O romano procura por serpentes na cabeça da menina, já ciente da malícia dos monstros para lidar com os semideuses, mas nada encontra. Era apenas uma garotinha, como ele temia. Dando instruções para a criança, Lorenzo rasga a blusa do acampamento e venda a menina, que apenas treme e toca o pulso do rapaz, como se ao mesmo tempo que tivesse medo dele, o implorasse para que continuasse viva. O pequenino passa as mãos pelo pescoço do rapaz e agarra com firmeza, apoiando seus pés no tronco da armadura, de maneira a se sentir mais confiante de que não cairia. O centurião tinha agido bem e com uma estratégia de dar orgulho aos pretores. O pio de gungnir no entanto o deixava confuso. Seria a criança ou alguma outra coisa? O filho de Marte se volta para a direção da entrada e empurra o chão com força, saltando metros à frente e não para por aí, seguindo adiante como uma locomotiva batendo com as estátuas com seu escudo, quebrando algumas e lançando algumas para o lado.
- NÂO!!!!-
Vush. O legionário dá um carrinho no piso, empurrando a cabeça da criança para trás e vendo a lâmina de bronze passar a um centímetro do seu nariz. Girou para o lado, tentando não deixar a criança toda machucada quando ralasse suas costas ao chão. Ele sabia que não poderia olhar para cima, então mantém seu olhar baixo vendo a espada longa e um traje de combate. Sua inimiga ou não, era inegável que a criatura tinha estilo.
- Medusa:
Atrás dele ele ouviu um som estranho, como se fossem galhos quebrando e folhas balançando. Se permitiu dar uma olhadela e viu uma coisa estranha. Percebera que Gungnir não se referia à criança.
- Monstro:
O único olho vermelho do monstro encarou Lorenzo, como se ele fosse a única coisa que importasse ali. O monstro retirou um dos crânios de seu ombro e o deixou cair ao chão. O solo irrompeu e emergiu um guerreiro esqueleto com um martelo grande nas mãos. A situação ficava cada vez mais complicada para o rapaz mas o menino até o momento não havia tirado a venda e ainda tremia. Ele estava ao lado de um rapaz fardado com uma prancheta na mão, talvez um fiscal da prefeitura. Era logo ao lado da mesa com os papeis encontrados pelo centurião há alguns minutos. Se o rapaz desejasse, poderia esconder o menino embaixo do escritório ou pedir para que ele corresse para lá. Entre as duas ameaças, dificilmente Lorenzo conseguiria neutralizá-las e manter o inocente em segurança à suas costas. Ainda assim nada o impede de tentar.