ataque por trás

Nível 1 – Umbracinese: Os filhos de Hades possuem a habilidade de controlar as sombras de acordo com a sua WIS vezes 1,5. Podem moldá-las ou desgrudá-las das superfícies, usando-as para erguer pequenos objetos até moldar as sombras em objetos sólidos, aprisionar alguns inimigos dentre outros. O uso dessa habilidade consome pelo menos 20 pontos de energia à 100 e podem acrescidos de acordo com a quantidade de elemento controlado, a decisão ficando ao encargo do narrador. Essa habilidade poderá ficar ativa por mais de uma rodada, como por exemplo para fazer uma pequena segurar um objeto, caso isso ocorra o custo por rodada será igual ou semelhante ao custo inicial, tudo definido pelo narrador.

- Cantil de Néctar [3/3] (+100 Energia/ Gole)

- Escudo Ogíval em Cruz [Médio][Coberto por Espinhos][Borda Inferior Laminada][Bronze Celestial][3/3][Transmutação: Anel][|4|] - Um escudo de Bronze coberto por grandes espinhos de Bradium. Os espinhos (15 no total) podem ser disparados para a frente (alcance básico de 5m, não garantindo acertar além disso). Os ferimentos causados pelos espinhos, tem um efeito de cortar a cura do alvo proveniente de habilidades passivas em 5% para cada espinho (max de 25% independente da quantidade de acertos) por duas jogadas. Poções de cura ou habilidades ativas de cura consideram a regeneração TOTAL. Depois de disparados os espinhos o mecanismo leva uma rodada para ubstituí-los por novos. Possui 3 cargas, e depois de disparados os espinhos levam 3 rodadas para retornar ao mecanismo.