-É esse hospital daqui mesmo. -Ela aponta na direção de onde Alice havia vindo. -Mas as visitas na ala psiquiátrica são bem restritas, é só a tarde e um membro da família pode ir por vez...

-Letícia, tem mais clientes esperando. -Fala um senhor bigodudo que saia de traz de uma parta, ele parecia ser o chefe da garota.

-Ok... bom, tenho que ir atender mais gente, deu 5 dólares tudo. -Diz a garota deixando a comanda na mesa com Alice, ela ainda tinha 10 dólares que a velhinha havia emprestado.

Alice resolve ir até o lago e o caminho mais curto era voltar um pouco, descer até a avenida universitária e depois dobrar na oitava avenida, pelo menos fora isso que um senhor a respondeu quando ela perguntou na rua. A garota anda por cerca de meia hora até chegar no final da rua que dava para um restaurante local, que ela achou caidíssimo, atras dele havia um trilho de trem e um estacionamento. A garota passa por ele e chega a beira do rio Monongahela, ele era um braço de rio um pouco estreito, sua encosta era cheia de pedrinhas que provavelmente iriam machucar seus pés caso estivesse sem tênis.

A garota fica olhando para o rio sem muito o que fazer, aquele não era o local onde acontecera o assassinato, então ela se lembra da foto e que havia uma floresta perto. Ela olha para os lados e na direita havia uma, um pouco afastada. Alice caminha novamente, desta vez na direção da floresta perto do rio, quando ela chega perto havia uma placa sinalizando "Core Arboretum".

A filha de Baco avança e acha o local onde houvera a chacina, como já tinham se passado uma semana não haviam mais marcas de sangue, nem pegadas por ali. A área toda estava isolada com fita amarela da polícia, mas não havia nenhum policial por perto.

Alice fica se esgueirando pela floresta a procura de pistas e tentando se manter escondida, por mais que ela não fosse muito boa nisso. A garota não acha nada, talvez pelo tempo que se passara, ela não sabia dizer. Nas redondezas tudo estava vazio, ninguém ousava chegar perto dali depois de tudo o que houve então Alice estava segura quanto a isso, porem... a garota começou a ter uma nítida sensação de que alguém estava a viajando. Ela olha para os lados tentando saber se a sensação é real mas não consegue enxergar nada aparentemente, talvez a falta de uma noite de sono bem dormida estaria afetando suas cognição.

Alice começa a agir feito louca, e parecia que sua atuação estava sendo vista apenas por esquilos e pássaros que se afastaram do local. Depois de um tempo fazendo isso a garota percebe algo entre as árvores mais a frente... a criatura coloca a cabeça para o lado tentando ver o que Alice fazia.



A criatura fica olhando, aparentemente sem entender nada, para Alice.

Alice começa a se aproximar da criatura enquanto faz uma pergunta em latim, coisa que a criatura não parecia entender. Conforme a garota ia se aproximando a criatura saia de traz das arvores e ficava de frente para a semideusa.



Ela, presumiu Alice que a criatura era fêmea, possuía pelas brancos como a neve por todo o corpo, eram como se fossem de ovelha. Patas e cascos quase animalescos e a mascara negra destoavam a criatura tão alva, um arco estava pendurado em seu ombro. Porem em instantes a criatura assumiu uma forma mais humana.



-Olá. -Fala a mulher. -Você não é humana, correto? -A voz dela era adocicada como um colo de mãe.